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A entrevista

18 Fevereiro, 2008

Ricardo Costa teve hoje a oportunidade de perguntar a José Sócrates de forma directa e sem hipótese de escapatória a pergunta seguinte:

Foi o Sr Primeiro-Ministro que fez mesmo os projectos ou limitou-se a assumir a responsabilidade e a autoria?

Em vez disso, fez uma pergunta que permitiu que Sócrates voltasse a responder que assume a responsabilidade e a autoria. Perante a resposta, Ricardo Costa podia ter feito mais perguntas. Podia ter perguntado se Sócrates assumia a autoria de algo feito por ele ou feito por outro. Ou quanto tempo é que demorou a Sócrates a fazer cada um daqueles projectos. Ou se Sócrates ficou satisfeito com a estética dos edifícios. Ou porque é que aparecia lá a letra de outro gajo. Ou se  Sócrates assinou por alguém que não podia. Foi uma oportunidade perdida.

44 comentários leave one →
  1. 18 Fevereiro, 2008 22:55

    Há casos em que certos jornalistas são descuidados.

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  2. cicuta prós f da p permalink
    18 Fevereiro, 2008 22:56

    “de vexa atento, VENERADOR e obrigado” em nome do mano
    o hitlerzinho mostrou quem é

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  3. 18 Fevereiro, 2008 22:59

    Ou não. Para a próxima pode ser que o entrevistador continue a ser o Ricardo Costa. Se fizesse a pergunta, para a próxima seria outro que não faz essas perguntas.

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  4. Mr. Danger permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:01

    Medo + jornalistas de qualidade + falta de tempo + Sócrates manhoso = Entrevista medíocre.
    Realmente o homem seca tudo à sua volta. Os bons tornam-se maus.

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  5. José Sócrates permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:07

    Ainda nãa perceberam que a minha estratégia nestas coisas passa por repetir as mesmas asneiras/mentiras vezes sem conta até vos vencer pelo cansaço?
    Ai essas cabecinhas…ver mas não observar e muito menos analisar.

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  6. J.Pereira permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:07

    Mais um frete feito ao bacharel sanitário,”doublé” pato – bravo “diplomado…

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  7. O que manda nesta porra toda! permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:11

    E vejam lá que até consegui enganar os três crânios acima de qualquer suspeita que estavam na távola redonda…
    E ainda meti o Costinha no bolsito. Sim porque o outro nem o ouvi. Acho que nem o vi….

    Sou o maior!

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  8. 18 Fevereiro, 2008 23:26

    Mas alguém em seu perfeito juizo é capaz de assistir a uma trampolinice dessas?! Que interesse pode ter ouvir durante uma eternidade um mentiroso compulsivo? F for Fake, said OW.

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  9. urca permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:30

    Schiii! Que perguntas tão difíceis essas! Realmente, com essas o homem ficaria atrapalhadíssimo. Como é que o Ricardo Costa não se lembrou disso. Da próxima só têm é que espetar um investigador em biotecnologia a entrevistar e é a derrocada final do Sócrates.

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  10. riders on the storm permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:33

    internem mas é o lloyd wright de vilar de maçada! o homem cortou completamente com a realidade….

    e que estavama fazer aqueles dois bidões à frente dele?

    o bolsanamão é que a sabe toda

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  11. lucklucky permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:34

    Houve alguma pergunta sobre o Líbano? O Qatar retirou as suas tropas do Líbano que estvam na UNIFIL e a Arábia Saudita aconselhou os seus nacionais a não visitarem o País…

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  12. 18 Fevereiro, 2008 23:38

    Ih… ih… ih… ih… ih… (onomatopeia de riso escarninho)

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  13. 18 Fevereiro, 2008 23:43

    A entrevista foi miserável e o Ricardo Costa, com aquela pose “à Sócrates”, até fez Sócrates parecer bem…

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  14. O que vos dá cabo da cabeça e dos bolsos permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:46

    Não me digam que acham que eu só disse banalidades e continuo com o mesmo discurso redondo e plástico?
    E que só fiz uma figurinha porque as jarretas que me estavam a entrevistar não estiveram nem de perto nem de longe ao seu melhor nível?

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  15. Inculto permalink
    18 Fevereiro, 2008 23:52

    Eu tenho uma fábrica de sapatos. Desde as solas até aos atacadores os sapatos são feitos na China. A etiqueta é minha. Posso dizer que os sapatos são meus se eu pagar aos chineses e puser uma etiqueta na minha fábrica? Um comprador dos sapatos em caso de deficiência reclama a quem? Aos chineses?.

    “Foi o Sr Inculto que fez mesmo os projectos ou limitou-se a assumir a responsabilidade e a autoria?”

    Limitei-me a tomar a iniciativa de criar uma marca, publicitá-la, pôr-lhe etiqueta e manda fazê-los na melhor relação preço/qualidade.

    “Ou quanto tempo é que demorou ao Inculto a fazer cada um daqueles sapatos.”

    Mandei-os fazer e mandei-os vender. Só tomei a iniciativa e a paternidade.

    “Ou se o Inculto ficou satisfeito com a estética dos sapatos.”

    É irrelevante, quem os comprou decerto gostou.

    “Ou porque é que aparecia lá a letra de outro gajo.”

    É irrelevante. As letras não alteram a minha etiqueta.

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  16. 19 Fevereiro, 2008 00:02

    o tonibler é que tem razão: no fundo quando é o estado que “permite” estações privadas através de licenças sujeitas a regras e ao seu escrutínio então todos têm que obedecer à voz do dono.

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  17. Anónimo permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:03

    Os “coisos” não atacam. Hoje sairam cedo…

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  18. O que não sabe se se recandidata permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:07

    Estão a escovar-me caro amigo…

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  19. 19 Fevereiro, 2008 00:08

    Mais uma vez, a propósito dos “projectos Sócrates”, se foge ao principal: os técnicos da Câmara foram pagos para “colaborar com Sócrates” num projecto que eles próprios não poderiam assinar, ou não? A questão da “autoria” e da “responsabilidade” é irrelevante, agora.

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  20. 19 Fevereiro, 2008 00:09

    eles estavam borrados de medo..

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  21. 19 Fevereiro, 2008 00:17

    O Sócrates e o Rui Rio são parecidos e suscitam o mesmo tipo de erros aos entrevistadores: estes últimos pensam que “para este nem é preciso grande preparação”, não estudam devidamente os dossiers e principalmente o que é que é mesmo importante perguntar, e são “arrumados” em 3 tempos.

    Tanto RR como Sócrates, quando preparam com cuidado as entrevistas, podem bem com jornalistas preguiçosos e com a mania que são mais brilhantes que o entrevistado. E a entrevista a sério fica por fazer.

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  22. riders on the storm permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:17

    a pergunta que ainda ninguém lhe fez é outra:” Vai por o Jornal em tribunal?”

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  23. Joaquim Amado Lopes permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:21

    O Ricardo Costa não poderia ter feito essas perguntas mesmo que o quisesse. Tal como aconteceu com a entrevista sobre a “licenciatura à Farinha Amparo”, as perguntas foram negociadas à priori e os “entrevistadores” (meros actores secundários na palhaçada) não podiam afastar-se do guião.

    Ou julgam que o José Sócrates é tão estúpido quanto é mentiroso? Se houver alguma hipótese de lhe fazerem perguntas a que ele não queira responder, não põe lá os pés.

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  24. 19 Fevereiro, 2008 00:22

    “Vai por o Jornal em tribunal”

    Essa era fácil de responder: “nem vou perder tempo com isso, são assuntos menores”.

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  25. 19 Fevereiro, 2008 00:30

    Sócrates foi claro e transparente ao afirmar que estava a mentir ao responder a essa questão. Até nem é crime, nem fraude assinar por uma obra que não é da sua autoria. É moralmente discutível, e o eleitorado sancionaria Sócrates. Só que Sócrates mordeu a isca: negou. E obviamente, mentiu. Dou pouco tempo para que se prove. E agora sujeita-se a ser julgado por algo moralmente ainda mais reprovável: ser apanhado a mentir.

    Lembram-se do Bill Clinton?

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  26. 19 Fevereiro, 2008 00:32

    Obviamente, estes 50 minutos de entrevista, para além de ter sido antecipadamente preparada e combinadas as perguntas, houve nitidamente a cedência da SIC e dos entrevistadores à exclusividade concedida por Sócrates.
    Daí que muitas perguntas incómodas nunca se façam nestes casos e sobre quaisquer “matérias”.
    Uma entrevista exclusiva dum PM ou dum presidente de grande clube ou administrador, CEO, dum grande banco ou empresa, têm sempre contrapartidas.

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  27. riders on the storm permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:38

    “O sr não é filho de boa gente?”

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  28. Tolstoi permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:41

    Com este PM é preciso ser contundente, o trocadilho da criação de emprego não foi devidamente explorado, a fábula que Sócrates contou sobre os nomes para a administração do BCP ofende qualquer espectador que conheça a realidade social e politica em Portugal, nos temas como economia a superficialidade foi a regra, na justiça nem se tocou…
    O país que Sócrates descreveu deve ter outro endereço.

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  29. pedro castro permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:45

    Esta “entrevista” é o retrato ignominioso de uma “COMUNICAÇÃO SOCIAL” por conta e sem vergonha,que já não esconde os fretes e os poderes a que está vendida.Infelizmente isto nem sequer é excepção.É a regra.Hoje,salvo raríssimos jornais,só na blogosfera é possivel dizerem-se algumas verdades.Não é por acaso que os célebres e tristes assessores já a infestam tão assanhadamente.

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  30. riders on the storm permalink
    19 Fevereiro, 2008 00:55

    é o que eu digo! o homem cortou completamente com a realidade

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  31. Paulo permalink
    19 Fevereiro, 2008 01:13

    *Diz o 1º que ficou com um problema moral por causa do aumento dos impostos e assim contrariar uma promessa eleitoral.

    *Dizem os jornalistas que ele criou um tabu em relação à sua recandidatura em 2009.

    Nós é que devemos estar numa realidade paralela…

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  32. 19 Fevereiro, 2008 01:35

    Afinal, era uma entrevista ou um inquérito policial?

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  33. 19 Fevereiro, 2008 02:15

    A pergunta de JM é pertinente. Tão pertinente que já foi transcrita há uns dias no Abrupto. Nem se percebe como a SIC não contrata o Comissário Miranda para fazer perguntas.
    Deve ser por causa do visual.
    Ninguém é perfeito.

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  34. Anónimo permalink
    19 Fevereiro, 2008 09:08

    Gostei da entrevista.

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  35. Boa Boa... permalink
    19 Fevereiro, 2008 09:09

    “… Deve ser por causa do visual.
    Ninguém é perfeito.”

    Hehe Piscoiso, você é mesmo mauzinho 😦

    Então foi logo bater onde sabe que lhe dói mais.

    A falta de inteligência não se vê ao espelho e o JM pode pretender ignorar (ou nem dar por ela), mas o visual na realidade….

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  36. henrique permalink
    19 Fevereiro, 2008 09:17

    não. a oportunidade era manter o tachito na estação de televisão…vai daí não poderia abusar do sr. Administrador, desculpe, do senhor 1º ministro, que por uma acaso acho que é Engenheiro…não sei se é técnico…

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  37. 19 Fevereiro, 2008 11:47

    Quando queremos à força que a resposta seja outra, para justificar a nossa antipatia pela personagem, arranjamos sempre desculpas para que a resposta não tenha sido a por nós desejada…
    Cumprimentos.

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  38. Gabriela permalink
    19 Fevereiro, 2008 12:04

    Um engenheiro a responder pela estética de um edifício. Isso nao sao os arquitectos?

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  39. Lololinhazinha permalink
    19 Fevereiro, 2008 13:40

    Ouvi os primeiros 25 minutos e depois mudei de canal para o Dr. House. Entre ficções e desgraças sempre é mais bem humorado.

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  40. J.Pereira permalink
    19 Fevereiro, 2008 15:54

    Pedro Castro: em cheio!
    Essa tropa fandanga,atenta,veneradora e obrigada,não é mais que uma “troupe” de lacaios avençados.

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  41. Tribunus permalink
    19 Fevereiro, 2008 17:33

    Se o Socrates assinou a obra ou não pouco inetressa, a qualidade
    apresentada è lixo!
    O que foi grave è que ao fim de 3 anos de primeiro ministro, o mesmo repetiu à saciação todas as asneiras, que por habito debita! A entrevista, não è digna desse nome, os 2 barris, que estavam em frente do primeiro, foram att.vnerador e obrigado!
    São profissionais da sargeta, como diz o Silva.
    O que me divertiu foi a seguir na Cic noticias, o diector, do DN, da Renascença e mais 2 idiotas que não sei o nome, terem declardo que a entrevista tinha corrio bem para o primero! isto na primeira volta de preguntas depois deabulram com parvoices e foram iguais aos 2 barris anteriroe, salvou-se a pivot que os entalou com 2 ou 3 preguntas.
    Como corre bem a vida a um primeiro, que mente, que diz sempre a mesma coisa, (mentiras) que baralha os numeros, que estando mais calmo do que o costume, quasi que engolia os entrevistadors, quando a coisa começa a descambar para auilo que não cria.
    Houvi que foi a primeira campanha para as eleições (falta um ano
    e meio) com este tipo de prestação só um cego è que vai voltar a votar neste primeiro. Mesmo que a oposição não seja o que o deveria ser, ele só sabe argumentar quando usa a força (parlamento e entrevistas) acenar com as melhorias, que fez (sai
    do pelo dos portugueses 21% de IVA e o imposto sobre os combustiveis) isto chegou para diminuir o deficit. Aproveitar-se da estrutura que a Manuela Ferreira Leite organizou, para uma melhor cobrança de dividas fiscai, comprar software para fazer
    coisas na hora, tudo isso è fogacho, que as verdadeiras reformas,
    não as fez nem já tem tempo………..

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  42. Refrão permalink
    19 Fevereiro, 2008 19:34

    Um verdadeiro insulto à nossa (pouca e sabida) inteligência.
    Quem o(s) viu… mereceu-o(s)!

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  43. Micas permalink
    19 Fevereiro, 2008 21:46

    Não percebo qual é a surpresa: primeiro round deste triste espectactulo já havia ocorrido por ocasião da entrevista sobre o caso do “diploma” da Univ. Independente. Discurso bem estudado para perguntas combinadas com entrevistadores mediocres.
    Deprimente.

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  44. IFerreira permalink
    20 Fevereiro, 2008 13:45

    Lembram-se daquele sketch dos Gato Fedorento sobre o adestramento dos jornalistas portugueses? Ora bem, os dois entrevistadores só mostraram que foram ensinados.

    Tenho pena de não os ter visto a receber o biscoitinho de recompensa no final da entrevista.

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