Ou foi uma gravidez de risco ou atolamento do papel
A resposta de Estrela Serrano a Gabriel Siva é um exemplo de como o regulador acha que não se deve falar nem comentar unicamente porque o regulador diz que existem argumentos que ele, regulador, não nos pode dizer quais são, apesar de prosaicos, mas que nós na nossa tolice passamos a vida a imaginar que são bem diversos daquilo que o regulador, omnisciente, conhece.
A ERC demorou nove meses a entregar a documentação ao EXPRESSO. Estrela Serrano não explica a razão dessa demora e faz esta extraordinária declaração:
«O atraso, como disse, objectivo e, naturalmente, excessivo, deveu-se, isso sim, a motivos tão prosaicos que, se, e quando, forem conhecidos, criarão grande frustração nos impolutos analistas que hoje bramam contra a ERC. A seu tempo, e se a divulgação das razões do atraso vierem a revelar-se mais importantes do que outros valores que poderão ficar em causa com essa revelação, as razões do atraso serão ditas»
Logo ou foi gravidez de risco ou o papel atolou a impressora. Quiçá faltou o toner ou o tabuleiro encravou. Se as razões para este atraso de nove meses são prosaicas então podem ser ditas e deixemo-nos das expressões enviesadas dos grandes mistérios da História. Para dizer isto mais valia ficar calada.
O outro mistério a que Estela Serrano alude remete para o facto de «algumas das audições de jornalistas se revestia de melindre, pelas considerações de natureza pessoal que envolvia» Mais uma vez Estrela Serrano veste a pele do regular tão razoável que pediu o parecer à CADA sobre a divulgação destas declarações que os jornalistas tão tolinhos, coitadinhos, fizeram à ERC. A CADA determinou que essa parte das declarações fosse expurgadas.
Mas existe um problema com estas declarações: se elas são relevantes não deviam ter sido expurgadas. Se como parece não tinham relevância então a ERC devia ter mandado os jornalistas cingir-se ao assunto que ali os levara. Logo ao contrário do que Estrela Serrano pergunta »Será que esta parte está clara?» esta parte não está clara. Como aliás não está nada claro nesta resposta de Estrela Serrano cheia de ‘quandos e ses’ que só confirmam o triste papel a que a ERC se presta
Uma pessoa fica curiosa. Dá para suspeitar que a coisa se era de natureza pessoal se calhare ra roupa suja que se revelada deixava ficar mal quem as disse. Mas era engraçado saber o que foi.
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Mesmo um funcionário público, tem a sua vida privada.
Alcoviteiras sofrem.
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acabo de chegar do centro de saúde de 7 rios onde soube que o meu médico de família se reformou. tenho de escrever carta ao director a solicitar novo médico. soube que neste momento há cerca de 20 mil utentes nas mesmas condições
esta república nacional-socialista transformou isto numa pocilga onde só medram os porcos da politica.os contribuintes estão na merda
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Nos EUA risca-se a preto as partes que não interessam, mas fornece-se o texto.
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“esta república nacional-socialista transformou isto numa pocilga”
O Ministro anterior, o que mentiu, segundo o seu livro, já tinha decretado que em algumas partes do território as populações não poderiam ficar tantas vezes doentes. Os seus concidadãos votaram nesta coisa que o Jorge Sampaio lhes deu, depois de um telefonema para a TVI e uma reunião de emergência com um comentador político que ditou a queda. O actual PM ameaçou a comunicação social.
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Ainda hoje ouvi da boca de um amigo, “acabo de ligar para o centro de saude para marcar uma consulta com a “minha medica de familia” (vi-a uma vez) e dizem-me para ir lá no proprio dia de manha cedo a ver se consigo, pois nao sabem quando é que ela la esta, uns dias vem, outros nao”. Mas isto não era sobre a saúde… 👿
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O que isto revela e também releva, é o nível de Estado a que isto chegou.
O assunto que a ERC se propôs analisar para deliberação era simples de entender: O PM ( e seus assessores) pressionaram de alguma forma e de modo particularmente inadmissível numa democracia, os media, com indicidência no Público?
A resposta a esta questão foi dada pela ERC de modo simplista: não. Apenas fizeram algumas démarches, compreensíveis na dinâmica que naturalmente se desenvolve entre jornalistas e membros do governo, mesmo o primeiro-ministro.
Isto chegou a este nível, nestas coisas do Estado. O problema, lembremo-lo porque convém não esquecer, era o do percurso académico do PM, enquanto cidadão, antes de exercer poder político executivo ( era deputado e depois foi Secretário de Estado, mas já estava licenciado por fax, nessa altura).
Desde logo, a confusão entre o que o cidadão Sócrates fez ou não fez com os professores da Idnependente e particularmente com esse misterioso António Morais (acusado de corrupção e branqueamento de capitais, vai a julgamento por isso, brevemente).
Particularmente relevante, para o caso, era e continua a ser saber se António Morais conhecia José Sócrates, antes de ser seu professor, como o este disse na entrevista à RTP e repetiu depois.
Essa é uma questão que não está esquecida.
Depois esta confusão que o cidadão Sócrate fez com a sua pessoa como PM, já em exercíco de funçções, em que pôs todo o gabinete a tratar do assunto, como se sabe, com destaque para a dupla Bernardo & Damião.
Acho que há neste assunto uma coisa grave que ainda não foi debatida: os jornalistas não se apercebem do que significa um cargo de Estado e não distinguem o exercídio desse cargo de Estado, em representação do povo em geral, do exercício de cidadania de um indivíduo que ocupa esse cargo. Só distinguem quando o tal indivíduo vai à sede do partido que o colocou no poder e aí assume a qualidade de militante, desligando-se do Estado.
Neste caso da licenciatura, o PM nunca deveria ter feito o que fez, usando meios do Estado para se defender particularmente ( através dos assessores).
Mas tirando essa parte a que ninguém liga, o assunto que tem a ver com Estrela Serrano, vai dar ao mesmo ponto: uma perfeita confusão entre as obrigações institucionais de uma ERC, paga por todos, com um prestígio a preservar e estas intervenções pessoais, neste estilo confrangedor para uma pessoa com estudos superiores.
Acho isto triste demais.
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Uma familiar minha aguarda faz tres meses por uma cirugia a um tumor no útero.
Das duas uma ou fica na lista de espera ou engravida e consegue a operaçao rapidamente com direito a subsidio de maternidade.
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ERC 1 – ASAE 0
vá lá, Helena, não desista, a ASAE de certeza que fez mais uma asneira totalitária qualquer nestes dois últimos dias…
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Curiosas de seguir vão ser as reacções do PS quando passarem à oposição e ficarem sujeitos aos humores dos vários “monstros” que criaram. O exemplo da lei das escutas telefónicas, no consulado Guterres, não lhe serviu de lição.
“If it moves, tax it. If it keeps moving, regulate it. If it stops moving, subsidize it.” Ronald Reagan (1986)”
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If treasury runs out, praise the Lord?
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If treasury runs out run to TOTTA…
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Vou linkar porque vem a calhar.
Obrigado.
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“Se como parece não tinham relevância então a ERC devia ter mandado os jornalistas cingir-se ao assunto que ali os levara.” HM
Obviamente. Porque raio a ERC verteu para registo as divagações dos jornalistas acerca da vida pessoal de Sócrates, quando a audição era, como não poderia deixar de ser, sobre assuntos do âmbito profissional? É a isto que Estrela Serrano tem que responder.
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Ao contrário do que o José diz em comentário acima, a ERC não tem qualquer “prestígio a preservar”.
Só pode preservar-se o que se tem.
Ora, a ERC não tem e nunca teve qualquer prestígio, pois desde o princípio que as suas deliberações estão eivadas de falta de senso, agravada por um servilismo abjecto perante o Governo.
Os membros da coisa não têm “curriculum” que os indique para os lugares que ocupam (e nós pagamos), jamais tendo qualquer deles ocupado funções de relevo em órgãos de comunicação social.
O que é que as oposições, de direita e de esquerda, esperam para exigir, no Parlamento, a defenestração do monstro?
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Trata-se claramente de um enviesamento de funções, exercidas de uma forma muito paternalista e pouco profissional. Neste aspecto, não existe grande diferença entre socialistas e social-democratas, quando toca à preservação e ocultação de factos que possam colocar em risco o “bom nome” da grande família que é o bloco central de interesses.
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