um reaccionário
António Costa queixa-se que 90% dos contratos de trabalho recentemente celebrados em Portugal são «a prazo», logo, «precários», e que os jovens que os celebraram «não vão ter segurança no trabalho». Em sua opinião, essa percentagem deveria ser inversa e é grave que assim não seja.
Ora, grave é esta forma de ver o mundo do trabalho e das empresas. Ela amarra as empresas, os empresários e os trabalhadores a leis trabalhistas rígidas, que os obrigam a manter incompetentes, ou a terem de fazer um esforço absurdo para se conseguirem ver livres deles. As consequências desta rigidez são múltiplas, mas, entre outras, a mais grave é a da contracção dos novos contratos de trabalho e a estagnação do emprego, já que nenhum empregador mentalmente são está disposto a correr riscos desnecessários e só contratará um novo funcionário quando não puder deixar de o fazer. Mas esta é também uma maneira, provavelmente a melhor, de perverter o funcionamento normal de uma empresa, desmerecendo o mérito e privilegiando a forma: quem tem um contrato de trabalho não precisa de muito mais para se manter empregado. No fim de contas, o que António Costa sugere é que se aplique a mentalidade dominante na função pública às empresas privadas.
Foi deste tipo de leis supostamente proteccionistas do trabalho, saídas da Carta del Lavoro italiana, que vivemos nas últimas décadas em Portugal. E foram elas em boa parte responsáveis por um mercado de trabalho arcaico, estagnado e por empresas e empresários que preferem não arriscar. Ou seja, estas leis «proteccionistas» do emprego contribuem mais para o desemprego do que o faria um mercado livre de trabalho.
Acresce que em parte nenhuma do mundo de hoje as coisas ainda funcionam desta maneira. Com esta mentalidade, António Costa demonstra ser um reaccionário e um homem que pertence ao passado.

Saiba o articulista que, segundo a melhor inteligênca esquerdina, os patrões têm por grande ambição despedir trabalhadores.
Não está determinado se se trata de uma virose ou de um súbito arrependimento que leva exploradores a quererem deixar de explorar, mas sabe-se que há grupos de trabalho a analisar o assunto em profundidade.
Por outro lado, visto o caso pelo lado do trabalhador, os estudos estão de há muito concluídos e foi comprovado ser desumano e revelador de uma total ausência de sensibilidade social, que o trabalhador tenha que merecer em cada mês o que ganha, para além do período experimental; e quanto a este período verificou-se que, só por si, tem levado a graves disturbios psico-somáticos , risco que deve vir´a merecer a atenção do legislador.
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Brilhante!
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Um mundo sem trabalhadores i.e. sem exploradores, aconselhava eu Tudo patrões . Basta que os trabalhadores invistam dinheiro e criem empresas
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É bom lembrar que a principal função do Estado é defender e proteger as pessoas e o património.
De resto,………. deixem-se do Mark Cisma.
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Alguém percebeu isto?
“Emigração
Regulação passa pela “criação de canais legais de emigração e capacidade efetiva de integração”. Para o futuro da Europa “vamos precisar de ter mais emigrantes” e não seguir este caminho “é um erro”, salienta o líder. “Necessitamos de emigrantes. Temos carências em muitos sectores de atividade”, acrescenta, contando que, nas suas deslocaçõesque tem pelo país, “muitos empresários” lhe têm dito que precisam de mais emigração.”
Pode ser lido aqui:
http://expresso.sapo.pt/politica/2015-08-17-Antonio-Costa-na-redacao-aberta-da-SIC-90-dos-novos-contratos-de-trabalho-sao-a-prazo
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Quem escreveu esse artigo do expresso não sabe o que é emigração e imigração.
Quanto ao Costa, não é para perceber, está a favor da imigração e queixa-se do desemprego…
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Emigrantes, na verdade imigrantes, é igual, na cabeça oca do celerado Costa, a «futuros votantes no peiésse». Precisa deles como literalmente de pão para a boca, pois que os portugueses estão a acordar.
Aventa-se-me que a Coligação vai ter um expressiva maioria absoluta nas urnas. Há dois meses não diria isso, achava que iria ter uma maioria relativa.
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Caro Francisco,
se me permite, vou guardar este seu comentário para memória futura!
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Guarde. O engraçado é que não conheço ninguém que admita ir votar no PS. Mesmo pessoas que sempre votaram, para espanto meu, dizem “mal por mal que fiquem os que lá estão”.
O Messias Pardo tem Lisboa, e não toda. Começo a pensar que a xuxalândia está cingida à parte mais desprezível das grandes cidades, a cintura de desfuncionários disfuncionais.
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Em 2015 quando toda a gente já sabe que sem flexibilidade não há aumento de emprego esta discussão é estéril. Estamos a sair de uma crise. Os empregadores só admitem colaboradores se os negócios melhorarem e querem poder ajustar se eles piorarem. Tudo para além disto é demagogia. Ninguém gosta de mandar pessoas embora além dos custos que isso custa. Posicionar-se sempre contra os empregadores que arriscaram muito dinheiro para ter sucesso é totalmente idiota. Se não houver empregadores não há empregos.
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Mas, alguma vez o ACosta teve alguma ideia, proposta, decisão (no governo, na CML e agora no P”S”) para além da banalidade e da normalidade ?
Dirigiu, quando, a coisa pública, convencendo que possui capacidade política, técnica, intelectual e cultural acima da média ?
Os seus pajens “socialistas” (putativos ministros, secretários de estado, directores, deputados, etc.) são melhores do que a criatura que os ilude e lhes prometeu a manjedoura estatal ?
Tal como eu previ: o P”S” está a estilhaçar-se com a chegada do Costa. Hoje, MBelém contribuíu oficiosamente para isso.
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Mais isto e repito aqui pela enésima vez: AJSeguro era um normal e desinteressante secretário geral incapaz de chegar a PM. Mas o ACosta é bem pior do que o AJS.
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Completamente perdido, desnorteado, desautorizado e já interna e externamente percecionado como o grande timoneiro do desastre seguro, o nabiça do rato aparece muito jeitoso na TV, ladeado pelo senhor doutor Lacão, da proto-ministra Estrela e de outras figuras do futuro e da modernidade, entre as quais pontifica o sorridente e estridente Ferro Rodrigues. Prevejo um grande resultado eleitoral para esta extraordinária equipe. Que discursos! Que visão! Que ideias tão sólidas e trabalhadas! A família do José Seguro deve estar a passar umas férias muito divertidas.
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Por muitos “novos” pensadores que queiram exibir perante a opinião pública, ninguém neste P”S” vai para além da cartilha interna porque catequizados por, afinal, uma espécie de “brigada do reumático” formatada unicamente para tentar reocupar o poder estatal. E nessa “brigada do reumático” já estão militantes trintões e quarentões…
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Se os casamentos são a prazo também todos os outros contratos devem ser a prazo.
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Pois eu não considero que os contratos de trabalho devem ser a prazo. Devem durar enquanto ambas as partes julgarem vantajoso que assim seja. Dou de barato um tempo de pré-aviso, ou uma indemnização de um mês de salário, salvo más condutas evidentes por parte do trabalhador.
Pode crer que, após um momento de abalo, iríamos ter o desemprego a um dígito e a mão de obra a subir de preço. Simultaneamente.
Nada melhor para um trabalhador que a certeza de que, uma vez despedido, facilmente arranjará novo emprego. Que andam empresas à pesca de bons trabalhadores. Como na primeira metade dos anos 70.
O contrato de trabalho com prazos ou definitivo é na verdade mais pernicioso para o trabalhador que para o patrão. Faz os salários baixos, mantém empresas por tentar novas oportunidades de negócio e, pior, impede a ascensão de novas empresas.
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kosta konkordia, já foste… Ao fundo!
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Dois apontamentos: um contrato por período indeterminado em Portugal tem um período probatório de, no mínimo, 90 dias. É mais do que suficiente para saber se o trabalhador é ou não incompetente, e é também a norma usada por essa Europa fora.
Segundo a OCDE, em 2014 cerca de 37% dos contratos de trabalho em Portugal são permanentes. É uma percentagem muito mais baixa que a Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, França, Irlanda ou Noruega. Economias que dificilmente poderão ser descritas como reaccionárias…
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Podem ser. Mas o despedimento não está vinculado à existência de uma «justa causa» comprovada em processo disciplinar. A empresa pode despedir o trabalhador (e a incompetência foi um exemplo extremo, porque pode não ser necessário um trabalhador ser incompetente para que uma empresa precise de prescindir dele) a todo o momento, só que as consequências indemnizatórias são agravadas se o fizer sem justa causa. É, por exemplo, o que se passa no Brasil, num país governado há mais de 12 anos por um partido que emergiu de um sindicato.
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Em Inglaterra despede consoante o prazo mínimo legal (que depende da antiguidade do trabalhador) ou a cláusula contratual que estabeleça o período de aviso, o que dos dois for mais alargado.
Em Inglaterra, ou em qualquer outro dos países considerados como tendo uma economia flexível, as indemnizações legais são mais baixas, mas basta um empregador cometer uma falha para ter de desembolsar uma pipa de massa.
E os despedimentos têm de ser muito bem justificados.
Além disso, os esquemas de proteção social nesses países são bastante mais abrangentes que em Portugal e os salários permitem taxas de poupança maiores.
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ò mendes
E veja porquê:
http://www.dinheirovivo.pt/economia/interior.aspx?content_id=3911679
Indemnizações:
Alemanha: 15 dias por ano limite 10 meses
Inglaterra: 6dias por ano limite 6 meses
Dinamarca: zero
Suécia: 9 dias limite 6 meses
Mercado de trabalho por essa Europa é muito menos rigido, é menos oneroso para as empresas
Logo as empresas contratam menos a prazo.
Para a ESQUERDA as empresas tem dois objetivos OPOSTOS.
1.º Despedir
2.º Explorar o trabalhador,
isto é despede e depois não tem quem explorar!
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No Reino Unido despede com uma semana de antecedência.
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Em Portugal, se apanhas um empregado a comer a tua mulher, podes divorciar-te, mas não podes despedir o empregado.
Não podes com o gajo, mas estás condenado a pagar-lhe o salário até à reforma (ou até ele se querer ver livre de ti), pois não há indemnização nenhuma que te permita despedi-lo sem “justa causa”.
Porque um gajo roubar-te a mulher, ser uma má influência para os teus filhos, etc, não é “justa causa” para despedimento. É só um “desentendimento pessoal” entre vós que não pode nem deve ter influência no local de trabalho, onde há que proteger o empregado do vil patrão.
Da mesma forma se um empregado andar a comer as mulheres dos colegas, não pode ser acusado de causar mau ambiente. Isso são coisas para resolver fora do emprego.
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eu entregava-lhe a sogra, os IVAS para pagar, as dívidas de empresa.
E depois logo se via quem era o verdadeiro cabrão.
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O que é muito de futuro é o trabalho escravo, né?
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É. Trabalhar para o estado, pagando-lhe mais de 50% daquilo que recebe pelo seu trabalho. Melhor exemplo de escravidão não encontro. E você?
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Rui A.,
Não se esqueça de mencionar «sem alternativa». A não ser mudar de casa para o outro lado da fronteira. E é claro que o Estado adoraria ficar com o IMT da venda da casa.
(O IMT é o mais imoral dos impostos. Se uma casa for vendida dez vezes num ano, o Estado ganha dinheiro sem ter feito nada por isso. Ao menos o IMI justifica-se porque durante o ano há bens comuns mantidos pela comunidade).
Pelo menos se eu não gostar de um patrão posso mudar-me para o patrão ao lado sem alterar a minha residência.
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“O que é muito de futuro é o trabalho escravo, né?”
Sim pagamos cada vez mais impostos com que não concordamos só pela força da violência do Estado.
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A rigidez laboral é a causa de outro cancro económico estruitural: o sindicalismo soviético e a sabotagem da economia mediante o exercício de poderes de facto extra-eleitorais.
Privatizando-se os transportes, chega o 25 de Novembro á economia e os bolotas que vão trabalhar se quiserem comer.
Pelos vistos, nos Estaleiros de Viana, removida que foi a Comissão de Trabalhadores comunista, a empresa passou a produzir, todos os trabalhadores (que quiseram voltar) têm trabalho, só a merda dos comunistas da comissão de trabalhadores é que foi para o mastro mais alto.
Justilça seja feita àquele senhor do PS que estava na UGT e que permitiu a modernização da legislação laboral.
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“Privatizando-se os transportes, chega o 25 de Novembro á economia e os bolotas que vão trabalhar se quiserem comer.”
Não chega. Falta a RTP, por exemplo. Mas concordo no essencial consigo. 🙂
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É verdade! Só que o PSD/CDS não fizeram nada para alterar a situação. O problema não são os novos contractos… Porque esses já são ultra- liberais. O problema são os que já lá estão! E nesses o PSD+CDS não mudou NADA! Ou seja, na prática o PSD+CDS FAZ MENOS DO QUE O PS, que aqui se está a tentar criticar, porque insiste em espezinhar os precários, SEMPRE OS MESMOS!!
Tenho pena que o rui a. e outros que aqui publicam textos, não consigam perceber uma coisa tão simples!
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Que é essa coisa de precários? É melhor ser-se desempregado?
Tem razão numa coisa: os antigos contratos têm de ser restruturados. Mas não pode, que o Jaquim do Pirete (do desconstrucional) não quer deixar.
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A pessoa que assina com nick “Bigdog” limita-se a vulgarizar o rótulo “ultra-liberais” repetido ad nauseaum e banalizado normalmente por quem desconhece na íntegra essa corrente política/ideologia.
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António Costa patético nas afirmações que faz.
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Abaixo a reacção! Viva a Revolução e o Homem Novo!
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E os contratos a prazo não entraram na nossa ordem jurídica nos tempos do socialismo na gaveta, ou seja pela mão do PS?
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