Direito à greve e liberdade de associação – IV
Mantem-se a divergência sobre o que seja irrenunciável e o seu exercício.
Eu não posso renunciar a nenhum direito básico (greve, liberdade de expressão, de associação, etc) de forma permanente e incondicional.
Mas posso ver o exercício dos mesmos limitados, (livremente ou por força da lei), atendendo a circunstancias ou mediante condições negociadas.
Assim, o direito à greve existe como meio reconhecido ao trabalhador dependente de uma relação de trabalho, como meio legítimo de tentar obter a salvaguarda de interesses ou vantagens num processo negocial no ambito de uma relação de trabalho. Se tais exigencias forem negociadas, obtidas e salvaguardadas mediante contrato livremente estabelecido pelas partes, posso obivamente em contrapartida comprometer-me a não realizar greve com base nessas concretas reinvidicações ou contrapartidas obtidas, que estão asseguradas. Mantenho no entanto o direito à greve em tudo o mais e em caso de quebra ou incumprimento do contrato. O mesmo se passa noutros direitos que aceitam limitações voluntárias: se me comprometo por clausulas de confidencialidade a não exercer o meu direito à liberdade de expressão, tal tem condições (remuneração, protecção juridica, etc.), as quais se não forem cumpridas quebram o respectivo contrato, voltando eu à plenitude do meu direito e do seu exercicio, se assim o entender.
O direito à greve é um direito individual. Exerço-a ou não conforme bem entender, pois ninguém me pode obrigar a fazê-la ou a não fazer. Coisa diferenciada é o modo de exercicio desse direito, o qual é dependente da convocatória por associações sindicais. A mesma condição «colectiva» se passa por exemplo no direito de associação: posso fazer parte ou não de uma associação. Mas para exercer esses direito tenho de o fazer com outras pessoas, não me posso associar comigo mesmo. Estou dependente da vontade de outros que se queiram igualmente associar e constituir uma organização. O mesmo no direito à greve: o exericio do direito é meu, mas a sua efectiva ocorrência está dependente da vontade conjunta de outros, que se agrupam nas associações sindicais.
P.S. Com o direito à greve existe maior liberdade. Posso livremente aderir às reinvidicações dos demais trabalhadores e fazer greve ou possso discordar das mesmas e não a fazer. Posso até furar essa coligação e associar-me com o patrão… Já sem o direito à greve não posso associar-me com os demais trabalhadores. Logo, há mais liberdade com direito à greve. E onde há mais liberdade é, a meu ver, sempre melhor.

sinto-me no direito adquirido de mandar os trabalhadores à merda
e desejar que fiquem desempregados ad aeternam por desejável falência da companhia que vive do bolso dos contribuintes
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Por agora, quantas mais greves melhor.
Muitos tugas só compreendem, as greves, os eternos nogueiras e arménios mais as “conquistas dos trabalhadores” e do “nosso povo” quando começa a doer sem fim à vista.
O que desejavam era que as greves dessem origem ao caos, depois do caos vinham eles restabelecer a ordem. Isso aconteceu de facto na tomada dos países vítimas do genocídio nazi, com a invasão dos sovietes. Há que sonhe com 1945 e 46, haveria quem estivesse disponível para construir muros de proteção ao capitalism que em privado tanto apreciam.
O fidel, o passarinho, o caucescu, o álvaro em féria no mar negro e tantos outros.
Em privado era outra coisa.
Os proponentes das greves selvagens avançam com o “nosso povo” na bocarra, sonham com esse país modelo, a Coreia do Norte, onde 100 mil pessoas sobrevivem em campos de concentração, situação que levou a que 120 países tenham expressado, no ano passado na Assembleia Geral das Nações Unidas, extrema preocupação sobre o assunto. Mesmo sem permitir a entrada de observadores internacionais no terreno, as imagens por satélite fazem com que a Coreia do Norte já não possa continuar a esconder e distorcer “a dura e inaceitável realidade do seu sistema de campos de concentração para prisioneiros políticos”.
O Daniel num acesso que o vem acometendo com rara frequência já escrevia em 2011:
O PCP enviou condolências ao povo norte-coreano pela morte de Kim Jong-il. Apesar de nunca festejar a morte de ninguém, nunca me ocorreria dirigir condolências, mesmo que apenas diplomáticas, pela morte de um ditador lunático que recebeu o seu lugar por ordem dinástica à sua principal vítima: o povo que ele oprimiu. Não deixa de ser extraordinário que os comunistas portugueses continuem a manter relações de amizade com um partido unifamiliar e monárquico que dirige uma das mais desvairadas ditaduras do Mundo.
Sabendo que esta dinastia sofre de uma loucura degenerativa, que tende a piorar de geração para geração, serão mais umas décadas de trevas para aquele povo. Com a bênção do PCP.
Que o Natal traga o sapatinho cheio de greves para a melhoria do bem-estar da população protuguesa, são os meus “sinceros votos”. Perdoem-me os sinceros votos.
Quem escapa às mais torpes mentiras mil vezes repetidas pelos media obedientes?
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Estranho caso onde para o Gabriel existe mais Liberdade quando os donos não podem/querem pagar o que desejam?
Alguém entra numa empresa voluntáriamente, não tem o direito de depois obrigar a alguém lá dentro a pagar-lhe o que quer. A empresa não passou a ser sua posse.
E não tem o direito de destruir a empresa que não é dele, porque não aceita os valores oferecidos..
Liberdade é o trabalhador sair porque não concorda, Ir trabalhar para outros ou abrir uma empresa concorrente.
Tal como o patrão no pode obrigar o trabalhador a receber um salário com que não concorda também o trabalhador não o deve poder fazer.
Mais.
O Direito à Greve culturalmente a prazo beneficia os Patrões pois diminui a predesposição para alguém abrir uma empresa que venha a concorrer.
Ao obrigar uns a verem-se como Patrões e outros como Trabalhadores favorece a sociedade em classes.
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“Coisa diferenciada é o modo de exercício desse direito, o qual é dependente da convocatória por associações sindicais. A mesma condição «colectiva» se passa por exemplo no direito de associação”.
Sim, o direito à greve é um direito individual (decorrendo daí o direito à não greve), mas está condicionado à vontade dos outros trabalhadores, ou seja do colectivo. E a questão que lhe coloco é esta: os sindicalistas abusadores da greve, representam quem? Representam os seus associados, ou representam todos os trabalhadores?
Não me parece justo que um sindicato com meia dúzia de associados tenha o poder, que hoje tem, de decretar uma greve. Penso que os sindicatos deveriam ser avaliados, sindicalizados, auditados, para se saber quem representam, que força é razoável conceder-lhes. Digo isto porque, se representassem, numa empresa, uma pequena minoria dos trabalhadores, não deveriam ter o poder de decretar greve, como agora acontece.
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Há uma pergunta que gostava de fazer:
É feita uma greve para reivindicar um aumento de 5%, por exemplo.
Ele é obtido.
É justo que aqueles que não fizeram greve beneficiem daquela luta e portanto desse aumento?
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Não vão na conversa do alexandrino. Não caiam no disparate de lhe responder. Está fartinho de saber a resposta , mas está a fingir que é poucachinho só para enganar a malta.
Ele está a fazer “uma ironia do tamanho da Sé de Braga.”
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Se eu não estivesse de greve também ia dar um presente a Évora, não digo qual para não infrihgir o segredo de justiça. Estão a ver os inconvenietes das greves!
Pode não estar relacionado, mas de qualquer forma, onde é preciso cuidado é no Samouco.
Está um tempo frio e nevoento. Nada como ficar por casa e mesmo assim…
Ainda há tempos houve quem sofresse ferimentos graves, depois de uma largada de touros.
Quem nos diz que não há largada de animais fora da estação mesmo no Samouco.
Às vezes há animais difíceis de controlar sempre dispostos a marrar a torto e a direito e quem sabe a perfurar as vísceras.
Esses, quando os largam, não fazem greve.
Alguns são bem treinados e vêm de fora onde se encontam espécies mais agressivas.
Não sabendo fazer mais nada, precisam de assegurar o seu lugar na manjedoura.
É normal, haverá algo que não seja normal pelas bandas da capital?
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Segundo percebi tenho o direito individual de fazer greve, mas só posso exercê-lo sindicalizado.
Para que me serve um direito individual, se não o posso exercer individualmente?
Ora bolas.
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Os piquetes de greve obrigam a fazê-la.
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Por outro lado é mentira que o direito à greve seja um direito individual.
Se alguém sozinho decidir que vai fazer greve leva é com falta injustificada e ainda gozam com a pessoa.
Ninguém pode declarar greve. Quem o faz são os que nem fazem parte desses locais de trabalho porque se profissionalizaram como sabotadores.
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Zazie, feliz Natal!
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Obrigada. Igualmente.
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“Não posso deixar de me solidarizar, principalmente com os mais pobres, que vivem mal”, termina Soares.
Quando é que a hipocrisia termina?
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Ele que empreste a enfermeira a 15 mil euros/mês.
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A enfermeira já é velha.
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A greve tem origem nas corporações medievais que eram formas de proteccionismo.
Os sindicatos são a versão moderna por via da industrialização.
Portanto, a greve não aparece como direito individual (isso é fantasia neotonta- não existem “direitos individuais”) mas como uma forma de defesa de colectivo.
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A greve pode ser legal (para gáudio dos juristas). Mas é profundamente imoral. Isto porque prejudica terceiros. É que não há apenas um contrato entre a empresa e os seus trabalhadores, há também um contrato entre a empresa e os seus utilizadores, os seus clientes, que são sempre prejudicados quando há greve. É isto que o Gabriel, e os juristas em geral, parecem não entender. Só olham para um dos lados, não vêem todo o panorama envolvente.
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Sonho de algumas sumidades no Blasfémias: uma empresa sem trabalhadores!
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último exemplo: “A greve pode ser legal (para gáudio dos juristas). Mas é profundamente imoral. Isto porque prejudica terceiros.”
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Quando todos perderem os direitos no trabalho , alguém vai se lembrar que os sindicatos fazem falta mas nessa altura vai ser tarde………
Sem direitos nem regulamentações no trabalho toda a sociedade é prejudicada. A TAP é uma empresa publica administrada por particulares pagos a peso de ouro que eles proprios definem o que devem ganhar depois andam preocupados com a greve ? o presidente ganhou apenas 391.000 eur no ultimo ano , TAP como empresa publica presisa de um presidente ? alguém consegue explicar isto ? Alguém do governo explica isto e outros filmes que se passam nas empresas publicas que funcionam da mesma forma como a TAP , se derem este salário aos trabalhadores eles não fazem greve .
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Defendeste um sindicato de casados? bem me parecia que não.
Nenhuma ligação entre duas pessoas livres deve ser forçada.
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