O que é um “ataque especulativo”?
A discussão pública em Portugal tem aspectos misteriosos. Anda muita gente a dizer que Portugal está a ser alvo de um “ataque especulativo”, mas ninguém define ao certo o que é isso. Proponho por isso aos leitores do Blasfémias o seguinte desafio: tente construir uma teoria que explique o que é um “ataque especulativo”, porque é que é um “ataque”, porque é “especulativo”, quem ataca, quem é atacado, como é que se ganha dinheiro num ataque especulativo, porque é que quem é atacado não se defende e porque é que um “ataque especulativo” é imoral. Em particular, a tese deve explicar como é que pode haver um ataque unilateral em bolsas de valores em que as transacções têm sempre duas parte, o comprador e o vendedor. Outro ponto importante que a tese deve explicar é por que motivo os especuladores, entre tantos países, escolheram Portugal para atacar.
Um ataque é quando alguém põe em causa o posto do PM ou a competência do seu governo. Em sentido mais lato, é quando acontece algo que pode pôr em causa a permanência do PS no governo, no imediato ou a prazo. Ou seja, é quando alguém põe em risco o “dinheiro do PS”.
Especulativo é quando não se prova e pretende atingir resultados ocultos. Ou quando as provas, como as escutas, não devem ser utilizadas contra o PS, de modo a não se provar nada, caso contrário deixava de ser especulativo.
Quem ataca são sempre forças “ocultas”.
Quem é atacado é quase sempre o carácter, a competência ou a mentira.
Os especuladores escolheram Portugal porque foi o primeiro a sair da recessão e porque está em recuperação, isto é, os índices económicos continuam a baixar mas baixam menos e quando a actividade económica chegar a zero o país estabiliza totalmente porque não pode descer mais.
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ahahahahaha!..
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Ataque especulativo é o nome dado pelos incompetentes e irresponsaveis ao medo e consequente fuga de capitais das mãos e influencia daqueles mesmos .
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Caro João Miranda.
Porque não apresentar o Sr a sua tese, já que essa é ou foi a sua especialidade em tempos que já lá vão. Lembro-lhe as suas famosas teses sobre as escutas, negócios e outras coisas mais, mas claro sem o rigor que agora solicita aos leitores do blasfémias. Tantas vezes o questionei sobre essas teses, sobre as suas especulações, e nunca obtive resposta. Eu percebo, já deve estar cansado de tanto especular e quer dar uma oportunidade aos outros, mas claro com condições, que o façam de forma clara.
“Anda muita gente a dizer que Portugal está a ser alvo de um “ataque especulativo”, mas ninguém define ao certo o que é isso.”
É exactamente isto que o Sr fazia, escrevia muito, mas nunca explicava ou apresentava prova das suas afirmações.
Tretas… Tirar nabos da …
VIVA PORTUGAL
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especulativo é o miranda. portantes um ataque especulativo é mirandice social a fazer a mona dos idiotas pelo absurdo.
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.
Talvez, ataque especulativo é a resposta aos que especularam antes.
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Um “ataque especulativo” não é mais do que um personagem inventado por quem não percebe como funciona o mercado para racionalizar que não controla.
Quando proferido pelo comum português, a expressão reflecte uma genuína ignorância que é marca de uma cultura mais virada para os poetas do que para as matemáticas.
Quando proferida por um Ministro das Finanças, a expressão reflete uma de duas coisas:
1) Desonestidade : cria uma figura mágica que é o culpada de tudo. Ele coitadinho é uma vítima. Um paladino contra esta figura demoníaca
2) Incompetência : não há ninguém em funções com mais responsabilidade sobre o que se está a passar do que este homem.
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O que eu gostava de saber é qual o critério utilizado pelas agências para este corte no rating. Como se lê num artigo do Público hoje, o índice ESI de Portugal, ainda que abaixo da média europeia, tem vindo a crescer. Donde subsiste a dúvida sobre os critérios, dados e métodos pelos quais as agências efectuam as medições e os ajustes (será aquela senhora inglesa que trabalha com a Júlia Pinheiro num programa do além?).
Bom, bom é para os short sellers, que esta semana ganharam bem com BCP.
E claro, o problema é político, como sempre. Os nossos, que não perceberam ainda o que são medidas de austeridade. O da Alemanha, que está a braços com uma eleição que pode redefinir a composição e actuação do governo vigente. O Sarkozy não quer o Strauss-Kahn muito perto da Europa, não vá ele lembrar-se de voltar a França com redobrada popularidade.
Agendas.
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Shortselling diz-lhe alguma coisa, João Miranda? Ou criar condições para continuarmos dependentes destas sanguessugas que mais não passam do que curandeiros dos mercados?
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««Shortselling diz-lhe alguma coisa, João Miranda?»»
Short selling? Continue. continue … Estou a gostar da explicação. Mas tem que se esforçar mais.
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Ataque: s.m. 1. Acto de atacar; 2. Assalto, investida; 3. Impugnação, acusação; 4. Altercação; 5. Agressão; 6. Manifestação declarada (de doença); 7. Carga (de arma de fogo); 8. [Desporto] Parte de uma equipa especialmente encarregada de atacar a baliza adversária.
Especulativo: adj. 1. Que estuda (uma coisa), só para conhecer, não para praticar; teórico; 2. Que não pode reduzir-se à prática: 3. Que especula, que examina miudamente; 4. Feito com intenção de auferir lucros; interesseiro; s.m. 5. O que não pode reduzir-se à prática.
Portanto “ataque especulativo” significa apenas “manifestação declarada de doença feita com intenção de auferir lucros, nomeadamente sob forma de votos”.
É uma expressão curiosa porque parte de dois pressupostos errados: 1. Que os que votam sofrem todos de Münchausen; 2. Que a inexistência de fins justifica a insuficiência da vontade dos meios.
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Excelente pergunta, Caro João Miranda!
O Anonimo #1 já explicitou, a meu ver com rigor, e num estilo muito parecido ao de Helena Matos, o essencial da coisa.
O Ricardo, num
tom não sarcástico e mais técnico, também forneceu uma boa resposta.
Usando uma linguagem menos elaborada, eu diria que os governos invocam as safadezas dos especuladores quando estes lhes descobrem a careca, removendo a peruca que tenta esconder a calvice.
É por esta razão que os bons especuladores prestam aos cidadãos – todos nós – inestimáveis serviços. Idem, idem para os short sellers.
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Possível ataque especulativo:
Um agente (com uma dimensão muito considerável) tem:
– obrigações de Portugal
– CDS’s sobre essas obrigações
Começa a vender obrigações. O montante em venda supera largamente a procura, o que provoca uma quebra nos preços das obrigações, e faz subir a yield das obrigações (e o risco implícito destas).
Os detentores de obrigações portuguesas ficam nervosos e começam a querer comprar CDS’s para segurar as suas obrigações.
O preço dos CDSs sobre vertiginosamente.
O dito agente, apesar de ter perdido algum dinheiro na venda das obrigações, mais do que compensou com o disparar do valor dos CDSs
Funciona?
De qq forma, só é possível fazer sobre um país pequeno e cujo governo e as finanças públicas não tenham credibilidade. Os mercados nunca ficariam assustados se tivéssemos superávites, dívida baixa e não andássemos a desbaratas milhões em obras de vaidade desnecessárias e improdutivas.
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Short selling é excelente. Até porque qualquer um que confie na capacidade do governo de resolver a situação deve entrar no negócio o mais rapidamente possível.
Não percebo porque é que os crentes no “ataque especulativo” não estão a comprar dívida neste momento. Este paradoxo é que gostaria de ver respondido.
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JEM,
Há uma quebra de simetria na sua exposição que precisa de ser explicada.
No seu cenário, quando o agente de dimensão considerável começa a vender obrigações o montante supera largamente a oferta, fazendo subir as yeld.
Mas quando o mesmo agente de dimensão considerável começa a vender CDS’s, cujo preço entretanto tinha subido vertiginosamente, misteriosamente o seu preço não diminui.
Porque é que vender obrigações com yeld baixo faz subir o yeld e vender CFD’s a custo elevado não faz diminuir o seu valor?
Em caso de simetria absoluta, esta operação deveria ser neutra. Com as comissões, o seu especulador deveria perder dinheiro.
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“O que eu gostava de saber é qual o critério utilizado pelas agências para este corte no rating.”
Você poder ler o texto da S&P.
Portugal vai ter se tudo correr bem 8,3% de defice no fim deste ano, ou seja a continuação do caminho insustentável. Nos 3 primeiros meses a Dívida(Publica sem incluir a escondida já aumentou 2,4% (ou seja não inclui a escondida em EP’s, PPP e Municípios). Com as enormes injecções de Capital(em dívida e ajudas europeias) nos últimos anos Portugal cresceu em media 1%.
Confesso que não percebo porque raio é preciso estar sempre a repetir isto, qualquer um pode lá chegar. Não é preciso jornais, conversa fiada de economistas ou políticos. Os números estão ao alcance de todos.
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Porque haverá muita procura dos CDS e pouca para as obrigações?
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lucklucky,
Tudo isso já seria verdade há um ano.
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Ricardo
A verdade é que as coisas não funcionam em simetria. O valor de títulos financeiros funciona por experctativas. E as expectativas (também) são geradas por emoções.
Quando se começam a despejar obrigações, o mercado reage com pânico e começa também a vender as obrigações. Gera-se uma bola de neve de pânico. Quando o pânico está no cume, o tal agente começa a vender os CDS, que são facilmente aborvidos. Por esta altura o pânico começa a abrandar.
É o equivalente inverso das bolhas especulativas (como aconteceu recentemente no mercado imobiliário).
E sim, é possível manipular os mercados. A Goldman Sachs vendia títulos de dívida imobiliária (com nomes exóticos) como se fossem de alta qualidade, sabendo que eram uma porcaria.
Agora alguém também poderá estar a vender títulos dívida portuguesa como sendo porcaria, não sendo afinal assim tão maus. E a seguir vende seguros caríssimos (CDSs), quando o risco não é assim tão grande.
É apenas uma hipótese.
Não invalida que estejamos a ser governados por loucos, sem noção da realidade, que puseram o país a jeito depois de anos a comprar votos com o dinheiro dos contribuintes.
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“Funciona?”
Só se alguém encontrar margens para arbitragem superiores às comissões a pagar, as operações parecem-me simétricas. Nesse contexto, a compra dos CDS não é apenas uma operação de hedging?
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Um exemplo de um especulador muito conhecido: quando nos endividamos para comprar casa, estamos à espera que o seu valor aumente no futuro, não é assim? Mas suponho que nem Deus nos possa garantir que tal vai suceder!
Quando aceitamos que o “perfil” do empréstimo comece com taxas de juro promocionais, estamos à espera que os nossos rendimentos aumentem antes que a promoção acabe e a prestação suba.
E se, por acaso, a mulher ou o marido perderem o emprego, especulamos que conseguiremos vender a casa por um preço que pelo menos pague a hipoteca e que haja um espaço para nos acomodarmos na casa dos pais (ou dos sogros). E se tal não suceder?
Mas a generalidade de nós somos amadores. Prever o futuro é uma tarefa muito arriscada. Que sejam os especuladores profissionais a suportar os eventuais custos quando se enganarem.
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A resposta do Ricardo, #7, recebe a pontuação máxima, ou seja, 20 valores. Parabéns!…
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O desafio do JM parece plenamente respondido pelo comentador JEM. No entanto, não se admirem se continuarem a ler por aqui prosa que parte do princípio que ninguém conseguiu responder a tais questões. Mudar de ideias face à realidade não é especialidade da casa.
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isto hoje está cheio de contabilistas e mangas de alpaca
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««Quando se começam a despejar obrigações, o mercado reage com pânico»»
só reage em pânico quem não está convicto do valor dos activos que detém, o que nos leva à questão fundamental: pode um ataque especulativo funcionar se as contas públicas forem sólidas e transparentes? Não me parece. Aliás, por cada agente que reage em pânico há muitos outros que se sabem aproveitar do pânico contrariando a tendência. Se o ataque não for fundamentado não é possível afectar o país em causa porque quem vende abaixo do valor real tenderá a perder dinheiro e quem compra tenderá a ganhar.
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O valor intrínseco dos activos pouco conta em caso de pânico generalizado. Já vimos isso infindas vezes.
De qualquer forma, pensava que a “questão fundamental” era mesmo explicar os tais “ataques”…
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««O valor intrínseco dos activos pouco conta em caso de pânico generalizado. »»
Claro que conta. Quem compra activos abaixo do preço ganha dinheiro.
««De qualquer forma, pensava que a “questão fundamental” era mesmo explicar os tais “ataques”…»»
é preciso explicar porque é que são “ataques” e porque é que são “imorais”. Não há ataque nenhum no mercado. Ataque pressupõe uma acção bélica que não existe num mercado. Num mercado há compradores e vendedores voluntários. Há traders que fazem apostas erradas e outros que fazem apostas certas. Quem aposta no preço certo só pode ganha sempre. Quem aposta contra o preço certo só ganha se os outros traders fizerem apostas erradas. Em qualquer dos casos, no médio prazo um país tenderá a ter as obrigações ao preço adequado ao seu nível de risco. Não há forma de um especulador prejudicar um país se esse país não o merecer.
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Não; na prática não conta pois a maioria segue o pânico e não a razão.
Leia e novo o comentário 14 e verá porque a sua visão orgânica e quase mágica do mercado não faz sentido. Existe mesmo quem hoje esteja a forçar o preço dos CDS sobre a dívida soberana de Portugal a subir. Chame-lhe ataque (o que até faz sentido) pressão, manobra, o que quiser.
O resto é fantasia de quem nunca pôs a mão na massa e nem sequer tem dos mercados uma ideia clara.
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«Quem compra activos abaixo do preço ganha dinheiro.»
Se entretanto o activo em questão (ligado a uma empresa, pex) não colapsar.
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Os mercados perfeitos não existem.
Não temos disponibilidade absoluta de informação. Não temos simetria de informação. Não temos agentes puramente racionais.
O valor intrínseco de um activo não é mensurável como a temperatura da água. Depende de expectativas. E expectativas têm sempre uma componente emocional. A prova disso é que, se os mercados funcionassem na perfeição, nunca haveria bolhas especulativas.
E é óbvio que há investidores que conseguem influenciar o mercado. Ou porque têm uma dimensão relativa muito relevante, ou porque os outros investidores consideram que têm informação privilegiada e lhes seguem as pisadas.
Dito isto, não faço ideia se Portugal está a ser vítimas de algum ataque especulativo. E se estivermos, a culpa é essencialmente de quem nos governa (e de quem permitiu que esses nos governassem), pois com as finanças públicas na situação em que estão, as obrigações nacionais são um activo de valor muito incerto.
Compreendo perfeitamente que um credor do Estado Português tenha enormes dúvidas da sua capacidade em honrar os compromissos e pagar de volta o crédito concedido.
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Lembrem-se que a dificuldade de encontrar respostas não se deve à pertinência da pergunta, mas à qualidade do gado que por aqui pasta…
http://arrastao.org/sem-categoria/falemos-de-credibilidade-e-de-independencia/
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Será defeito meu, mas não percebo muito bem as dúvidas. Quando o mercado está aos saltos é possível, com talento, calma e alguma sorte, obter lucros significativos comprando barato e vendendo caro, não necessariamente por esta ordem. Quem tem capital para arriscar, e acha (com ou sem razão) que sabe o que está a fazer, gosta de ter um ambiente instável e com alguma irracionalidade nos agentes para apostar. E contribuirá como puder para que essa instabilidade continue para lhe permitir encontrar boas oportunidades de negócio.
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Caro João Miranda
Não podendo deixar de achar piada ao seu desafio, vou apenas deixar o meu (singelo) ponto de vista…
Especulador será um individuo (ou grupo de individuos) que nada produzem e apenas se alimentam das flutuações dos mercados, comprando e vendendo de forma a obterem lucros fáceis!
Sendo que o maior ninho de especuladores reside em Wall Street, parece-me lógico que criem e paguem instituições como as agências de rating para “semear o terror” nos mercados, tal qual um vulgar profeta da desgraça…
Ora se do outro lado do oceano dizem que Portugal não consegue fazer face às suas dividas é porque a noticia já se espalhou, os mercados reagem e começam a vender ao desbarato, os valores em bolsa caem a pique e os investidores (especuladores) compram, tal qual uma venda de garagem…
É uma espécie de assalto económico consertado de alto nível…
Por exemplo, no PSI-20:
dia 26 -2%
dia 27 -5%
dia 28 chegou aos -6% e depois fecha nos 2% positivos, significa que alguém comprou muito ao preço da chuva…
Quem??? Se rastrear bem a transacção chegará a Wall Street, por uma via ou outra…
Eles criam as instabilidades para ganhar dinheiro e nós somos simplesmente permeáveis a isso!
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moral da história: o miranda é especulador e não o sabe, exactamente por isso.
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2ª moral da mesma história,os que endividaram o país para além de todos os limites,para financiarem negociatas de grandes obras públicas,favorecendo as suas clientelas,e que nada se preocupam com o desfecho trágico que trará às vidas de dez milhões de pessoas,de nada são culpados.
Culpados são os que não querem continuar a apoiar o descalabro,arriscando os seus capitais.
Pois…como diria a minha prima,que gosta muito de dizer coisas.
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“Especulador será um individuo (ou grupo de individuos) que nada produzem e apenas se alimentam das flutuações dos mercados, comprando e vendendo de forma a obterem lucros fáceis!”
Ou seja, todos os gestores de carteiras deste mundo são especuladores. Todos os traders de commodities são especuladores.
Nota: Como é essa forma original de comprar e vender que dá lucros fáceis? Gostava de conhecer. É que a tradicional também pode dar prejuízos fáceis.
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Caro Jcd:
Um gestor de carteiras não consegue prever e/ou influenciar as tendências dos mercados…
Julgo ter percebido bem o meu comentário, portanto agradeço que não o distorça!!!
Se você aposta em algo que sabe que ganha de antemão, onde está o risco??? É o que diferencia o investidor do especulador…
O investidor arrisca-se a perder ou a ganhar o seu dinheiro, principio basilar do capitalismo…
O especulador actual (de que se fala) sabe que vai ganhar porque foram criadas condições (por ele próprio ou associados), para que o resultado se verifique.
Os mercados internacionais são um aspecto gigantesco desta situação que se passa um pouco por todo o lado de exagero capitalista.
Em Portugal a adjudicação directa de obras, o comprar o terreno em tempo útil para a sua valorização de acordo com os projectos previstos, a criação de empresas privadas para fornecimento de serviços ao estado, tudo isso são vícios do mercado capitalista e especulação, não confudir com real empreendedorismo ou investimento, que não é mais do que um trapézio sem rede onde o nosso dinheiro está em jogo…
Mas há muito que isso não existe em Portugal!!!
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««Não; na prática não conta pois a maioria segue o pânico e não a razão.»»
Quem segue o pânico em vez da razão tem o que merece. Se a maioria o faz, azar para a maioria.
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««Existe mesmo quem hoje esteja a forçar o preço dos CDS sobre a dívida soberana de Portugal a subir.»»
Se existe arriscam-se a que alguém jogue no sentido oposto e tenha razão.
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««Se entretanto o activo em questão (ligado a uma empresa, pex) não colapsar.»»
Colapsar porque alguém o vende? Não faz sentido. O colapso depende da situação real do activo e não do preço manipulado no mercado. Se o activo é sólido há até um incentivo para quem o defender.
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««Os mercados perfeitos não existem.»»
Ninguém disse que existem. Agora, também não existem mercados em que todos os agentes são parvos ou manipuláveis.
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««Quando o mercado está aos saltos é possível, com talento, calma e alguma sorte, obter lucros significativos comprando barato e vendendo caro, não necessariamente por esta ordem. »»
Mas isso é normal. Não é nada parecido com um “ataque”.
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««Por exemplo, no PSI-20:
dia 26 -2%
dia 27 -5%
dia 28 chegou aos -6% e depois fecha nos 2% positivos, significa que alguém comprou muito ao preço da chuva…»»
Significa também que alguém vendeu activos abaixo do seu valor de hoje ao fim do dia. Só é possível manipular o preço em baixa vendendo barato. E quem vende barato para comprar ainda mais barato arrisca-se a que o preço inverta antes de conseguir conseguir recomprar. Isso é um malabarismo que está condenado ao fracasso num mercado em que existam pelo menos alguns traders que não são parvos, excepto se o activo estiver inicialmente sobrevalorizado.
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Caro JEM,
«Os mercados perfeitos não existem.
Não temos disponibilidade absoluta de informação. Não temos simetria de informação. Não temos agentes puramente racionais.»
Absolutamente de acordo. Mas houve aqui alguém que tivesse feito alguma dessas afirmações que justamente nega?
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Leia aquí, o que o JM ainda desconhece acerca dos mercados especulativos e especuladores.
Hoje vamos ajuda-lo. Fazer obras de caridade e regalar conhecimentos gratis as veces faz a um sentirse com tanta auto-estima também consigo mesmo…
http://www.elblogsalmon.com/mercados-financieros/grecia-y-la-deuda-comienza-el-desplome-del-domino-europeo
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E estoutro para rematar a dita obra.
http://www.elblogsalmon.com/mercados-financieros/por-que-se-rescato-a-los-grandes-bancos
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«Se existe arriscam-se a que alguém jogue no sentido oposto e tenha razão.»
E então? O que tem isso a ver com o seu ponto inicial?
«Quem segue o pânico em vez da razão tem o que merece. Se a maioria o faz, azar para a maioria.»
Idem.
«Se o activo é sólido há até um incentivo para quem o defender.»
Ibidem.
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ANUNCIO AQUI que João Miranda já foi convidado para ministros das finanças e da economia do futuro governo de Portugal.
Estamos salvos.
VIVA PORTUGAL
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Um ataque especulativo é quando a banca, na eminência de lhe vir a serem cobrados mais impostos, força as agências de rating (de quem são o principal cliente) a aumentar o risco de um determinado país, o desgoverno desse país poderia defender-se emitindo obrigações de tesouro a taxas de juro mais favoráveis do que as que obtem no mercado internacional de finaciamento, levando a que a banca entre em dificuldades por não ter a quem emprestar dinheiro.
Ora então podem perguntar:
– E porque não o fazem, que se lixe a banca?
Eu respondo: Como todos sabemos isso seria inadmissivel, colocariam em risco os futuros empregos milionários de ministros e secretários de estado, como todos sabemos isso seria uma catástrofe
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#50
Ah! Maldita banca! Era acabar com essa gente toda e começar a pedir dinheiro emprestado para casas ou para a empresa ao João Galamba.
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Ao João Galamba não digo, mas bem que poderia ser organizada uma espécie de fundo de investimento para privados com taxas de juro acima das que são pagas pelos depósitos a prazo, mas mais baixas do que as praticadas pela banca. Este fundo deveria ficar isento de impostos. Acabava-se assim com essa maldita banca, os desgraçados que têm que recorrer ao crédito não eram explorados e o estado, esse ficaria a ganhar porque, mesmo sem receber impostos por este meio (de qualquer das formas já não recebe), iria ver o poder de compra a aumentar com o consequente crescimento económico, estimularia a poupança e a permanência das verbas destinadas a investimentos em Portugal e não para fora do País.
Mas mais uma vez tropeçamos no facto de a Banca ser intocável (ainda vou para a cadeia por defender tal sacrilégio), é que como já disse há que preservar os jobs dos boys.
Mas a culpa é nossa por que somos de “brandos costumes”, ou seja somos uns merdas que nem quando nos comem o caldo na cabeça nos revoltamos.
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