Dave Chappelle
Vi hoje o ‘show’ do Dave no Netflix (‘Sticks & Stones’, para quem estiver interessado)… confesso que não me impressionou sobremaneira… dentro do estilo ‘politicamente incorrecto’, não me pareceu particularmente brilhante. Assisti em Agosto a um ‘show’ de humor ‘politicamente incorrecto’ em Boston, nos EUA. Um ‘show’ de rua, absolutamente incrível. Bem melhor do que o Dave…
O que me parece particularmente relevante é o facto de ambos os ‘shows’ terem como protagonistas ‘afro-americanos’. Isto é: tudo indica que determinado tipo de humor está reservado a determinado tipo de comunidades. Os afro-americanos usam o politicamente incorrecto com afro-americanos; os gays podem fazer piadas gay (vide o humorista escocês Larry Dean); mas os mesmos de sempre não podem fazer piadas acerca de absolutamente nada. Comparamos Dave Chappelle com os Monty Python e de repente estes últimos até nos parecem conservadores… e contudo, os Monty Python não poderiam actuar nos dias que correm. Já quanto a Dave Chappelle, não sei quanto tempo durará: o humor não é de primeira categoria, e os temas são perigosos nos tempos que correm.
Vale a pena ver, mesmo assim. Há algumas piadas boas. E mais importante do que isso, fica a dúvida se Dave Chappelle pode ser o início de uma mudança. Isso seria positivo de per si…
(caso queiram, vejam também este artigo sobre o assunto no Financial Times)

Reduzindo-se a comédia americana actual a denegrir Trump com os discursos mais soezes é pelo menos uma pedrada no charco
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O José já devia saber que ser branco, hetero, cristão e comer carne é fascista. Devemos ficar quietinhos, ouvir e calar. E pagar impostos.
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“Já quanto a Dave Chappelle, não sei quanto tempo durará”
O homem já faz humor há uns 30 anos. Ele sabe que pode dizer o que lhe apetecer, que quem gosta não deixa de ver por causa do politicamente correcto.
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Sobre a continuidade do Chappelle na comédia, penso que podemos ficar todos descansados. Neste momento, e associado a este show, existe uma grande discussão nas redes sociais nos States sobre as avaliações do público a este show e a da critica “supostamente” profissional.
Para terem uma ideia: no Rotten Tomatoes, a critica dá uma média de 23% (13 críticas de mass media). O público dá uma média de 99% (com 30.151 user ratings). Vale o que vale, mas já faz correr muita tinta (e vblogs) neste momento nos USA…
https://www.rottentomatoes.com/m/dave_chappelle_sticks_and_stones
A guerra cultural e a imposição dos valores de extrema esquerda não é tão linear como parece.
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Os Monty Python, hoje, tinham processo em tribunal.
E, já na altura, tinham a noção disso.
Daí haver mesmo alguma discordância entre eles em alguns sketches (sendo que apenas por questões religiosas).
O John Cleese até deixou Londres, por questões sociais, foi Para Richmond e actualmente está nos EUA.
O Michael Palin continua a viver no mesmo bairro de sempre e os restantes, continuam politicamente incorrectos mas em silêncio.
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“Os Monty Python, hoje, tinham processo em tribunal.”
Não tinham, porque nem sequer iam para o ar.
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Resultados da limpeza etnico-mental feita pelo Jornalismo Marxista
Por falar dos Monthy Phyton , um tipo da BBC hoje organização da Extrema Esquerda mas que quer o dinheiro de todos veio dizer aqui há uns meses que os Monthy Phyton nunca hoje entrariam na BBC.
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E para recordar um excerto do script de Life of Brian (e onde a realidade imita a arte):
JUDITH: I do feel, Reg, that any Anti-Imperialist group like ours must reflect such a divergence of interests within its power-base.
REG: Agreed. Francis?
FRANCIS: Yeah. I think Judith’s point of view is very valid, Reg, provided the Movement never forgets that it is the inalienable right of every man–
STAN: Or woman.
FRANCIS: Or woman… to rid himself–
STAN: Or herself.
FRANCIS: Or herself.
REG: Agreed.
FRANCIS: Thank you, brother.
STAN: Or sister.
FRANCIS: Or sister. Where was I?
REG: I think you’d finished.
FRANCIS: Oh. Right.
REG: Furthermore, it is the birthright of every man–
STAN: Or woman.
REG: Why don’t you shut up about women, Stan. You’re putting us off.
STAN: Women have a perfect right to play a part in our movement, Reg.
FRANCIS: Why are you always on about women, Stan?
STAN: I want to be one.
REG: What?
STAN: I want to be a woman. From now on, I want you all to call me ‘Loretta’.
REG: What?!
LORETTA: It’s my right as a man.
JUDITH: Well, why do you want to be Loretta, Stan?
LORETTA: I want to have babies.
REG: You want to have babies?!
LORETTA: It’s every man’s right to have babies if he wants them.
REG: But… you can’t have babies.
LORETTA: Don’t you oppress me.
REG: I’m not oppressing you, Stan. You haven’t got a womb! Where’s the foetus going to gestate?! You going to keep it in a box?!
LORETTA: crying
JUDITH: Here! I– I’ve got an idea. Suppose you agree that he can’t actually have babies, not having a womb, which is nobody’s fault, not even the Romans’, but that he can have the right to have babies.
FRANCIS: Good idea, Judith. We shall fight the oppressors for your right to have babies, brother. Sister. Sorry.
REG: What’s the point?
FRANCIS: What?
REG: What’s the point of fighting for his right to have babies when he can’t have babies?!
FRANCIS: It is symbolic of our struggle against oppression.
REG: Symbolic of his struggle against reality.
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