Não deixo de me surpreender
14 Maio, 2015
com o actual consenso nacional em torno do modus operandi de Sócrates. Pessoas que viveram caladinhas naqueles anos ou até que fizeram parte do círculo que mimoseava com “favianos” epítetos quem então questionava a infalibilidade do líder do PS, PM e posteriormente falante instantâneo de francês filosófico vêm agora com uma desfaçatez e sem sombra de vergonha na cara confirmar que sim senhora a criatura era tudo o que dizem e mais alguma coisa.
15 comentários
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Os valores, a vergonha, a honra, já eram. Por isso, o mundo é dos oportunistas, que, acabam sempre por ser valorizados neste tipo de sociedade que está criada. Logo, não admira todo este comportamento dos amigos de ontem, amnésicos de hoje, oportunistas de sempre.
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ainda hão-de construir uma basílica em évora para os devotos lá poderem ir numa pregrinação a pé…
(a mim não me surpreende um falante instantâneo de francês filosófico… num gajo que fez “exames” por fax e com licenciatura dominical…).
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Sacerdotes habilitados para as prédicas, sermões, o que quiserem nessa basílica: ACosta, MSoares, Vara, Vitorino, Capoulas, Pinto da Costa, Alegre, Galamba, Campos (ambos os dois), Lelo…
Devotos: cada vez menos, mas bovinização é bovinização, carago !
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Atenção! Amanhã não há visitas. Vai tudo a um casamento no Xemburgo…
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Bem observado “Artista Português”.
A desfaçatez e a falta de vergonha dos frequentadores da agremiação do Largo do Rato são estratosféricos. Tristes de nós… se dum lado chove do outro troveja…!!!
O post da Helena é eloquente.
Parabéns!.
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Conheço dois caval(h)eiros “socialistas” que no dia seguinte à prisão (ops, colocação em Évora) de JSócrates defendera, a tese duma conspiração do P”SD” e do C”DS” e assim se mantiveram até recentemente. Hoje, dizem-me: “se ele for condenado com provas, que fique preso 20 anos !” Mas ressalvam: “ele está inocente !” E irados contra-atacam: “não passa duma perseguição política !”
Porque mais do que uma pessoa o apoia, já não se trata de uma “fé”, mas de fezes.
In dubio pro reo, a derradeira esperança. Pois.
Duvido que JS continue preso muitos meses em 2016 se ACosta vencer as legislativas: “para nós tudo ! Para os inimigos nada ! Para os outros cumpra-se a lei !” — ASantos.
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A libertação do dito cujo é logo a seguir à tomada de posse do A. Costa, ou até antes, portanto ainda em 2015.
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Antes de 2015 não pode, porque o governo toma posse em Novembro e apesar de tudo ainda não estamos numa republiqueta vulnerável a golpes de estado onde duma noite para o dia mudam magistrados, PGR, chefias das polícias, etc., e soltam presos escolhidos a dedo.
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Deixe lá. Também há outros que nunca o gramaram ou votaram nele que chegam agora à conclusão que José Sócrates foi o último grande estadista português a lutar para que o seu país não se transformasse numa mera colónia do Partido Comunista Chinês e outros especuladores, terra de fortuna para a meia dúzia dos seus mandantes e de miséria para os restantes.
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Conheço dois “socialistas” que ainda hoje concluem sem se rirem, que JS foi o melhor PM post 25 de Abril.
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Mas que formidável poder de contenção desses dois tais !!!
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Que lindo retrato siciliano:
http://observador.pt/especiais/a-queda-de-socrates-comecou-aqui-as-escutas-do-curso-mal-explicado/
Mas isto não é o retrato de sócrates.
É o retrato de Portugal como sempre foi.
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Exacto: o país está impregnado de vígaros, de chico-espertos, de incompetentes também na governança.
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qual era o modus operandi qual era já se sabe? pelo livro que vai ser publicado basta o juiz agarrar nele e já está vergastadas em publico, para que julgamento já todos sabemos.
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http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=994270&page=-1
O ‘MENINO DE OURO’ DE DIAS LOUREIRO
por
JOÃO PEDRO HENRIQUES01 julho 2008Comentar
Sócrates. ‘O Menino de Ouro do PS’, biografia do primeiro- -ministro da autoria da jornalista Eduarda Maio, foi ontem lançada em Lisboa. Dias Loureiro, ex-ministro do PSD, conselheiro de Estado designado por Cavaco, multiplicou-se em elogios a Sócrates e ao seu “optimismo, que faz bem a Portugal”
Loureiro acha que optimismo do PM faz bem ao País
Manuel Dias Loureiro, empresário, “barão” do PSD, conselheiro de Estado indicado pelo Presidente da República, mais parecia, ontem, um fervoroso militante socialista.
No lançamento de uma biografia de José Sócrates da autoria da jornalista Eduarda Maio, sob a chancela da Esfera dos Livros, o ex-ministro elogiou a autora do livro (“uma investigação exaustiva” que é “fácil de ler”) mas em relação ao próprio biografado foi verdadeiramente hiperbólico. Fez inclusivamente “sombra” ao outro apresentador da obra, esse sim portador de cartão de militante do PS, o ex-ministro e ex-comissário europeu António Vitorino.
Dias Loureiro declarou-se “emocionado” com o “lado dos afectos” retratado na biografia (intitulada “José Sócrates – O menino de ouro do PS”), sobretudo na parte em que a autora referiu a ligação do líder socialista à aldeia transmontana onde nasceu há 50 anos, Vilar de Maçada. “Há duas coisas que não podemos escolher: os nossos pais e a terra onde nascemos. Temos a obrigação de respeitar essa herança, amá-la e transmiti-la”, afirmou.
Mas Dias Loureiro elogiou também as características políticas de Sócrates. Por exemplo, a sua “atenção aos detalhes”. “Só quem está atento aos detalhes pode fazer grandes coisas. Essa é uma característica dos grandes homens.” Elogiou-lhe também a “sensatez” e a “prudência” e ainda o seu “optimismo”: “O optimismo de Sócrates faz muito bem a Portugal”.
O outro apresentador, o dirigente socialista António Vitorino, sublinhou o “risco” de escrever uma biografia de um político ainda no activo – sendo portanto lida à luz das “paixões” que o biografado provoca. “Um livro destes é muito raro”, sublinhou, salientando ao mesmo tempo a pouca tradição portuguesa das biografias.
Vitorino referiu Sócrates como o primeiro chefe do Governo pós-25 de Abril “totalmente formado” depois da Revolução, enfatizando também que o líder socialista, nas declarações que fez a Eduarda Maio sobre aspectos da sua vida pessoal e familiar, “deu pela primeira vez o passo para o outro lado da fronteira” – ou seja, rompeu com o hábito que tem mantido de manter essa parte da sua vida fora do escrutínio público.
Sócrates, no seu entender, “é um político moderno”. E domina três aspectos essenciais da acção política moderna: “É um bom comunicador – e só é um bom comunicador quem tem algo para comunicar; é um profissional porque está focado nos resultados; e não tem uma concepção fixista dos valores”. Encerrou a prelecção dizendo ter ficado com uma dúvida: afinal Sócrates tem ou não prazer em “vitimizar telemóveis”? O livro não esclarece. “Ficará para uma autobiografia.” Talvez.|
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