Aqui há fantasmas
13 Março, 2015
Bem, apesar da aptidão para pantomineiro – sem dúvida, essencial para o lugar a que concorre, o de D. Sebastião -, António Costa parece cada vez mais assustado, como um clube que quer acabar o campeonato antes do jogo que o pode colocar abaixo da linha de água. O que Costa diz aqui não é o que aparentemente é dito: não se queixa das eleições serem na data prevista nem se queixa de Cavaco Silva, mais uma vez usado como a personificação da súcia que políticos de carreira tanto apreciam; queixa-se, sim, de ir a eleições após mais capítulos do Guerra e Paz em versão revista Lux escritos pelo recluso mais vingativo e menos socialista (igualdade et al) do país.
23 comentários
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António Costa devia preocupar-se em ser mais profissional.
Podia começar por ele próprio.
Vai tardando a sua saída da câmara lugar onde recebe ordenado e só lá põe os pés quando lhe apetece e lhe dá jeito.
Bem podia regressar ao lugar de assessor de si próprio, figura que nem era a primeira vez que fazia.
Fazia figura de parvo mas até era a figura mais apropriada que podia fazer
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um Goês meu Amigo disse-me há mais de 60 anos que
‘monhé é o que vende gato por lebre’
não é problema étnico
a comunicação socialista não pode mencionar
a cobertura da avenida, os dinheiros da sic e outros
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balde-de-cal,
Vai-me perdoar, mas, com o devido respeito pela sua pessoa, que se percebe ter já uma longa e recheada experiencia de vida, e independentemente da minha maior ou menor simpatia politica e pessoal por Antonio Costa (quem aqui le os meus comentários percebe que me oponho politicamente ao PS e ao seu leader), tenho de dizer que não posso concordar com o modo como fala aqui sobre esta pessoa…
Há certamente assuntos e modos para falar sobre goeses, “monhés”, etc.
Mas porque carga de água é que, a proposito de uma personalidade politica, tem de sistemáticamente meter a questão étnica (sim, “monhé” é uma referencia étnica com um significado pejorativo ; eu nasci, cresci, vivi e trabalhei em Moçambique e sei muito bem, todos o sabem, incluindo o bal-de-cal, e os dicionarios confirmam-no) ??… Antonio Costa tem uma origem étnica goesa. Muito bem, é interessante de certos pontos de vista. Mas o que é que isso interessa para a discussão do que ele representa politicamente ou até sobre o seu carácter ?… Tanto mais (mas não são de modo nenhum as razões principais) que os goeses portugueses são culturalmente tão ou mais portugueses do que tantos outros, tanto mais que no caso de Antonio Costa essa origem é longinqua e parcial, tanto mais que Antonio Costa é culturalmente e socialmente tão português “lusitano” (?!) como o bal-de-cal (suponho), eu (suponho !!…), ou qualquer outro português de origem étnica 100% “europeia”.
A sua referencia e a insistencia com que a faz parece-me ter tem uma conotação claramente racista. Em geral, eu sou um anti “anti-racista”. Porque sei que, nos tempos de hoje, o racismo é muitas vezes invocado sem fundamento e para esconder as verdadeiras razões e os reais problemas. Felizmente, nos nossos paises ocidentais, hoje em dia, o racismo “branco” não é um fenomeno importante e grave. Mas, infelizmente, como tantas outras formas de racismo, não desapareceu totalmente e, provávelmente, nunca desaparecerá. Ainda há quem se comporte e se exprima de modo racista. E os poucos que ainda fazem considerações desta natureza, como me parece ser aqui o caso do “balde-de-cal”, são dos que mais contribuem para que muitos instrumentalizem e façam demagogia com o “anti-racismo”.
Discutam-se politicamente os assuntos da politica e deixem-se de lado ataques pessoais desta natureza.
Cordialmente !
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“Tá certo” ….mas desde “escurinho”, “fássita”, “velha” se pode chamar tudo que não incomoda “ninguém”
Aliás o próprio ACosta interrogado pela expressão “escurinho” disse que não achava tão errada assim porque realmente ele era uma pessoa de tez escura.
Ora “monhé” originalmente era o cruzamento de árabe com africano no tempo em que os árabes matavam os homens (africanos) e literalmente emprenhavam as mulheres deles (era assim designado) passou a vulgata para definir indiano, ou de origem indiana.
Se perguntarem ao ACosta na mesma linha de pensamento para o “escurinho” tenho a certeza que não se importará com tal designação.
Não percebo é porque outros se incomodam já que ele mesmo acha que “escurinho” não tem mal nenhum
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Tiradentes,
Não sei se o Antonio Costa se importa ou não se importa … No lugar dele, se me perguntassem, mesmo que me importasse, também dizia que não … Quanto mais não seja para não dar parte de fraco ….
Mas que, no contexto da discussão politica, chamar à colação caracteristicas pessoais, em particular fisicas, dos protagonistas a que se dão conotações pejorativas, é gratuito e insultuoso, ai isso é !…
Ainda mais “monhé”. Seja qual for a origem, que o Tiradentes bem assinala, é um termo que desde há muito se refere às pessoas de origem indiana ou muçulmana com um sentido pejorativo. O “monhé” é normalmente considerado um ser interesseiro, desonesto, inculto e pouco asseado.
Não faz qualquer sentido estar a utilizar estes termos para falar, em particular discordando e criticando, de Antonio Costa e do que ele representa politicamente.
Como diz muito bem o lucklucky aqui em baixo, o problema do Costa é ser socialista, não é ser “escurinho” (que até é, e depois ?!…) ou “monhé” (que nem é !…).
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Fernando S….vc pode não saber….não querer saber…ou mesmo ignorar as declarações do ACosta sobre o “escurinho”
Mas se vc tal como ele responderia dessa forma não percebo prque é que numa “porcaria” de blogue no sentido que a repercussão é muito menor que uma manifestação da CGTP se importa com a expressão “monhé”
A discussão política aqui é muito mais limitada que chamar “escurinho” numa manifestação e reproduzida em quase todos os noticiários e merece da sua parte ( e dele) uma desvalorização.
Pelos vistos “escurinho” para um negro deve ser desvalorizado e não se deve empolar . Já chamar “monhé” é um terrível acto de “apelar” a características pessoais fisicas. Escurinho será então um carinho e monhé um insulto.
Claro que é por ser socialista e pelo seu percurso político. Só não entendo os diferentes níveis de indignação quando uns e outros são chamados ou apelidados dessas formas.
A lider do PSD era sistematicamente denominada “A Velha”… julgo que não haveria referência a qualquer “caracteristica pessoal”. O do CDS Caterine Denauve….referia-se a o quê? Orientação sexual? Quantos se indignaram?
E eu nunca gostei de “ambos os dois” tanto das pessoas como políticos nem dos nomes que lhes chamavam.
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Tiradentes,
Fico com a impressão de que não me percebeu …
Eu não desconheço nem ignoro o que se passou com a historia do “escurinho” do FMI.
A minha apreciação é sempre a mesma. Foi algo de gratuito, deliberadamente insultuoso, e mostrou bem a hipocrisia e a falsidade de grande parte da esquerda nestas questões do racismo e do anti-racismo.
Também me parece que Antonio Costa esteve mal ao utilizar o seu caso pessoal para desvalorizar a gravidade do que se tinha passado.
Em coerencia com o que disse anteriormente, inclusivé nos meus comentários anteriores, também não concordo com outras formas de tratamento depreciativo a partir de supostas caracteristicas fisicas e étnicas dos atacados, sejam eles quem forem, de direita como de esquerda.
O termo “monhé”, que eu conheço bem por ter vivido num territorio onde era comum e frequente e que sei ter normalmente uma conotação pejorativa, é apenas mais um entre outros.
Continuo a achar que a discussão politica, seja a que nivel for, dos médias, de um pequeno blog ou até de uma conversa de café, não deve recorrer a este tipo de termos que são normalmente utilizados com um intuito depreciativo e ofensivo.
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a impressão minha é de que quem não percebeu o meu ponto foi O Fernando S.
Não no sentido pessoal exclusivo dirigido a si que pode (eu não vi) ter manifestado a sua indignação aqui ou noutro lado pelo uso pejorativo de qualificativos, tais como aqueles que mencionei……escurinho… velha ……
O que eu digo é que há certos termos dirigidos a certas pessoas parecem “mais agressivos” do que outros da mesma índole dirigidas a outras, provocando isso sim “manifestações de repúdio bem visíveis”, que nos outros casos assinalados quando acontecem ou são quase ignorados abafados ou mesmo tidos como deslizes terminológicos.
Não vi, apesar de atento a essas coisas, além de uma ou outra manifestação na net de repúdio das anteriores como vejo em relação a este que já teve declarações públicas de políticos e artigos de opinião.
Nada disso se passou nos casos anteriores.
A minha questão é sim, os dois pesos e duas medidas de “indignação”.
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Tiradentes,
Eu percebi o seu ponto.
E concordo consigo que ha normalmente dois pesos e duas medidas, que a indignação é selectiva no sentido em que diz : a esquerda pode dizer tudo, a direita não pode dizer nada. Creio ter dito isso nos meus comentarios acima, nomeadamente quando refiro a hipocrisia da esquerda nestas matérias.
Efectivamente, não me lembro de ter comentado aqui a historia do “escurinho”. Não posso, nem pretendo, comentar tudo. Mas fiz e faço o mesmo tipo de leitura que o Tiradentes.
Dito isto, continuo a pensar que não é correcto atacar Antonio Costa fazendo referencia às suas origens goesas e utilizando adjectivos como “monhé”.
Ainda não percebi bem se o Tiradentes acha bem ou não !…
Que fique claro que eu não sou um adepto do “racialmente correcto”, uma das multiplas dimensões do “politicamente correcto”.
De um modo geral, não ha mal nenhum em falar nas origens étnicas das pessoas. Pode ser uma informação importante para a compreensão de certas realidades individuais e sociais. Pode até ser um modo de convivialidade e afectividade, com humor e boa disposição. Infelizmente, certas visões do mundo, nomeadamente da esquerda em geral, prisioneiras dos seus dogmas, consideram que uma referencia a uma origem étnica apenas é aceitavel para ilustrar o racismo “branco” ou a exploração dos pobres “de cor” pelos capitalistas “brancos”. Fora disto, nada se pode dizer. A não ser, evidentemente, como no caso do “escurinho”, que seja a propria esquerda, por definição insuspeita de racismo, a faze-lo !…. Nada disto é razoavel.
Ou seja, a unica coisa com que não concordo é com uma visão verdadeiramente racista das diferenças étnicas e com a utilização destas com uma intenção meramente depreciativa ou insultuosa.
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Na mouche Fernendo S , há uma data de gente que não se cansa de a despropósito se referir à raça do Costa.
O problema de Costa é ser Socialista.
Não é ser “escurinho” para usar terminologia racista aceite pela Esquerda.
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Para qualquer verdadeiro democrata (por definição, de esquerda), se os eleitores decidirem mal e se tiver que esperar seja quanto tempo fôr por nova oportunidade para decidirem de forma diferente, essa nova oportunidade virá sempre tarde.
E a demora será tão mais grave quanto mais elevada fôr a probabilidade de os eleitores voltarem a decidir mal.
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Meu caro, uma resposta exemplar.
Mas não é inédita.
Outro teve a mesma ideia, curiosamente aplicada ao contrário.
Queira verificar:
O povo perdeu a confiança no Governo
E só à custa de esforços redobrados
Poderá recuperá-la. Mas não seria
Mais simples para o governo
Dissolver o povo
E eleger outro?
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Qual é a moralidade de António Costa que esteve num governo 6 anos, deixou afundar um país, endividado e sem dinheiro, onde só havia dinheiro para pagar salários e pensões, que nem chegava a 1 mês.
Virou salvador! Pobre povo que está cego.
Passos fez o que tinha a fazer, senão o barco afundava-se para todos e neste momento há dinheiro para 1 ano e tem vindo a abater na dívida.
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Admiro-me como V.Exª sendo pessoa atenta, não escrevesse sobre essa pouca vergonha de qq funcionário das finanças de norte a sul do país, vá consultar, bisbliotar a vida dos contribuintes.
Todos nós somos VIPs. Não são 200 são 10 milhões que temos o direito de reserva.
Essa mosquinha mansa do sindicato dos impostos, dizia há algum que o aumento do horário laboral de 1 hora dia, não ia aumentar a produção.
Pergunto, e as horas extraordinárias muito bem pagas nesse periodo aumentavam a produção? Sendo assim estavam ou estão a roubar os contribuintes!
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Parabéns pelo seu comentário!
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Expliquei isso mesmo hoje de manhã.
Se um funcionário de Moimenta da Beira (onde nunca fui e nada tenho) for consultar o meu processo, é natural que seja chamado a explicar a sua curiosidade.
O mesmo se aplica aos casos de que todos falam.
Todos tem direito a consultar tudo mas certas “consultas” carecem de ser explicadas.
Felizmente as pessoas a quem falei, compreenderam.
Não é difícil, aliás.
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Então segundo a sondagem do expresso o PSD já está de acordo com a minha previsão(25,2%), falta o PS descer dos 38,15(valor atual) para os 30%,o sr Costa e a tralha socrática vão conseguir, acredito que os portugueses vão pasokizar o PS. O PP escapa pelos intervalos da chuva, ainda tem 8,1%, enche um miniautocarro, mas gostaria de os ver a encher um táxi.
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E a sua solução é…
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Em Abril de 2012 o governo de coligação holandês caiu, o pais teria de ir a eleições antes do periodo de férias de Verão e 27 de Junho não poderia ser, «(…) the date would clash with football’s Euro 2012 semi-final, in which – if Dutch soccer goes a good deal better than the economy and politics – the Dutch national team will be playing.» (a Holanda nesse mundial caiu na fase de grupos com 3 derrotas). Assim a eleições teriam de se realizar em Setembro quando os holandeses tivessem regressado de férias com tempo para a campanha eleitoral, acabaram por se realizar a meados de Setembro.
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Notei a indignação do Costa pelo actual governo ter um mandato superior a 4 anos (4 anos e 4 meses). Mas não o vi indignado quando o primeiro governo Sócrates teve um mandato de 4 anos e 6 meses. Se o ridículo pagasse impostos…
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Claro, apenas apelam ao respeito pela Constituição quando lhes convém …
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Ele faz mais o género das maiorias absolutas deitadas abaixo por um presidente socialista. É uma visão muito democrática da política.
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É preciso impedir este só-cretino de voltar a pôr isto no buraco.
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