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Já em campanha eleitoral

13 Julho, 2010
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Gabriela Canavilhas ao Público: “Consegui meios para não fazer cortes nenhuns no resto do ano. Foi possível porque o Ministério da Cultura se empenhou e obteve da parte do Governo, e do senhor primeiro-ministro as condições para não aplicar os cortes.”

Claro que, entretanto, soube-se que os contribuintes descontaram (em 2009) 14% acima do necessário em IRS.

Um dia chegará em que se perceberá, de vez, que os subsídios de uns são os impostos pagos por outros. Até lá vão-se satisfazendo as clientelas com mais visibilidade mediática…

PS. Mas há sempre uma Inês que se acha intocável.

14 comentários leave one →
  1. 13 Julho, 2010 00:52

    É só mais do mesmo, não há que espantar…

    Inês Medeiros, outra associada do Gang dos Socretinos

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  2. alisador permalink
    13 Julho, 2010 02:17

    Explique lá, se fosse você quem mandasse,
    onde gastava o dinheiro dos impostos.

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  3. 13 Julho, 2010 02:32

    Óptimo e incisivo post, JManuel Fernandes !

    O problema-mor ultrapassa já as sinuosidades, cedências e falta de rumo de Gabriela Canavilhas. É um irresolúvel problema dum governo que se pressente na antecâmara dum “final de linha”.

    GCanavilhas aceitou o cargo sem noção das exigências do mesmo, sem conhecer os poderosos lobbys e suas sociabilidades, sem uma estratégia, programa e linhas-mestras para a Cultura no Continente, nas Ilhas, na Diáspora.
    É cada vez mais nítida a sensação de aventura e alguma vaidade de GCanavilhas ao aceitar o convite de Sócrates.

    Óbvio: GCanavilhas está muito(!) mal(!!) rodeada e deficientemente aconselhada na Ajuda; GC não possui ‘nervo’ político nem pensamento próprio, marcante e decisivo face aos “agentes culturais”, às “plataformas”, às “redes”.

    GC tem por certo em mente (ou alguém lhe recorda…) uma “confissão” de Sócrates, há meses, numa tv: o “arrependimento” (único !…) por na anterior legislatura não ter proporcionado mais “meios” para a Cultura. Daí que…
    Só que, Sócrates teve a insensatez de convidar para ministros Isabel Pires de Lima e José António Pinto Ribeiro. E porque a Cultura é, afinal, o elo mais fraco dum conselho de ministros mas que fica sempre bem na lapela dum PM, convidou para ministra o charme em vez da competência.

    Sabe Sócrates e Canavilhas, que alguns membros da comunidade cultural e alguns criadores, movem-se muitíssimo bem na comunicação social. Em 2001 deram um prazo de 24 horas a Pedro Roseta e sentaram-no à mesa; corroeram e minaram a “estonteante” IPires de Lima; relacionaram-se quase tu-cá-tu-lá com o indigente JAPinto Ribeiro; no espaço de 1 semana, encostaram Sócrates e Canavilhas “à parede”.

    Algumas artes, alguns artistas, têm de ser, merecem ser, apoiados. Doutro modo não conseguem criar, produzir. É assim em qualquer país civilizado.
    Porém, lamenta-se que algum do nosso dinheiro seja entregue a fedelhos e a fedelhas criativamente imberbes mas que certa comunicação social coloca nos plintos… O amiguismo e o interesseirismo promíscuo comunicação social-artistas é também culpado por muitos subsídios incompreensíveis !

    Esta, é uma parte visível do “polvo”…

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  4. 13 Julho, 2010 02:34

    Quanto a Inês de Medeiros e a mais esta recente situação fiscal, já nem comento. Mau demais. E impune…

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  5. 13 Julho, 2010 02:57

    Outro, mais um caso indefinido, sem estratégia, cerceado: o património nacional. Sem meios, sem definidos e específicos apoios. E muito dele cada vez mais degradado e despromovido.

    Sócrates (apesar de tudo esperto), sabia que na tal entrevista televisiva, pegando na Cultura como o seu único(!…) arrependimento orçamental, estava a provocar, a promover uma discussão inócua, inexistente na opinião pública e, só ‘localizada’ em restritos espaços dependentes do Estado…

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  6. tácito permalink
    13 Julho, 2010 05:23


    É curioso. Esta cocretinice – como, aliás, se passou com outros e sempre -, sentino-se apertada, faz um ‘show off’ cada vez mais exuberante dos seus maneirismos de poder tudo para se mostrarem importantes, para fazerem valer as suas pobres hierarquias, num esforço ‘pour épater le bourgeois’, eles que sabem bem da sua incompetência e que não são capazes, como “serventes do estado” e, portanto nossos criados – todos eles a ser pagos com o nosso dinheirinho -, de nos prestar contas.
    Seguramente, estes malandros sabem que vão ser postos no olho da rua mas o pior é que também sabem que, infelizmente, ninguém os vai julgar, como ninguém julgou os bandalhos que estavam na cadeirinha do poder antes destes.
    O que pensarão de nós as gerações vindouras, dos meus filhos, dos meus netos e bisnetos por termos deixado consumar-se tanto disparate e não termos punido os criminosos?

    tácito

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  7. Antonio Maria permalink
    13 Julho, 2010 08:33

    Porque é que os meus impostos vão parar a esta gente?
    Se forem bons ganham pipas de massa e ainda fogem ao fisco.
    Se são maus e ninguém os compra ou vê, então tenho que ser eu a sustentar os seu vícios (incluindo os ilegais)??
    Esta cangalheira mais o chefe dela tem medo deles porquê??
    Por causa da inflência na C.S.?
    Ora bolas….

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  8. Tiago P. Lima permalink
    13 Julho, 2010 09:37

    Não há dúvida: o PS perdeu definitivamente a vergonha, ao dar cobertura aos actos de um série de indivíduos que apenas querem governar-se à conta do erário público e dos quais a D. Medeiros é exemplo flagante.
    Talvez o PS não se dê conta disso, mas vai pagar duramente as consequências deste tempo de desvario.

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  9. nuno granja permalink
    13 Julho, 2010 10:44

    Gostava de saber como é que a nossa deputada mora em Paris com os rendimentos declarados.

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  10. 13 Julho, 2010 20:02

    «Já em campanha eleitoral»

    Clarividente título.

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  11. pedro lobo permalink
    13 Julho, 2010 23:26

    sinto-me completamente estarrecido com o que aqui leio…
    a maior parte das pessoas que iria ser afectadas por esta medida trabalha mais 60 dias por ano dos que as pessoas a contrato numa média de 12h por dia e sem nenhum direito social( subsídio de desemprego, reforma, férias pagas etc), recebendo uma média de 700 euros por mês.

    1º – Os cortes de que falam são menores do que alguns prémios dados a gestores de certas empresas (só para se ter uma noção da quantidade de dinheiro que estamos a falar)
    2º – um espectáculo com 12 actores numa sala de 200 lugares sempre esgotada durante 1 mês, não paga a produção
    3º – os dinheiros do estado são dados a companhias e criadores por concurso público, isto é exactamente um processo idêntico ao das obras públicas. mas ninguém diz que os empreiteiros de autoestradas são “subsidio dependentes”…

    imberbes.. o Duchmp ao colocar um urinol num museu era considerado imberbe por muita da crítica especializada e agora vale milhões… como se espera que os criadores das várias areas deixem de ser imberbes? e qual é o critério de avaliação para isso? esperamos que morram como o Van Gogh? quando é que, por exemplo o Luís Miguel Cintra ou o Jorge Silva Melo deixaram de ser imberbes e passaram a ser criadores consagrados?!
    Como é que isso se define?

    Se forem bons ganham pipas de massa… frase fácil de quem realmente está a quil´metros da realidade dos bailarinos, actores, pintores, fotógrafos. cenógrafos, produtores, e técnicos dos vários meios de criação

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  12. 14 Julho, 2010 03:16

    O que acontece com a Inês é um enxovalho cínico para com o povo português.

    Se fosse alguém de direita, já tinham sido feito histerias colectivas e de insultos e calúnias nas ruas, TVs, etc.

    Mas neste caso, não

    a RTP apressou-se a “dignificar” a família e o “maestro” com entrevistas a impingir os “heróis” à força ao povo.

    Pagamos à Inês e à RTP…com os nossos impostos.

    Curioso e significativo o PCP TER-SE ABSTIDO NA VOTAÇÃO CRUCIAL QUE PERMITIU AO JLELLO O VOTO DE QUALIDADE A FAVOR DA INESZINHA.

    Assim se vê o desprezo do PCP por quem paga impostos aos ricaços amigalhaços!!!

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