Saltar para o conteúdo

por qué no hablas?

6 Janeiro, 2017
by

Enquanto toda a imprensa generalista e especializada dá, com algum alarme, a notícia da subida dos juros da dívida pública portuguesa acima dos 4%, o Diário de Notícias, esse extraordinário jornal que demite os colunistas mais lidos para, em sua substituição, contratar ex-ministras socráticas, não aflora, sequer ao de leve, o assunto. Na edição on-line das últimas horas podemos encontrar notícias e artigos sobre o magno problema, que toda a gente já percebeu como é que vai acabar, da imunidade diplomática dos filhos do embaixador iraquiano, sobre uma tentativa de homicídio de uma mulher em Grândola, outra sobre o modo feroz como a distrital de Lisboa do PSD se relaciona com o actual líder do partido, Passos Coelho e, o mais importante, uma entrevista ao primeiro-ministro indiano a elogiar as altas qualidades de António Costa. Quanto aos juros da dívida, no pasa nada. Adiante.

brigada-r

14 comentários leave one →
  1. 6 Janeiro, 2017 11:43

    Caro Rui, ainda sobrou o excelente artigo do Miguel Angel Belloso intitulado “2017: não há razão para queixas”.

    Aqui fica o link: http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/miguel-angel-belloso/interior/2017-nao-ha-razao-para-queixas-5588772.html

    É, creio, o último colunista de direita que sobra no DN, talvez por ser espanhol. Tem sido publicado às 6ªs-feiras. Vamos se não será saneado brevemente.

    Liked by 1 person

  2. Prova Indirecta permalink
    6 Janeiro, 2017 11:44

    Moita , carrasco .

    Gostar

  3. honi soit qui mal y pense permalink
    6 Janeiro, 2017 11:56

    voltou a censura previa

    Gostar

  4. lucklucky permalink
    6 Janeiro, 2017 11:59

    Parece que só têm 9000 compradores de jornais e provavelmente boa parte é comprada por repartições do Estado e Câmaras Municipais.

    Imagine-se se o Costa dissesse para nenhum Ministério comprar o DN…

    Liked by 1 person

    • Manuel permalink
      6 Janeiro, 2017 12:14

      Temos de atacar a cabeça da serpente. Se o capital paga jornais sem leitores, exemplos: Sonae-Público; On-Going- Diário económico e um canal tv ; Capital Angolano e Chinês- DN, JN, TSF. O que pretende este capital? Talvez pelo exemplo da on-going se entenda o que é este” jornalismo.”

      Gostar

  5. 6 Janeiro, 2017 12:52

    “O que pretende este capital?”

    Pretende visar ainda mais a clientela existente e potencial mais importante dos jornais escritos : uma classe média urbana, com um certo nivel de estudos, profissionalmente muito ligada às actividades não transaccionáveis viradas para o mercado interno (Estado, serviços, comércio, etc).
    Uma importante maioria destes leitores potenciais tende a opôr-se a reformas que alterem o status quo representado pelo modelo economico que vigorou nas últimas décadas e tem por isso uma orientação politica mais centrista e de esquerda.
    Acresce que os interêsses imediatos dos sectores empresariais que sustentam estes jornais estão também muito dependentes da preservação do dito modelo.
    Junta-se assim uma vontade de condicionar a opinião pública face ao principal confronto politico que atravessa hoje a sociedade portuguesa à necessidade de fidelizar uma clientela potencial dos jornais que permita viabilizá-los financeiramente .
    Não há portanto nada de irracional ou absurdo neste “jornalismo” !

    Gostar

    • Manuel permalink
      6 Janeiro, 2017 14:04

      Concordo, mas os jornais em causa não têm leitores e têm um custo elevadíssimo e queira Deus, que estes custos, não sejam as imparidades que existem na CGD, BCP, NB e Montepio. Devemos exigir a lista dos principais devedores e cujos créditos são dados como perdidos, começando a puxar o fio,vamos desmascarar esta nomenclatura cleptocrática instalada. Depois a justiça prende o sem-abrigo que furta um pacote de vinho no supermercado!

      Gostar

      • 6 Janeiro, 2017 14:55

        Manuel,
        Não sei se estes jornais são ou não financeiramente viáveis no momento presente.
        Mas é precisamente para tentar torná-los mais viáveis ou menos inviáveis que se pode compreender que, numa perspectiva empresarial, as respectivas linhas editoriais sejam ainda mais recentradas sobre as preferências das principais clientelas.
        De qualquer modo, estes jornais são empresas privadas – não devemos nem podemos “exigir” nada. Se os seus accionistas querem perder dinheiro e contrair dividas mais ou menos sustentáveis … é problema deles. Se há bancos que se prestaram e se prestam a conceder créditos a empresas inviáveis … é problema deles (a única anomalia é a CGD, um banco do Estado que financia operações privadas com base em critérios politicos).
        Mas, claro, concordo que é sempre desejável que a justiça esteja atenta e investigue eventuais ilegalidades no que respeita às contabilidades das diferentes empresas privadas.
        A promiscuidade entre a politica e uma parte do mundo dos negócios, com destaque para os principais bancos e também para diversas empresas da área da comunicação social, foi e é precisamente uma das caracteristicas do modelo economico que vigorou e ainda persiste no nosso pais.
        Mas, mais do que em eventuais ilegalidades, tudo isto assentou e assenta numa orientação politica geral que fez do Estado um agente fortemente intervencionista na economia e altamente gastador de recursos nacionais (impostos e divida interna) e externos (divida externa).
        Por isso é que a via maestra para diminuir a sério todas estas taras e anomalias seja politica e passa pela reforma (e maior separação) do Estado e da economia.

        Gostar

      • Isabel silva permalink
        7 Janeiro, 2017 02:00

        E devemos exigir saber quem são os jornalistas e os políticos que constam das listas de pagamentos das empresas EspiritoSanto do Panamá. De qualquer modo, engana-se quem pensa que não vivemos num sistema totalitário.Validar, através de eleições, 4/5 chefões de partidos, cozinhados no interior das intrigas de cada um dos ditos partidos, nunca foi democracia.

        Gostar

  6. Colono permalink
    6 Janeiro, 2017 13:11

    O DN é nem mais menos do que o Diário do Governo! O resto é balela.

    Gostar

    • Baptista da Silva permalink
      6 Janeiro, 2017 15:02

      Junte-lhe o JN.

      Gostar

      • carlos alberto ilharco permalink
        7 Janeiro, 2017 13:22

        O JN neste momento não existe autonomamente como aliás acontece o mesmo com o DN.
        Dois terços de cada um dos jornais são exactamente iguais, aliás as redacções em Lisboa são a mesma.
        Se lhe somar a TSF onde trabalham jornalista de um e de outro já pode ver no que se transformou a pluralidade da comunicação social.

        Gostar

  7. Juromenha permalink
    6 Janeiro, 2017 14:59

    “His (Theirs master`s voice”, that´s all.
    Quanto ao púbico da sãozinha, a coisa é mais fácil : não lhes comprem nas mercearias “Continente & Ca.).

    Gostar

  8. carlos alberto ilharco permalink
    7 Janeiro, 2017 13:24

    O DN sempre foi o jornal do regime.
    Continua absolutamente igual.
    A única diferença é que cada vez vende menos, sendo orgulhosamente só, o menos vendido.
    Há hábitos que nunca se perdem.

    Gostar

Indigne-se aqui.