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Realmente também me parece óbvio que António Costa não ganhou as eleições

2 Janeiro, 2016

PS diz que portugueses rejeitaram o caminho da incerteza nas urnas. A reação dos socialistas à afirmação do Presidente da República de que se vive “um tempo de incerteza”

5 comentários leave one →
  1. Ali Kath's avatar
    Ali Kath permalink
    2 Janeiro, 2016 11:32

    tó monhé, o suburbano Wimpy, o comedor de hamburguers
    anda com a geringonça muito desconjuntada
    uma verdadeeira ‘flatus vocis’

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    • PiErre's avatar
      PiErre permalink
      2 Janeiro, 2016 11:57

      Pois anda, mas isso não impede que a geringonça nos vá lixando.

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  2. João de Brito's avatar
    2 Janeiro, 2016 18:13

    A respeito de Costa:
    – Acordei com a notícia, replicada em diversos meios de comunicação, de que A. Costa, em artigo de opinião no DN, fazia o balanço da ação do seu governo até agora e prometia, para o futuro imediato, inverter a tendência do empobrecimento do País.
    Gostava que me explicassem como é que um primeiro ministro em funções, falando na ação do seu próprio governo, pode fazê-lo em artigo de opinião.
    Sempre pensei que, em tais circunstâncias, se falasse, não de opiniões, mas sim de decisões.
    A respeito dos debates televisivos dos candidatos à Presidência:
    – De Marcelo ao Tino de Rans, com uma ou duas exceções apenas, todos os candidatos declaram o apoio dos partidos como pernicioso, porque, dizem, embora por outras palavras, que os partidos não são entidades de bem.
    H. Neto vai mais longe: quem continua a votar nos candidatos apoiados pelo sistema, ou tem andado muito distraído, ou então está feito com ele (sistema).
    Mais palavras para que?!…

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  3. Bartolomeu's avatar
    Bartolomeu permalink
    2 Janeiro, 2016 19:06

    Sim, a prova de que a maioria dos eleitores rejeitou o caminho da incerteza nas urnas, está no número de votos nulos e da abstenção… a “coligação” que obteve a maioria absoluta.

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  4. honi soit qui mal y pense's avatar
    honi soit qui mal y pense permalink
    2 Janeiro, 2016 20:24

    Se não ganhou , conjugou-se para a solução um conjunto de circunstâncias que permitiram a obtenção desta actual situação .
    Básicamente há que convir que o PS é o verdadeiro partido do terreno .Conhece o território , tem o conjunto de operacionais com conhecimento da sociedade , á semelhança do PCP com quem sempre lutou pelo poder .Não deixa de ser paradigmático que a própria administração norte americana , aconselhada pela CIA sabia que só o PS poderia no PREC resistir e ter meios para contrariar a estratégia de dominio do PCP .
    Consolidou-se na sociedade , domina ideologicamente a area da cultura , e da comunicação social , e domina com influencia outra areas da soberania .Não é nada que não se sabia .
    Durante decadas á medida que o mundo evoluia , e a economia , ia tentando ajustar-se a uma dificil situação que sempre teve , que é a questão dos numeros .Afinal as questões financeiras de rigor sempre foram um incomodo .Ser socialista é bem como ser cesarista em Roma .Haverá pão e circo , alguem terá de pagar para que os colégios votem nos nossos candidatos .Assim iam as revisões constitucionais adaptando a situação aos rigores do tempo economico .O PCP ia se reduzindo ao seu eleitorado , o PSD e CDS viveram momentos de dominio no aparelho de Estado e na influencia das ideias , mas á medida que a sociedade se ia diversificando e fragmentando só o PS dominaria o centro de decisões entre um PCP conservador , um PSD e CDS limitados á actuação na esfera financeira , e trazendo para o País a incorporação de um conjunto de politicas rigorosas para desmontar o ciclo de pobreza forçada existente , , e um Bloco , que carreando as necessárias proposta de quebrar o equilibrio social , construindo uma utopia , a que o PS ia dando algum protagonismo .
    Uma sociedade heterogenea é o terreno ideal para que nenhuma ideia saia vencedora maioritáriamente , assim quem domina o meio do terreno consegue ser o lider dessa sociedade , balançando as opções conforme a oportunidade .E as sociedades europeias estão mais a oeste muito susceptiveis de ser fragmentadas .Ao contrário dos EUA onde a diversidade tem contornos de prosperidade economica , enquadrada politicamente em duas opções .Na europa sobretudo a sul a prosperidade , a ascenção por mérito individual não é uma coisa bem vista .Digamos que os ricos per si não são bem vistos .E dificilmente vingam sem o apoio administrativo dos politicos .
    Não há mesmo separação de poderes , sobretudo em tempos de crise .E assim como há imensos interesses caimos outra vez num ciclo de pobreza forçada .A esquerda quer acabar com os ricos pois pensa que assim acaba com os pobres .Mas mantem os pobres ideologicamente manietados para controlo assim dos seus eleitorados .É o fim da classe média , que só sobrevive dentro das areas de necessidade dos poderes publicos , como funcionários do mesmo .Haverá sempre alguns ricos mas poucos .Sair da pobreza não convem .Vale mais manter uma sociedade igualitária na modestia , curiosamente uma ideia que a igreja sempre teve , com o seu papel social , a que de forma laica e interesseira o socialismo e a social democracia europeia sempre deu cobertura e seguia e segue .Ao norte da europa calvinista é um pouco diferente .
    E chegámos a um dia em Portugal para o PS a sua derrota era demais por inesperada e dificil de suportar .Onde o PCP exangue e a não ver crescer o seu eleitorado teve de infletir a estrategia para o manter , e onde finalmente o Bloco viu a oportunidade de se instalar no terreno para beneficiar da proximidade do poder e do aparelho de estado .Por inesperado a maioria de direita nunca voltará nos próximos anos , pois internamente não tem expressão majoritária , e a nível mundial as ideias economicas que sustentam o pensamento economico da direita perderam protagonismo .Saimos do tempo da economia , o que será o verdadeiro declinio do ocidente , que poderá ir se iludindo vendendo os seus activos , e constituindo reservas para turismo , mas terminou a ascenção.Resta ver o que nos EUA se passará , mas também não parece muito diferente face aos traumatismos das intervenções ,a noção de falta de segurança interna, a ora estranha constatação de que o tal melting pot que permitia uma integração social completa das minorias e emigração , se está a transformar em vários pots que se victimizam , protestam , exigem direitos , e compensações milenares. .
    Mas voltando á terra .Temos assim uma situação onde o PS é minoritário nos votos , mas central na sociedade ,e se for hábil pode ainda mais engrandecer nos eleitorados , esgotando as propostas do Bloco , tomando-as como suas ( as que convem ) , e sendo inteligente com o PCP ( basicamente não deixar o seu eleitorado crescer á custa do PS , mas sim do Bloco )..O PSD e CDS terão um longo periodo para mudanças , e tambem para incorporar o tempo de mudança europeu que aí vem .O terreno autarquico é outra dimensão mas basicamente aqui tem de vigorar a visão cesarista do pão e circo para se vencer .Fazer boa propaganda ,e mostrar obra e fazer festarolas .Basta acompanhar a actuação de alguns e copiar .Só assim as seitas se poderão manter , e os gangs que as acompanham no terreno .
    Podemos no entanto esperar um desenvolvimento economico forçado na area do consumo privado .Básicamente motivando a procura interna com divida contraida para as importações terem possibilidade de vingar e manter o povo feliz para consumir .Forte extorção fiscal , e taxas e taxinhas .Atracção de investimento estrangeiro mas com forte ligação ao poder instalado e grupos de interesses .Digamos que de onde o dinheiro existir ainda para tal .Que há .Será é um imperialismo capitalista não ocidental .
    Podemos esperar uma verdadeira atmosfera de fim de império .E falsa prosperidade .Mas a ilusão será total .Viveremos só para o presente .A actividade economica produtiva de manufactura poderá decrescer , mas a ascenção ainda maior de serviços na area do turismo será uma realidade . E ideias giras, e outras ideias para vingarem 15 minutos na TV . .Um playground para reformados europeus , uma vez que os mercados alternativos acabaram com primaveras arabes e atentados na zona .
    Temos pois assim criado o clima para assistir á queda de uma ideia de europa , com liberdade economica , e livre circulação de pessoas e capitais .Os sistemas eleitorais também não permitem grande estabilidade face á proporcionalidade da sua maioria que obriga á procura de equilibrios dificeis e construções de governo sui generis.
    Um tempo novo para a europa .Se renovar , sobreviver e se reinventar se for capaz .Reparar que apenas o Reino Unido tem uma sociedade assim , e tem conseguido ter estabilidade porque se baseia em dois ou três partidos e num sistema eleitoral maioritário .Tal lhe permite , com a City , ter um forte desenvolvimento economico constante.A Alemanha com forte desenvolvimento economico quer ora construir uma sociedade diversificada como a britânica .A França está muito mais dividida quanto a isso
    .Portugal na periferia segue o seu ciclo após descobrimentos, vivendo no presente , mas num ciclo de incerteza .

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