A propósito
17 Novembro, 2014
Da demissãode Miguel Macedo escrevi hoje para o Observador: Não condeno Miguel Macedo por se ter demitido: pessoalmente não teria paciência para aturar um centésimo daquilo que implica ser político em Portugal, sobretudo se não for respectivamente do PCP, do BE ou do CDS. Mas também não o elogio. Não acho que Miguel Macedo tenha posto a fasquia mais alta quando se demitiu. Antes pelo contrário, tal como Jorge Coelho quando pediu a demissão por causa da queda de uma ponte com a qual nada tinha a ver, Miguel Macedo pôs a fasquia mais baixa
19 comentários
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Nem mais.
Um e outro, mais um do que outro revelaram apenas uma grande cobardia.
Deram um passo em frente para darem depois dois atrás.
Se um general (não considerar os portugueses) perante um perigo fizesse o mesmo no campo de batalha, o que diriam do mesmo?
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Um ministro nomeia um director-geral, com base na “confiança política”, às vezes enroupada num psedo-concurso da cresap. O nomeado é indiciado por uns crimes graves. O ministro sai. É um cobarde? Parece que vivem na Grã-bretanha…
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A minha opinião é, claro, pessoal.
Eu nunca o faria.
Não é por uma pessoa que eu tinha de confiança me ter traído ( a história de Roma tem mais de quinhentos mil casos) que eu saia pela porta dos fundos.
Agora o que já se sabe de ligações (não são simples amizades) leva a pensar que foi uma atitude para sair dos holofotes que fazem sobressair quem está no palco.
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É um abuso pôr a demissão de Miguel Macedo e de Jorge Coelho no mesmo prato. Defendi aqui no dia 14 da semana passada a demissão de Macedo, aliás pelas razões que ele alegou, e dois dias passados, o 1º ministro finalmente teve o bom senso de aceitar o pedido de demissão que Macedo lhe apresentou três dias atrás.
Jorge Coelho demitiu-se pela calada da noite, eram quase três da manhã, para não ter de responder a perguntas incómodas, como seja, p. ex., porque é que em setembro de 1995 a nova ponte sobre o Douro tinha o projecto pronto e a concurso, e o governo socialista decidiu não a construir. Resultado: morreram cinquenta e tal pessoas.
Jorge Coelho, o célebre “coelhone”, está longe, muito longe, de ser um politico com coluna vertebral, é mais um manhoso chicoesperto.
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Coelho, na época, estava à espera de ser constituído arguido. O advogado dele era o Santos Pinto, o mesmo da sisa do Murteira Nabo e consósio em empresas de consultadoria que prestavam serviços a uma única cliente, a PT (numa sociedade, pelo menos, também com Guterres, tendo ambos cedido as quotas a este SP, quando ganharam as eleições – é publico pois consta do registo comercial).
Mas a maçonaria ainda tinha maioria em ambos os conselhos superiores e o coelhone safou-se de responder pela omissão do dever de conservação da ponte.
A demissão foi uma antecipação da constituição de arguido.
Vale o que vale.
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É injusto comparar um caso que passou á história com outro do qual ainda só ainda agora está a ser investigado. Sob o risco de imitar o Cavaco, que punha as mãos no fogo por Dias Loureiro.
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Parece-me que em relação à demissão de ministros se deve cumprir o artigo 191º da Constituição: os ministros são responsáveis perante o primeiro-ministro e, no âmbito da responsabilidade política do Governo, perante a Assembleia da República.
Neste âmbito, não sendo jurista, mas como sou economista e toda a gente perora sobre economia eu também peroro sobre direito constitucional, parece-me que competiria ao primeiro-ministro decidir se o ministro tinha condições políticas para continuar no governo. Considerando o próprio ministro que não tinha, independentemente da opinião do primeiro-ministro, parece-me que a sua carreira política deveria terminar por aqui porque não saberemos se na primeira dificuldade futura desistirá novamente. O mesmo se aplica a qualquer outro governante de qualquer outro partido.
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ACS, Jorge Coelho, o célebre “coelhone”, está longe, muito longe, de ser um politico com coluna vertebral, é mais um manhoso chicoesperto.
Depois do desastre onde morreu toda aquela gente, safou-se pela calada, sabia muito bem a causa, o que os areiros faziam há anos, tinha havido avisos, o secretário de estado bem conhecido também conhecia da patifaria, ignorantes como são preferiram passar por cima, negligenciaram cobardemente a ver se nada acontecia.
Safaram-se como de costume num país de gente acéfala, capaz de aceitar toda a miséria e ainda por cima de votar neles na primeira ocasião.
E temos que conviver com estes trastes. Bem fazem os que partem!
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Opinião interessante.
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Miguel Macedo demitiu-se explicando as suas razões.
Das quais eu concordo em absoluto.
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E aquela história de estar a receber subsídio de residência apesar de ter casa em Algés?
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Esta lógica do julgamento mediático e imolação em praça pública com base em especulações torna o País ingovernável. Não haja ilusões, em última análise ninguém escapa com vida. Neste mesmo sentido, no sábado, já tinha anotado o seguinte: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/bodes-expiatorios-5871543
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Estamos no estado em que estamos, a prostituir-nos por todo o mundo, por causa da corrupção e eu não gosto e como eu, muitos, urge cortar o mal pela raiz, para ser possível uma recuperação sustentada e onde se possa viver e não sobreviver. Desejo que o tempo das tesouradas tenha acabado, a corrupção está aí e bem viva. Quem não tem condições, não assume os cargos políticos.
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“recuperação sustentada”
Então quer recuperar a especulação imobiliária, a nova teoria do socialismo dp Séc XX que o dinheiro vem dos mercados como a os filhos vêm na cegonha de Paris…
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Miguel Macedo demite-se porque o mandaram a treta do governo em mante-lo segundo a comunicação social é pura fantasia , quem não deve não teme , não faz sentido a demissão ou será que tem o rabo preso noutras situações ? isto de controlar policias e coisas afins é um pau de dois bicos ou aguentas com eles ou juntas-te a eles.
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depois de saber mais alguns desenvolvimento com chineses se calhar já o condenaria, não?
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Quando se dá palmas por alguém se demitir, os valores na sociedade estão mesmo invertidos.
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O homem é filho e faz filhos. O homem é efeito e causa efeitos. Isto vale tanto para a biologia, como para a física e química como para a sociologia.
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No plano social estou a sofrer os efeitos produzidos por estes sujeitos, que são o efeito de uma causa que não é minha. São filhos d’outrem.
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Se tivessem vergonha na cara demitiam-se toda esta canalhada que faz parte deste governo.
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