Este debate ofende-me; este livro não tem elevação; Isto não se devia dizer
Não tencionava retornar ao tema da eutanásia — e não o vou fazer —, contudo, vou retornar a um dos argumentos usados pelos defensores da causa, o de que o debate não foi elevado e, como tal, não foi elucidativo, permitindo a que os deputados votassem mal. Ora, o nome que se dá ao interveniente que afirma que é um debate não teve a elevação suficiente é, muito naturalmente, “o derrotado”. Mas, sobre elevação e debate no espaço público, redes sociais e jornais, tenho a acrescentar apenas a lembrança deste pequeno trecho (em Inglês, peço desde já desculpa):
There is more than one way to burn a book. And the world is full of people running about with lit matches. Every minority, be it Baptist/Unitarian, Irish/Italian/Octogenarian/Zen Buddhist, Zionist/Seventh-Day Adventist, Woman’s Lib/Republican, Mattachine/FourSquareGospel feels it has the will, the right, the duty to douse the kerosene, light the fuse. Every dimwit editor who sees himself as the source of all dreary blanc-mange plain porridge unleavened literature, licks his guillotine and eyes the neck of any author who dares to speak above a whisper or write above a nursery rhyme.
Fire-Captain Beatty, in my novel Fahrenheit 451, described how the books were burned first by minorities, each ripping a page or a paragraph from this book, then that, until the day came when the books were empty and the minds shut and the libraries closed forever.
[…]
For it is a mad world and it will get madder if we allow the minorities, be they dwarf of giant, orang-utan or dolphin, nuclear-head or water-conversationalist, pro-computerologist or Neo-Luddite, simpleton or sage, to interfere with aesthetics. The real world is the playing ground for each and every group, to make or unmake laws. But the tip of the nose of my book or stories or poems is where their rights end and my territorial imperatives begin, run and rule. If Mormons like not my plays, let them write their own. If the Irish hate my Dublin stories, let them rent typewriters. If teachers and grammar school editors find my jawbreaker sentences shatter their mushmilk teeth, let them eat stale cake dunked in weak tea of their own ungodly manufacture.
– Ray Bradbury (1979)
Que maravilha!
Obrigada.
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Tanto texto para dizer uma coisa que pode ser dita com uma frase: “Vão dar uma curva!”
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Nem toda a gente pertence à geração Twitter.
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Tem razão. Eu pertenço à geração marretada.
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Os esquerdalhos querem a eutanásia não só para matar doentes.
Como o suicídio também dá trabalho e o trabalho é coisa chata, os bloquistas querem que seja o SNS a fazer o trabalho a quem se quer matar.
A Esquerda é um embuste. Não tem nada a ver com Povo trabalhador.
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o PCP votou contra. o que tem a esquerda/direita a ver com isto?
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Porque será?
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Começa por ser a quem de quer matar. Passará por a quem se deve para acabar por a quem convier.
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vitorcunha não faço ideia nem estou demasiado preocupado em perder tempo com isso. Independentemente dos motivos houve 15 deputados do PCP a votar contra a eutanásia e caso não o tivessem feito a lei teria sido aprovada no Parlamento.
A mim incomoda-me muito mais estas “narrativas” que procuram colocar todos os assuntos como um dilema “esquerda” versus “direita” e levar as pessoas de direita a defenderem acefalamente as posições da direita e as de esquerda a defenderem acefalamente as posições da esquerda. É o dividir para reinar…
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“Tchiiii”, Ray Bradbury !… Talvez seja demais para certos cerebelos sem “elevação”.
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Há meses, uns bovinizadores da opinião pública a mando do governo (outro bovinizador) colocaram nas cabecinhas tugas que “o sucesso” da geringonça estava a atrair a Lisboa muitos professores, investigadores de universidades estrangeiras entusiasmados por realizarem e publicarem trabalhos académicos. Até hoje, quantos, de onde e que obras publicadas ? Mistério !… Óbvio silêncio.
Espanha e Itália, com mais duas geringonças a partir de hoje. Vaticino-lhes curta duração com “sucessos” tais que provavelmente os “muitos” profs e investigadores já estão a emalar a troucha para degustarem paellas e pizzas — podem levar o AC-DC, o MCThomaz, o Centeno e…também o Cabrita e o Ferro durante uma La Tomatina para recolherem mais depoimentos.
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E esperemos que o marisco esteja estragado. Umas férias forçadas por uns dias desses desgovernantes tem a vantagem de nesses dias não poderem estragar a nossa vida.
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Alguém que os chamem para a mesa que eu pago e sirvo-lhes esse marisco.
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Qualquer dia temos “safe spaces” nas nossas universidades onde não se lê Vitor Cunha. Ehehehe
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Muito, muito bom, como sempre. O meu receio é apenas um: que mesmo ganhando (e não penso que se esteja a ganhar, muito pelo contrário) batalha após batalha, tenho a notória sensação que se está a perder a guerra – a gueera do bom senso e da LIBERDADE.
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Daqui a uns dois meses já não poderá fazer uma ligação às notícias que dão conta de dislates do Parretido Xuxalista. Ou paga taxa para o fazer.
Lá vamos nós começar a fazer samizdate, como os russos durante a URSS. Desta vez em versão email em vez de fotocópias que correm de mão em mão.
Os ditadoidos como o Costa e o Jirónimo nunca poderão perceber que o povo da extinta URSS, uma vez livre do Comunismo nunca mais o quererá de volta.
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É altura de para com este absurdo debate sobre a eutanásia.
Está aqui tudo explicado, mesmo para criancinhas
http://expresso.sapo.pt/blogues/blogue_contrasemantica/2018-06-02-Passara#gs.yblS_80
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Aproveitem este fim de semana para viverem.
E deixem essa treta da eutanásia para conversarem no serão com a vossa família.
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PCP…Embuste e dos grandes do partido capitalista português!
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Leitura recomendada:
Foi humilhada na net e nos media até mais não, respondeu com uma dignidade incrível. E a chapada com luva: é estudante de medicina. Embrulhem!
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