O Rust Belt, a China e a “Nova Direita”
(…) Estas circunstâncias levaram nas últimas décadas, tanto no Rust Belt como na Appalachia, a uma intervenção significativa do Estado sob diversas formas, programas e instrumentos de apoio, sempre feita em nome da protecção das indústrias locais, da preservação do emprego, e do combate à pobreza e exclusão social. Portanto, ao contrário de algumas narrativas ideologicamente enviesadas, não se poderá afirmar que são regiões deixadas à sorte do fundamentalismo neo-liberal no mercado livre e na globalização.
(…) A evidência dos factos não ajuda à narrativa do pensamento mágico que acredita na ilusão de que tarifas comerciais mais elevadas à entrada de produto estrangeiro, nomeadamente da China, trará de volta empregos industriais ao Rust Belt, até porque a indústria transformadora depende hoje fortemente da automação.
(…) Se é certo que o socialismo empobrece, é triste verificar que nos últimos tempos as forças políticas de Direita nos EUA, na Europa e em particular em Portugal se têm esquecido de verdades económicas básicas e infletido numa deriva populista estatista.
O meu artigo completo de hoje na coluna da Oficina da Liberdade, aqui:


Há seguramente condicionantes políticas bem além das funcionalidades económicas na definição de uma Política.
Se considerar tais condicionantes é estatismo, a pergunta é saber o que o não seja!
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O neoliberoca Telmo a falar em “captura legislativa por interesses corporativos rentistas”?! Mau… que conversa é essa?
Primeiro: os mamões privados jamais capturam a legislação; jamais têm leis à medida; jamais mandam em deputedos, ministros e governos; jamais controlam o Estado! Isso são calúnias de comunas!
Segundo: que mal tem o rentismo? Outra conversa comuna! Quem recebe rendas é porque as merece; quanto mais recebe mais merece. O Estado e os cidadãos só servem para pagar rendas a mamões.
(Aliás, o Estado tem outra função: proteger as rendas e a propriedade dos mamões. Daí a polícia e os tribunais serem o único Estado que faz falta.)
Salva-se a conclusão geral do artigo: “as democracias devem habituar-se a lidar com transformações económicas”. É isto mesmo. Temos de comer e calar perante os donos do mundo. Habituemo-nos.
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