Amuos infantis da União Europeia
Amuados pelo facto de os norte-americanos não terem votado como gostariam, os líderes da União Europeia parece terem entrado num autofágico e contraproducente desafio a Donald Trump, numa espécie de ressentimento infantil que só prejudica severamente os cidadãos europeus e, em particular, os Portugueses.
A presidente da Comissão Europeia veio, na prática, dizer recentemente em Davos que a nova administração Trump se tornou um inimigo externo da União Europeia. Ou seja, em vez de aproveitar o momento e os tempos de mudança de se vivem a nível global para libertar as economias europeias dos seus espartilhos, os frágeis e não-eleitos burocratas de Bruxelas proclamam a intenção de aprofundar as suas políticas que têm resultado na estagnação económica e social da Europa e no definhar do espaço europeu.
Ursula Von Der Leyen expressou por exemplo o seu inabalável empenho na continuação das políticas ambientais e nas fantasias de suposto combate às alterações climáticas, nomeadamente assinalando as falsas virtudes do Acordo de Paris que apenas tem resultado no exacto oposto dos objectivos pretendidos, nomeadamente aumentando a dependência energética da União nas importações de gás natural liquefeito e de carvão e, simultaneamente, causando danos profundos nas infraestruturas industriais e empresariais europeias.
A Comissão Europeia também não está nada interessada em que os países membros reduzam nem os gastos nem a dívida pública e muito menos os excessivos encargos fiscais e legislativos que impõe às empresas e aos cidadãos. Isto quando os enormes pacotes fiscais e monetários dito “de estímulo” tiveram por efeito que o PIB nominal da União Europeia tenha aumentado apenas 11% nos últimos 16 anos, enquanto no mesmo período o PIB dos Estados Unidos cresceu 94%, ou seja, oito vezes mais.
No mesmo registo de enfiar a cabeça na areia, o nosso desorientado primeiro-ministro avisou o secretário-geral da NATO de que não vale a pena insistir, conforme Trump quer que os países europeus façam, na necessidade de aumentar para mais de 2% do PIB o investimento em Defesa, pois Portugal não está disponível fazer cortes no estado social.
Ora, é uma boa maneira de Luís Montenegro manter o Estado Social em frangalhos e, ao mesmo tempo, expôr o país a mais riscos e a uma ainda mais profunda dependência dos Estados Unidos para sua segurança.
O intervencionismo estatal e a bazófia de pobretanas nunca deram bons resultados.
A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

O que é notável é que, sendo o crescimento do PIB nominal tão superior nos EUA, esse país mantenha um constante défice comercial com praticamente todos os restantes – ao contrário da União Europeia que, apesar do seu crescimento sofrível ou nulo, vai mantendo uma balaça comercial equilibrada.
Dá ideia de que os EUA cada vez produzem mais coisas, mas a imensa maior parte daquilo que produzem interessa pouco ou nada ao resto do mundo.
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O mercado interno americano é suficientemente grande e rico para desprezar esse interesse dos outros.
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Bem, os americanos importam muitas coisas do estrangeiro. Seria desejável que conseguissem exportar o suficiente para pagar tudo aquilo que importam. E não conseguem.
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Eles são a moeda, basta imprimir ou lançar credito …
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Usar o PIB para medir o sucesso de um país é demasiado redutor. Vamos comparar o número de sem abrigos dos EUA com os da UE? Apesar de todos os males da UE acredito que respira-se bem melhor aqui que nos EUA, onde o capitalismo desregulado leva todos à frente!
Quanto à postura dos líderes europeus face à administração Trump, acuso que estão a ser muito estúpidos. Trump é um negociador logo devemos ter do nosso lado negociadores e não políticos assentes em dogmas. A administração Trump pode ser uma grande oportunidade para UE crescer, se assim o quiserem.
Quanto ao dízimo da NATO, pois 8 anos de Costismo com cabeça enfiada na areia deixaram-nos assim sem dinheiro para a defesa e Montenegro não quer endireitar o que é profundamente estúpido. Putin já demonstrou que apenas a pertença à NATO é a única coisa que o faz pensar duas vezes antes de massacrar um país. Por outro lado se Trump manter a sua exigência num valor de dízimo demasiado alto (penso que o messias laranja falava em 5%) então a resposta deverá ser “OK, mas vamos reativar as nossas indústrias defesa e não te compramos nada” a mesma resposta deve ser válida para outros conflitos…nunca esquecer que Trump é homem de negócios!
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“, pois Portugal não está disponível fazer cortes no estado social.”
Caro Senhor
Devemos respeitar quem tem tal preocupação com o dito estado social: o estado segurança, o estado de abastança, e outros estados assumidos como atingíveis por países desenvolvidos, não são objectivos de um país do terceiro mundo como portugal. A forma de se manter essa pobre ambição é continuar a defender este nosso estatuto de país atrasado: trabalhando pouco, e mal; não organizando nem tendo produtividade; não instruindo, nem deixar quem o faça: sei lá, como o Salazar devia fazer….
Cumprimentos
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A tempestade Trump vai passar.
Para mostrar serviço dispara em todas as direções. Contra tudo e contra todos.
É um egocêntrico que chegou ao poder sem planos sólidos.
Habituado a aparecer na televisão anseia por protagonismo.
Fala demais. Faz lembrar o presidente de um país europeu, cujo nome não me recordo.
O presidente desse pais era comentador televisivo. Quando foi eleito falava de tudo. Comentava jogos de futebol, cardápios, o tempo. Até que deixou de ser levado a sério pela população desse país.
Trump coloca taxas aduaneiras, e vai diminuir o número de funcionários públicos! Quem vai controlar os fluxos económicos?
Impõe taxas de importação ao petróleo e outras energias de dez por cento. Esquece que os mais de quatro milhoes de barris diários de petróleo que o EUA importam do Canadá são transformados em produtos refinados no Texas e exportados. O México exporta petróleo para os EUA e importa gasolina, o Brasil exporta para os EUA petróleo e importa gasóleo.
Será que não vai fazer com que a América deixe de ser o país com maior capacidade de refinação e ceder o lugar à China. A China já tem capacidade de refinação instalada superior à dos EUA. Se colocar as suas refinarias a cem por cento ocupa o nicho de mercado dos EUA.
Infelizmente o nossos amigos canadianos são os que vão sofrer mais. O Canadá está a transformar-se num petro estado. Exporta percapita mais barris de petróleo do que o Irão
Quem vai sofrer menos será o México! Se Trump colocar tarifas aduaneiras sobre as drogas? De certeza que elas não serão pagas.
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Isso foi em 2014, quando a golpada na Ucrânia foi promovida pela UE. A subsequente guerra civil levou ao estado actual das coisas – a ruína energética e industrial da Europa ocidental.
É como a história do oráculo consultado pelo Creso acerca do ataque aos Persas – “um grande império será destruído”, só que não especificou qual. Julgaram que iam esfrangalhar a Rússia e ter lucros fabulosos com os pedaços em que a partissem, já havia mapas e tudo.
E agora estamos reduzidos a ser um cão que leva pontapés do dono, e dá uns ganidos patéticos.
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