Os super-ricos.
Um manhoso estudo elaborado por dois autores sem qualquer relevância académica diz que se o Estado Português criasse um imposto sobre os “super-ricos” poderia encaixar mais de 3.500 milhões de euros. Este confisco de património abrangeria 0,5% dos contribuintes, cerca 42.000 pessoas com um património global financeiro e não-financeiro de 2 milhões e meio de euros, como se estes fossem super-ricos. Mas enfim…
A comunicação social nacional disseminou acefalamente as conclusões canalhas deste estudo, pois sabem que uma franja considerável da sociedade e, infelizmente, grande parte da juventude acredita que os ricos não deveriam existir e que novos impostos são solução para a pobreza e uma fonte de crescimento económico.
Os tempos que vivemos são profundamente ignorantes e de valores morais corrompidos. A inveja perpassa esta ideologia. E são ideias imorais também porque a suposta “transferência de riqueza” através da tributação dos ricos é apenas uma forma de legalizar o roubo.
A esmagadora parte da riqueza dos super-ricos não é consumida em iates, joias ou luxos pessoais. Aliás, as pessoas muito ricas nunca conseguiriam consumir pessoalmente toda a riqueza que possuem, mesmo que dormissem em colchões de notas. Por isso utilizam quase toda a sua riqueza investindo em negócios produtivos e até em causas meramente filantrópicas. Investem em activos que lhes rendem benefícios, obviamente. Mas que são empresas e fábricas que geram emprego e criam produtos úteis valorizados pela população em geral e muitas vezes absolutamente vitais para os menos afortunados.
Se o Estado confiscar as poupanças e os activos dos ricos através de impostos, não reduz consumos extravagantes, mas diminui a oportunidade de usar a riqueza em criação de valor e inovação para a sociedade. Os super-ricos continuarão sempre ricos. Serão as classes média e trabalhadora as mais prejudicadas quando a resposta ao aumento de impostos resultar em menos empregos, salários mais baixos e produtos mais caros.
A acumulação de riqueza por meios honestos deveria ser elogiada e incentivada. Sem poupanças e capital não teremos uma sociedade próspera. Contudo, o estúpido ar do tempo vai no sentido de punir a acumulação de riqueza através de esquemas fiscais contraproducentes, ineficientes e baseados em falsidades.
Para um crente, um imposto sobre a riqueza pune a iniciativa e capacidade empreendedora das pessoas e a frugalidade daqueles que usaram os seus talentos dados por Deus para criar riqueza ou acumular grandes poupanças, e priva os cristãos da oportunidade de partilharem voluntariamente a sua riqueza através de actos de caridade.
Não considerando a inveja ou o roubo como pecados, tal forma de estar deveria pelo menos fazer corar de vergonha qualquer pessoa decente.
A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Esse tal imposto sobre os super ricoa (e uma desonestidade intelectual) considerar que uma pessoa que te uma fortuna a volta de 3.5 milhões de euros é um super rico) é uma forma encapotada de roubar, própria dos indigentes e e desonestos
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De todas as taras neoliberocas, talvez a mais parola seja o culambismo aos super-ricos: os mega-mamões que mais exploram e saqueiam a sociedade. Se por trás de cada fortuna há (pelo menos) um crime, por trás de cada mega-fortuna há decerto muitos crimes. E muita, muita ganância.
A ‘inveja’ é a acusação preferida destes capachos de mamões, como se fosse preciso inveja para reconhecer injustiça tão grotesca – ou como se alguém trabalhasse ou valesse 100.000 vezes mais que toda a gente.
As desculpas são sempre as mesmas: ‘criar valor’, como se esta canalha não vivesse de exploração, de especulação e de rendas, ‘legalizar o roubo’, como se não fossem eles a chular a sociedade à tripa-forra, etc, etc.
Ninguém precisa de ser super-rico para ser trabalhador, empreendedor ou inovador. A desigualdade extrema corrói a sociedade. Nada disto é justo ou merecido. E que metam as fundações e a caridadezinha no rabo. Se pagassem os impostos justos seria preciso bem menos caridade.
“Fazer corar de vergonha qualquer pessoa decente”, diz o betinho Telmo, esse especialista em decência. Uma sociedade decente teria há muito limitado a riqueza. Vinte a trinta vezes a riqueza média já seria generoso.
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Logo aparece um esganado por mamas e subsídios, para quem capital é inimigo do consumo e o Estado é o provedor de todo o imbecil e calão, tendo por missão esfolar quem acumule algo de seu.
E se é inevitável que exista tal gente, mais alarmante é verificar que sempre se finja ignorar:
O quão pantanosa é a administração pública no conforto de carreiras, horários e milhentos artigos promotores de baldas.
O quão inexistentes são empresas públicas não parasitadas por camarilhas políticas ou extorcionadas por trabalhadores sempre em busca de uma qualquer ‘dignidade’ – que é agora o nome usualmente dado ao privilégio e ao poder de consumo.
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Atento é um bom exemplo do ódio à Liberdade dos marxo-fascistas.
Isto não é só inveja. É muito pior, é o odio aos outros controlarem as suas vidas.
É o desejo de controlo sobre os outros. É isso que está por detrás.
Note-se ainda como o Atento julga que o dinheiro é a medida dos humanos.
O Atento não fala da desigualdade de alguém ter criado 1 empresas e de quem não criou alguma.
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Jg, não sei para quem é a sua resposta: vivo do meu trabalho, não de mamas e subsídios. Talvez esteja a pensar nos seus caros capitalistas privados que, não contentes com criar biliões do ar com as suas ‘engenharias financeiras’ e mercados-casino, que escondem nas Suíças e Panamás da vida, ainda mamam subsídios, rendas garantidas e borlas fiscais ao Estado.
Lucky, acho lindamente que todos controlem as suas vidas como lhes aprouver; só não podem acumular mais de 20 a 30 vezes a riqueza média, sendo já muito generoso – tal como não podem conduzir a 300 à hora, ou andar nus pela rua, ou criar monopólios, ou esquemas ponzi, ou tanta coisa.
É isto a civilização: abdicamos de algumas liberdades porque podem prejudicar outros, ou são nocivas à sociedade em geral. A desigualdade extrema é um desses casos; e a concentração excessiva de riqueza traz também poder excessivo – corrompe as pessoas, o mercado, a democracia, tudo.
Falamos apenas de limites; nada o impede de criar empresas ou o que quiser. Se precisa de mamar fortunas obscenas para fazê-lo, se calhar é a sua motivação que tem algum problema. Quanto ao dinheiro ser a medida das pessoas, vindo dum neoliberoca randiano como v., deve ser para rir.
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Defina-se um rico como quem não tem capacidade de consumir o seu rendimento; a consequência normal é a de ficará cada vez mais rico, salvo se:
1 – As fontes do seu rendimento se deteriorarem.
2 – Fizer novos investimentos de que resultem perdas
3 – Distribuir rendimento.
A presunção da cambada abrilesca é a de que é preciso capturar (3) por impostos tanto rendimento quanto o necessário para que o rico não enriqueça, o que equivale a atribuir aos impostos a funções (1) + (2).
Como se a economia produzisse pensões…
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Defina-se um rico como quem não tem capacidade de consumir o seu rendimento…
Uma definição especiosa, para não dizer manhosa: muita gente pobre ou remediada pode encaixar nela; basta que consumam abaixo do pouco que recebem, por qualquer motivo.
Isso não os torna ricos. Rico é quem tem riqueza, abundância, património muito acima da média do país onde vive; no caso dos super-ricos absurdamente, obscenamente acima da média. A escala da sua mama nem é nacional, é planetária.
O que produz pensões, e tudo o resto, é o trabalho das pessoas: quem produz é quem trabalha; quem financia e quem cobra rendas limita-se a explorar o trabalho de outrem.
Mais: o dinheiro é uma criação humana que, como qualquer outra, pode ser redistribuída ou reajustada como quisermos; como decidirmos democraticamente; como for mais justo, mais racional, mais útil a todos, não a uns poucos.
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Rebéu-béu…
‘quem não tem capacidade de consumir o seu rendimento’ para não ser ‘especioso’ talvez pondo a coisa de outro modo: quem corre perigo de vida se consumir o seu rendimento, é rico.
O mais é o do costume: O Estado, pela mão da camarilha que quase inevitavelmente o povoa, é que sabe o que é o bem de todos e o de cada um.
Não faltam destinos onde usufruir desse paradigma…
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Não faltam destinos onde usufruir desse paradigma…
Onde a sociedade e os meios de produção são geridos democraticamente, e as políticas e as prioridades são votadas e decididas por todos? A sério? Pode dizer um?
Antecipando a resposta habitual: a maioria sempre foi explorada por uma minoria. Os regimes ditos comunistas não foram excepção; só mudam a minoria dos mamadores.
Não, não é isto a ‘natureza humana’: sem partilhar e cooperar hoje ainda vivíamos em cavernas. É apenas uma faceta da nossa natureza que deve ser controlada, como o tribalismo ou a violência.
É nisso que devíamos estar focados, não em perpetuar este regime iníquo, este cancro capitalista. Os super-ricos são a metástase mais visível e nociva deste cancro.
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Ó Atento, foque-se em organizar a sua vida, usufruindo da liberdade que é a raíz do sistema capitalista, para sair desse estado de vitimização que aparentemente o consome.
O sistema capitalista não é cancro algum, limita-se a ter por norma medir e transacionar VALOR.
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Claro, Jg: é cada um por si. Que ninguém pense em cooperar ou em melhorar a sociedade. Para pensar e melhorar estão cá os nossos senhores – dantes nos seus palácios, hoje nas suas mansões e ilhas privadas. Eles é que sabem.
Valor? Anda muito desactualizado, homem: uns cem anos, pelo menos. Desde então que o valor é o que os mamões quiserem; criam-no do ar todos os dias.
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Quem se estriba em dogmas não é susceptível de cura.
Quando vais às compras defines valor.
Se quando não podes comprar te conforta enraiveceres-te com quem faz a oferta…que sejas servido.
E ficamos por aqui, que a cena das mansões e das ilhas privadas definem o serventuário do camarada dirigente.
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