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Argentina nacionaliza fundos de pensões para escapar à falência

21 Outubro, 2008

Argentina tenta evitar segundo colapso na mesma década

A presidente da Argentina tem tentado obter dinheiro para cobrir as crescentes necessidades financeiras do país, numa altura em que a crise financeira global está levar a uma queda nos preços das “commodities” exportadas pela Argentina e a reduzir a procura de dívida daquela nação.

As necessidades de empréstimos do governo poderão ascender a 14 mil milhões de dólares no próximo ano, contra 7 mil milhões em 2007, segundo o RBC Capital Markets, citado pela Bloomberg.

 

Argentina Nationalizes $30 Billion in Private Pensions

The nationalization would allow the government to pay off millions of dollars in debt and finance stalled infrastructure projects starved for credit, a former finance minister Miguel Kiguel told Buenos Aires-based television station TodoNoticias.

A Argentina está à beira da falência. A solução encontrada pelo governo foi a nacionalização de 29 mil milhões de dólares em contas poupança reforma. Daniel Oliveira não vê nisto um acto arbitrário de um governo desesperado. Nem vê nisto uma demonstração de que os estados também podem falir. Alguns até podem falir duas vezes numa década. Nada disso. Daniel Oliveira vê nesta nacionalização uma forma de salvar as reformas da crise financeira e uma mudança de paradigma. O Daniel nem sequer percebe que, no regime de reformas como o prevalecente em Portugal não há capitalização. Nos fundos privados há capitalização. A Argentina vai nacionalizar o dinheiro que devia ficar a capitalizar para pagar as reformas e vai usá-lo para pagar as dívidas e curto prazo do Estado. Será essa a mudança de paradígma que o Daniel defende? E já agora, como é que se salvam reformas quando os fundos de capitalização são usados para pagar despesas correntes?

19 comentários leave one →
  1. Anónimo permalink
    21 Outubro, 2008 22:24

    Pensava que iam nacionalizar os fundos de pensao antes que eles desaparecem. Os fundos privados perderam mais de 50% do seu valor só este ano. Não pensei que fosse para pagar dividas com eles. É que na argentina as pensoes eram só privadas.

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  2. lucklucky permalink
    21 Outubro, 2008 22:26

    Hehehe pergunto-me se Daniel Oliveira leu mesmo a notícia ou se a manipulação e mentira chega aquele ponto…Um Estado falido por causa dos compromissos provocados pela sua dimensão está na bancarrota e por isso assalta os fundos de pensões privados, a única coisa a dizer é que é um assalto á mão armada. Outros países se seguirão e não me admirará que um ou outro seja na Europa…

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  3. Anónimo permalink
    21 Outubro, 2008 22:26

    oops afinal não. Também tem fundos publicos.
    se é para pagar despesas é um saque.

    Coitados dos Argentinos!!
    :/

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  4. 21 Outubro, 2008 22:33

    – sem comentários –

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  5. bis coitus interruptus permalink
    21 Outubro, 2008 22:36

    «adiós muchachos
    compañeros de mi vida»
    o tango «foi à viola»

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  6. 21 Outubro, 2008 22:37

    Os Argentinos já estão habituados. Se pensarmos no Juan Peron e na Evita Peron. Se pensarmos no Jorge Videla e no Galtieri. Se Pensarmos no Carlos Ménem. É a América Latina, e basta.

    Este tipo de país, seria o sonho do CAA, já que o mais importante de tudo é o futebol. Se pensarmos em Maradona, Fillol, Ardilles e tantos outros ícones argentinos, que fazem o país deliciar-se, fazendo esquecer as agruras da vida. O que é que poderia ser melhor?

    Depois, há sempre uns “salvadores”, como o ex-Presidente Kirchener, que por mero acaso, é marido da actual Presidente Cristina Kirchner, que parece que é mais uma amiga do Coronel Paraquesdista Chavéz.

    O que vale é que há um grande Oceano a seprar-nos. Mas, também há a hipótese de a “jangada de pedra” do Saramago, levar os portugueses até ao outro lado do Atlântico.

    Mas, nas Pampas há muito pasto para as vacas, e boas vinhas em belíssimas fincas!

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  7. Pizarro permalink
    21 Outubro, 2008 22:39

    Ou é ignorância, ou incompetência ou então é estar de má fé. Pega-se no título de um artigo e escreve-se o que ele escreveu. É inacreditavel.

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  8. 21 Outubro, 2008 22:41

    Argentina’s benchmark Merval stock index tumbled as much as 13.8 percent today to a four-year low. The index ended the day down 11 percent, extending its losses this month to 35 percent.

    The South American country hasn’t had access to international capital markets since it defaulted on $95 billion of bonds in 2001. Holders of some $20 billion of those bonds rejected the government’s 2005 payout of 30 cents on the dollar, the harshest sovereign restructuring since World War II.

    Nestor Kirchner, Fernandez’s husband and predecessor, began tightening restrictions on private pension funds last year, requiring them to keep more investments in the country as part of an effort to sustain a five-year-old economic expansion. Argentina had created the private accounts in 1994 with the aim of phasing out the government-run system.

    Argentina’s private pension fund administrators managed 94.4 billion pesos ($29 billion) in savings at the end of September.

    About 55 percent of the investments are in government debt, according to the pension regulator’s Web site. Nationalization would allow the Fernandez administration to write off the government bonds held by the funds, said Javier Salvucci, an analyst with Buenos Aires-based Silver Cloud Advisors.

    “The government is explicitly saying that it has problems meeting debt maturities and this is a last-ditch measure to do so,” Salvucci said. “For accounting purposes, this debt will no longer exist.”

    Central Bank Intervention

    Argentine bonds have lost 37 percent this year, putting them on pace for the worst year since the 2001 default, according to a Merrill Lynch & Co. index. The bonds lost 62 percent that year.

    A pension funds takeover may add to capital flight as Argentines seek the safety of U.S. dollars, RBC said Capital Markets said in today’s report.

    http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601087&sid=adAhccpML_q8&refer=home

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  9. Pizarro permalink
    21 Outubro, 2008 22:59

    “About 55 percent of the investments are in government debt, according to the pension regulator’s Web site. Nationalization would allow the Fernandez administration to write off the government bonds held by the funds, said Javier Salvucci, an analyst with Buenos Aires-based Silver Cloud Advisors…“For accounting purposes, this debt will no longer exist.”

    Essa é boa. 55% do fundo é investido em dívida do Estado 🙂
    Isto realmente vai ser uma mudança do paradigma. Contabilisticamente falando, claro.

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  10. lucklucky permalink
    21 Outubro, 2008 23:01

    É assim como os certificados de aforro ou nossa segurança social as regras mudam a meio do campeonato…

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  11. 21 Outubro, 2008 23:05

    Depois da Islândia (case study nórdico), agora a Argentina, e com o FMI a avisar para mais falências no sector financeiro, sobretudo Europeu, podemos estar à beira de revoluções armadas.

    Take care.

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  12. 21 Outubro, 2008 23:15

    A Suíça na “lista negra” da Alemanha:

    Berlin calls for Swiss to be on tax blacklist
    By Ben Hall in Paris and Bertrand Benoit in Berlin

    Published: October 21 2008 19:45 | Last updated: October 21 2008 19:45

    Switzerland should be placed on an international blacklist of tax havens, the German government said on Tuesday as it joined a dozen other countries to turn up the heat on territories that profit from tax evasion.

    “Switzerland offers conditions that invite the German taxpayer to evade taxes. Therefore, in my view, Switzerland belongs on such a list,” Peer Steinbrück, German finance minister said at a conference in Paris.

    http://www.ft.com/cms/s/1f8a19ba-9f9f-11dd-a3fa-000077b07658,Authorised=false.html?_i_location=http%3A%2F%2Fwww.ft.com%2Fcms%2Fs%2F0%2F1f8a19ba-9f9f-11dd-a3fa-000077b07658.html&_i_referer=http%3A%2F%2Fwww.ft.com%2Fhome%2Feurope

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  13. lucklucky permalink
    21 Outubro, 2008 23:32

    Saiam da UE enquanto é tempo. Não vai ser mais do que um grupo de gangsters…

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  14. 22 Outubro, 2008 07:49

    Nome: Daniel Oliveira
    Os dados do Estudo revelam um comportamento regressivo e maníaco, não conseguindo o paciente processar honestamente os problemas com que se deparou. Em Termos Emocionais e usando a Tabela Universal de Charcot, adoptada pela UE, foi catalogado como um Analfabeto Emocional Tipo C. O factor mais relevante foi as Poucas Motivações nas Convicções. Apresenta desvios sexuais graves.
    Tratamento: aconselhamos o uso de Trifluperidol com a seguinte posologia: Inicial – 0,7mg/dia, aumentando de 0,5mg de 3 em 3 dias, até que ganhe de novo coragem para se abrir à Sociedade. A dose de manutenção é de 2.5mg/dia.

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  15. bandiduh permalink
    22 Outubro, 2008 14:13

    E falência do Estado não é só uma realidade Argentina. Com estas ondas de nacionalizações, concentrações forçadas que estão a acontecer com o “novo” modelo económico “pós-fim-do-capitalismo”, daqui a nada, deixaremos de ter bancos que são “too big to fail” para termos bancos que são “too big to be rescued”. Salva-se o banco e os seus accionistas e deixa-se falir o Estado. É admirável este novo “socialismo”…

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  16. 22 Outubro, 2008 16:25

    No 90s, foi o FMI que salvou a Argentina.
    Entretanto, veio a demagogia Kirschner (male and female), taxas alfandegárias, perseguição aos agricultores-uma das principais riquezas da Argentina-, “ajudas” do Hugo e deu nisto.
    Mais um acordo com o FMI se aproxima-ou a bancarrota.
    Esta, sim, a sério.

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  17. 22 Outubro, 2008 16:33

    O que me intriga é como se perde tempo com o que diz o DO!
    Em que é que isso interessa?
    Basta ver 1 ou 2 vezes o “Eixo do Mal” para se perceber que aquela cambada é acéfala, a rir-se das “piadas”(!!!) que grunhem.
    Então não é que o moderador(!??!) acha a Sarah Palin aterradora?
    Eu a pensar que era bonita, alta e elegante…
    Para ele, aterrador não é sinónimo de Ayatollah, Angola, Castro, Kim, taliban, Jihad…Coitadito.

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  18. honni soit qui mal y pense permalink
    22 Outubro, 2008 19:41

    vendam outra vez o riquelme

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  19. 23 Outubro, 2008 00:32

    Olá a todos,

    A nacionalização é justificável em alguns nestes casos, agora se o dinheiro é utilizado de forma correcta ou não, isso é outra história.
    O correcto seria os verdadeiros detentores do dinheiro decidir se queriam o seu dinheiro no Estado ou no privado. É claro que há o problema de as instituições financeiras não possuirem liquidez para todas as pessoas que queiram movimentar os PPRs e similares.
    Enfim, quem perde são sempre os mesmos.

    José

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