Saltei d’O observador’ para aqui para lhe comentar o artigo.
A raiz do problema que aborda e que se manifesta em tudo o que é obra, ou área de intervenção pública – em particular autárquica – está na natureza irresponsável ou irresponsabilizante do nosso sistema político.
De facto, quando se vota numa promessa de pavilhão multi-usos ou numa rotunda, numa festa de passagem de ano ou no restauro do tal património, o nosso voto não tem custos nem implica opções. É tão só um acto da valorização política (irresponsável, sublinho) de uma determinada decisão, no desprezo assumido de que “dinheiro não é problema”. Os políticos gostam disto porque para eles, de facto, o dinheiro também não é problema. O dinheiro das autarquias vem do OGE. E o pouco que é cobrado pela autarquia tem também decisão “superior”.
Nesta doentia ordem de coisas nunca o cidadão votante tem de assumir decisões. Os programas eleitorais são sempre “muito disso e daquilo” contra “muito mais disto e daquilo”. Na melhor das hipóteses: “eles são maus” e “nós limpos e justos”.
Todo o sistema (desde a segurança social, ao sistema de ensino, às rotundas e assessores das autarquias, até, como vemos, à preservação do património cultural) está montado para instituir esta opacidade que é condição fundamental da falta de clareza e irresponsabilidade do sistema político.
Não deixa de haver uma rastreabilidade possível aos custos da acção política. Mas a conclusão mais garantida é a de que o fluxo dos encargos e custos não é próximo, nem paralelo das vias de responsabilização política. Pelo contrário: há uma elite instalada cujo poder político é desmesuradamente superior à sua importância económica e que, pela sua acção, vai contribuindo eficazmente para a degradação e empobrecimento deste colectivo.
Foi contra uma ordem de coisas semelhante que os primeiros liberais se bateram.
Já volta a haver muito trabalho a fazer.
Mas quem lhe disse que os abortos e o processo da eutanásia são praticados só por pessoas de “esquerda” ?
Não houve (desde há muitos anos) umas tipas com massaroca que os faziam em privado com médicos amigos ou médicos e enfermeiras amigos de amigos, e outras iam a Espanha ?
O ódio mais profundo a tudo o que signifique as pessoas divertirem-se a tudo o que signifique vida.– Porquê? Qual ódio? A quê?
Ontem, tal como hoje a direita lança vivas à morte! – Mas a Jmaica é alguma agência funerária? Por alma de quem tem o contribuinte de colocar o dinheiro que o senhorio nao quer perder e o inquilino não quer pagar?
Uma coisa é verdade e nem se devia meter política ou partidarite na coisa- Lisboa está a ser inundada por hotéis e a coisa vai rebentar.
É estúpido, numa zona com tradição de vida nocturna fazer acabar com casas com história para se construir mais uma imbecilidade de hotel.
Em toda a parte isto pode acontecer. Em Londres está a acontecer com pubs históricos.
O que varia é a reacção das pessoas- lá. juntam-se, organizam-se em grupos de cidadãos e conseguem impedir que muitos sejam deitados abaixo.
Cá, juntam-se os proprietários e pedem ao Estado.
Já não vou há séculos ao Cais do Sodré e nem sei se aquilo tem agora alguma piada. Mas uma coisa é certa- mais um hotel ali é pura imbecilidade.
E se vão deitar abaixo o prédio que é lindo, para construir mais um mamarracho (como vão fazer no Terreiro do Paço, então. sim devia mesmo existir boicote à trampa.
O contribuinte não tem de pagar mas também não tem de patrocinar ganância besta de qualquer imbecil que se diz proprietário para espatifar a vida da cidade com hoteis.
E sim, a Câmara também deve ter por função planear o licenciamento comercial sem ser ao acaso.
Há que pensar a prazo mais longo. Isto da moda turística de Lisboa, com a praga dos assaltos e dos carteiristas às centenas, é coisa que vai dar bolha e da grande.
Porque é uma moda para a qual não se pensa nada. Lisboa é bonita graças à geografia e à construção antiga.
A trampa do lixo, a trampa dos gatafunhos nas paredes; a falta de qualidade do resto e a praga dos assaltos, são suficientes para fazerem com que a moda acabe de um dia para o outro.
É hoteis, ao lado de casas de passe e hosteis manhosos e só falta a mesquita no bairro mouro.
Phónix, até a escardalhada que andava aos pulos com o Intendente fechou os estaminés e reconhece que aquilo continua bera com praga de pedintes e marginais.
Na minha opinião, deviam fechar estas discotecas que se encontram em prédios degradados porque existe falta de segurança, deviam recuperar o prédio e depois reabrir a discoteca no mesmo local.
Agora, quem paga? Quem sustenta os prejuízos da discoteca estar fechada? Quem paga a recuperação do prédio? Não sei mas também não sou funcionário público da câmara para tratar desses assuntos.
Um local mítico, blá, blá, blá, não pode acabar, mas ninguém lá põe os pés há anos. Só se lembram agora. Se depois não fechar, continuará às moscas enquanto os “activistas” se ficam pelo facebook a congratular-se. Haja paciência.
Presumo que o intuito seja o de preservar a memória das mães de alguns dos subscritores, que porventura aí trabalharam.
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Isso mesmo. As mãezinhas que os deu à luz, como dizia Ramada Curto.
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Olá Helena
Saltei d’O observador’ para aqui para lhe comentar o artigo.
A raiz do problema que aborda e que se manifesta em tudo o que é obra, ou área de intervenção pública – em particular autárquica – está na natureza irresponsável ou irresponsabilizante do nosso sistema político.
De facto, quando se vota numa promessa de pavilhão multi-usos ou numa rotunda, numa festa de passagem de ano ou no restauro do tal património, o nosso voto não tem custos nem implica opções. É tão só um acto da valorização política (irresponsável, sublinho) de uma determinada decisão, no desprezo assumido de que “dinheiro não é problema”. Os políticos gostam disto porque para eles, de facto, o dinheiro também não é problema. O dinheiro das autarquias vem do OGE. E o pouco que é cobrado pela autarquia tem também decisão “superior”.
Nesta doentia ordem de coisas nunca o cidadão votante tem de assumir decisões. Os programas eleitorais são sempre “muito disso e daquilo” contra “muito mais disto e daquilo”. Na melhor das hipóteses: “eles são maus” e “nós limpos e justos”.
Todo o sistema (desde a segurança social, ao sistema de ensino, às rotundas e assessores das autarquias, até, como vemos, à preservação do património cultural) está montado para instituir esta opacidade que é condição fundamental da falta de clareza e irresponsabilidade do sistema político.
Não deixa de haver uma rastreabilidade possível aos custos da acção política. Mas a conclusão mais garantida é a de que o fluxo dos encargos e custos não é próximo, nem paralelo das vias de responsabilização política. Pelo contrário: há uma elite instalada cujo poder político é desmesuradamente superior à sua importância económica e que, pela sua acção, vai contribuindo eficazmente para a degradação e empobrecimento deste colectivo.
Foi contra uma ordem de coisas semelhante que os primeiros liberais se bateram.
Já volta a haver muito trabalho a fazer.
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JP Ribeiro,
Vc. dá a entender que o Jamaica é um local de putedo. Está equivocado.
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Não sei se agora é. Sei que foi.
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Melhorou, antigamente era oficial, agora é oficioso.
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Longa vida para o Jamaica ! — desde que (face à actual situação) não sejam os munícipes a suportarem custos.
Sim, quase um local mítico.
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O ódio mais profundo a tudo o que signifique as pessoas divertirem-se, a tudo o que signifique vida.
Ontem, tal como hoje a direita lança vivas à morte!
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Não me diga que no “Jamaica” fazem abortos e eutanásias (típicos progressos da esquerda)?
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Mas quem lhe disse que os abortos e o processo da eutanásia são praticados só por pessoas de “esquerda” ?
Não houve (desde há muitos anos) umas tipas com massaroca que os faziam em privado com médicos amigos ou médicos e enfermeiras amigos de amigos, e outras iam a Espanha ?
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O ódio mais profundo a tudo o que signifique as pessoas divertirem-se a tudo o que signifique vida.– Porquê? Qual ódio? A quê?
Ontem, tal como hoje a direita lança vivas à morte! – Mas a Jmaica é alguma agência funerária? Por alma de quem tem o contribuinte de colocar o dinheiro que o senhorio nao quer perder e o inquilino não quer pagar?
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Uma coisa é verdade e nem se devia meter política ou partidarite na coisa- Lisboa está a ser inundada por hotéis e a coisa vai rebentar.
É estúpido, numa zona com tradição de vida nocturna fazer acabar com casas com história para se construir mais uma imbecilidade de hotel.
Em toda a parte isto pode acontecer. Em Londres está a acontecer com pubs históricos.
O que varia é a reacção das pessoas- lá. juntam-se, organizam-se em grupos de cidadãos e conseguem impedir que muitos sejam deitados abaixo.
Cá, juntam-se os proprietários e pedem ao Estado.
Já não vou há séculos ao Cais do Sodré e nem sei se aquilo tem agora alguma piada. Mas uma coisa é certa- mais um hotel ali é pura imbecilidade.
E se vão deitar abaixo o prédio que é lindo, para construir mais um mamarracho (como vão fazer no Terreiro do Paço, então. sim devia mesmo existir boicote à trampa.
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O contribuinte não tem de pagar mas também não tem de patrocinar ganância besta de qualquer imbecil que se diz proprietário para espatifar a vida da cidade com hoteis.
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E sim, a Câmara também deve ter por função planear o licenciamento comercial sem ser ao acaso.
Há que pensar a prazo mais longo. Isto da moda turística de Lisboa, com a praga dos assaltos e dos carteiristas às centenas, é coisa que vai dar bolha e da grande.
Porque é uma moda para a qual não se pensa nada. Lisboa é bonita graças à geografia e à construção antiga.
A trampa do lixo, a trampa dos gatafunhos nas paredes; a falta de qualidade do resto e a praga dos assaltos, são suficientes para fazerem com que a moda acabe de um dia para o outro.
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O número de hoteis na Baixa já ultrapassou o mais básico bom-senso.
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É hoteis, ao lado de casas de passe e hosteis manhosos e só falta a mesquita no bairro mouro.
Phónix, até a escardalhada que andava aos pulos com o Intendente fechou os estaminés e reconhece que aquilo continua bera com praga de pedintes e marginais.
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Na minha opinião, deviam fechar estas discotecas que se encontram em prédios degradados porque existe falta de segurança, deviam recuperar o prédio e depois reabrir a discoteca no mesmo local.
Agora, quem paga? Quem sustenta os prejuízos da discoteca estar fechada? Quem paga a recuperação do prédio? Não sei mas também não sou funcionário público da câmara para tratar desses assuntos.
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Um local mítico, blá, blá, blá, não pode acabar, mas ninguém lá põe os pés há anos. Só se lembram agora. Se depois não fechar, continuará às moscas enquanto os “activistas” se ficam pelo facebook a congratular-se. Haja paciência.
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Há anos –quamtos ?– ninguém vai ao Jamaica ?
E se “não fechar” continuará às moscas ? O Jamaica, sem clientes ?
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Fechem esses antros de devassidão e de putedo!!!!!!!!!!!!!!!
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A esta hora, 03:03 da matina e a uma quinta-feira, já está fechado. Amanhã reabre em grande.
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