por que funciona mal o nosso sistema educativo?
O nosso sistema educativo funciona mal porque o Ministério da Educação foi tomado pelo Partido Comunista Português em 1974, e nunca nenhum ministro teve coragem de o tirar de lá.
Tendo sido o Ministério da Educação um feudo do PCP, a organização do sistema educativo não-superior público foi edificada a partir do modelo em que esse partido acreditava, a planificação central soviética, que retira toda a autonomia às escolas e impede-as de se relacionarem com o meio onde se encontram inseridas, fazendo do princípio constitucional da liberdade de ensinar e de aprender uma mera ficção. Não é de estranhar: é nisto mesmo que os comunistas acreditavam. E acreditam.
Consequentemente, a contratação, a avaliação e o despedimento de professores, a sua distribuição pelas escolas da rede, a definição dos currículos escolares e dos programas das unidades curriculares, a determinação dos métodos de avaliação e da tipologia de exames, a gestão dos recursos financeiros e logísticos, enfim, tudo e mais alguma coisa de relevante cabe a um reduzido grupo de burocratas da 5 de Outubro, sob a tutela fictícia de ministros e secretários de estado, que mudam frequentemente, e de comissões de «especialistas», que se dedicam a fazer das escolas, dos professores e dos alunos laboratórios de experiências das suas ideologias educativas. Para os conselhos directivos das escolas sobra pouco mais do que fazer horários e ver se os seus professores faltam muito ou pouco. E, mesmo se faltarem muito, nada lhes podem fazer.
Este modelo dirigista e de planificação central em que está organizado o nosso sistema educativo público reproduz o sistema soviético-estalinista de organização da economia e da sociedade. Foi aplicado, em Portugal, depois de 1974, quando o PCP tomou conta do Ministério. Até hoje, por cobardia e inércia dos ministros e políticos, e pressão dos sindicatos, manteve-se praticamente inalterado. Enquanto perdurar, o nosso sistema educativo público continuará a ser o caos de que todos nos queixamos, não obstante a imensidão de recursos que suga aos contribuintes. Acabar com o Ministério da Educação e libertar as escolas para que desempenhem a sua missão educativa, poderá ser mesmo a única solução razoável.
Lido o primeiro parágrafo, conclui-se facilmente que nenhum ministro do PPD-PSD, do CDS-PP e do P”S”, conseguiu “desde 1974”, governar o Ministério… Fracos e incompetentes ministros nomeados por normais e desinformados PM’s ?!…
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Governo de Cavaco Silva: 10 anos
Governo de Passos Coelho: 5 anos.
15 anos não dão para mudar?
A questão é que tanto um como outro têm uma evidente falta de “lastro”.
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duarte,
Governo de Passos: 4 anos. Sem lastro para “expulsar” o PC.
Então e o P”S” ? Durante tantos anos (“desde 1974”) foi conivente ou influenciado ? Pior — permissivo ?
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http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/presidenciais-2016/2016-01-07-Marcelo-Rebelo-de-Sousa-e-Antonio-Sampaio-da-Novoa-frente-a-frente
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A dictomia que é frequentemente apresentada enquadrando problema e solução do problema educativo é simplista e errada.
Não se trata de “centralizado vs autonomizado, nem sequer público vs privado. A maior autonomia das escolas significou e significa a descentralização de um monte de práticas que não andam muito longe da currpção. O lóby dos professores mantêm-se operativo atrofiando a qualidade do ensino, os direitos da “comunidade escolar como um todo” (como diz o rapazito que agora é ministro, e até os direitos dos professores mais novos.
Sei do que falo. Acompanhei de muito perto o percurso escolar dos meus filhos até que recentemente chegaram ao ensino superior.
Quanto ao privado, do modo como tem sido feito e se conhece, também não se recomenda: a adjudicação a empresas educativas de funções públicas, subsidiando-as, é ainda pior.
Não faltarão soluções. Mas enquanto não passarem por uma verdadeira concorrência entre escolas, com possibilidade de exclusão dos professores incompetentes, sem direitos adquiridos, nada feito.
Precisamos de: liberdade, competência, concorrência.
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«Mas enquanto não passarem por uma verdadeira concorrência entre escolas».
Claro que sim. Mas a concorrência, meu caro, exige meios privados e não públicos. Ninguém compete consigo mesmo.
Quanto ao mais que diz, o problema da centralização das decisões destrói qualquer modelo. Nada assim funciona bem, muito menos um sector que movimenta milhares e milhares de pessoas com interesses antagónicos, que só em regime de proximidade podem ser harmonizados.
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Concorrência entre escolas, como? Se até os exames querem abolir impedindo de fazer os rankings das melhores e piores escolas.
Não há meritocracia, nem orgulho nem vergonha, por isso, qualquer coisa serve, ficar em primeiro ou em último dá igual…
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fiz parte dum reduzido nº de sindicalistas recebidos a título pessoal por Victor Alves.
este pôs fora do gabinete o comuna que o controlava alegando que estava a receber uns amigos.
aquele coisa precisava de ser urgentemente extinta, mas o Nogueira já se instalou na poltrona (feminino de poltrão)
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“sob a tutela fictícia de ministros e secretários de estado, que mudam frequentemente”, pois ai está o 1º problema, os sindicatos têm os mesmos há decadas, já controlam tudo.
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Um monte de vacuidades assentes num anti-comunismo primário.
Soluções ou propostas para a mudança?! Nenhumas.
“…conselhos directivos das escolas…” – a ignorância ficou aqui bem evidente.
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Ai têm outro nome?! Faz uma enorme diferença. Cabecinhas pensadoras…
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Z:
e as soluções ou propostas para a mudança são…
(ou acha que não é preciso corrigir alguma coisa?)
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O sistema funciona mal porque não existe pressão sobre os professores mais antigos. Se periodicamente fossem despedidos 2-3% dos professores com piores resultados acredito que o sistema poderia mudar significativamente. Isto teria de ser aplicável a professores de todos os escalões, não só aos mais novos. Discordo totalmente de o problema ser a autonomia das escolas. Por essa lógica das vantagens da autonomia as câmaras municipais seriam organismos muito eficientes e com muito bons resultados…. Infelizmente neste campo a realidade mostra-nos que a lógica da subsidariedade nem sempre trás bons resultados
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Pois a mim suspeito quase o contrário (a respeito da planificação soviética) – se a escola pública foi alguma coisa durante décadas foi exatamente o oposto, um sistema em que cada professor era basicamente o ministro da educação na sua sala de aula e ensinava o que queria e como queria, e poder dos supostos dirigentes era na prática nulo (com os professores de cada matéria a elegerem o coordenador de grupo, os professores de cada escola a elegerem o diretor, etc., o que significava que os dirigentes de nivel superior não tinham verdadeiramente “homens-de-mão” no terreno).
Mesmo um dos poucos aspetos centralizados (a contratação dos professores) acabava por alimentar esse descentralização quase absoluta – a partir do momento em que os professores não são contratados pelas pessoas que supostamente seriam os seus chefes, mas por uma fórmula matemática impessoal, a autoridade dos supostos dirigentes ainda mais nula se torna.
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Porque quem governou os Ministérios durante 40 anos foram o PSD e o PS.
A culpa não foi do BE nem do Tino de Rans.
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Afirmar k o PCP domina o Ministério da Educação é o mesmo dizer que o Kim tem a bomba H.
Como é que se pode ser tão básico?
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Convem criar a confusão e criar a ilusão que tem razão. Marcelo que é um flop, é disso exemplo, cada de bate onde vai leva na cabeça na rua não anda e é assim que esta quadrilha engana os papalvos. Cada apoiante que oiço, é mais ignorante que o anterior.
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O Ministério da Educação é totalitário, tem o objectivo de promover a mediocriade até o PCP atingir o Poder.
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luck,
Tenho-te por uma pessoa esperta, o teu comentario é bacoca.
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Ainda me lembro quando estava no secundário e acabaram as notas de 0-20 e passaram a 0-5 porque 0-20 era muito discriminatório diziam.
Só não mudaram para notas binárias: contra revolução vs pro revolução porque não podiam.
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A ideia basica certa perdeu-se pela adjectivação desnecessaria de que a culpa é do PCP.
Alem de que conheço alguns comunistas que são desfavoraveis a esta politica de deixa andar que impera no ME, a Brigada das Colheres a volta do tacho publico, que tem sido determinante em manter os 300 mil votos dos profs em banho maria, so podemos culpar os varios ministros que fazem a gestão politica para não perderem a seleições. Os alunos e irresponsaveis pais que se lixem _ significativo é ver o que diz a M F Leite que foi uma incompetente no ME e agora comparar com o que diz sobre educação (para mim devia ter vergonha na cara)
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Ainda há quem pretenda ignorar ou menosprezar a ação (nefasta) do “Ministro da Educação/Sindicalista vitalício Mário Nogueira que sabe tanto de dar aulas como eu sei de chinês!
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Se o Ministério da Educação fosse conforme a antiga doutrina comunista soviética haveria disciplina, ordem e respeito. E os estudantes andariam uniformizados e não levam drogas para as aulas.
E como actividades extra-escolares iriam para desporto e actividades militares.
Com o maoista do Crato no ME só faltou dançar o kuduro e a kizomba nas escolas secundárias.
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