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O papel social da escola

3 Dezembro, 2008

Greve dos professores. Adesão elevada. Conselhos Executivos e funcionários auxiliares mantêm muitas escolas em funcionamento. A Ministra da Educação tinha pressionado os Conselhos Executivos para manterem as escolas abertas. Conclusão: as escolas não precisam de professores. Precisam apenas de Conselhos Executivos para mandar nos funcionários, funcionários para abrir o portão e para manter a cantina a funcionar e burocratas para inflacionar as notas. Sem professores, a escola pode finalmente desempenhar o seu papel social: manter os miúdos ocupados e num local seguro enquanto os pais vão trabalhar.

68 comentários leave one →
  1. 3 Dezembro, 2008 16:18

    eu não diria melhor.

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  2. rxc permalink
    3 Dezembro, 2008 16:18

    Estamos bem encaminhados para chegarmos a essa realidade. Depósitos de alunos, para os pais poderem descansar da sua esgotante presença. E lá dentro basta dar-lhes portáteis e banda larga, que eles logo vão querer alistar-se no partido dominante.
    “1984, here we go?”

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  3. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 16:29

    Aqui está um post brilhante daqueles que você às vezes escreve.

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  4. 3 Dezembro, 2008 16:30

    Um pai ou mãe responsável, não vai deixar o filho na escola sabendo que não há aulas.
    É como levá-lo para uma paragem de autocarros, numa greve dos transportes.

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  5. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 16:31

    Cá para nós, um ministério que a meio de uma grave com esta dimensão divulga que há muitas escolas abertas só pode estar a gozar, ou então quem manda já não está bom da cabeça.

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  6. 3 Dezembro, 2008 16:35

    Seguros??? Optimista, o meu amigo. Mais seguros, talvez. E poupava-se tempo aos explicadores, pagos a peso d’ ouro para ensinar o que os professores não ensinam ou ensinam mal, ( tipo: a Holanda foi invadida pela Alemanha nazi em 1946 ), não deseducando, que isso deveria competir à Família. Mas o ideal era privatizar. Tudo. Dar liberdade de escolha. Limitar-se a pagar os custos da medida. ( Custava menos ao Estado ). Ou fazer o que se faz nos USA ou na Nova Zelândia, esta no topo dos rankings por excelência e deixar os miúdos a estudar em casa. Por cá é mais complicado, eu sei. Manter a Corporação é manter votos. Logo…

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  7. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 16:46

    os professores pode estar de greve. Mas existem sempre os livros.

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  8. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 16:47

    E é verdade que para as pessoas que trabalham é dificil levar os filhos para os empregos.

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  9. honni soit qui mal y pense permalink
    3 Dezembro, 2008 16:52

    Quando os pais tb não tiverem trabalho , podem ficar nas escolas , frequentar a cantina e usar um Cagalhães fornecido pela Cosa Nostra de Governo que temos , pois quanto ao futuro dos empregos deles com esta crise … estamos conversados, a não ser que os paizinhos sejam banqueiros de bancos enrrascados .
    Quando é que podemos avaliar o Governo ? a ficha de avaliação é aquela das cruzinhas ?

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  10. 3 Dezembro, 2008 16:52

    spartakus

    “…E poupava-se tempo aos explicadores, pagos a peso d’ ouro para ensinar o que os professores não ensinam ou ensinam mal, …”

    Deveria informar-se antes de proferir frases “pronto a servir a totós”.
    Todos os sistemas educativos (da Europa), dispõem de um número equivalente de professores com turmas e sem turmas. Compete aos professores sem turmas atribuídas, o trabalho individual ou em pequeno grupo a alunos com dificuldades ou com dúvidas. Em Portugal, NÃO HÁ UM ÚNICO PROFESSORES, nestas condições.
    Queixe-se ao “homem elegante que veste armani”!

    Relativa/ ao “privé” …
    O SNE tem sistema privado, não sabia? Acontece, é que não é privado. Explico. É todo intervencionado com o dinheiro do “contribuinte”, logo meu.
    Se soubesse o que se passa na maioria dos “privés”, que ao contrário das escolas públicas ninguém acede nem sabe o que por lá se passa …
    A qualidade de Ensino é muito muito pior. Captam é tudo o que é bom aluno do público, inflacionando as notas!

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  11. Privado permalink
    3 Dezembro, 2008 16:57

    E porque não levar essa teoria da privatização até à última consequência? Tipo nada de interferência do público na esfera do privado e resumir-se tudo ao ensino doméstico? Cada família seu currículo.

    Tenho pena que as escolas se tenham mantido abertas porque também poderiamos poupar fechando os refeitórios das escolas e usando os MacDonalds para criar as futuras gerações. Sou o mais possível a favor de que se acabe com o Estado de uma vez por todas.

    O pior desperdício é mesmo o do sistema da justiça. E das prisões nem se fala: gente que anda a roubar ainda é recompensada com alojamento gratuito! E o sistema de saúde? Um contrasenso. Devia chamar-se sistema de doença. Quem está doente deve ser deixado entregue ao seu sistema imunitário. É realmente um mundo mal feito …

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  12. celestine permalink
    3 Dezembro, 2008 17:15

    Nas nossas cidades, ao centro e nos arredores, as escolas davam uns óptimos parques de miúdos e automóveis. É onde a ministra mesquinha, caprichosa, tola, vai cos secratairos, de longe em longe, dar seu passeio. E eu quando for grande, quero inscrever-me no partido desta escola.

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  13. celestine permalink
    3 Dezembro, 2008 17:18

    Podendo sempre voltar lá a guardar o carro.

    Que estas escolas das cidades, além de miúdos, podiam dar parque a muita viatura por aí sem rumo.

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  14. Pedro permalink
    3 Dezembro, 2008 17:33

    A greve é hoje?
    é que nas edições online do Público e DN, não há uma menção à greve.

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  15. jupiter permalink
    3 Dezembro, 2008 17:35

    O menino viu o pai furioso por causa da marcação da consulta para a avó demorar 6 meses e perguntou: “Ó pai, porque não vamos embora daqui?”

    O menino começou a perceber que se junta lama por todo o lado e perguntou: “Ò mãe, porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu o bolso do pai vazio quando lhe pediu um bolo de arroz porque tinha fome e perguntou: “Ó pai porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu um colega de escola dar uma lambada à professora de quem gosta, chegou a casa e perguntou: “Porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu um condutor atropelar um transeunte quando regressava da escola ao entardecer e fugir sem parar, chegou a casa e perguntou: “Ó mãe porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu a mãe por não ter com que cozinhar depois do dia 20 de cada mês e perguntou: “Ó mãe porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu um embuçado entrar na loja, empurrar as pessoas, apontar uma arma à caixa e levar o dinheiro, fugir na mota, chegou a casa e perguntou: “Ó pai porque não vamos embora daqui?”

    O menino viu a velhinha cair na rua e ninguém correr para o ajudar a socorrê-la, chegou a casa e perguntou: “Porque não vamos embora daqui?”

    O puto viu um boé arrancar a carteira que a miúda trazia a tiracolo, ela começou a chorar porque tinha lá todos os documentos mais os 2 euros de que precisava para voltar para casa. Setiu um aperto esquisito na garganta, chegou a casa e perguntou: “Porque não vamos embora daqui?”

    Moral: Para os xuxas até os putos já andam a chatear demais. Nem com o cagalhães e a tv socegam.

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  16. 3 Dezembro, 2008 17:42

    Ora nem mais!

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  17. 3 Dezembro, 2008 17:46

    Sobre o post

    *****

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  18. 3 Dezembro, 2008 17:46

    Curiosidades pré-greve, ou pró-greve?

    Estatuto da Carreira Docente– Decreto-Lei 15/2007 (15 de Janeiro)
    2—A carreira docente desenvolve-se pelas categorias
    hierarquizadas de:
    a) Professor;
    b) Professor titular.
    3—À categoria de professor titular, além das funções
    de professor, correspondem funções diferenciadas
    pela sua natureza, âmbito e grau de responsabilidade.

    Estatuto carreira docente, artigo 34
    2—São avaliadores:
    a) O coordenador do conselho de docentes ou do
    departamento curricular ou os professores titulares
    que por ele forem designados quando o número de
    docentes a avaliar o justifique;

    Curiosidades: Não há memória de os professores se terem recusado a candidatarem-se à categoria de professores titulares. ( vide regalias…)

    Mas não deixo de me interrogar: Os dirigentes sindicais – em condições legais para o fazerem – candidataram-se ou não?
    Tenho cá uma fesada que muitos dos que andam aí pelas arruaças, e a mobilizar criancinhas, que tranquilamente descartam na primeira oportunidade, são os mesmos que correram para apanhar essa titularidade…
    é que não há outros…
    MFerrer

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  19. Mula da comprativa permalink
    3 Dezembro, 2008 17:48

    Conheço uma prof que fez hoje a sua primeira greve e já anda a sonhar em fugir do sonho da D.Lurdes…

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  20. rvb permalink
    3 Dezembro, 2008 17:48

    ‘Um pai ou mãe responsável, não vai deixar o filho na escola sabendo que não há aulas.
    É como levá-lo para uma paragem de autocarros, numa greve dos transportes.’ – tem toda a razão.

    Aqui estou eu como pai responsavel, e os meus colegas de trabalho, como pais responsáveis, a trabalhar por entre 20 crianças no escritorio da empresa. o nosso patrão aplaudiu a nossa ideia e deu-nos um bonus monetário (pagou o lanche). o trabalho está todo atrasado, mas ele não se importa nada com isso, nem com isso nem com as duas impressoras que foram estragadas pela bola de futebol dos gémeos da gestora de recursos humanos.

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  21. 3 Dezembro, 2008 17:51

    As medidas preconizadas por Durão Barroso?

    Burrifaram-seos Paises Comunitarios.

    Quem disse que descida do IVA aumentava o consumo?

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  22. 3 Dezembro, 2008 18:01

    Muito bem, Mr. João Miranda (*)

    E, para os defensores do modelo de avaliação do ministério, para todos os que atacam os professores, para os que afirmam estarem os docentes “a reboque” do PC, estas singelas perguntas :
    1 — Há, ou não há, está ou não está actuante a UGT ?
    2 — É, ou não é, a UGT, um órgão sindical do PS com alguns sindicatos afectos ao PPD e (muito poucos) independentes ?
    3 — Havendo uma maioria governamental saída do partido que manda na UGT, e estando alegadamente a razão no ministério, porque não “consegue” a UGT “convencer” os professores ?
    4 — “Todos” os professores em greve, ou os que desfilam nas ruas, são tolinhos ? Manobráveis pela CGTP e pelo PC ?
    5 — Porque é que o ministério naõ “trabalha” com a realidade e prefere escudar-se em mentiras, como esta, hoje, de WLemos sobre a adesão à greve ?
    Algo de transcendente ocorreu, para que o ministério tivesse marcado uma conferência de imprensa…

    A liderança de MNogueira não está já ultrapassada pela razão dos professores ?
    MNogueira é militante do PC. Porque é que o PS não consegue colocar “no terreno” um seu militante/sindicalista detentor de substanciais e inquestionáveis razões para, pelo menos “serenar” os professores ?

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  23. 3 Dezembro, 2008 18:01

    (*) asterisco a mais, pergunta não feita.

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  24. José Manuel Dias permalink
    3 Dezembro, 2008 18:04

    Precisamos de uma Escola Pública melhor! Avaliar o desempenho de professores é um passo necessário. Se este modelo é pesado, melhore-se, retirando da experiência recolhida os necessários ensinamentos.

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  25. 3 Dezembro, 2008 18:06

    Como é raro estar de acordo com os olhares de João Miranda sobre a educação, aproveito este registo para memória futura.

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  26. 3 Dezembro, 2008 18:09

    Concordo com o Miguel, não é habitual JMiranda dizer algo com sentido sobre Educação.
    Há sempre uma primeira vez.
    Espero que não tenha custado muito, que tenha gostado e que repita.
    😛

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  27. jupiter permalink
    3 Dezembro, 2008 18:24

    A culpa é dos putos que nem sequer deviam ter nascido na tugolândia.

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  28. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 18:30

    Fale por si João Miranda. Pode achar à vontade que a escola é um sítio para pôr os seus filhos enquanto vai trabalhar mas não generalize para toda a população. Nem toda a gente pensa como si.

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  29. 3 Dezembro, 2008 18:31

    Na mouche. Subscrevo!

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  30. MJP permalink
    3 Dezembro, 2008 18:45

    Na escola privada sempre servem para corrigir os TPC. É a verdade!
    Fugi do privado e também tirei a minha filha. A falta de qualidade é confrangerdora. Serve, unicamente, para que os alunos trabalhem em casa, coisa que no público não se consegue por causa das queixas de pais e desautorização por parte do ME.

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  31. jupiter permalink
    3 Dezembro, 2008 19:10

    MJP, o seu problema é não saber escolher uma escola privada, veja onde os governantes ao longo dos tempos põem os seus mancebos. Elas não são todas iguais, caramba.

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  32. ourição permalink
    3 Dezembro, 2008 19:11

    Está tudo explicado, era tudo o que ele sabia fazer:
    «Ainda me sinto anarquista», afirma a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. Em entrevista ao jornal «Público», a governante esclarece o que isso significa:
    «É ter um quadro de valores, de pensamento que orientam a nossa acção».
    Durante a fase anarquista, diz: «havia uma tarefa que me dava muita paz, que era colar selos e cintas nos jornais ou nas revistas que iam ser expedidos».
    «É uma coisa muito mecânica, não exige nenhum pensamento elaborado, basta ritmo, o que permite fazer aquilo e conversar, e contar histórias. É uma actividade desqualificada que mobiliza imenso outros aspectos da relação com as pessoas e essas tardes de sábado e domingo a colar cintas no jornal «a Batalha» e selos na Ideia é um trabalho de que guardo muito boa memória».

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  33. Zulmira Dias permalink
    3 Dezembro, 2008 19:23

    Os colégios particulares já há muito perceberam o que é que os pais querem: um lugar para os filhos ficarem o dia todo sem chatearem e que tenham boas notas. Como as disciplinas do regime são a matemática e o português, eles investem nestas disciplinas e as outras são para passarem o tempo. E têm ordens para darem notas altas, para quando os alunos forem ao exame oficial, que vale pouco, poderem apanhar más notas e depois a média ficar aceitável. E se mesmo assim o aluno for mau, metem-no na rua para ficarem só com os papagaios existências. O nível de exigências é tão baixo nos particulares que eles apanham notas muito altas. Era por isso que antes do 25 de Abril eram obrigatórios exames a todas as disciplinas e oral obrigatória. Assim via-se quem realmente estudava. A vergonha é geral, nos Maristas, nos Salasianos, no Instituto Espanhol (o caso mais grave, pois nem exames fazem), etc., etc. E como os Colégios existem para darem lucros, não pode haver muitos chumbos, senão os pais mudam-nos de sítio. Não é por acaso que o Colégio Portugal na Parede é conhecido por ser o “Colégio dos Burros”, onde os alunos maus recorrem em última instância, porque todos passam com grandes notas!

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  34. 3 Dezembro, 2008 19:42

    Ena!

    Pela primeira vez, concordo com João Miranda em matéria de educação!

    Qual de nós estará a fazer progressos? 🙂

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  35. 3 Dezembro, 2008 19:53

    Dedicado a todos os “sirrões e Cª” deste Portugal

    “Exma. Sra. Ministra:

    1. Logo depois de ter lido aqueles documentos sobre a avaliação dos professores, pensei como lhe deveria agradecer, Srª Ministra. Afinal, aquelas horas passadas diariamente junto do meu filho a verificar se os cadernos e as fichas estavam bem organizados, a preparar a mochila e as matérias a estudar para o dia seguinte, a folhear a caderneta escolar, a analisar e a assinar os trabalhos e os testes realizados nas muitas disciplinas, a curar a inflamação de uma garganta dorida pela voz de comando ‘Vai estudar!’ ou pela frase insistentemente repetida, de 2ª a 6ª feira: ‘Despacha-te, ainda chegas atrasado!’ ou o incómodo e o tempo perdido para o levar diariamente à Escola, percorrendo, mais cedo do que seria necessário, um caminho contrário àquele que me conduziria ao meu emprego, tinham finalmente, os seus dias contados. Doravante, essa responsabilidade passaria para a Escola e, individualmente, para cada um dos seus professores. Finalmente, poderei ir ao cinema, dar dois dedos de conversa no Café do Sr. Artur, trocar umas receitinhas com a minha vizinha (está entrevadinha, coitadinha!) ou acomodar-me deliciosamente no sofá da sala a ver a minha telenovela brasileira preferida.

    2. O rapaz ainda me alertou para os efeitos das faltas o conduzirem à realização de uma prova de recuperação. Fiz contas e encolhi os ombros – poupo gasóleo e muitos minutos de caminho, de tráfego e de ajuntamentos. Afinal, ele até é esperto e, se calhar, na internet, encontra alguns trabalhos ou testes já feitos… Sempre pode fazer ‘copy – paste’…

    Efectivamente, as provas de recuperação parecem-me a melhor solução para acabar com a minha asfixia matinal e vespertina. Ontem, a minha vizinha da frente, que tem dois garotos na escola do meu, disse-me que, se ele continuar a faltar, o vêm buscar a casa, e que, no próximo ano lectivo, os professores vão tomar conta deles depois das aulas.

    3. Oiro sobre azul. Obrigada, Srª Ministra. A Senhora é que percebe desta coisa de ser mãe! A Senhora desculpe a minha ousadia, mas será que também não seria possível fazer uma lei para os miúdos poderem ficar a dormir na escola? Bastava mandar retirar as mesas e cadeiras das salas de aula e substituí-las por beliches, à noite. De manhã, era só desmontar e voltar a arrumar. Têm bar, cantina e até duche. Com jeito, eles ainda aprendiam alguma coisinha sobre tarefas domésticas, porque, em casa, não os podemos obrigar a fazer nada ou somos acusados de exploradores do trabalho infantil com a ameaça dos putos ainda poderem apresentar queixa junto das autoridades policiais. Ao Sábado, Srª Ministra, podiam ocupá-los com actividades desportivas ou de grupo, teatro, catequese, escuteiros, defesa pessoal…

    4. O ideal mesmo era que os pudéssemos ir buscar ao Domingo, só para não se esquecerem dos rostos familiares. O meu medo, Srª Ministra é aquela ideia que a minha vizinha Sandrinha, aquela dos três garotos, comentava hoje comigo. Dizia-me que a Senhora Ministra quer criar o ensino doméstico. Eu acho que ela deve ter ouvido mal ou então confundiu o jornal da SIC com aquele programa da troca de casais do canal 24. Eu acho que isso não vinga em Portugal, porque não temos a extensão de uma América do Norte ou de uma Austrália e, por outro lado, tinha que comprar e equipar os VEI (veículos de educação itinerante), o que iria agravar mais o deficit das contas públicas e o insucesso dos nossos miúdos. Foi isso eu disse à Sandrinha. Acho que ela deve estar enganada. Logo agora, que podemos respirar de alívio porque não temos que nos preocupar com a escola dos garotos, essa ideia vinha destruir tudo, porque os obrigava a ficar em casa para receberem os VEI e aos pais ainda iria ser exigido algum acompanhamento.

    5. A Senhora faça aquilo que decidiu e não oiça o que os inimigos dos pais e das mães lhe tentam dizer (já agora, lembre-se da minha sugestãozita!). Assim, os professores, com medo da sua própria avaliação, passam a dar boas notas e a passar todos os miúdos e, desta forma, o nosso país varre o lixo para debaixo do tapete, porque é muito feio e incomodativo mostrarmos, lá fora, que somos menos capacitados que os nossos ‘hermanos’ europeus.

    Já agora acrescento: obrigado pelas aulas de substituição … graças a elas o meu filho não sabe o que é brincar ao ar livre, correr, transpirar, cair, conviver… a indisciplina saiu dos recreios para as salas de aula, e por isso mesmo agora até levo o jantar ao quarto do meu filhote..

    Uma mãe e encarregada de educação agradecida

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  36. 3 Dezembro, 2008 19:58

    Professores: a maior greve de sempre

    Ao longo do dia confirmou-se o panorama de escolas fechadas por todo o país. Adesão a protesto sem precedentes

    ACTUALIZADA ÀS 18H30

    A previsão dos sindicatos concretizou-se no terreno. Durante todo o dia, muitas escolas em todo o país encontraram-se fechadas ou, mesmo que abertas, estavam sem professores e alunos.

    Os números são impressionantes. Considerando que neste tipo de protestos nunca há um consenso de números entre Governo e Sindicatos, os dados apresentados pelo Ministério da Educação apontam para uma paralisação impressionante. Os 61% garantidos às 11h surgem como confirmação de uma mensagem fortíssima, embora a Plataforma Sindical avance com uma greve de 132 mil professores em 140 mil existentes.

    Se tem fotos de escolas fechadas envie para o e-mail do Portugal Diário e veja imagens de escolas já fechadas

    http://www.diario.iol.pt/sociedade/professores-educacao-avaliacao-greve/1019675-4071.html

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  37. Rickas permalink
    3 Dezembro, 2008 20:29

    Muitas escolas mantêm-se abertas porque têm valências geridas pelas associações de pais – ATL. É o caso da escola do meu filho em Oeiras.

    Fiz greve. É-me indiferente ou não que a escola continue aberta.

    As universidades não fecham quando os professores fazem greve.

    Precisam apenas de Conselhos Executivos para mandar nos funcionários, funcionários para abrir o portão e para manter a cantina a funcionar e burocratas para inflacionar as notas.

    Era da maneira que os alunos não precisavam de transferir para os privados para ter notas inflacionadas.

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  38. Mr. Hyde permalink
    3 Dezembro, 2008 20:35

    Madraços!

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  39. 3 Dezembro, 2008 20:38

    Greve dos professores

    Polícia visita escolas de Ovar

    As forças policiais fizeram ronda pelas escolas do concelho de Ovar para questionar os conselhos executivos sobre a taxa de adesão à greve.

    http://www.aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/469264

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  40. 3 Dezembro, 2008 20:43

    O exemplo britânico

    Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. ‘As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações’ sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ‘ as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira’.

    Acrescentou ainda que ‘vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos’.

    A governante garantiu que ‘as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais’.
    O Livro Branco dá ainda aos professores um direito ‘claro’ de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário.

    Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente.

    Por cá, continua a vingar a “teoria do coitadinho”: há que desculpabilizar as crianças até ao limite do possível, pois considera-se que o aluno é intrinsecamente bem formado (!), o que o leva a assumir comportamentos desviantes são factores externos (contexto social e familiar) que ele, coitadinho, não consegue superar.

    Temos assim que o aluno raramente é penalizado e quando o é, os castigos ficam-se na sua maioria por penas ligeiras, não vá correr-se o risco de o menino/a sofrer traumas que o podem marcar para o resto da vida.(!!!)

    As notícias sobre actos de vandalismo, de agressão, de indisciplina e de violência praticados em contexto escolar que, com progressiva frequência vamos conhecendo, deviam merecer da parte de quem tutela a educação, medidas mais enérgicas que infelizmente tardam em chegar.

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  41. Anónimo permalink
    3 Dezembro, 2008 20:48

    Há alunos para os quais é um desperdicio ter professores licenciados. Para esses um qualquer Miranda servia…

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  42. Mia permalink
    3 Dezembro, 2008 20:57

    Anabela, acho lindo o exemplo britânico. Seria muito bom para as nossas escolas mas não podemos transformar os professores em polícias e certamente que isso acarretaria problemas nas relações entre os professores e os país. Por outro lado, os alunos que o fazem, fazem-no porque têm esse exemplo em casa onde normalmente vigora a lei da pancada e o mais certo era que os míudos que T~em os pais assim e por isso reagem de tal modo fossem espancados cada vez que fossem multados.É

    Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. ‘As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações’ sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ‘ as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira’

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  43. Mia permalink
    3 Dezembro, 2008 21:05

    Anabela, acho interessante o exemplo britânico. No geral seria muito bom para as nossas escolas mas não podemos transformar os professores em polícias e certamente que isso acarretaria problemas nas relações entre os professores e os pais. Por outro lado, os alunos que o fazem, fazem-no porque têm esse exemplo em casa onde normalmente vigora a lei da pancada e o mais certo era que os míudos, que por terem os pais assim reagem de tal modo, fossem espancados cada vez que fossem multados e tornar-se-iam ainda mais agressivos.É que na mentalidade dessa gente o problema seria a multa e não comportamento. Interessante também é o exemplo do Japão. Se o aluno falta às aulas, um dos pais tem de ir à escola em sua substituição e em casa ensinar o que foi dado.Imagina como seria isto em Portugal?

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  44. Mia permalink
    3 Dezembro, 2008 21:05

    (Por favor, apaguem o post 44)

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  45. 3 Dezembro, 2008 21:25

    spartakus (6)

    “Manter a Corporação é manter votos. Logo…”

    Deduz-se, evidentemente, que se estaria a referir à Corporação dos banqueiros.

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  46. 3 Dezembro, 2008 21:32

    MFerrer (18)

    “Estatuto da Carreira Docente– Decreto-Lei 15/2007 (15 de Janeiro)
    2—A carreira docente desenvolve-se pelas categorias
    hierarquizadas de:
    a) Professor;
    b) Professor titular.”

    Está desactualizado. Quem diria!
    Existe uma 3ª “caguedoria hiquizadia” de docente, não sabe?!

    c) Professor PS

    A c), é que é a super de todas.

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  47. 3 Dezembro, 2008 21:39

    Aconselho vivamente

    http://WWW.EPIS.PT

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  48. 3 Dezembro, 2008 22:06

    Até que enfim, o JM começa a perceber a essência da coisa. Mas para quem conhece as escolas e mais algumas coisas sobre educação e certos interesses “educacionais” que se movem fora da escola, e que não interessa aqui referir, isto é claro e distinto desde a primeira hora. Nunca se visou outra coisa do que transformar professores em burocratas e colonizar a escola com uma certa ideologia que, por cá, tomou o nome de eduquês.

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  49. 3 Dezembro, 2008 22:20

    Estes É Que Precisavam De Avaliação, Mas Em Vez Disso Têm Milhões

    Estado assegura 672 milhões em património do BPP

    900 milhões de euros para apoiar sector automóvel

    E reparem na pressa em pagar aos pobres necessitados:
    Antigos accionistas do BPN podem receber indemnização em Janeiro
    Se o prazo inicial for cumprido, Deloitte e Deutsche Bank, escolhidos pelas Finanças, deverão ter avaliação do BPN concluída em 30 dias. Ministério tem depois 15 dias para fixar indemnizações.
    (…)
    A lei n.º 62-A/2008, criada para a nacionalização do BPN, define que “com base na avaliação (…), o membro do Governo responsável pela área das finanças, fixa, por despacho, no prazo de 15 dias, o valor da indemnização”.

    O BPN era detido directamente pela SLN, por sua vez detida por um conjunto de accionistas individuais, como seja o anterior presidente José de Oliveira Costa, Almiro Jesus Silva, Manuel Neves dos Santos ou Joaquim Coimbra, quer directamente, quer através da SLN Valor.
    http://www.educar.wordpress.com/2008/12/03/estes-e-que-precisavam-de-avaliacao-mas-em-vez-disso-tem-milhoes/

    http://www.educar.wordpress.com/2008/12/03/estes-e-que-precisavam-de-avaliacao-mas-em-vez-disso-tem-milhoes/

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  50. Pedro Freire permalink
    3 Dezembro, 2008 22:36

    Local seguro?

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  51. 3 Dezembro, 2008 22:49

    Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação
    Maria Filomena Mónica

    A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário.
    Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei.
    Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação
    nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na “ciência” que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat natural, pelo que passou a formador de formadores, consultor de “projectos e missões do Ministério da Educação” e, entre 1985 e 1990, a professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de
    Castelo Branco.
    Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado, faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu sossegadamente a ler o Despacho ministerial nº 11 529/2005, no Diário da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em Valter Lemos, o texto legal trata-o por “doutor”, título que só pode ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece mencionada no seu curriculum.
    Estranhei, como estranhei que a presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado, mas não reputo estes factos importantes.
    Aquando da polémica sobre o título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é
    saber se mentiram ou não.
    Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr. secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia da República, como independente, nas listas do Partido Socialista.
    Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal (a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela
    Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova lei. Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um discurso digno de nota.

    Chegada aqui, deparei-me com uma problema: como saber o que pensa do mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da Educação. Logo na primeira página, notei que S. Excia era um lírico.
    Eis a epígrafe escolhida: “Quem mais conhece melhor ama.” Afirmava seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores, descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na “medição” da aprendizagem.
    Daí que tivesse decidido determinar a forma correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas, expressas num quadrado encimado por termos como “skill cognitivos”.
    Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta depois várias “grelhas de análise”. Entre outras coisas, o docente teria de analisar se o aluno “interrompe o professor”, se “não cumpre as tarefas em grupo” e se “ajuda os colegas”.
    Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo “Diferencialidade”: “Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste.
    ” Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal “índice de dificuldade e o de discriminação de cada item”. É ela a seguinte: Df= (M+P)/N em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente.
    O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, “tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez]
    verdades aparentemente óbvias e outras vezes “desculpas de mau pagador”, sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal”. Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância.
    Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia decide bater-lhes: “Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano
    findo.” O sábio pedagógico-burocrático dixit.
    O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que, em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa.
    Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que, provindo das chamadas “ciências exactas”, não têm uma ideia do que sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da Educação e a nomenklatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro.

    http://www.anomalias.weblog.com.pt/arquivo/401042.html

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  52. 3 Dezembro, 2008 23:05

    A única habilitação e experiência profissional de MLR, para tutelar a pasta da Educação, foi sempre omitida pela própria, quer no seu C.V., quer publicamente – tirou o Curso do Magistério Primário e exerceu a profissão de professora primária (do 1º ciclo), durante muitos anos.

    ” (…) É uma biografia cheia de lacunas à semelhança da biografia que está no Portal do Governo. A ministra omite vários dados importantes. Vá lá saber-se as razões das omissões!
    1. Foi aluna de um colégio feminino da Casa Pia
    2. Concluiu o Curso Geral de Comércio (antigo 5º ano)
    3. Fez o antigo Curso do Magistério Primário (2 anos)
    4. Ingressou no ISCTE onde fez a licenciatura em Sociologia. De dia, professora primária; de noite, estudante de Sociologia. Não foi possível apurar a classificação final.
    5. Logo que terminou a licenciatura em Sociologia (1986) foi convidada para leccionar no ISCTE.
    6. Não fez mestrado. Iniciou logo o doutoramento que concluiu em 1996, com a orientação do seu mentor político e académico, João Freire, o mesmo que ela convidou para elaborar o estudo que fundamentou o novo ECD (decreto-lei 15/2007).
    7. Em 1997, é nomeada Presidente do Observatório das Ciências e Tecnologias do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (por despacho de Mariano Gago).
    8. É desde 2005 ministra da educação.
    9. Durante os anos em que estudou no ISCTE (1981 a 1986) militou em organizações anarquistas e foi colaboradora de João Freire no jornal anarquista A Batalha e na revista anarquista A Ideia.
    10. Embora pertença aos quadros do ISCTE desde 1996, Maria de Lurdes Rodrigues leccionou durante escassos anos. Depois de se doutorar, em 1996, MLR leccionou no ISCTE no ano lectivo de 1996/97, transitando, em 1997, para a direcção do Observatório das Ciências e Tecnologias do Ministério da Ciência e Ensino Superior, onde se manteve até 2002.
    11. Recentemente, em entrevista, ao Público afirmou que ainda se sente anarquista.
    12. Alguns analistas consideram que MLR levou a sua simpatia pelo anarquismo às escolas públicas portuguesas, criando, em 3 anos, a maior desordem e confusão que o sistema pública de ensino conheceu.
    13. A anarquia e a confusão estão instaladas nas escolas públicas. E a anarquia surgiu pelas mãos de uma ministra ex-anarquista que diz que continua a sentir-se anarquista. Alguém tem dúvidas que ainda é?

    http://www.profblog.org/2008/12/biografia-da-ministra-na-wikipedia-uma_03.html

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  53. 3 Dezembro, 2008 23:44

    mferrer comentário 18
    está preocupado com os professores que se candidataram a professores titulares, mas não querem exercer as funções específicas dos professores titulares?
    eu estou mais preocupado com o governo que aceitou as candidaturas desses professores e os nomeou professores titulares!

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  54. OLP permalink
    4 Dezembro, 2008 09:57

    Espanta-me muito como ao longo de vinte anos os professores não fizeram nem um protesto que se visse por tudo aquilo que a Anabela expõe como contraponto com o que se está a passar no Reino Unido.
    Aqui alterou-se tudo no sentido do facilitismo ao longo destes anos, tirou-se por completo a autoridade do conhecimento aos professores, além da autoridade disciplinar mínima, desresponsabilizou-se os pais pela educação dos filhos, os alunos de toda e qualquer exigência ….
    Nada disto moveu nem um grupo significativo de professores, alem de uma ou outra reacção individual espúria, muitas vezes criticada pela própria classe de professores com sendo muitas vezes retrógrada e/ou de autoritarismo a mais.
    Sempre se escudaram no dito que cumpriam ordens do ministério.
    E porque é que cumpriam? Porque não fizeram greves? Porque é que não fizeram manifestações? Porque é que em geral não vimos uma única reacção significativa a todos este descalabro paulatino e sistemático do “eduquês” do ministério (ministério ele também ele tomado de assalto por um sem numero inimaginável de professores).
    Não estou, com estas interrogações, a fazer qualquer apologia deste sistema de avaliação. Pelo que conheço enferma de bastantes defeitos.
    Mas foi a única coisa que mobilizou os professores. Porquê?
    Deixa-me esta pergunta muitas dúvidas sobre as imensas preocupações agora expostas sobre o ensino.

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  55. Erik permalink
    4 Dezembro, 2008 12:31

    E nos colégios privados, foi um dia como os outros. Com professores a darem aulas e alunos a aprenderem.

    Já eu, quero ser auto-avaliado este ano. Acho que a minha direcção vai nisso, sábado e domingo não há quem me apanhe a trabalhar que é para verem quem manda.

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  56. Erik permalink
    4 Dezembro, 2008 12:34

    Enquanto se fala de “eduquês” enquanto se fala “de falta de condições” enquanto se fala do “estatuto” não se fala de outras coisas, como por exemplo que coisas concretas querem os professores. Auto-avaliação? Ausência de avaliação? Ou a famigerada: “outra” avaliação que ninguém sabe qual é?!!

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  57. 4 Dezembro, 2008 16:04

    # 60

    Diga-me lá porque é que está tão ocupado com a avaliação dos professores (que sempre tiveram avaliação, obviamente) e não se está a questionar sobre a avaliação dos médicos, enfermeiros, economistas, professores do ensino politecnico e universitário, deputados, trolhas, carpinteiros, empregados de balcão, jornalistas, comediantes, juristas.
    Já agora diga lá qual é o modelo de avaliação porque é avaliado.

    Gente que não percebeu que o que está em causa é uma perseguição política e nada tem a ver com tecnicidade.
    Cresça.

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  58. Erik permalink
    4 Dezembro, 2008 17:26

    O teor de capo que a Anabela usa sempre no blogue, tira um pouco a vontade de esclarecer. Mas visto que é uma fanática, vou-me dar ao trabalho:

    O meu sistema de avaliação: é um sistema anual, onde me estabelecem metas a atingir no ano seguinte. Chama-se sistema de avaliação de desempenho. Nessa mesma sessão também (a menos que fosse o meu primeiro ano, que não é o caso) são avaliados os meus graus de atingimento dos objectivos do ano anterior. Com base nisto é decidido o meu aumento anual. No limite, no caso de não ter correspondido minimamente às expectativas, significaria a minha requalificação ou despedimento. No meu sistema de avaliação, existem quotas. Porque se não existissem, todos os directores de serviço se sintiriam tentados a usar a ferramenta de avaliação de desempenho, apenas como uma forma de serem uns “porreiros” dando Excelente a todos, evitando chatices com os incompetentes.

    O seu sistema de avaliação até hoje, foi uma promoção automática por anos de serviço. Um bocadinho como estar na guerra. Basta lá estar, para contar. E o que pedem (auto-avaliação) é dizer ao resto dos portugueses que são avaliados por superiores hierárquicos, que vocês são tão bons, tão regrados, tão cultos, tão honestos, que jamais mentiriam acerca de vocês próprios mesmo que daí dependesse a progressão na carreira.

    Quanto às perseguições políticas tenho duas coisas para lhe dizer:
    1) Falta de democracia é querer que a vontade de uma ministra que foi eleita pela maioria absoluta dos eleitores, seja subjugada à vontade de 0,1% da população. Num país onde não existisse a ditadura silenciosa de esquerda que existe em Portugal, isto seria criticado publicamente. Só não pode ser senão lá vêm os Alegres todos cantar canções contra o fascismo.
    2) Os governos querem ser populares, porque são compostos por profissionais da política. A ideia que um governo quer afrontar uma classe profissional inteira, cabe apenas nos discursos do Campo Pequeno, porque tal como eles são histórias da carochinha.

    Passe bem, não a mando crescer porque insultar é a arma dos fracos.

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  59. Pinto permalink
    4 Dezembro, 2008 21:54

    ESTUDO DA OCDE (para ler e pensar):

    ” melhor rácio de alunos por professor dos mais de 30 países analisados num relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), relativo ao ano de 2006, pertence a Portugal. Segundo o documento ontem divulgado, no Ensino Secundário, temos um professor por cada oito alunos inscritos, enquanto que os Estados Unidos da América têm um docente por cada 16 alunos, a Alemanha um por cada 15 e a França um por cada 12. O México é o país com o pior desempenho com perto de 30 alunos por cada professor a tempo inteiro.
    No Ensino Básico, Portugal ocupa o segundo lugar com um professor para cada 11 alunos, apenas superado pela Hungria com um para 10. No que diz respeito à pré-primária, estamos no meio da tabela com 15 alunos por professor e nas universidades públicas portuguesas existe um docente para cada 13 alunos, um dos melhores desempenhos do estudo.
    No entanto, estes bons rácios de professor por aluno não encontram um paralelo na dimensão das turmas, onde Portugal ocupa um lugar mediano com 18,6 alunos por cada turma no Ensino Básico e 22,5 alunos no 2.º Ciclo. Refira-se, por exemplo, que a Suíça, com apenas um professor para cada 12 alunos no Secundário, consegue ter turmas de apenas 19 alunos.
    Uma explicação para este fenómeno poderia passar pelo facto de os professores portugueses passarem pouco tempo do seu horário de trabalho a ensinar na sala de aula, mas, de acordo com o estudo, Portugal é o terceiro país onde os professores mais ensinam: 60% do tempo total na Primária e 50% no Secundário.
    Apesar de o número de professores não se reflectir nas turmas, reflecte-se bem nos gastos totais. Portugal é o país que gasta a maior percentagem do orçamento dedicado à Educação com o pessoal, um pouco mais de 95%, sendo que 85% dos gastos no Básico e 81% no Secundário são exclusivamente com professores. A título de exemplo, diga-se que a Finlândia apenas gasta 65% do seu orçamento com o pessoal, alocando os restantes recursos financeiros para a investigação e serviços de apoio como materiais, alimentação, alojamento ou transporte.
    O estudo refere, ainda, que, apesar de Portugal ser um dos países do estudo com menor Produto Interno Bruto(PIB) “per capita”, os salários dos professores estão ao nível de países com um PIB “per capita” bastante superior. O relatório salienta que Portugal gastou, em 2005, cerca de 5,7% do PIB na Educação: 1,4% no Ensino Superior e os restantes 3,7% nos outros graus de ensino.
    Um outro aspecto interessante revelado pelo estudo é o facto de os alunos portugueses entre os 12 e 14 anos dedicarem 15% da sua carga horária ao estudo de línguas estrangeiras. Um valor superior ao tempo dispendido com a própria Língua Portuguesa (11%).
    Por último, o trabalho realça a pouco autonomia que é dada às escolas portuguesas, com o poder central a tomar 57% das decisões e restando aos estabelecimentos pouco mais do que a escolha dos manuais de entre os previamente seleccionados por Lisboa.”

    (http://va.vidasalternativas.eu/?p=1166)

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  60. who let the dogs out? permalink
    4 Dezembro, 2008 22:23

    O problema dos rácios é este: eu sou professor de 100 alunos num ano, e muitos dos meus colegas bem mais do que isso. O problema reside na quantidade de disciplinas inúteis com que os alunos são bombardeados: uma aula disto, outra daquilo, etc., uma vez por semana.O desperdício financeiro e pedagógico é notório; e insolúvel, a julgar pela quantidade de ideias de governantes e opinion bricklayers que estão sempre a encontrar mais ‘coisas’ que as crianças deviam aprender na escola. Ainda hão-de criar a disciplina de Disciplina e Respeito, que é algo que não trazem de casa, nem a sociedade lhes dá. E querem que quem nunca cumpriu para com o respeito possa aprender alguma coisa!

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  61. Tribunus permalink
    4 Dezembro, 2008 22:59

    O Socrates, è tão burro, que ainda nãp percebeu, que se não se vê livre da ministra arrisca-se a tornar o país ingovernavel?
    Em 1973, em Portugal havia um clima semelhante nas escolas, que ajudou a deitar abaixo o caetano! não foi a unica coisa, mas criou ambiente para tal!
    Ele tambem ajuda vindo para a televi~
    são dizer que as familias, estão me
    lhor, porque baixou a gasolina, osjuros e parvoices do genero, como se isso fosse uma habilidade do governo!

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  62. Anónimo permalink
    5 Dezembro, 2008 16:15

    É caso para dizer: ao que isto chegou!

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  63. Anónimo permalink
    6 Dezembro, 2008 17:38

    Atenção que os nosso governantes (todos) não querem governar na próxima legislatura! Essa vai ficar na história com o (quase) fim de um Estado.

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