25 de novembro
O 25 de Novembro de 1975, que ontem apenas alguns celebraram, marcou uma viragem no processo revolucionário iniciado a 25 de Abril de 1974 e pôs cobro aos desmandos do PREC, o famigerado «Processo Revolucionário em Curso». Verdadeiramente, não foi um 18 de Brumário, porque nem Eanes tinha categoria para Bonaparte (embora o tentasse), nem a revolução terminou nesse dia, tendo sido mais um 9 Termidor, onde, como na França do Terror, se mudou alguma coisa para se conseguir salvar o essencial. E, do ponto de vista dos termidorianos portugueses, o essencial era manter o Partido Comunista na legalidade, como Melo Antunes imediatamente se prontificou a assegurar, poupando o partido de Álvaro Cunhal a um desfecho popular que lhe poderia ter sido muito desfavorável, evitar a reversão das nacionalizações e das expropriações, consolidar a descolonização, salvar a guarda pretoriana do regime, o que ficou assegurado, até 1982, pelo Conselho da Revolução e marcar a Constituição em gestação com a ideologia saída da revolução. Por consequência, ao invés do que se pretende divulgar, o 25 de Novembro estabilizou a revolução e pôs cobro aos desmandos do PREC, é certo, mas, por outro lado, salvou-a, a ela e aos revolucionários, no que lhes era essencial. Não se compreende, por isso, por que motivos provoca tanta animosidade à esquerda.
BLASFÉMIAS 
Caro Rui, essa é uma boa visão da coisa. Mas se de facto se fizesse dos comunas vítimas, as FP 25 de Abril voltariam a ser “revolucionários” e não meros terroristas. Faziam-se os gajos de vítimas e talvez teria havido uma guerra civil.
É certo que a esquerda comuna salvou-se no 25 de Novembro mas poupou-se males maiores.
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Agora tudo e todos podem especular sobre o que teria acontecido.
Evitaram-se males maiores, sim, é possível.
Mas quando um abcesso aparece, nada adiante colocar paninhos quentes, é preciso mesmo espremê-lo.
Não foi feito, Melo Antunes & Camarilha não deixaram.
O resultado está à vista, quarenta anos depois.
É muito tempo.
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Porque os herois são para ser lembrados…neste caso foi omitido
“ Não se me apaga da memória aquela mulher grávida ferida a tiro pelos homens de Jaime Neves, entre Vila Gouveia e o Guru, e que em boa hora o padre Faria obrigou o “Trinta” a descer o héli e recolhê-la. No chão ficaram dezenas de corpos de inocentes que o único crime que cometeram foi estar no caminho das tropas de Jaime Neves.”
“ …Outros soldados divertiam-se a matar crianças, agarrando-as pelas pernas, arremessando-as contra o solo ou contra as árvores. Entre várias crianças, assim morreram:”
http://desenvolturasedesacatos.blogspot.pt/2014/03/historia-da-guerra-colonial-7-parte-os.html
Vejam os videos…
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Não terá sido por acaso que o 25 de Nov aconteceu exactamente duas semanas após a entrega do último território em África, por sinal a jóia da coroa. À última hora o PC saiu de cena e deixou sozinhos os otelistas que pensaram que aquilo era a sério. Estavam cumpridos os desígnios de Moscovo, como aliás o Camarada Brejnev tinha tido o cuidado de sublinhar ao Cortiça quando ele lá foi receber instruções no mês anterior. Uma farsa primorosamente organizada pelo PC e seus infiltrados nas FAs.
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Por acaso há quem manifeste a mesma opinião:
http://tinyurl.com/pbqj46u
Da mesma forma, os comunas sabendo que os americanos nunca permitiram um país da NATO voltar-se para o Pacto de Varsóvia, para mais quando fazemos fronteira com o território americano, e uma nova Cuba, vai daí que o que interessava à URSS era controlar as nossas ex-colónias, em especial Angola, por causa do Petróleo.
Da mesma forma, hoje, este PREC nunca poderá chegar a bom porto porque, quer eles gostem ou não, se o governo decidir pôr em causa a participação Portuguesa na NATO, pode cair um avião com um Primeiro Ministro a bordo. 😉
Em último caso, os americanos sabotariam o actual Portugal e poderiam mesmo instigar uma guerra civil.
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Essa é a minha opinião, também. Para o PC, ou melhor, para a URSS, o que era importante estava consumado. O resto era mero expediente, aliás, muito bem assegurado pelo novo regime.
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rui.a,
E perante esses maquivelicos cenarios saido de um qualquer jogo de computador, programado por um qualquet rui.a, nada melhor que dar essa tarefa ao grande idiologo e estratega, Jaime Neves. É isso????
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Ainda mete medo o Jaime Neves, não é verdade?
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Rui.a,
Claro que você percebeu o que lhe disse e a sua resposta indicia isso.
Jaime Neves foi tão importante que nem você se lembrou dele no seu post.
Outra coisa engraçada é que dos envolvidos do pro 25 de Novembro sabe-se nome patentes desempenhos e bravuras…do lado dos contras são só conjeturas, palpites, intentonas.
A imagem acima não é a de um ancião, é a de um homem de 76 anos carcomido pela (bravura) re arrependimentos como se demostar acima
Só mais isto: se o 25 de Novembro foi isso tudo que conta porque fugiram os seus mentores???
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Também terão existido elementos endógenos a considerar. Por exemplo a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, os comunistas tinham passado á clandestinidade desde Agosto. Se PC tivessse pegado em armas, o restolho pegava mesmo fogo. A coisa não ficava só com os “caviares” – diriamos agora – do Tomé e Diniz de Almeida. Teria havido bordoada a sério com muitas baixas para o PC.
No Oeste a proclamação de Melo Antunes foi recebida com gritos de “traidor, filho da puta”. Esperava-se e desejava-se muito mais. O PC sabia que teria de recuar para o Alentejo e que, aí, seriam caça fácil para os Comandos.
Cunhal não foi a jogo porque percebeu que ia perder por muitos.
Só quem não assistiu ao movimento da queima das sedes no Oeste não percebe o movimento de repulsa popular pelo comunismo que se tinha gerado no comum do cidadão.
Obviamente que cada qual fala do que viveu e tende a generalizar a sua experiencia. Mas cruzei informação, mais tarde, com comunistas, um dos quais foi salvo (em minha casa pelo meu Pai) de ser linchado em Agosto, e esta minha tese andará perto de alguma verdade. O medo, o pavor, de Jaime Neves era uma realidade.
E a história de que os fuzileiros estavam pelo lado do PC está longe de estar comprovada. Até há quem afirme exactamente o contrário.
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O papel do Jaime Neves limitou-se a meter os otelistas na ordem. O Cunhal não foi a jogo porque o patrão não queria, nem deixou. O que lhe interessava já estava consumado. E a troika Costa Gomes, Melo Antunes e Eanes, limitou-se a cumprir as instruções da URSS e seus acólitos locais.
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O Bolota “O que escreve algo que se percebe ou o Bolota que que não dá uma para a caixa”, antes de se referir ao patriota Jaime Neves, deve lavar bem a boca, porque está a falar de um Homem corajoso,muito diferente da tralha comunista, que não tem Pátria e apenas conhecem a antiga União Soviética à qual sempre foram fieis caninos. Pena que não haja hoje homens da sua estirpe, desgraçadamente.
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Corajoso??? é isso mesmo…
“ Não se me apaga da memória aquela mulher grávida ferida a tiro pelos homens de Jaime Neves, entre Vila Gouveia e o Guru, e que em boa hora o padre Faria obrigou o “Trinta” a descer o héli e recolhê-la. No chão ficaram dezenas de corpos de inocentes que o único crime que cometeram foi estar no caminho das tropas de Jaime Neves.”
“ …Outros soldados divertiam-se a matar crianças, agarrando-as pelas pernas, arremessando-as contra o solo ou contra as árvores. Entre várias crianças, assim morreram:”
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o prec começou no dia 25 de abril de 1974? quem era spínola? o nosso kerensky ou o nosso lenine? e no dia 24 de abril de 1974 governavam em Portugal os liberais históricos Marcelo Caetano e Américo de Deus Rogrigues Tomás? ena!
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Mentira oh capanga comunistoide. Tudo isso que relatas de um livro, não tem credibilidade nenhuma. Jaime Neves era incapaz de matar ou matar crianças, isso são “estórias” para adormecer pataratas como tu. Não tens pena dos desgraçados que os comunistas mataram na antiga União Sovietica besta de merda.
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