Cortar o mal pela raiz
30 Abril, 2015

Do lado direito, a comovente história de uma mulher, mãe solteira no desabrochar da juventude, que procura o filho gay – não que tenha nada de mal – e político – mais questionável – vendido por freiras malévolas a abastada família norte-americana que lhe proporcionou uma infância banal.
Do lado esquerdo, a pragmática história de um hospital com aval de juiz para evitar histórias comoventes como a do lado direito.
50 comentários
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Mata-se o problema. Resolve-se o problema. Pelo lado do nascituro, ele nem tem hipóteses de ser considerado sem ser como um problema.
Para a involuntária e jovem mãe, o que será pior ? Levar a gravidez até ao fim ou sofrer um aborto ?
Ainda bem que há médicos e procuradores da república a decidir estes assuntos.
Mudando de assunto: então nos antípodas sempre fuzilaram aqueles traficantes de droga, hein ? Falta de respeito pela vida humana !… Só mesmo no terceiro mundo.
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São coisas destas que fazem de Portugal uma merda de país! depois de ser abusada pelo padrasto, esta menina, que é Mãe, vai ser abusada pelos médicos com o aval da justiça. Tudo a bem das consciências putridas do politicamento correcto que dominam este país.
São tão criminosos como o padrasto!
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há 60 anos uma mulher capou o marido durante a noite com uma navalha de barbear.
noticia do jornal
‘cortou o mal pela raiz’
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A situação é muito delicada
Seja qual for a decisão há de haver sempre quem discorde
Mas vir o fdp do padrasto dizer que assume a responsabilidade paternal era mete-lo para toda a vida numa pocilga.
Grande bandido
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De um lado um conjunto de profissionais de saúde e justiça que acompanham um caso dramático com conhecimento dos factos e das pessoas afectadas. Do outro um blogger.
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Estranho que se refira ao caso quando o post se refere a uma notícia de jornal.
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Imaginem que a menina grávida era vossa filha…O que fariam? O que desejariam fazer?
Sujeitar um corpo de 12 anos a um parto? Está bem podia ser “cesariana” E depois? Levar a gravidez até ao fim não será uma violência que porá em risco a saúde futura da jovem? QUE FAZER AO “FILHO DO VIOLADOR?” Adopção..uma “pena” permanente para a jovem mãe1 Institucionalização? manter “relações com a mãe e o “pai” ou abandonado?
Não é possível entregar a criança à mãe criança nem a mãe desta pode ser considerada capaz de amparar, criar, cuidar e amar as duas.
O aborto é uma coisa horrível…mas se fosse minha filha eu aprovaria, depois de tentar convencer a miúda que era a menos má solução e de conhecer a relação que ela tem ou não tem com o fruto da violação. IMAGINEM QUE ELA ERA VOSSA FILHA!
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Se fosse a sua filha não tinha nada que aprovar, de acordo com a notícia: “hospital *decide*”.
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Vitor, engraçado é na Belgica! Quando os velhotes já têm medo do hospital (Decisoes do Caralho :)”)
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O seu post e de um profundo mau gosto e falta de sensibilidade, além de padecer de alguns vícios informativos.
Se leu a notícia toda, o hospital decidiu, depois de profunda análise que envolveu pedopsiquiatras, e o Tribunal aprovou para suprir o consentimento da mãe, que e arguida, suspeita de conhecer e encobrir o caso.
Poderá também ter lido que os abusos começaram quando a criança tinha seis anos, e que o chefe do serviço de obstetrícia afirmou que qualquer solução seria sempre traumática; e que a menina foi levada para o hospital pelos funcionários da escola que desconfiaram que estava grávida…
Ou seja, uma colecção de histórias de terror.
Será a melhor solução? Não sei, mas acredito – neste caso- que quem decidiu terá feito a escolha menos má.
E, já agora, um comentário e uma pergunta:
1. no filme que refere, Philomena, a mãe a quem roubaram o filho, não tinha 12 anos nem tinha sido violada, teria uns 18 ou 19 e teve uma relação consensual, ficou gravida, foi expulsa de casa ( estávamos nos anos 50 numa Irlanda ultra-hiper-conservadora) o que faz toda a diferença para o caso presente;
2. acha que o reconhecimento da paternidade pelo violador resolvia o quê?
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Deixe o seu nome e morada. Se daqui a uns anos a já não criança decidir processar o estado português por a ter obrigado a abortar sem que ela o quisesse, você paga.
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Eu não consigo imaginar. Imaginar implicaria por todos os meios ao meu alcance limpar á besta que praticou um crime tão barbaro como este e depois…não faço ideia nenhuma. Por um lado as duas crianças , mãe e filho, não têm culpa nenhuma e por outro, ver a sociedade como se nos apresenta é lançar aos grifos duma almas que sem apoio oficial serão trocidados , já que até a mãe é uma rolha de merda.
NÃO CONSIGO IMAGINAR
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O quê?
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Pois sim IO. Mas o resultado do aborto, que admite ser uma coisa horrível, é certo e dramático: suprime-se uma vida humana. A outra opção tem riscos e é extremamente difícil, bem sei, mas pode ter um final feliz. Entre um cenário de desastre certo e um outro com incertezas, o que escolheria? Eu escolheria o que dá lugar à esperança.
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Quando ocorreu o referendo sobre a IVG questionei um “pró/vida” acerca do que faria caso a sua filha menor fosse violada por um negro. O sr. doutor respondeu que isso nunca aconteceria com filha sua (e mais nada, calou-se).
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Ainda bem. Quem é ele para fazer seja o que for se quem engravidou foi a filha?
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É contra o aborto se este ocorrer na casa dos outros.
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Quem é que é contra o aborto?
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O belíssimo filme é um pouco mais complexo do que a sucinta apreciação feita.
Compreendo que não era uma análise cinematográfica mas apenas servia de contraponto.
Do outro lado o problema é ainda mais complexo.
A primeira coisa em que pensei foi no erro da Natureza ao deixar engravidar um corpo de 12 anos que não devia estar formado para esse acto.
A notícia como agora quase todas as dos jornais peca por omissões, o papel está caro.
Do que li não conheço a opinião da mãe da criança e só a conhecendo posso, então, dar a minha.
Com estas omissões acredito que foi uma solução boa, tão boa quanto aquela do Rei Salomão.
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A única opinião que tenho é sobre este título: “hospital de Santa Maria decide interromper”. Espero que o hospital não tenha decidido nada, que tenham sido pessoas a decidir, e que essas pessoas que decidiram o tenham feito baseado na vontade da miúda e não noutro qualquer factor, após informação médica sobre os riscos que permitam decisões informadas.
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Claro, mas como o senhor sabe os jornalistas da época moderna tratam os lead mais como enfeito do que como informação, daí que já tenha sido cunhado o interessante termo Infotainment.
Temos que lhes perdoar, afinal somos todos cristãos.
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Segundo parece a mãe foi constituida arguida por calar a situação.
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“no erro da Natureza ao deixar engravidar um corpo de 12 anos que não devia estar formado para esse acto.”
Não concordo, Fado.
A “Natureza” é a única parte que, seguramente, não se enganou. Uma coisa é a idade cultural para se ser mãe, outra coisa é a idade biológica.
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Compreendo a sua observação.
Tudo muda e o que há um século seria quase uma impossibilidade, hoje feliz ou infelizmente não o é.
O meu filho outro dia confidenciou-me que as minhas netas com os mesmos doze anos já são menstruadas.
Não acho que isto tenha sido avanço nenhum, quando o corpo não acompanha a mente, e muito menos os costumes.
Temos que nos habituar, mas custa.
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Meu caro Fado. Andámos toda a nossa evolução a procriar assim que houvesse maturação física para isso. Ainda hoje em muitas sociedades o normal é começar-se a procriar enquanto adolescente (e não aos 35 ou até 45 anos). Do ponto de vista físico e mental, os adolescentes estão mais que preparados para isso. Não estão é do ponto de vista material e social. Mas isso não tem nada a ver com eles em si. Tem muito mais a ver com o contexto em que vivemos. Contexto que é também o dos médicos que avaliaram a situação. Fossem eles árabes e, provavelmente, o veredicto seria outro. Provavelmente também não estariam errados.
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Precisamente!
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…caro anónimo.
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Fado Alex .O que é que há um século seria uma impossibilidade, menstruação aos 12 anos ? Está enganado, é “naturalmente” normal. O que há é um contexto social e cultural moderno, uma mudança de preconceitos e proteção excessiva parental. Que cada vez mais prolonga a infantilização. As gerações mais velhas eram mais responsaveis e tinham mais responsabilidades aos 12 que agora aos 18 anos. No Brasil por ex há familias que ainda celebram por tradição os 15 anos de idade nas raparigas, como a passagem de menina para mulher adulta.
Não há engano nenhum na natureza, ela sempre foi assim. Quanto mais cedo a capacidade de uma espécie animal tem para se reproduzir mais há a garantia da sua sobrevivência.
O que mudou foram os preconceitos culturais . E o dominio do dogmatismo da
rigidez legislativa, alheia à realidade natural. E que olha para a pessoa humana como uma peça standarizada .
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Nem mais MG
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Segundo li a decisão não foi tomada pelas paredes do hospital, ou pelo arquitecto que o desenhou, mas por pediatras, pedopsiquiatras, obstetras, psicólogos e assistentes sociais, certamente depois de ouvirem a mãe e a adolescente grávida.
A minha tia Adosinda também se pronunciou.
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“certamente”…
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Vítor Cunha, apenas um ponto: a criança é juridicamente inimputável. Outra coisa é saber se os pais podiam e deviam ter exercido o poder paternal.
Nota: nunca fui favorável ao aborto a não ser em circunstâncias bem delimitadas – perigo de vida da mãe, grave deificência física, violação – e custa-me ter que pagar com os meus impostos a vadiagem de outros. Usem a pílula ou o preservativo.
Quanto à conversa da vida e do respeito pela vida talvez seja de ter presente que é uma coisa muito católica, mais ideológica que científica. Para muitos judeus a vida começa com o primeiro sopro. Se estes não têm de facto razão com o que hoje se sabe, os católicos (e só alguns) também convencem muito pouca gente quando querem impingir que quarenta e oito horas passadas sobre a festa está ali uma pessoa. Por isso é que vão tanto a fátima e a seguir é o que é.
A prova de que este caso não é de todo meridiano é o silêncio da igreja. lembra-se do bispo que queria excomungar uma miúda no Brasil por um caso semelhante? dizia ele que mais grave que a violação era o homicídio. Ou do outro que sucedeu na Irlanda em que queriam impedir a criança de abortar no Reino Unido? uma miúda violada pelo pai de uam amiga?
E se quer que lhe diga no caso em apreço não consigo ter opinião. É fácil falar de fora, num sentido ou noutro.
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Remeto para outros comentários: está em causa o “hospital decide”.
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inimputável?
eheheh
É atrasadinha mental ou é juridicamente irresponsável?
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A propósito do “hospital decide”. Almocei ao som de um noticiário qualquer, e reparei que, neste caso da miúda grávida, todas as boas gentes entendiam que a “decisão técnica dos médicos” era sagrada. Porém, logo de seguida, deram uma notícia acerca da recusa de dádivas de sangue de homens que praticam sexo com outros homens e, nesse caso, já as boas gentes entendiam que a “decisão técnica dos médicos” não interessava para nada.
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Fez-me lembrar o caso de ontem daquela mãe solteira de seis filhos que deu umas chapadas no filho número 4 ou 5 não posso precisar.
Se lhe batesse por trazer más notas do liceu (presumindo que o gansgter estuda) até podia ser presa.
O mundo é um lugar muito estranho.
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E quem devia decidir? O padrasto? A mãe? Está em condições de exercer o poder paternal? O pai? Que é feito dele? ou é deixa andar? Se fosse uma famîlia ‘normal’, pai, mãe, não tenho duvidas de que deveriam ser eles a decidir. Se é uma família em desagregação moral respeito que seja o hospital a decidir.
Uma outra situação:O que é que diria se uma criança tivesse uma doença que precisasse de uma transfusão de sangue e os pais a recusassem porque eram testemunhas de jeová? Seria correcto o hospital aceitar isso?
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Não sei se reparou mas a própria grávida não aparece referida na sua resposta. Apesar do padrasto poder assim não o entender, eu acho que ela é uma pessoa.
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Lendo os comentarios fico confuso! Mas afinal matar nao é o mais odioso?
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só no caso de traficantes de droga.
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Já agora; quando é que a referida gravidez será retomada?
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ehehehe
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Que alívio saber que foi tomada a decisão certa. Parabéns aos profissionais do Hospital.
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POST excelente.
VC é fantástico!
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Fantástico ou real?
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A miuda esta grávida de 5+ meses Boa altura para ler…
https://padrepauloricardo.org/blog/isso-nao-e-um-bebe-e-um-aborto-a-tragedia-de-bebes-nascidos-vivos-durante-a-pratica-do-aborto
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A taxa de mortalidade de grávidas adolescentes, e estamos a falar da faixa etária dos 15 aos 19 anos, e dos respetivos bebés, e’ muito maior que no caso de grávidas com mais de 20 anos. Quem sabe os fundamentos da decisão médica?
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Sim , se há algo que a natureza reconhece diferentemente entre uma mulher de 18,19 e uma de 20 ou 21 é realmente a sua idade cronólogica na definição de que as primeiras são “adolescentes” e as outras por “razões” particulares que só Deus sabe não. E por isso coiso e tal… Enfim “burocracias” da natureza…
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o facto do tarado querer assumir eh meio caminho andado para permitir o aborto . queria criar vinculo permanente com a pobre miuda , non ?
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Quando leio alguns destes comentadores assumirem-se como cristãos, depois de anos de comentários onde destilam ódios por tudo e por nada, tenho de assumir que o conceito de cristão está muito mudado.
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