Do tempo dos videntes ao da Igreja
14 Outubro, 2017
Depois de ter levado boa parte deste ano a investigar e trabalhar material de arquivo sobre Fátima cheguei à conclusão que para entender as aparições é crucial o ano de 1917. Mas para perceber Fátima é necessário viajar até 1921. O ano em que a Igreja chegou a Fátima e a vida de Lúcia se torna um segredo. Foi sobre isso que escrevi para o Observador “A menina agora muda de nome. Fica a chamar-se Maria das Dores. Se lhe perguntarem de que terra é, diz apenas que é de perto de Lisboa e nada mais.” Estas são as ordens que Lúcia ouve no dia 17 de Junho de 1921. Lúcia saíra na véspera de Fátima. Viajou até ao Porto. O seu destino é o Asilo do Vilar onde entra a 17 de Junho. O tempo dos videntes acabava em Fátima. Ia começar o da Igreja.
14 comentários
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Óptimo e necessário trabalho/ensaio, HMatos.
Sobre o caso Fátima, respeito quem nele acredita e frequenta, mas encontro-lhe muitos pormaiores inexplicáveis, nunca convincentes, ocultados pela igreja Católica.
Por exemplo este: as três crianças, imberbes, sem desenvolvimento intelectual sequer mediano, mal sabiam escrever e redigir. Como é que surge aquele documento da Irmã Lúcia passados poucos anos após 1917, com aquela letra e texto escorreito para quem não tinha “mundo” ? Supondo que a Virgem Maria lhes falou do que consta nos documentos/relatos das aparições, tinham memória suficiente, forte, estruturada, para os ditarem aos párocos e ao bispo ?
Claro que houve imenso aproveitamento político com os três jovens. Cada vez mais se aproveitarão do que já é mega negócio&política.
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Dado o absurdo da situação, tendo em conta que a mensagem era de tal extrema importância para a humanidade que teve de ficar em segredo, por recomendação dos altos responsáveis cósmicos, que em vez de atormentarem directamente os futuros lideres genocidas activos e passivos, e alertarem o resto do mundo antes de tempo, para o que se avizinhava no século XX. Deixaram tal responsabilidade, nas mãos de uns garotos pobres inocentes, analfabetos sem poder nenhum no mundo e no meio do nada. Chega-se à conclusão de duas uma, ou os altos responsáveis cósmicos são uns nabos como a ministra da administração interna do Costa, o que não parece que faz muito sentido, afinal de contas o sol brilha, a terra roda, as plantas crescem etc etc. Ou mais provável, a coisa foi uma fabricação para consumo interno, aproveitada, após de um suposto caso de visões de uns meninos. Qual a razão para para tais visões ? Talvez “cogumelos” selvagens apanhados no campo para apaziguar a fome dos pobres garotos.
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Óptimo, este mais o outro seu comentário abaixo.
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o esporão do centeio é alucinogéno, e usado para produzir LSD .a alimentação dos meninos pobres nesse tempo era composta quase exclusivamente por pão de centeio, e talvez saramagos.
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Agora é um grande negócio.
“Especializada em velas religiosas, a Giesta (14 mil velas por dia) é uma de quatro fábricas que produzem para o Santuário. Também faz caveiras, pénis, vaginas e velas para afastar o mau-olhado – para outros clientes, claro.” – in Observador
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ó piscoiso,
no post anterior esqueci-me disto: se a Justiça concluir que o JSócrates está inocente e se eu não duvidar dos resultados, vc. pode desde já ter a certeza que procurarei o JS para pedir-lhe desculpa por o que disse e escrevi acerca deste caso. Note, acerca do caso Operação Marquês.
Outra: custa-me acreditar que vc é um escroque, um bufo, um agente que por aqui anda ao ameaçar-me com tribunal por o que opino.
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Há sempre quem se aproveite das situações.
Isso não retira a importância do acontecimento.
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Em 1917 os engenheiros cósmicos tiveram uma falha técnica, o portal da teleportação que deu origem à aparição, era para ser realizada em São Petersburgo, mas por cauda do lobby dos anjos ambientalistas hippies, tiveram que realizar a complexa operação com energia eólica, no meio da operação o vento parou de soprar, faltou-lhes energia e acabaram por abrir o portal na terra de ninguém. Foi um fracasso a operação, depois o resto é história…
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Isso aconteceu no tempo em que a Igreja Católica Apostólica Romana ainda era anti-comunista.
Tudo isso já lá vai…
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Sobre este assunto o meu Tio-Avô com o seu livro “Fátima Desmascarada” explicou tudo o que é necessário para se perceber que não houve, nem podia haver “aparição” nenhuma.
A 1ª República preparava-se para partir a espinha à Igreja.e esta encontrou um meio de se afirmar criando um mito que perdura ate hoje e que faz procissões de meio milhão de pessoas.
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Estás enganado, pá. Não partiram a espinha à Igreja, Partiram foi a espinha à república jacobina, no 26 de Maio de 1926.
Cada um escolhe os mitos que quer, há tantos a acreditar na inocência do Sócrates e na competência do Tony Costa.
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Com o Congresso em Braga, a 26 de Maio ou com o 28 de Maio de 1926 ?
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28 de Maio de 1926, obrigado.
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Não se deve dar sopas de cavalo cansado as crianças e mandá-las trabalhar logo de madrugada. Dá nisto .
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