Censuras pc
5 Setembro, 2009
«A Biblioteca de Brooklyn reconheceu que retirou das suas estantes o livro «Tintim no Congo», banda desenhada da autoria do belga Hergé (1907 -1983), que tinha sido apelidada de racista e que era o último exemplar disponível de acesso livre nas bibliotecas públicas de Nova-York». (FV)
62 comentários
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os teus amigos comunas também fizeram campanha anti hergé em portugal
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Talvez estas imagens fossem mais apropriadas para ilustrar o post Gabriel, repare nas feições de chimpanzé.
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Por esta lógica, retiram-se uma boa parte dos livros publicados num certo período.
Já agora proíba-se também a bíblia, que refere a existência de escravos.
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Já agora proíba-se também a bíblia, que refere a existência de escravos.
Lá chegaremos.
Será mais rápido se o Louçã for primeiro-ministro.
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Assim os anti-racistas deixarão de ter as necessárias referência para demonstrar o que é racismo… na banda desenhada.
Também nunca ouvi ninguém afirmar que para se ser anti-racista era preciso ser-se inteligente..
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Ouvi dizer que já há versões politicamente correctas da Bíblia, sem termos sexistas nem racistas.
A esquerda sempre foi especialista em reescrever a História: basta pensar na antiga União Soviética e nas fotografias retocadas para não aparecer o Trotski.
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ja’ a seguir, um post sobre a retirada das bibliotecas de livros sobre homosexualidade.
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ja’ a seguir, um post sobre a retirada das bibliotecas de livros sobre homosexualidade.
Está enganado.
Esses devem manter-se para mostrar como uma coisa que era má, feia e pecaminosamente anti-natural se transformou em boa e se transformará em obrigatória.
Será ainda mais rápido se um determinado senhor for primeiro-ministro.
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A questão das Biblias:
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Fragment from world’s oldest Bible found hidden in Egyptian monastery
Academic stumbles upon previously unseen section of Codex Sinaiticus dating back to 4th century
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http://www.independent.co.uk/news/world/africa/fragment-from-worlds-oldest-bible-found-hidden-in-egyptian-monastery-1780274.html
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Temas eleitorais importantes, “EDUCAÇÃO”:
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-You’ve had your chips: fattening food banned from school canteens
School dinners will be calorie controlled and chocolate, crisps and sugary drinks will be banished in a bid to reduce childhood obesity
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http://www.guardian.co.uk/education/2009/sep/03/school-dinners-meals-canteens-nutrition
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Qualquer biblioteca faz sempre uma selecção dos seus livros e os critérios de selecção são dos mais variados.
Dizer que todos os que não foram escolhidos foram censurados, parece excessivo.
Então e a liberdade de escolha?
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Este é tão burro que nem sabe a data da publicação do Tintin no Congo.
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Alguém aqui leu ou viu os bonecos do Tintin no Congo e das suas diversas edições?
Só por uma questão de curiosidade e para se saber se até percebem o significado da palavra racismo neste caso.
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Qual era o problema do Tintin no Congo.
E eu nem estou a negar que não houvesse por lá algum problema.
Aliás, até era capaz de jurar que a HM o desencantava, e ainda chamaria pior se, em vez de pretos, fossem israelitas, por exemplo.
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Mas, para isso, é preciso conhecer-se o livro, a época histórica que retratava em tom de brincadeira e quando foi publicado.
Quem é que de todos os comentadores conhece?
É apenas por curiosidade.
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Atgé deixo a mesma pergunta à HM que admito que conheça para poder escrever este post.
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O post é do Gabriel.
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Enganei-me, o post é do Gabriel, acredito que conheça porque o Gabriel gosta de BD antiga.
Mas duvido que a HM gostasse deste livro.
Não é por nada…
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E ia jurar que mais ninguém que por aqui passou o viu, sequer.
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O Mein Kampf e o O Capital provavelmente lá continuam…
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E porque motivo não deviam continuar?
E que imbecilidade de comparação é essa?
Leu o Tintim no Congo?
É que eu ia jurar que é mais outro que desconhece o livro.
Mas, neste caso, tenho a certezinha que se em vez de pretos fossem judeus, era mais outro a defender a censura.
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É que, quem nem entende a diferença entre BD, um livro de economia-política e um manifesto ideológico, mais valia estar calado.
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E ia jurar que mais ninguém que por aqui passou o viu, sequer.
Vi e li vários livros do Tintin.
Tambem li o saudoso “Cavaleiro Andante”.
Tinha personagens de antologia, uma pena que o herói fosse, deixa lá ver como é que se pode escrever, eunuco.
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Por outro lado, cada um, à sua maneira, fazem parte do Panteão da Histíria.
O Hergé, já lá está, como autor incontornável e criador da mais famosa série de BD- com detalhes sociais, costumes e apontamentos históricos de todo o mundo.
E até ia alterando alguns deles, como marcas de carros e outros, de acordo com as edições.
Só um imbecil ia retirar um dos álbuns, como se tinha retirado o Tintim no País dos Sovietes por outros motivos.
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Eu perguntei se leu este, em particular, e não a publicação da revista Tintim, essa sim, comparável a um Cavaleiro Andante.
Leu o álbum do Hergé – Tintim no Congo?
É capaz de explicar o motivo pelo qual ele actualmente causa melindre?
E eu não nego nada disso. Apenas acho piada à forma como as pessoas arrumam tudo em etiquetas- basta a palavra racismo e já está a fogueira feita ou a água deitada para a apagar, com comparações a Mein Kamp
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Todos os herós de BD não fodem nem são casados.
Até o Pato Donald é apenas tio.
E isso é mais um chavão disparatado porque imaginar-se um personagens de aventuras a foder, era coisa descabelada.
Para isso havia a Castafiore e a sua paixoneta pelo capitão Haddock
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Nem o grande sedutor do Corto Maltese fodia, e era personagem real, em vida real, quanto mais estas do Hergé, perfeitamente diferentes.
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A piada aqui está que a censura actual segue as modas politicamente correctas.
A do passado apenas se preocupou com a imagem da Rússia da Revolução- que ficava aquém da realidade.
Como antes, já se haviam preocupado com outras personagens que o Hergé tinha criado, aquando da ocupação francesa, onde até se chegou a ver apologia do nazismo.
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Acrescente-se que por cá o tintim no país dos sovietes também estava interdito na Ditadura. Nem sei o motivo, não havia edição em parte alguma.
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Mas o Hergé sempre conseguiu congregar todos as paranóias. Era ele e o Disney. O Walt Disney por causa de ser eunuco e outras imbecilidades no género.
O Hergé porque foi nazi, anti-comunista primário e depois racista.
Para quem lhe conhece a obra desde sempre, isto apenas dá vontade rir.
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Mas querem uma aposta- tentem encontrar o álbum e fazer um inquérito político-partidário.
Eu matava-me a rir com o que diriam as jotas.
E aqui na blogo, acho que se contava pelos dedos quem não o chamasse de racismo ou aceitasse publicá-lo e ver o que sucedia nas caixas de comentários.
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Já agora,
Esta obra teve, além de várias “edições”, pelo menos duas “versões”, pois Hergé redesenhou-a completamente.
É pena que não se perceba a qual delas se refere o ‘post’.
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Pois é bem verdade. Até me esqueci desse detalhe.
Ele próprio alterou. Mas eu até ia jurar que hoje em dia é igual. Em Inglaterra sei que tudo o censura.
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Eu costuma coleccionar as diferentes versões de todos os álbuns porque era delicioso verem-se as mudanças.
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Está à venda na FNAC, a 12,99€.
Quando era muito novo, li alguns, mas não recordo de ter lido esse no Congo. Preferia o Asterix e também o Corto, um pouco mais tarde.
Mas para rir, era o Gotlib.
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Mas, não me recordo de nenhum jovem ficar chocado ou sequer notar qualquer racismo no tintim no Congo.
E, hoje em dia, duvido que encontre um que não fique enojado e desate a disparatar a chamar racismo.
E, no entanto, mesmo em tom de brincadeira, aquele Congo e aqueles pretinhos patetinhas, deslumbrados pela quinquilharia, também não eram. de todo, irreais.
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Não sei qual é versão da FNAC.
Mas lembro-me do escândalo que existia em se falar nesse famigerado Tintim no País dos Sovietes.
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Por outro lado, o interesse deste e de vários outros é que foram feitos apenas por viagens de livro e de “vox populi”.
O Hergé nunca foi ao Congo e até praticamente nem viajava.
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O site do Gotlib.
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Mas devem ter deitado fora a versão a cores.
Não acredito sequer que uma biblioteca fosse cometer esse crime de património em desfazer-se da versão original a preto e branco.
E nem acredito que a tivesse disponível- assim nas prateleiras, para crianças.
Isso são raridades de reservados.
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PUBLICAÇÃO: Tournai : Casterman, 1980
– Univ. Aveiro
Tintim no Congo / Hergé
AUTOR(ES): Hergé, pseud.
PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Difusão Verbo, imp. 1996
……….
outra da Verbo de 2003 e mais nada, numa pesquisa rápida na Porbase.
——————————
Veja-se, por curiosidade- o que já se publicou acerca do Tintim.
A invisibilidade do género em Tintin [ Texto policopiado] : a conspiração do silêncio / Ana Maria Magalhães da Cunha Correia ; orient. Rui Zink. Lisboa : [s.n.], 2004.
—————-
Tintin, Hergé et la “belgité” : atti / Colloque… ; a cura di Anna Soncini Fratta
AUTOR(ES): Colloque [sur] Tintin, Hergé et la Belgité, [Bologna], 1992; Fratta, Anna Soncini, ed. lit.
PUBLICAÇÃO: Bologna : CLUEB, 1994
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Quanto à tipologia das feições dos pretinhos ainda existe um detalhe com mais piada.
A marca de chocolates dos “Conguitos” chegou a oferecer bonequinhos de borracha praticamente idênticos.
Ainda tenho um. Eram bem giros.
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«Esta obra teve, além de várias “edições”, pelo menos duas “versões”, pois Hergé redesenhou-a completamente.
É pena que não se perceba a qual delas se refere o ‘post’.»
Caro Medina Ribeiro,
Na verdade não sei, pois não tive infelizmente oportunidade de consultar o exemplar que existia na biblioteca de Broklin…..
Mas do que conheço da «polémica» penso que a questão das versões existentes será relativamente «irrelevante» para os pc’s, pois que a dita critica engloba a obra em si (a narrativa) e não meramente imagens mais ou menos datadas.
Já agora e a título informativo: Tintin no Congo foi publicado originalmente em 1930 e 31 na revista Petit Vingtième. Publicado em formato album (a preto e branco) em 1931. Hergé redesenhou a história em 1946. E uma terceira versão surgiu em 1975. Note-se que não foi a única obra a ser redesenhada, todas as publicadas anterioremente a 45 o foram, abarcando não apenas os desenhos mas também os diálogos.
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Estes pretinhos dos “conguitos” podiam comprar-se em qualquer café ou pastelaria ainda há relativamente pouco tempo.
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Gabriel- só pode ter sido a colorida. A outra é absoluta raridade que nunca mais foi editada.
Alguém que conheça edição da inicial, a preto e branco que informe. Porque eu desconheço.
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Amenos que venha numa edição de luxo, de todos os desenhos iniciais do Hergé, ainda a preto e branco. Cheguei a comprar mas nem sei onde pára.
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Mas é um facto que duvido que alguém andasse hoje em dia a fornecer a original com as anormalidades que tinha
ehehehehe
É que até era demais, mesmo para quem tem muito sentido de humor
“:O)))
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Por isso mesmo é que sendo raridade, só podia estar nos reservados de uma biblioteca.
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A primeira vez que a obra foi publicada em Portugal, foi nos anos 30, na revista Papagaio. A preto e banco.
E tinha o curioso título: Tim-Tim em Angola, em que ele era uma repórtes português de visita áquela colónia.
Mais info: http://euroquadrinhos.wordpress.com/2007/07/17/tintim-no-pais-do-racismo/
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Ah, que engraçado! boa informação, Gabriel.
Aquilo era mesmo caricatura colonial. E bem patetinha.
Mas, pelo menos entre malta amiga, nunca me lembro de se reparar nela com esse sentido- eram bonecos de ficção. E aquela forma de desenhar pretinhos bem mais antiga, até na publicidade em geral ou no simples jazz quando apareceu em França.
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Tudo tem um contexto histórico. Sem se entender isso dizem-se disparates como a comparação com o Capital de Marx que, segundo o lucklucky devia ser proibido numa biblioteca.
Há formatações ideológicas vistas ao espelho. São todas variantes de pálas como as que usam os burros.
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Exacto, o artigo é bom porque mostra essas tipologias comuns quando se desenhavam pretinhos.
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Mas, aqui há tempos assisti a uma cena de racismo inventado, à conta de tanto exagero em sentido inverso.
Um negro- daqueles bem escuros- foi levantar fotografias tipo passe, que tinha feito.
Quando lhe passam as fotos – que eu ainda acabei por ver- como era óbvio, estavam um tanto escuras e ele desata a chamar racistas aos tipos da loja e a dizer que não era assim
“:O))))
E eles ainda lhe ofereceram nova sessão a ver se branqueava, que podia dar-se efeito de luz.
Mas o tipo foi porta fora a chamar nomes e racismo e nem levou as fotografias
Eu rebolei-me a rir. Nem me aguentei.
“:O))))))
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É claro que na minha biblioteca eu guardo o que quero, e deito fora o que me apetece.
Mas numa biblioteca pública já não será bem assim, e numa Biblioteca Nacional não é de certeza – os livros, aliás, são obrigatoriamente enviados para lá pelas editoras, e existe o chamado Depósito Legal.
Agora imagine-se que, por absurdo, os livros existentes (ou a banir) numa biblioteca pública dependiam do critério (ou dos caprichos) do director – alguém que é nomeado superiormente e que, portanto, é substituído de vez em quando.
Alguém imagina o que seria uma instituição dessas?
Ítalo Calvino tem um saboroso conto de 1953, intitulado «Um General na Biblioteca» em que ficciona isso mesmo:
Um general invade uma biblioteca com tropas, e põe os subordinados a ler os livros, para saber quais deverão ser banidos por não serem “politicamente correctos”.
E, como é italiano, começa logo por condenar os que elogiam os cartagineses nas guerras púnicas!
Só que, a pouco e pouco, aqueles militares vão começando a ler, a instruir-se, e chegam à conclusão de que a Humanidade, afinal, não é tão simples quanto pensavam… e acabam por ser fervorosos leitores da biblioteca – embora só depois de passados compulsivamete à vida civil, pois os chefes acima deles continuam a ser as mesmas bestas quadradas de sempre – como as que, no caso referido neste ‘post’, censuraram Hergé…
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Estes pretinhos dos “conguitos” podiam comprar-se em qualquer café ou pastelaria ainda há relativamente pouco tempo.
Pois agora é diferente.
Aquele novissímo edifício na Avenida da República foi comprado pelos pretitos.
Mais exactamente pelos fulanos da Sonangol.
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O problema é que uma censura deste tipo- num local que não serve para venda mas para memória e História, acaba por ter efeito para legitimar muito mais coisas.
Ainda a propósito do Tintim e do pc- vale a pena ler e os comentários .
Eu não conheço esta “tese” da Aberta mas conheço outras de género, em estudos literários que são autêntica aberração e deformação mental.
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Aquela bibliografia com a entrevista ao Milou, na secção de Entrevistas, também tem piada.
“:O))))
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ahahahah
Que boca mais gira- ainda havemos de ver pastilhas de chocolate branco a oferecerem “tuguitos”
ehehehe
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Mais uma estupidez, semelhante à recusa da estátua em Queen`s.
A ” questão cromática” a dar mais um empurrãozinho ao irreversível declínio americano – exibido, atestado e oficializado com a entrada do “entertainer” na Casa Branca.
Já deve ir em tonelada a cera das velas oferecidas à Virgem de Kazan – em agradecimento, calcula-se…
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A imagem que ilustrava este ‘post’ deixou de estar visível, não sei porquê.
De qualquer forma, a capa da versão redesenhada por Hergé pode ser vista [aqui].
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Retiraram?Porra que era mais educativo trocarem os personagens.Branco em vez de preto.É o que nos andam a fazer.
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zazie, porque não te calas?
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O Tintin no Congo é infelizmente um retrato fiel e mordaz de muitas daquelas tiranias africanas e da situação em que se colocaram aqueles países e aqueles povos, com descolonizações politicamente correctas, não estando os mesmo preparados para enfrentarem e concorrerem com o mundo de hoje. Eu li e gostei, e gostei ainda mais de uma exposição em que artistas negros, por causa do referido livro, desenharam o Tintim a ser sodomizado por um núbio com um membro sofrendo de elefantíase.
É muito mais divertido o mundo assim! Não gostam, critiquem e respondam na mesma moeda.
(fiquei sem saber a opinião do Tintim sobre o núbio, mas parece que não foi má)
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