Todos os nomes
Porto, 21 de Novembro de 2029
Querido diário:
Hoje vendi a minha casa. Andava a gastar muito dinheiro com ela e cansei-me, talvez fique mais barato ir viver para um hotel de luxo, como fez o Gulbenkian. Desde 2017 que pagava o “imposto Mortágua”, o adicional ao IMI criado para dar corpo à ideia de “ir buscar a quem está a acumular”. Entretanto, em 2020, comecei a pagar o adicional ao adicional ao IMI, conhecido por “tributo Catarina”. Ainda havia quem estivesse a acumular demasiado e tentou-se resolver o assunto desta forma. Em 2022, por causa de um episódio de ciúmes fraternais, comunicaram-me a obrigatoriedade de liquidar o adicional ao adicional ao adicional ao IMI, baptizado de “imposto Mortágua II” ou “imposto da Joana”. Não me importei, gosto de ver as famílias felizes e fiquei contente por poder ajudar. Mas em 2026, com a introdução do “extra Louçã”, comemorativo do 70º aniversário do fundador do Bloco de Esquerda, achei que talvez já estivessem a exagerar, o que ficou comprovado com o “suplementar Luís Fazenda” de 2028. A direcção do Bloco, achando injusto o tratamento diferenciado dado aos dois primeiros deputados do partido, agiu em conformidade. E eu, já a arrancar cabelos, fiz o mesmo e coloquei a casa à venda.
Infelizmente, devido ao atrelado fiscal que acompanha o imóvel, ganhei apenas uns trocos com o negócio. Trocos esses que me foram imediatamente retirados pela “taxa Robles” de 2019 e pela “contribuição Soeiro” de 2021. A primeira, criada para tributar as mais-valias que sobravam depois da aplicação do imposto sobre as mais-valias, foi uma das apostas do BE para combater a especulação, o nome técnico de “ganhos dos outros”. No entanto, como as malvadas são fugidiças, tornou-se indispensável a criação de um novo instrumento que conseguisse caçar as mais-valias que escapavam à taxa sobre as mais-valias que incidia sobre as mais-valias que escapavam ao imposto sobre as mais-valias.
De qualquer forma, antes assim, uma vez que se aproximam tempos arriscados. É que o Fernando Rosas faz 85 anos em 2031. Já para não falar do 150º aniversário da morte de Karl Marx que será festejado em 2033.

O Sérgio quer saber a melhor?
(1 + 3) * 11 / 2 = 22
O que é o dobro de 11. O que corresponde ao mês de Outubro que é o mês da revolução de Outubro. Esta curiosidade matemática é razão suficiente para comemorar com um novo imposto.
Aliás, tal foi aludido pelo Grande Dirigente, o Querido Líder Rui Rio do PSD, quando nos revela a sua Imensa e Eterna Sabedoria e nos educa de forma tão generosa que meses não são a mesma coisa que anos. Ó querido líder, a tua sabedoria enche os nossos corações de alegria!
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Não é Revolução de Outubro é Golpe de Outubro, parem de usar a narrativa que os Comunistas usam.
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Carissimo, não é por lhe chamar revolução que se lhe está a dar legitimidade. Revolucionários é o que eles são. E toda a revolução é golpista.
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Ora. Ora. Ora o “tal” que disse que o I. Mortágua nem era um (grande) disparate,
E antes disto que “enquanto o País ardia” não era altura de “fazer política”.
Gosta de “Cantinflar”, parece.
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Teve 11 anos para acautelar o seu capital.
Olhe eu, por exemplo, coloquei as casas, mais as duas quintas em nome de uma sociedade cuja morada fiscal é no Samoa.
Claro que tenho que ir lá de dois em dois anos.
Uma maçada.
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E por falar nesses nomes todos, que suportam alegadamente a nossa querida geringonça,
também há dias vi e ouvi em direto e a cores a troca de galhardetes entre a Martins Atriz Fatelas e o Toino Comunista,
no debate quinzenal.
Não há dúvida de que a continuar assim o casamento entre os…
três, está em vias de acabar.
A Martins Atriz Fatelas
por portas travessas soube por via de infiltrados no PC que, tendo o
Girónimo Queixo Avançado menos deputados do que ela, recebeu mais do Toino Comunista
do que aquilo a que tinha direito.
E, vai daí,
armou aquela salgalhada toda de ciumeira desenfreada.
Preto no branco ela disse e com todas as letras das cores do arco íris: “Toino Comunista, ou dás mais algum no fim do mês, para sustentar a mim e aos meus a exemplo do que fizeste com o Girónimo Queixo Avançado ou, no próximo orçamento, perdão, ou na próxima quinzena não há janta para ninguém, aviso feito!!!!!!”.
Toino Comunista embasbacado e bronco tal qual nasceu, perdão,
embasbacado e branco tal qual nasceu, tão atónito ficou que, até já ponderou fazer queixa à ASAE da violência doméstica a que está a ser submetido.
Quem não cabia em si de contente aos pulos, era o Passos Coelho sentado, perdão, era o Rui Rio sentado,
Na cadeira da oposição e morto, pensava que entre marido e colher não metas tu a mulher…
Cenas dos próximos capítulos chegam, dentro de dias ou noites,
do folhetim em que alguns figurantes figurões e filhos, netos, primos, cunhados e afins do Vieira da Silva ao Lado que um dia ficou com um olho ao peito de tanta vez levar o indicador direito, à raiz quadrada do nariz para ajeitar as cangalhas,
vão desistir do papel,
por falta de pagamento.
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Qualquer pensador livre e isento de facciosismo pulhítico, vê que Rui Rio o que diz é acertado. Se não gostam do homem isso é outra coisa.
Só um cego não vê que Costa não quis ser 2º ! Quando abrirem os olhos têm instalada a repressão.
Quem se mete com o PS leva.
Estou-me cagando para o segredo de justiça.
Para o PS tudo, para os outros a justiça.
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Aqui há uns tempos dotaram a AT de poderes absolutos, inconcebíveis, e completamente inconstitucionais, com a justificação do combate à evasão fiscal. Lembram-se? “Se todos pagarmos, todos pagaremos menos”? Os biscateiros de garagem e os juizes do Tribunal Constitucional aplaudiram, porque nem uns nem outros pagam impostos – mas isso é pouca gente.
O que é que correu mal? Perdemos uma data de liberdades, algumas fundamentais, como a presunção de inocência, e temos a maior carga fiscal de sempre. As receitas fiscais recordes provam que nunca se pagaram tantos impostos em Portugal.
Quanto ao pagarmos menos, esbarramos num dado estatístico – 9% da população paga 80% dos impostos. E 91% ou não paga, ou recebe.
E é aqui que entra a política de ataque à classe média e a perseguição obsessiva à criação de riqueza. Porquê? Se 18% da população tivesse riqueza para pagar impostos, eles podiam baixar para metade, e 18% ainda significa um país de pobres. Ou renderiam o dobro, e os políticos até podiam roubar mais. Mas mesmo assim não querem. Porquê?
Qual é a agenda política que ignora a mais básica racionalidade económica? Evidentemente nunca chegaremos à situação em que TODOS recebem de impostos que NINGUÉM já paga, que é o que sucederá quando formos 100% pobres.
Sem criação de riqueza não pode haver redistribuição de riqueza. É tão básico, e no entanto temos doutorados em Economia, como Mortágua e Louçã, que SABEM que é assim, e insistem no oposto. Porquê? Qual é o objectivo final de destruição da riqueza, a não ser a pobreza generalizada?
Porque é que essa gente quer um país de rastos e com fome? Evidentemente ELES não tencionam passar fome.
Essa gente não lhes basta serem ricos e poderosos – que já o são – mas querem que os outros sejam pobres e famintos. Assim asseguram-se de que nunca mais serão questionados, confrontados, ou escrutinados. Como num regime feudal, onde seremos efectivamente PROPRIEDADE deles.
Eu não gosto da idéia.
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9% paga 80% dos impostos
91% ou não paga ou não recebe.
20% impostos não são pagos pelos 91% (abatidos) ou 20% dos impostos são pagos por outros?
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Infelizmente, por essa altura deve estar a sair o trigésimo milésimo artigo de jornal/TV sobre um estudante com média de 24,98 que teve de ir para as Berlengas por falta de quartos.
Por legislação aprovada, irão passar a ter quarto nas suites dos hotéis de luxo.
Espero que se consigam entender acerca das horas de uso da casa de banho.
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Infelizmente o autor esqueceu-se dos impostos Passos Coelho, dos impostos Assunção Cristas, dos impostos Rui Rio e de toda a “direita” que trabalha para mais e mais Socialismo.
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Ahahahahahah !!!!!
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