Resultados dos partidos no governo
Não é verdade que o eleitorado europeu que se deu ao trabalho de ir votar tenha resolvido penalizar por regra os governos em funções. Em 27 estados, 13 partidos no governo sofreram algum tipo de perda. Há contudo um dado que se destaca: o Partido Socialista português foi, de todos os partidos no governo, aquele que de longe, maior derrota sofreu. Seja por má governação, seja pela avaliação negativa da prestação dos seus deputados europeus, seja pelo mau candidato, seja pelas 3 razões juntas.
Vejam-se as variações de voto entre 2004 e 2009 de todos os partidos actualmente no governo:
Portugal – Partido Socialista (pse): Menos 17,95% que em 2004;
Hungria: Socialist (pse) Menos 16,92%
Grécia: New Democracy (ppe) Menos 10,67%
Áustria:
SPO (pse) Menos 9,5%
OVP (ppe) Menos 3%
Reino Unido: Labour (pse) Menos 7,6%
Luxemburgo
Christian Social People’s Party (ppe) Menos 6,51%
Luxembourg Socialist Workers’ Party (pse) Menos 0,9%
Alemanha:
CDU (ppe) Menos 5,8%
CSU (ppe) Menos 0,6%
SPD (pse) Menos 0,7%
Irlanda:
Fianna Fail (lib) Menos 5,42%
Greens (green) Menos 2,41%
Espanha: PSOE (pse): Menos 4,96%
Países Baixos:
Christian Democratic Appeal (ppe) Menos 4,5%
Labour Party (pse) Menos 11,5%
Christian Union (ID) Mais 0,2%
Finlândia:
Centre party (ppe) Menos 4,4%
National Coalition (ppe) Menos 0,5%
Green League (greens) Mais 2%
Swedish People’s Party (lib) Mais 0,4%
Bulgária:
Coalition for Bulgaria (pse) Menos 2,54%
Movement for rights and freedoms (lib) Menos 6,5%
National Movement Simeon II (lib) Mais 1,73%
França: UMP (ppe) Mais 11,7%
Polónia
Civic Platform (ppe) Mais 21,2%
People Party (ppe) Mais 1,3%
Eslováquia: SMER (pse) Mais 15,21%
Lituânia
Homeland Union (ppe)/Liberals’ Movement Lithuania (lib) Mais 13,09%
Eslovénia:
Social Democrats (pse) Mais 4,25%
SDS (ppe) Mais 9,22%
Zares (lib) 9,82%
Estónia
Reform Party (lib) Mais 3,1%
Centre Party of Estonia (lib) Mais 8,54%
People’s Union of Estonia (uen) Mais 3%
Dinamarca
Venstre (lib) Menos 0,84%
Conservative People’s Party (ppe) Mais 1,7%
Roménia:
Democratic Liberal (ppe) Mais 2,19%
Social Democratic (pse) Mais 7,68%
Malta – Partido Nacionalista (ppe) Mais 0,69%
Itália: Il Popolo della Libertà (ppe) Mais 0,9%
Chipre: Progressive Party of Working People (gue/ngl) Mais 7%
República Checa
Civic Democratic (ppe) – Mais 1,44%
Christian Democratics – Menos 2%
Greens -Menos 0,56%
Suécia:
Moderate Party (ppe) Mais 0,6%
Centre Party (lib) Menos 0,8%
Liberal People’s Party (lib) Mais 3,7%
Christian Democrats (ppe) Menos 1%
Bélgica*:
Christian Democratic and Flemish (ppe) – Mais 6,2%
Reformist Movement-F (lib) – Mais 15,07%
Socialist-F (pse) Menos 0,24%
Humanist Democratic Centre-F (ppe) Mais 7,66%
* Nas respectivas comunidades linguísticas
Letónia:
Ainda não disponíveis
BLASFÉMIAS 
Aposto que isso não aparecerá como título de uma notícia de algum jornal Português.
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Deve ser porque a oposição em Portugal é excelente e melhor que o partido do governo. E os portugueses estão ansiosos de que o governo seja de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva.
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Ainda vamos ter de aturar um idiota qualquer a dizer que o ps foi o partido que mais perdeu na Europa e que isso é bom.
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Por outro lado dá-me a sensação que Portugal é dos países europeus onde a votação sempre foi menos distribuída. A queda do PS não estará também relacionada com o facto de ter sido dos que tinha maior percentagem em 2004? Não é por acaso que outras grandes quedas são as dos partidos do PSE na Hungria e Grécia, que também são países com uma distribuição muito bipartidária.
Este exercício tem o seu quê de intelectualmente desonesto, portanto.
Esta foi mesmo das votações em Portugal em que PS e PSD tiveram, juntos, dos piores resultados, senão mesmo o pior, de sempre. Isto sim, é um dado bem relevante, revela uma vontade dos portugueses de recorrer a terceiros, mas não é de MEPs, nem MMSs que Portugal está à procura. Os portugueses estão longe de estar convencidos quer com PSD, quer com PS.
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correcção, vejo que na grécia o partido no poder não era do pse, mas sim do ppe, de qualquer maneira a ideia aplica-se exactamente da mesma forma.
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Recuso pronunciar-me antes de ver os dados referentes à Letónia.
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TOMEM NOTA….Sócrates já foi apelidado de coveiro de Portugal, mas é importante que se perceba que também vai ser o coveiro do PS.
Socrates está encurralado e o que se desenha no horizonte é a fragmentação da esquerda como na França ou na Itália, entre outros exemplos. O Bloco vai ocupar grande espaço do PS e os 3 partidos da esquerda vão cada vez mais se aproximar em % de votos.
Só falta ver se há capacidade para construir uma alternativa duradoura ao centro e à direita
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Se em 5 anos o PS perdeu 18% dos votos, com essa tendência, lá para 2030 perderá 100% de votantes.
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“Deve ser porque a oposição em Portugal é excelente e melhor que o partido do governo. E os portugueses estão ansiosos de que o governo seja de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva.”
Da extrema esquerda á extrema direita são todos Estatistas por isso nada relevante mudará.
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A queda do PS deve-se às sondagens distorcidas que deram impressão ao governo que estava no bom caminho. Virou-se o feitiço contra o feiticeiro.
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Gabriel, esta ana’lise e’ ta~o simplista que ate’ doi. Pegando no exemplo do Reino Unido (onde vivo), o Labour tinha “levado nas orelhas” qb. em 2004, dai’ que na~o poderia descer muito. Ja’ o PS em 2004 estava em contra-ciclo (governo PSD – e neste caso uso a palavra “governo” no seu sentido mais lato).
O Labour foi ontem completamente trucidado (ficaram em 3o, atra’s dos mentecaptos do UKIP, e deram 2 deputados aos nazis do BNP!), e o Brown ainda so’ la’ esta’ pq ale’m de ser burro, teimoso, incompetente, mentiroso, autorita’rio, etc, tb e’ cego.
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“Forty million people have the right to vote in the UK. In the European elections on Thursday, only just over 2 million of them voted for the Labour party. That’s one person in every 19. It was far worse than even the most pessimistic predictions. No government party has ever been deserted to this degree. This is a government without authority.
Three out of every four people who voted Labour in the 2005 general election did not do so last week. Five out of every six people who voted Labour in 1997 have opted out or for another party too. This isn’t just a bad performance. It is something close to electoral bankruptcy for the governing party.
For Labour it has never been worse that this. Labour has never polled under 20% in a nationwide election in its history. The closest it came was 22.6% in the European elections of 2004 and 22.2% in thew 1918 general election. This year’s 15.7% score doesn’t just edge that unenviable record. It blows it apart. The collapse from the already low level of Labour support in the 2005 general election (36%) is spectacular.”
Martin Kettle no Guardian.
Ah, perdeu a Esco’cia e o Pai’s de Gales, tb (pela primeira vez em 100 anos). Dizer que o resultado do PS e’ pior que este, enfim… Nem o Gabriel escapa ‘a alegriazinha histe’rica e infantil do JCD (e de resto, de todos os “comentadores” de direita do recta^ngulo, para quem a vito’ria do PSD nas legislativas ja’ e’ um dado adquirido, faltando so’ saber se vai ser com ou sem maioria absoluta).
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O Pfig tem razão,
«esta análise é tão simplista», mas mesmo tão simplista, tão simplista,
que só apresenta factos.
Pelos vistos, dói.
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Gostava que respondesse com sim ou na~o, para manter isto simples: o resultado do PS em Portugal foi pior que o do Labour no Reino Unido?
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O Labour da Grã-Bretanha sofreu uma copiosa derrota, a maior na Europa.
Atingiu apenas o 3º lugar e permitiu que até o partido de extrema direita tenha conseguido obter um mandato…
Gordon Brown está por um fio.
Talvez as notícias da “morte” deste Governo estejam a ser demasiadamente exageradas.
Ainda temos muito “jogo político” pela frente.
Apesar de ter sido uma inegável e meritória vitória do PSD, Manuela Ferreira Leite não tem a frontalidade, uma certa “ferocidade” e acima de tudo o timing de Paulo Rangel, que soube transformar uma previsão de quase certa derrota numa surpresa eleitoral.
Mas algo que ninguém faz é distinguir europeias e legislativas. Nem os próprios candidatos foram capazes de o fazer, com nítido prejuízo da nossa cidadania nacional e europeia.
São efectivamente eleições bem diferentes, principalmente em termos de mobilização e maior consciencialização e responsabilidade do eleitorado no exercício do seu dever cívico.
Nas legislativas não haverá “castigos” e “votos de protesto”.
Ganhará quem se apresentar como capaz de melhor governar o País. Já não chega falar de Freeports e BPN…
A minha esperança, provavelmente comum a tantos eleitores , é que se faça uma campanha “limpa” e se debatam verdadeiras ideias e alternativas para o futuro.
Chega de ruído, de brados de desgraça que se avizinha, de alegadas falta de legitimidade devido aos últimos resultados eleitorais ou de auto-comiserações bacocas com a capa de perseguição política e mediática.
Faça-se política de verdade! (nada a ver com lema do PSD…a minúscula não é inocente.)
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Penso que há alguma confusão entre Malta e Chipre.
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Pfig,
«O Partido Socialista português foi, de todos os partidos no governo, aquele que de longe, maior derrota sofreu», perdeu 17,95%.
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Ah, e quanto a doer-me ou na~o, desliguei-me do PS ha’ coisa de 20 anos (+-), e para o recta^ngulo estou-me borrifando para ai’ ha’ 10. Por mim ate’ podiam ter o Jardim ou a Fa’tima Felgueiras a “governar” isso. O recta^ngulo so’ tem para mim entertainment value. Dai’ que a tentativa de fazer crer que estou muito desiludido com o resultado do PS…
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Gabriel, julgo que o Gordon Brown estara’ interessado em contrata’-lo para um lugarzinho na equipa de spin. E’ ligar-lhe.
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Miguel (16)
Tem razão, já corrigi.Thanks.
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Ja’ sei o que me fazem lembrar estes gritinhos histe’ricos dos “comentadores” de direita no recta^ngulo: os ti’tulos de “campea~o de inverno” do benfas.
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Bem, mas não fazemos a figura de parvo que você faz com os acentos todos fora do lugar.
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