Saltar para o conteúdo

A emergência do Pacífico

16 Agosto, 2010
by

China já é a segunda maior economia do mundo

Em breve as trocas comerciais na região do Pacífico suplantarão as do Atlântico Norte. Nessa altura a Europa tornar-se-á periférica. No fundo, estão a tornar-se nítidos os efeitos de longo prazo de 2 diferentes modelos económicos: um focalizado a produzir e que potencia o crescimento, outro preocupado em (re)distribuir e que gera a estagnação. 

86 comentários leave one →
  1. 16 Agosto, 2010 12:43

    Eva Gaspar:
    “dirigida por um regime comunista de partido único que ainda convive com enormes disparidades na distribuição da riqueza.”

    É sintomático que a jornalista não pudesse deixar de se armar em comentadora para polarizar a notícia na direcção politicamente correcta.

    É justamente a faceta(?) não comunista do regime comunista que permite a proeza tanto no que respeita ao capitalismo como à re-distrubuição.

    Gostar

  2. O perigo chinês. permalink
    16 Agosto, 2010 12:50

    Pois. Só que só a Alemanha, com o tamanho e a população de uma provinciazita da China, produz quase tanto como este país. Não é engraçado? Quer falar da Europa e do que produz a Europa? Isto para não falar do consumo, coisa que seria para rir. Se desaparecesse a Europa, o grande dragão asiático borrava-se todo 😉 Tou mesmo a ver a China a estabelecer relações económicas priveligiadas com os seus vizinhos do Pacífico…. O mito da decadência europeia tem séculos.

    Gostar

  3. 16 Agosto, 2010 12:56

    Quando for a primeira será o nosso paradigma também? É que já parece ser.

    Gostar

  4. Hugo permalink
    16 Agosto, 2010 13:02

    Assumir a “lei da selva” da selva como o modelo que permite a prosperidade diz muito sobre o estado de evolução da espécie humana.

    Gostar

  5. montenegro permalink
    16 Agosto, 2010 13:06

    Este é um País de Presidentes, já deram por isso?

    Gostar

  6. Miguel Santos permalink
    16 Agosto, 2010 13:11

    “Um [modelo] focalizado a produzir”. A palavra-chave aqui é mesmo “focalizado”.
    Os operários chineses trabalham entre 60 a 100 horas, a maioria 7 dias por semana, e ganham entre 20 a 50 cêntimos por hora.
    Assim é mais fácil produzir, quando uma grande parte da população não faz mais nada do que trabalhar (para não morrer à fome), é natural que não estejam focalizados noutra coisa que não seja produzir.

    Gostar

  7. montenegro permalink
    16 Agosto, 2010 13:14

    “””Pelo que se ouve e lê, há por aí algumas pessoas incomodadas pelo facto de o autor destas linhas, jornalista do PÚBLICO, se ter constituído assistente no processo Freeport e, ainda por cima, permitir-se escrever sobre esse tão peculiar tema.”””

    Quem sou eu para ficar incomodo.

    O Freeport, com este assistente Cerejo, corre sobre rodas que nunca mais acaba

    Gostar

  8. piscoiso permalink
    16 Agosto, 2010 13:14

    Depois são 1.321 milhões de pessoas, o que é muita gente.

    Gostar

  9. 16 Agosto, 2010 13:19

    Lindo! eu bem me queria parecer que o sonho dos liberais é o regresso à barbárie.

    Gostar

  10. Luís Nunes permalink
    16 Agosto, 2010 13:19

    Naturalmente, o facto de a China ter 4,5x mais população do que os EUA nada tem a ver com a dimensão da sua economia, não é?

    Esta notícia só surpreende por surgir agora.

    Gostar

  11. 16 Agosto, 2010 13:21

    É cá uma emergência com escravatura que faz favor. Eu se fosse ao LR ia fazer uma experiência em fábrica chinoca e depois contava. A verdade é que os neo-tontos são neo-maoístas, daí que o modelo mais chunga do planeta lhes agrade.

    Ah, e aquilo é bué de anti-ecológico. Tudo espatifado e poluído por causa da revolução capitalista a todo o vapor, outra coisa em comum com a ideologia do pivete neo-tonta.

    Gostar

  12. 16 Agosto, 2010 13:23

    E é cá um modelo civilizacional que faz favor. A economia é tudo cópia à cigano do que os outros inventam. E culturalmente os gajos também seguem o modelo libero-tonto- lixo com o passado- e viva os amanhãs que cantam.

    Gostar

  13. 16 Agosto, 2010 13:25

    é uma boa escolha- esta emergência chunga do povo mais bárbaro do planeta. Acho bem.

    Os ex-canibais e papuas é que são uns senhores fidalgos ao pé deste modelo do capitalismo selvagem amarelo.

    Gostar

  14. 16 Agosto, 2010 13:27

    Está aqui um post a ilustrar esta “emergência” toda.

    Basta ligar o link porque a censura não permite que bote links do cocanha:

    http: //cocanha. blogspot.com /2009/12/o-algodao-nao-engana.html

    Gostar

  15. piscoiso permalink
    16 Agosto, 2010 13:53

    “A sua pesquisa – http: //cocanha. blogspot.com /2009/12/o-algodao-nao-engana.html não encontrou nenhum documento.”

    Gostar

  16. 16 Agosto, 2010 14:05

    Piscoiso, o segredo está no espaço

    Gostar

  17. Coisas Modernas permalink
    16 Agosto, 2010 14:09

    “Em breve as trocas comerciais na região do Pacífico suplantarão as do Atlântico Norte. Nessa altura a Europa tornar-se-á periférica.”

    Curioso que o país ultrapassado pela China seja precisamente o Japão. Um país que satisfaz duas condições referidas neste post:

    1. Está no Atlântico Norte.
    2. Está focalizado em produzir e que potencia o crescimento.

    Ou então não?

    Ou talvez sejam apenas os efeitos do mesmo modelo económico em alturas diferentes. Um tem muitos anos de capitalismo, o outro não.

    Fica para pensar.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_Solow

    Gostar

  18. Adalberto Gomes permalink
    16 Agosto, 2010 14:13

    Quem se lembra do Procº “Champas”, que ocorreu no Tribunal da Boa Hora.

    Processo Complicado. daquela familia e que apaixonou o Zé Povinho, de faca e alguidar.

    Quem não se lembra, de vêr junto ao Tribunal, lagrimas, gritos de canalhas e outras coisas mais.

    Um espectaculo, com o Salgado Zenha irado, em pleno Tribunal, a defender o dono dos Cimentos de Leiria e outras.

    Ora, se se houvesse, um Cerejo qualquer, ainda hoje, podíamos estar a assistir a uma telenovela que apaixonou a opinião publica, desde intelectuais, até o mais humilde dos citadinos.

    Faz falta este tipo de justiceiros

    Gostar

  19. Adalberto Gomes permalink
    16 Agosto, 2010 14:23

    No Pontal, disse oPPCoelho, porta voz do Angelo Correia,- não negoceia qualquer aumento de impostos para 2011.

    Já o TV Marcelo, disse,- que não se pode levar a sério, ou então PPCoelho dá um tiro no pé, mais um – mais um mês e tem o pé todo esburacado

    Gostar

  20. 16 Agosto, 2010 14:32

    Portugal será a quarta maior economia da Europa quando tivermos Vitalino Canas como PRepública e PPCoelho como PM.

    Gostar

  21. Carlos Duarte permalink
    16 Agosto, 2010 14:34

    E per capita é como? Pois, aí a porca torce o rabo…

    E já agora, os novos milionários chineses vao gastar o dinheiro aonde? Na Europa? ahhhh Pois…

    Gostar

  22. jofly permalink
    16 Agosto, 2010 14:39

    No fundo, está a evidenciar-se a realidade de duas situações completamente diferentes, de uma em maré de expansão e de outra em retraimento; de uma em deflação e contração de vitalidade, de outra em pujante de crescimento; e enfim, de uma parte cansada, esgotada, que atinge o seu pleno, na corrida insana de ganho e mais ganho exigido à natureza, exaurida, e de outra que soube mantida equidistantemente sóbria, resguardada em pate da temível ganância, se rende a entrar na dança, cheia de vida. E oxalá se não cruzem breve, ainda, no movimento inverso da subida e da descida.

    Gostar

  23. Adalberto Gomes permalink
    16 Agosto, 2010 14:40

    Corre na net, uma fotografia do grande Lider, com ar de pensador e de grande estadista,como dizia o Botas – ali está um homem, que vive numa barraca e recebe das Novas Oportunidades. um pequeno subsídio.

    É facto, o Botas esqueceu-se de dizer, tambem recebe um subsidio de desemprego do Governo Espanhol – só assim, se entende, que o Coelho, vá de 15 em 15 dias, dizendo – Ainda não tenho emprego, responde a uns anuncios, vou entrevistas, faço testes, mas ate hoje nada.

    A vida esta difícil

    Gostar

  24. JCA permalink
    16 Agosto, 2010 14:44

    How the US economy is being ‘Japanised’
    Federal Reserve policy is taking a worrying turn towards monetarism. This can only result in an American ‘lost decade’
    http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cifamerica/2010/aug/12/useconomy-usdomesticpolicy
    .
    David Duke for President? — It’s up to You!

    .

    Gostar

  25. 16 Agosto, 2010 14:47

    Mas um modelo assente na semi-escravatura e na batotice cambial é coisa a seguir?

    http://viasfacto.blogspot.com/2010/08/china-segunda-economia-do-mundo.html

    Gostar

  26. Ricardo permalink
    16 Agosto, 2010 14:54

    Erro comum dos filósofos deste canto. Olhar para um valor, e tirar daí nao sei quantas conclusoes. O PIB é dos piores indicadores possíveis, é número para meter nas gordas, pouco diz sobre o desenvolvimento de um país. Nao digo que nao haja razoes para elogiar alguns feitos chineses, mas nao é este valor que permite comparar economias,…

    Gostar

  27. O perigo chinês. permalink
    16 Agosto, 2010 15:01

    1. RDoiro,

    És tão ingénuo que até dói. Não te deixes levar pela propaganda do governo chinês, pá. Não há liberdade económica sem liberdade de expressão e organização, incluindo liberdade de imprensa, liberdade de formar partidos politicos e liberdade de formar sindicais livres ou organizações empresariais. Ponto final. Custa-me até a crer que um tipo do Blasfemias diga que o “modelo económico” chinês é o futuro. Isto é absurdo demais. Só mais uma coisa, meus amigos: A Europa, este cantinho insignificante, é o abono de familia desses tigres económicos da Ásia Pacífico, tanto em produção, como em parentes, como em consumo.

    Gostar

  28. Daqui 20 anos veremos permalink
    16 Agosto, 2010 15:03

    1. Em relação à China e ao crescimento chinês, eu estou do tempo em que o Japão ia comprar e controlar o mundo inteiro. Depois de duas décadas perdidas sabemos agora que este não será o caso…

    2. Há alguns anos os comentadores perguntavam-se qual seria o papel de Portugal na economia mundial. A China fabricava tudo e mais barato! Depois das crises do leite e outras iguarias chinesas sabemos que podem fazer muito mas não conseguem fazer tudo e frequentemente sem grande qualidade…

    Gostar

  29. 16 Agosto, 2010 15:08

    Cocanha o algodão não engana (16/12/09) basta fazer busca no google.

    A seguir vou largar link mas sei que não vai entrar. Por muito que o Gabriel diga e me envie mails a insistir que o meu blogue não está bloqueado nas caixas de comentários, está e continua a estar.

    Gostar

  30. 16 Agosto, 2010 15:09

    Não entrou, como era de se esperar.

    E o meu nick entra porque não completo o link do cocanha.

    Gostar

  31. 16 Agosto, 2010 15:09

    A China, toda ela, está numa espécie de overdose.
    Quanto tempo vai durar, como e porque terminará, não se consegue prever.

    Uma vez mais, a população decidirá.

    Gostar

  32. 16 Agosto, 2010 15:12

    http:unir//unircocanha.unir blogspot.com/2009/12/o-algodao-nao-engana.html

    retirar a palavra unir

    Gostar

  33. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 15:18

    parece que essa da primeira ou segunda economia mundial é segundo as leituras… ao que tenho lido ultimamente, sendo a economia europeia a primeira e a dos USA a segunda, a japonesa será a terceira e a chinesa só pode ser a quarta… não será por muito tempo, porque os japoneses estão a investir muito fora das fronteiras, e assim a economia interna não desenvolve muito…

    mas, o que não diz o nosso postador, é que nestes últimos tempos, os chineses têm andado muito activos a pedir medidas de proteção social…

    pois, só se comente o que está mesmo por baixo do nariz, ou faz-se vista grossa ao que não interessa comentar… já estamos habituados, por aqui!…

    Gostar

  34. 16 Agosto, 2010 15:24

    Caro LR,

    “Então”, no Blasfémias, não surge um post, sucinto que seja, à João Miranda (basta uma foto), sobre a vulgar assinatura de ponto de PPCoelho no Pontal ?

    Gostar

  35. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 15:27

    sobre o PPC há isto:

    http://braganzas.blogspot.com/2010/08/as-tres-desgracas.html

    Gostar

  36. JJ Pereira permalink
    16 Agosto, 2010 15:34

    Os Chineses precisam urgentemente de ler os comentários aqui transcritos ( inclusive este…) para perceberem o que se passa na terra deles…
    E a (des)propósito : nada de novo quanto à RPCN?
    É que também estamos a falar da China – daquela que, deixando a “mercearia” de lado, exibe o “rosto” do verdadeiro poder.

    Gostar

  37. 16 Agosto, 2010 15:35

    bom , economias com quase 70% de sector serviços…estava visto que só podiam afundar. a cagança dá nisso , em naufrágios.

    Gostar

  38. 16 Agosto, 2010 15:39

    E-Ko,

    A posta pretende sublinhar 2 dinâmicas de crescimento de longo prazo diferenciadas, a asiática e a europeia. Para isso é irrelevante a classificação que você pretenda reordenar. Ponha a China em 10º se quiser. O facto é que, a manterem-se estes ritmos (a China cresce a 2 dígitos há mais de 30 anos), os asiáticos viverão cada vez melhor e um dia ultrapassarão os europeus mesmo em termos de PIB / Capita. Dito de outra forma, havendo criação de riqueza, haverá mais para distribuir. Na Europa, anda-se há anos a distribuir o que não há, como atestam os robustos crescimentos dos défices e das dívidas. Percebeu?

    Gostar

  39. 16 Agosto, 2010 15:42

    Caro MJRB,

    “Então, no Blasfémias, não surge um post, sucinto que seja, à João Miranda (basta uma foto), sobre a vulgar assinatura de ponto de PPCoelho no Pontal?”

    Tema da “silly season” para entreter jornalistas.

    Gostar

  40. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 15:52

    se percebi? claro que percebi, mas não foi o LR que me explicou… essa do crescimento a dois dígitos tem limites… há mais países emergentes com crescimentos a dois dígitos e os recursos naturais também têm os seus limites, assim como a capacidade dos mercados em absorver tanta produção…

    depois, enquanto a China destribuir apenas pelas elites e as bases não se rebelarem o suficiente, tudo sobre rodas… mas as manivelas com o balanço descontrolado, também podem andar para trás e quem leva é quem está nos comandos… só umas pequenas tentativas:

    http://www.rue89.com/chinatown/2010/06/02/chine-lusine-du-monde-face-aux-tensions-sociales-153252

    vá dar lições a outra!

    Gostar

  41. O perigo chinês. permalink
    16 Agosto, 2010 16:03

    LR, não é possivel ter 2 digitos de crescimento durante trinta anos, a não ser com um regime de partido único ou fortemente centralizado. Em Angola acontece coisa semelhante e já também aí se fizeram muitos milionários e está cheio de jeeps e mercedes e MacDonalds por todo o lado. Vá a Luanda. “Um dia”, até o Chade, quem sabe, ultrapassará a Europa e a China e a América. Um dia, a Europa até será coberta por um glaciar. A América também e China idem. E um dia, o Sol apaga-se. Essa do “um dia”, dá vontade de rir.

    Gostar

  42. 16 Agosto, 2010 16:27

    E-Ko,

    Mas quem disse que iam crescer a 2 dígitos “ad eternum”? E quem lhe disse que a distribuição é só pelas elites? Hoje a China terá uma classe média superior a 100 milhões e em crescimento. Isto significa que a redistribuição será cada vez maior. Como aliás aconteceu no Ocidente no advento do capitalismo.

    Gostar

  43. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 16:30

    LR,

    então, calou-se… percebeu agora?!

    Gostar

  44. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 16:45

    mas, isso da passagem dos dois dígitos a 2,5, foi o que se passou no ocidente, como diz, só que também há empresas que estão a deixar de investir na China, para procurar mão de obra ainda mais barata e dócil, porque os chineses estão a abrir os olhos, porque os produtos são de fraca qualidade e produzidos com alta perigosidade para quem trabalha como para quem compra esses produtos insuficientemente controlados… classe média, classe média, pequena elite, comparando com o grosso dos chineses que deixam os campos para trabalhar por uma tijela de arroz 16 horas por dia nas grandes cidades com condições de vida infra-humanas…

    Gostar

  45. Licas permalink
    16 Agosto, 2010 16:48

    Os *falsificadores* do blog quanto ao crescimento de *dois dígitos* da econoia chinesa dão-se bem com cargas semanais de 100 horas necessárias para CHINÊS sobreviver.
    Não admira que com este sistema seclavagista exportarem bens de consum a preços tão baixos que qualquer competição com os do ocidente se torna impossível.
    E DEPOIS ADMIRAM-SE COM DESEMPREGOS TAMBÉM DA IRDEM DOS 2 DÍGITOS . . .

    Gostar

  46. artur mendes permalink
    16 Agosto, 2010 16:53

    Necessária uma lei urgente:

    Por cada loja dos 300 aberta / abrir em Portugal…
    Uma tasca portuguesa na China!

    Gostar

  47. lucklucky permalink
    16 Agosto, 2010 16:53

    Como se vê por aqui a maioria julga que a China é uma realidade imutável. Os salários vão ser sempre baixos(apesar de Shangai já estar ao nível de Lisboa) e vão sempre fabricar produtos de fraca qualidade – produtos que Portugueses nem sabem fazer-.

    Não admira não sabem sequer o que é o mercado, para o Português a economia sempre foi mercantilismo monopólista-eu exploro estes clientes tu exploras aqueles- Nada muda e nada é suposto mudar logo como poderiam pensar que as coisas mudam…

    Ao ritmo que a China tem crescido o rendimento duplica a cada 5 anos. Ao ritmo a que Portugal tem crescido o rendimento duplica a mais de 50 anos.

    Gostar

  48. 16 Agosto, 2010 16:54

    O milagre económico da China apoia-se em décadas (séculos) de miséria e decadência e na exploração de uma mão de obra abundante, barata e praticamente sem direitos, levada a cabo pelo capitalismo comunista, que está a construir um Estado poderoso mas apoiado na fraqueza dos cidadãos.

    É certamente uma situação transitória e que não augura nada de bom.

    Como é costume, quando o edifício ruir sofrem eles e sofremos nós!

    Gostar

  49. 16 Agosto, 2010 17:34

    Isto é o belo resultado do capitalismo dos anos 1990/2000!…
    Depois queixem-se…

    Gostar

  50. lucklucky permalink
    16 Agosto, 2010 17:43

    Continuam os argumentos patéticos. Mais uma vez o típico pensamento esquerdizante, baseado em classes… A fraqueza dos cidadãos era muito maior quando estavam dependentes do Partido Comunista para tudo. Os chineses “explorados” agora que são mais ricos do que há 20 anos numa fabrica comunista em que não eram “explorados”…

    Não existe capitalismo comunista é simplesmente autoritarismo e capitalismo, não tem nada de especial. Não é difícil a qualquer autoritarismo minimamente competente ser menos mau que democracias com pessoas de fraca qualidade e que nem sabem sequer fazer contas de somar e subtrair.

    Gostar

  51. O perigo chinês. permalink
    16 Agosto, 2010 17:51

    O LR compara a China com a Europa. Eu continuo à espera que o LR continue a sua análise e traga aqui a comparação entre o PIB da Europa e o PIB da China. E compare depois as respectivas populações e áreas. A Europa já tem estado social e redistribuição há uma porrada de anos. Ora, já não deviamos estar agora ao nível de uma provincia rural chinesa dos confins do Tibete? 😉

    Gostar

  52. Francisco Colaço permalink
    16 Agosto, 2010 17:52

    #todos,

    Declaração: falo e escrevo mandarim.

    Amigos, a China de hoje tem salários baixos, esclavagismo, é tremendamente colonialista (veja-se Angola) e elitista, mas tem uma mão de obra esforçada (se bem que muito ladra e em boa parte sem valores). Comparem com Taiwan, onde o comunismo nunca existiu, e verão diferenças. Tanto de literacia, como de capacidade individual, como de (e isso é o mais importante) honestidade.

    As grandes empresas estrangeiras que se instalam vão buscar os seus quadros a Macau e Hong Kong, porque, apesar de mais caros, são confiáveis.

    Finalmente, se tivessem uma população sem velhos (porque não vivem tanto) e sem crianças (porque há a política de filho único) seria possível crescer no *PRESENTE*. Porém, os velhos insistem em viver mais (há mais número de pensões a ser reclamadas) e as crianças são cada vez menos. A implosão demográfica da china só tem paralelo na Europa. E ambos os blocos estão a morrer.

    O Império Romano também morreu assim. As pessoas simplesmente deixaram de ter filhos. Antes que me fuzilem, tenho três filhos em pleno crescimento, e isso toma uma parte substancialmente do meu rendimento. Logo, sou mais pobre (e mais rico) por as ter. Se não tivesse filhos, seria mais rico, mas substancialmente mais pobre também.

    Que se lixe a China. Tem dez anos de vida, e depois implode. Pensem na Índia, que a partir de 2020 será a potência dominante. Com o bónus de ser um país de pessoas inteligentíssimas e muito esforçadas, ao contrário do aluno universitário português, que bem nos meus tempos apanhei.

    Já agora, o artigo tem razão, um dos modelos funciona, embora injusto; o outro não, e continua a ser injusto para quem produz, e conveniente para quem se encosta.

    Gostar

  53. Licas permalink
    16 Agosto, 2010 19:16

    Como para fazer um filho são precisos 2 pessoas (de sexos diferentes. . . que porcaria parecen suínos)essa norma ; em casal, um filho, nã provocará necessariamente um DECRESCIMO de população, pergunto?

    Gostar

  54. Francisco Colaço permalink
    16 Agosto, 2010 20:00

    #45, Lucklucky,

    Nunca viveu debaixo de um regime autoritário, pois não? «Freiheit» e «Wir bleiben hier» não lhe diz nada?

    Em Angola, vi com os meus próprios olhos como os chineses tratam os seus próprios compatriotas. Prisioneiros, são levados compulsivamente para Angola para cumprir pelo menos dez anos de pena. Recebem duas refeições diárias e dois maços de cigarros, tendo que trabalhar 363 dias por ano.

    Vi chineses de baixo e conheci chineses de cima. Garanto-lhe, uns são de meter dó e outros de meter raiva. Também tratei com chineses do meio (profissionais subalternos, quadros médios) e são decentes, pacatos e extremamente educados.

    Não haverá meio termo entre o regime esclavagista chinês e o que encoraja a indolência e manigância da Europa?

    #47, Licas,

    Tanto faz que João Paulo II disse à Europa e à China «um mundo sem crianças é um mundo sem futuro». Há quem teime em não aprender a lição.

    Gostar

  55. Arnaldo Madureira permalink
    16 Agosto, 2010 20:00

    Caro Luís Rocha

    Não te iludas. A China também vai ter o seu Estado Social.

    Gostar

  56. 16 Agosto, 2010 20:38

    Os chineses são o povinho mais canalha do planeta.

    Em África é muito pior do que isso. Vivem a bordo e são vendidos como escravos com o pretexto que são presidiários.

    Um grande negócio feito a meias entre sobas negros e amarelos.

    Gostar

  57. 16 Agosto, 2010 20:39

    E são mecânicos. Os tipos trabalham muitas horas mas não são criativos. Funciona tudo em carneirada.

    Os japoneses nunca os suportaram.

    Gostar

  58. 16 Agosto, 2010 20:40

    Mas esta malta neo-tonta é toda maoísta.

    Gostar

  59. 16 Agosto, 2010 20:46

    Arnaldo,

    “Não te iludas. A China também vai ter o seu Estado Social.”

    Acredito que as condições sociais dos chineses irão melhorar, como têm melhorado nos últimos 30 anos. Facto normalíssimo quando se cria riqueza. Se irão ter um Estado Social como o que conhecemos na Europa, o futuro o dirá.

    Gostar

  60. e-ko permalink
    16 Agosto, 2010 21:16

    “Se irão ter um Estado Social como o que conhecemos na Europa, o futuro o dirá.” LR

    esperemos que sim, por ti, LR e pelos blasfêmeas todos, que já tão incomodados estão com os mouros e os negroides que cruzam de vez em quando, para ver olhos em bico, por enquanto, tens mesmo de ir às lojas de quinquilharia de bairro, ainda não vendem em bairros de condomínio fechado… lá vamos tendo um Chinatown diluido… sem estado social, não sei como será!…

    já há quem diga, mais acima, que a China vai implodir… não é coisa que exclua do meu raciocínio!… vamos indo e vamos vendo!… qui vivra verra!…

    Gostar

  61. 16 Agosto, 2010 21:33

    54.

    LR, o problema não será o “Estado Social”, que lá também haverá, obviamente (e estado social é igual em todo o lado, não se iluda: mais apoios sociais, mais regulamentação do consumo, etc). Basta os chineses começarem a reinvidicar mais direitos, dos mais básicos (não é só mais dinheiro na carteira, como sabe), como a liberdade de expressão e associação, direitos laborais, etc, para o tal crescimento de dois dígitos desaparecer.

    Gostar

  62. Carlos Dias permalink
    16 Agosto, 2010 21:36

    O velho continente é mesmo velho.

    Passa os dias a olhar para os pés e a sonhar com o seu antigo império.

    E quanto mais pobres, mais convencidos.

    A situação é tão patética que já nem sequer é ilariante.

    Gostar

  63. 16 Agosto, 2010 22:44

    Nos últimos 30 anos, o produto interno bruto chinês cresceu 10 vezes. No mesmo período, o sector primário viu o seu peso decrescer no total da economia de 28 para 11%, enquanto o sector terciário viu o seu peso crescer de 24% para 40%, evolução normal para uma economia capitalista emergente (neste aspecto, parecida com a portuguesa dos anos de 1960’s).

    Em cada semana que passa, entra em funcionamento na China uma nova central eléctrica (a carvão, claro!).

    De acordo com a informação oficial, desde 1995 que foi instaurada a semana de trabalho com 2 dias de descanso e uma duração do horário semanal de trabalho, em média, de 44 horas.

    Existe também legislação sobre salários mínimos (aí estão os primeiros sinais do “estado social”!).

    Recentemente, e sob pressão (greves) dos próprios trabalhadores com a complacência das autoridades, a Honda teve que aceitar subir os salários de 20% e a Foxconn (subcontratada da Apple) em 60%, constituindo sinais evidentes, entre mil e um exemplos, de que os salários reais estão a crescer em todos os sectores de actividade, ainda que a ritmos diferentes.

    A importância (dimensão) da economia chinesa leva já muitos analistas a preocuparem-se seriamente com as decisões que os responsáveis chineses venham a tomar num futuro próximo. Importa compreender que a China é o maior detentor internacional de títulos da dívida americana, tendo substituído o Japão há um par de anos nessa condição (vide, por exemplo, aqui).

    E para os mais distraídos que se deixam ir na fita socratina dos dados estatísticos da semana passada (esquecendo os de há quinze dias), tenham presente que um país que cresça à taxa real de 10% ao ano (como a China) multiplica por um factor de 2,5 vezes o seu rendimento em dez anos (se a bolha imobiliária e bolsista que muitos apontam não rebentar entretanto).

    Ah! E, já agora, não foi o “Grande Salto em Frente” ou a “Revolução Cultural” que levaram os Chineses onde já estão agora. Foi, tão só e apenas, o capitalismo.

    Gostar

  64. Francisco Colaço permalink
    16 Agosto, 2010 23:26

    #57, Eduardo,

    É fácil fazer «capitalismo» quando a mão de obra é barata e há mercados para onde exportar. O que ultimamente condenará o Império do Meio é a falta de matérias primas (que eles obtém hoje em África a preços da uva mijona) e a implosão demográfica. A China viverá em menos de dez anos o que a Europa vive hoje.

    O que parecemos esquecer é que um em cada seis seres humanos é chinês, e um em cada sete indiano, mas a situação em menos de dez anos inverter-se-á.

    A China tem também propensão para o expansionismo. Quer áreas da União Soviética (Vladivostok, por exemplo), o Tibete, partes do Nepal, do Vietename e da Índia. Já fez uma guerra com a Índia em 1962 e com a URSS nos anos 70 e com o Vietename também nos anos 70. No resto do mundo, o expansionismo chinês é essencialmente cultural e, como o expansionismo português de 1500, baseado no poder do genoma e da diluição no tecido social.

    O que condenará a China é o seguinte:

    1) Política de filho único
    2) Aborto selectivo (há 936 mulheres para 1000 homens, e isso vai descer)
    3) Escassez de matérias primas (em concorrência com a Índia que se industrializa a passos largos)
    4) Tensões sociais internas, putos mimados (verdade, assim mesmo!)
    5) Colapso ambiental (c. 1/3 das águas chinesas estão mortas, o que me lembra a passagem no Apocalipse de S. João)

    e, a mais importante:

    6) Aumento da esperança de vida, mais pessoas a pedir pensões (que existem na China) e essencialmente duas pessoas (pais) a cuidar de mais cinco (filho e avós)

    Qualquer comparação com a situação Europeia presente é pura realidade.

    Gostar

  65. lucklucky permalink
    16 Agosto, 2010 23:29

    “Não haverá meio termo entre o regime esclavagista chinês e o que encoraja a indolência e manigância da Europa?”

    Há menos ou mais “esclavagismo” desde há 20 anos?
    O que é extraordinário é que os Chineses no passado sobre o domínio Comunista puro não tinham problemas segundo esta gente.
    Ninguém os injuriava a cada parágrafo. Parece que não existia “esclavagismo”, ninguém estava preocupado com a sua riqueza.
    Assim passam a “o povinho mais canalha do planeta”, são “carneirada” , só copiam, só fazem produtos de mal qualidade – até parece que não fazem aviões, navios etc…
    Tal como Cuba.
    A partir do momento em que Cuba começar a enriquecer os mesmo de sempre também se vão começar a preocupar com a pobreza Cubana…agora estão calados.

    A partir do momento que os Chineses podem ter a possibilidade de enriquecer todos se preocupam com a sua pobreza e com os seus direitos…

    Dentro de 5 anos os tontos que dizem isto e quiçá já disseram dos Japoneses vão talvez quem sabe virar-se para os Indianos.

    Gostar

  66. 17 Agosto, 2010 01:35

    #65, Francisco Colaço,

    Então para o meu amigo parece que o aspecto a salientar relativamente à China reside nos fundamentos menos “nobres” sobre os quais assenta o seu crescimento – salários baixos, exploração de outros países no tocante à obtenção de matérias-primas, etc. Não lhe faz lembrar nada, esta “explicação”? Marx escreveu umas coisas sobre o assunto (com um dado tom por altura de 1848 e com um outro, bem diferente, versando diferenças relativas e já não absolutas, aquando do Das Kapital) que, como em quase tudo o resto que escreveu, eram um disparate (se não mesmo uma fabricação).

    Para si, assim, é-lhe irrelevante que a pobreza extrema tenha diminuido em números avassaladores e, até, haja uma classe média que se conta já por cerca de 100 milhões de pessoas (contra 65 milhões em 2005).

    Fico à espera, com interesse, por comentários seus tão incisivos quando houver oportunidade para comentar a situação económica cubana, a norte-coreana, a vietnamita, a bielorussa, a indiana e, sei lá, até mesmo a brasileira.

    Gostar

  67. 17 Agosto, 2010 09:59

    A União Soviética teve a matança dos kulaks, a China teve o Grande Salto em Frente. Depois vieram os reformistas. Tal como na China agora, também a União Soviética cresceu imenso nesses anos e as condições de vida melhoraram imenso. Sobre direitos humanos, liberdade, presos politicos, tortura, etc. na China, vocês dizem NADA. Não me custa a crer que no tempo do Brejnev apenas apontassem o crescimento de dois dígitos e mais pão para a população, calando-se também sobre tudo o resto. Idiotas úteis, sempre idiotas úteis, que sempre serviram todos os regimes.

    Gostar

  68. Francisco Colaço permalink
    17 Agosto, 2010 11:40

    #67, Eduardo,

    Peço que lei os meus comentários antes de se debruçar sobre eles. Não me verá a defender qualquer regime ditatorial, especialmente comunista. Não me verá a dizer mal de um ser humano ser retirado da pobreza. E certamente, nunca me ouviu dizer que o capitalismo na china não é responsável pela prosperidade. É responsável por uma parte da prosperidade, mas o crescimento de dois dígitos vem de uma combinação de factores, o mais importante dos quais é o ponto de partida.

    A China tem tensões demográficas internas que não se vão senão agravar nos próximos anos. A China é uma estrela em supernova, e corre para um ocaso ineludível. E mesmo que hoje arrepelasse a política de filho único seria tarde. O mal está feito, e quando muito uma retoma do equilíbrio demográfico iria apenas marcar o equilíbrio a três ou quatro décadas de distância.

    É claro que se a China continuasse no comunismo colectivista estaria bem pior. Há quem possa negar isso sem distorcer de modo grosso e cego a verdade? Nenhum regime económico dá mais prosperidade aos países que a livre iniciativa. Nenhuma miséria é menos equalitária que no comunismo (onde os líderes comem três vezes por dia, e vivem no luxo, e o povo morre de fome). O comunismo é tão falhado que chega a vender prisioneiros ao Ocidente (República Democrática Alemã, Coreia do Norte, Cuba).

    Basta ver estatísticas da China para ver que o aumento da esperança de vida (que em duas décadas aumentou dez anos) e o envelhecimento da população farão da China uma nação caduca a partir de 2020, talvez 2025. A Índia tomará progressivamente o lugar da China. É este o meu ponto.

    Se a China partisse do ponto em que nos encontramos, não teria crescimentos de dois dígitos, pois os seus produtos seriam caros a ponto de não terem o mercado que têm. Negar isto é negar a realidade. Afirmar que tudo tem a ver com factores alheios à livre iniciativa é proceder da mesma maneira.

    Gostar

  69. 17 Agosto, 2010 13:11

    Em Portugal, o Problema está devidamente identificado …

    Professores Enriquecem com a Crise.
    http://www.porquemedizem.blogspot.com/2010/08/professores-enriquecem-com-crise.html

    Gostar

  70. JCA permalink
    17 Agosto, 2010 15:47

    .
    LR pôs o dedo numa das feridas. O ‘gostariamos que fosse’, não é.
    .
    E para ajudar à festa os caboucos do futuro, a Educação ‘discutida, analisada e estudada’:
    .
    “Some of the fruits of John Dewey “vision” in the classroom include:

    – schools no longer employ teachers, but “facilitators” who are no longer “authority figures” , but friends who help children “get along.”

    – children’s “social interests” and “self expression” are more important than their “intellectual interests.” Student’ feelings are what matter — not “facts” or knowledge

    – “cooperative learning” promotes lowest common denominator “group think” for problem solving.

    – whole language (word memorization) rather than phonics (word construction) permanently cripples children’s’ ability to read, which effectively sabotages the rest of their lives.

    – “fuzzy math”‘ and “inventive spelling” where children are lauded for their “creativity” rather than graded on an objectively right or wrong answer, is the new norm; this permanently corrupts children’s ability or desire to solve problems and achieve the one correct answer;

    – the self-esteem movement and mantra — all opinions are equally valuable. For if the child can be made to feel good about him/her self, irrespective of any objective valid reason for doing so, then they will provide less friction with their peers, thereby enhancing the process of “socialization: which is the goal of the educational process in Deweyland. The “self-esteem” movement tries to patch up the emotional wreckage of children who cannot read, spell or solve mathematical problems;

    – the drugging of an entire generation of students for ADD and other social-behavioral disorders often created in the classroom by Dewey programs”
    .
    Lá pelos ‘asias’ não aparam disto e avançam para o futuro resolutamente à pala do dinheiro que escorre do Ocidente.
    .

    Gostar

  71. 17 Agosto, 2010 17:48

    #69, Francisco Colaço

    Leio os seus comentários sempre com interesse e atenção e o mesmo sucedeu no presente post.

    Confirmo, pelo seu comentário mais recente, a leitura que já tinha feito dos anteriores, isto é: o Caro Francisco Colaço interpreta o avassalador crescimento da economia chinesa não como resultado do funcionamento de uma economia capitalista mas sim, adoptando a vulgata marxista refutada por mil vezes ao longo de 150 anos, “explicando-o” em função da sua tremenda expressão demográfica que possibilita à China uma mão-de-obra (muito) barata e da exploração imperialista de recursos primários.

    Para o Caro Francisco Colaço, não só parece não haver nada de positivo a assinalar no extraordinário crescimento económico chinês obtido nos últimos 30 anos (que retirou centenas de milhões de essoas da pobreza mais extrema) como, pelo contrário, os aspectos importantes que sublinha residem nos sinais (?) que apontam para o próximo ocaso chinês quer pela via da ultrapassagem demográfica por parte da Índia quer pela não resolução das tensões sociais que estão a emergir.

    Não tenho pretensões oraculares, apesar de ser daqueles que acham que há sinais inquietantes que a bolha imobiliária e bolsista possa rebentar com fragor num tempo não muito distante. Também não sou defensor da utilização de métodos indutivos, especialmente em ciências sociais, pelo que não é pelo facto de no passado se ter verificado um crescimento económico assombroso que, só por si, tal garanta que o mesmo vá suceder no futuro.

    Agora, a realidade é o que é. O que se vem verificando na China nos últimos 30 anos, e apesar de Tiananmen e da persistente e adaptativa ditadura comunista, é um dos “milagres” económicos mais retumbantes proporcionados pelo mercado capitalista o que uma vez mais vem provar, isso sim, que a miséria não tem de ser nem endémica nem fatal. A maioria dos países africanos devia perceber isso. Cuba de há muito que o percebeu mas a ideologia não permite que retire as conclusões devidas.

    Gostar

  72. lucklucky permalink
    17 Agosto, 2010 18:52

    Ali perto protegido por Pequim existe um regime iníquo que aprisiona, mata e faz morrer à fome milhares. É na Coreia do Norte Comunista.
    No dia em que esse inferno acabar também vão começar a falar da sua pobreza. E quanto mais crescer mais falarão da pobreza, e nessa altura também chamarão nomes feios aos coreanos.

    Gostar

  73. Francisco Colaço permalink
    18 Agosto, 2010 11:46

    #72, Eduardo F.,

    Há muita coisa positiva no crescimento da China. Como digo, tenho a vantagem de ler, falar e escrever mandarim em relação à maioria das pessoas deste fórum, e creio saber um pouco mais da realidade da China (da de dentro, da que não passa nos media ocidentais).

    A situação ambiental da China é uma catástrofe. Grande parte do crescimento tem a ver com a mão de obra barata e, tem de o admitir, a exportação de produtos em dumping para os países ocidentais. Isto não quer dizer que o governo não está a governar como deveria, ou que isto é de per se uma catástrofe ou uma imoralidade. É uma anormalidade, no sentido em que, quando a situação se normalizar (em normas ambientais, em salários), a China terá de concorrer com os seus pares, e não terá o mercado para exportar. Isso levará à revalorização do Yuen, o que por si matará a diferença entre produtos chineses e europeus, mesmo nos mercados externos.

    Isso está para breve. A China teve pela primeira vez um saldo da balança de transacções correntes negativo no primeiro trimestre deste ano, e pode ter que valorizar o Yuen caso a retoma dos países desenvolvidos se arraste.

    De qualquer forma, quero que a China entre no mercado global com jogo limpo e transparente. Quero poder importar da China (que faz também coisas boas e bem feitas), quero poder exportar para a China (que tem um mercado que vai crescer).
    Temos muito a aprender com os chineses. Eles têm aprendido muito connosco.

    Já agora, a classe média na China é inferior em percentagem à classe média em Angola ou Moçambique, e corresponde, grosso modo, ao número de cristãos na China, embora se inferência estatística entre as duas variáveis há, eu não sei.

    Eduardo, encontrará poucas pessoas defensoras da livre iniciativa e aversas ao estado papá como eu. Acredite-me. Mas um dos pressupostos para o capitalismo funcionar é regras iguais para todos (não necessariamente regras nenhumas). A China não tem regras (e hipotecou o seu futuro). A Europa tem regras a mais (e estado social a proteger indolência, como aliás já se discutiu no Blasfémias) e está já a viver o seu ocaso e decadência podre.

    No meu passado ensinaram-me uma coisa: não lutes contra um tipo amoral, porque tem armas que não podes usar.

    Gostar

  74. JCA permalink
    18 Agosto, 2010 14:47

    .
    -Rising Labor Costs Won’t Necessarily Cripple The Chinese Economy
    http://www.businessinsider.com/rising-labor-costs-chinese-economy-2010-8#ixzz0wxnispMw
    .
    China Is Winning the Energy Race
    http://www.caseyresearch.com/editorial/3563?ppref=CRX193ED0810A
    .
    -Being Contrarian on China
    http://www.usfunds.com/investor-resources/frank-talk/?i=3565
    .
    -NOT EUROPE AGAIN….
    http://pragcap.com/not-europe-again
    .
    Quando alguém vende é porque alguém compra. Para provocar divisas o(s) compradores são estrangeiros. A China está a substituir a compra da divida americana pela japonesa e a comprar todo o ouro que há. Factos: os ex-ricos estão encravados, cada vez mais pobres, as industrias de mão de obra intensiva e não só fazem-lhe falta para desencravarem o desemprego. Tudo depois redunda nas receitas fiscais, não chegam aumenta-se impostos arrasando a competitividade dos tecidos economicos ocidentais. Etc. Sem duvidas: ou se avança com protecções alfandegárias poderosas ou à uma guerra de dimensões militares nunca vistas. Falamos no curto prazo.
    .
    Nós se inteligentes e ‘com os olhos do dono que engordam a vaca’ podemos escapar a tudo isto se não perdermos mais tempo. É claro que somos Europeus mas a vida de Portugal não se esgota na Europa.
    .
    Tranquilamente porque somos micro-pequenos em area e população. Elie é o grupusculo que transitoriamente conseguiu a habilidade ser dona do Poder. Assim sendo, falta a ‘elite autorizar’ (incluida a Comunicação Social de ‘mais do mesmo’) que os ‘craques’ assumam o poder pacificamente porque de facto vão lá chegar sem mexer uma palha. Apenas uma questão de tempo.
    .
    E quanto mais tarde mais da pobreza encontrarão para a tarefa gigantesca de rearrancar, reacender e resolver Portugal. Ou seja os ‘convencidos e teimosos fundamentalistas’ cada vez arranjam mais problemas a Portugal ao invés do elitismo de alto nivel da humildade criadora em alianças com os leaders que não estão no Sistema. É absolutamente inevitavel. Apenas.
    .
    Boa sorte.
    .

    Gostar

  75. Francisco Colaço permalink
    18 Agosto, 2010 17:02

    #75, JCA,

    Artigos interessantíssimos, agradeço-lhe o cuidado em os seleccionar e apresentar. Deixe-me então contrapor alguns que reforçam o que sei.

    STRATFOR’S TOP PREDICTIONS FOR THE NEXT DECADE: China Collapse, Global Labor Shortages, New American Dominance

    Is China headed toward collapse?. Veja também a página 1. Nesta segunda página existe isto: Chang argues that inconsistencies in Chinese official statistics — like the surging numbers for car sales but flat statistics for gasoline consumption — indicate that the Chinese are simply cooking their books. He speculates that Chinese state-run companies are buying fleets of cars and simply storing them in giant parking lots in order to generate apparent growth.

    Is China’s Recovery a Fraud (Part 7: China Feels it’s age). Aconselho a leitura das nove páginas, um excelente quadro da situação chinesa actual.

    Não estou contra a retoma da China. Mais uma vez, qualquer nação que queira democratizar-se e comerciar comigo é bem vinda. Qualquer pessoa que se tira da pobreza é uma pessoa que se tira da pobreza, seja cubana, chinesa ou portuguesa.

    Alerto é que a retoma da china tem pés de barro, como a estátua do sonho de Nabuconodosor. Quando a pedra rolar da montanha a estátua cai.

    Dizer, no entanto, que a livre iniciativa nada tem a ver com a retoma da China é o mesmo que dizer que a democracia não tem nada a ver com o facto de certos idiotas chapados, rústicos, pouco inteligentes e educados, e mal-intencionados por cima, como eu poderem defender publicamente que o nosso governo é um bando de desmandantes, incapazes e idiotas, que está a encorajar os coitados e infortunados do Rendimento Mínimo a nada fazer e a viver à custa dos desonestos, forretas e enganadores contribuintes; sendo esta a versão PS das minhas opiniões.

    Gostar

  76. 18 Agosto, 2010 17:34

    Caro Francisco Colaço,

    Permita-me precisar que quando fala na retoma chinesa ela tem por referência a taxa de crescimento de 6.2% verificada no 1º trimestre de 2009. Presentemente, os valores observados são superiores a 10% (vide aqui.

    Gostar

  77. Francisco Colaço permalink
    18 Agosto, 2010 20:53

    #77, Eduardo,

    Repito o que já citei: Chang argues that inconsistencies in Chinese official statistics — like the surging numbers for car sales but flat statistics for gasoline consumption — indicate that the Chinese are simply cooking their books. He speculates that Chinese state-run companies are buying fleets of cars and simply storing them in giant parking lots in order to generate apparent growth.

    Lembre-se apenas disto: capitalismo com regras diferentes beneficia o que não tem o jugo de as ter. Aliás, já é tempo de fazer uma tributação global e um código mercantil global.

    Os números mascarados não são prática exclusivamente asiática. A Grécia fazia-os, Portugal também faz engenharia criativa com os números do desemprego.

    Gostar

  78. JCA permalink
    19 Agosto, 2010 13:42

    .
    #76, Francisco Colaço,
    obrigado pelos artigos de abordagem diferente. Outro contributo para se escrutinar melhor as preocupações, o futuro próximo e resolvê-lo politicamente para inversão do mau estado de coisas actual:
    .
    http://www.cnbc.com/id/15840232?video=1569699046&play=1
    “Western Decline Coming
    .
    In 2008 and 2009, after the beginning of the world financial crisis, governments worldwide issued or guaranteed a total of about $20 trillion, von Greyerz estimated.
    .
    This burst determined by cash injections “had no effect on ordinary people,”
    .
    But central banks are going to keep resorting to printing money, causing hyperinflation, because the alternative will be a deflationary collapse in which debts owed to banks will not be paid.
    .
    Clearly, as I see it, the long trends are now a structural decline of the West which will last a long time, and the East will be the coming economy.
    .
    However, in the short term countries like China and India will suffer because their economies are linked to the Western ones, he added.”
    .
    http://www.cnbc.com/id/38767004
    .

    Gostar

  79. Francisco Colaço permalink
    19 Agosto, 2010 15:58

    #79 JCA,

    Assim como a China vai sofrer porque está ligada às economias ocidentais, mais irá sofrer porque os números do seu crescimento são no mínimo discutíveis, como o comentário que se encontra no fundo desta página.

    A China é um tigre de papel. Deve o seu crescimento à livre iniciativa? Certamente. Deve-o à conjuntura feliz de baixos salários, poucas crianças em formação, esperança de vida *ainda* baixa para as pessoas que agora se reformam e uma idade média de 37 anos (no pico da produtividade)? Tanbém.

    Com economia planificada, a conjunção dos diversos indicadores favoráveis nunca seria aproveitada: seria mais um país agro-atrasado, com fomes dispersas, e com baixa auto-estima. Com economia livre, ainda pode aproveitar esta conjuntura social, antes de a matar, como matará a Europa, a Rússia e o Japão.

    Lembro-me de uma anedota soviética (que soa melhor em russo):

    O Brezhnev manda inserir num computador da Academia de Ciências os discursos do Comitê Central e pergunta-lhe: quando falta para chegar ao comunismo? O computador responde «dezoito quilómetros». Atarantado pelas unidades do valor obtido, o Brezhnev insiste: «explique os seus cálculos». O computador responde: «O próprio Primeiro Brezhnev disse que cada plano quinquenal é um passo na direcção do comunismo.»

    Gostar

  80. JCA permalink
    20 Agosto, 2010 04:02

    .
    Mais preocupações:
    .
    China is now the second largest economy in the world as well as being the world’s largest exporter
    .
    This is a landmark announcement as this country is headed fast to be the world’s largest economy with the world’s largest foreign exchange reserves.
    Now Korean Treasury bonds held by Chinese investors rose 111 percent to 3.99 trillion won ($3.4 billion) in the first half of the year, data from the Seoul-based Financial Supervisory Service show. China should allocate some reserves to “financial assets in major Asian economies,” Ding Zhijie, a former adviser to China’s sovereign wealth fund, said in an Aug. 16 interview.”
    .
    “The significance of both the dollar and euro has declined because of the global financial crisis and the European debt crisis, while the role of some emerging-market currencies rose,” said Ding, dean of finance at Beijing’s University of International Business and Economics.
    .
    -Cement may pave Africa’s road to the future, but will China undercut that, too?
    Cement may lack the luster of diamonds or the geopolitics of oil, but it forms the foundation of what might be Africa’s industrial big bang. Now China is moving in, undercutting African producers.
    http://www.csmonitor.com/World/Africa/Africa-Monitor/2010/0818/Cement-may-pave-Africa-s-road-to-the-future-but-will-China-undercut-that-too
    .
    -Opinion:
    China: the coming costs of a superbubble
    China may seem to have defied the recession and the laws of economics. It hasn’t. When China’s bubble bursts, the global impact will be severe, spiking US interest rates.
    http://www.csmonitor.com/Commentary/Opinion/2010/0316/China-the-coming-costs-of-a-superbubble
    .
    “What is worrying is that this is not just Greeks. Portuguese banks borrowed €50bn in July compared to €41.5bn in June. Together with Ireland and Spain they have borrowed €387bn from the ECB,”
    -Greek crisis refuses to go away
    The European Commission has approved the next €9bn (£7.4bn) tranche of loans for Greece but the underlying economy continues to deteriorate as Greek banks suffer a record loss of deposits and output contracts at a quickening pace
    http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/7954981/Greek-crisis-refuses-to-go-away.html
    .
    -Greece Enters Death Spiral
    http://globaleconomicanalysis.blogspot.com/2010/08/greece-enters-death-spiral.html
    .

    Gostar

  81. JCA permalink
    20 Agosto, 2010 15:04

    .
    Mais preocupações:
    .
    China is now the second largest economy in the world as well as being the world’s largest exporter
    .
    This is a landmark announcement as this country is headed fast to be the world’s largest economy with the world’s largest foreign exchange reserves.
    Now Korean Treasury bonds held by Chinese investors rose 111 percent to 3.99 trillion won ($3.4 billion) in the first half of the year, data from the Seoul-based Financial Supervisory Service show. China should allocate some reserves to “financial assets in major Asian economies,” Ding Zhijie, a former adviser to China’s sovereign wealth fund, said in an Aug. 16 interview.”
    .
    “The significance of both the dollar and euro has declined because of the global financial crisis and the European debt crisis, while the role of some emerging-market currencies rose,” said Ding, dean of finance at Beijing’s University of International Business and Economics.
    .
    -Cement may pave Africa’s road to the future, but will China undercut that, too?
    Cement may lack the luster of diamonds or the geopolitics of oil, but it forms the foundation of what might be Africa’s industrial big bang. Now China is moving in, undercutting African producers.
    http://www.csmonitor.com/World/Africa/Africa-Monitor/2010/0818/Cement-may-pave-Africa-s-road-to-the-future-but-will-China-undercut-that-too
    .
    -Opinion:
    China: the coming costs of a superbubble
    China may seem to have defied the recession and the laws of economics. It hasn’t. When China’s bubble bursts, the global impact will be severe, spiking US interest rates.
    http://www.csmonitor.com/Commentary/Opinion/2010/0316/China-the-coming-costs-of-a-superbubble
    .
    “What is worrying is that this is not just Greeks. Portuguese banks borrowed €50bn in July compared to €41.5bn in June. Together with Ireland and Spain they have borrowed €387bn from the ECB,”
    -Greek crisis refuses to go away
    The European Commission has approved the next €9bn (£7.4bn) tranche of loans for Greece but the underlying economy continues to deteriorate as Greek banks suffer a record loss of deposits and output contracts at a quickening pace
    http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/7954981/Greek-crisis-refuses-to-go-away.html
    .
    -Greece Enters Death Spiral
    http://globaleconomicanalysis.blogspot.com/2010/08/greece-enters-death-spiral.html
    .
    *Não saiu, creio que inadvertidamente ou por qualquer razão tecnologica visto serem ‘bandeiras desfraldadas’ por tudo quanto é sitio e gente por essa mundo fora. Está tudo literalmente nas bocas do mundo onde nós agimos e lutamos sem hipotese de ‘espertezas saloias’ ou ‘chico-espertismos’ tal qual hiostoricamente exigimos dos ‘Descobrimentos’. Não estou magoado nem ofendido. Informàticas …
    .

    .

    Gostar

  82. Licas permalink
    20 Agosto, 2010 16:02

    80.Francisco Colaço disse
    19 Agosto, 2010 às 3:58 pm

    . . . O Brezhnev manda inserir num computador da Academia de Ciências os discursos do Comitê Central e pergunta-lhe: quando falta para chegar ao comunismo? O computador responde «dezoito quilómetros». Atarantado pelas unidades do valor obtido, o Brezhnev insiste:
    «explique os seus cálculos». O computador responde: «O próprio Primeiro Brezhnev disse que cada plano quinquenal é um passo na direcção do comunismo.»
    **************************

    BOA !!!

    Gostar

  83. Francisco Colaço permalink
    20 Agosto, 2010 17:13

    A China era deficitária na produção de cimento. Nas últimas duas décadas investiu e tornou-se um dos maiores produtores mundiais, produzindo mais do que consome. Hoje faz dumping em África.

    Já agora, eu trabalhei numa empresa de construção civil como director de manutenção e logística em Angola. Importámos cimento chinês a uma fracção do custo do português ou do da Cimangol. Bom, nem vos digo o que saiu na rifa.

    Se estiverem a pensar construir uma casa por baixo da Barragem das Três Gargantas, incluam por precaução umas barbatanas e algumas garrafas de oxigénio no kit de emergência.

    Gostar

  84. JCA permalink
    21 Agosto, 2010 04:30

    .
    From ‘Business Week”:

    “New Chinese rating agency could wipe out S&P, Fitch, and Moody’s
    .
    Guan Jianzhong, the head of one of China’s three big credit rating agencies, sees the criticism of Standard & Poor’s (MHP), Fitch Ratings, and Moody’s Investors Service (MCO) for their role in the global financial crisis as creating an opportunity. He wants his firm, Dagong Global Credit Rating, to enter the U.S. market. “Without a challenge to the status quo, the big ratings agencies won’t improve their methodologies on their own,” says Guan, who is Dagong’s chairman.
    .
    Dagong, which has never rated a company outside China, made a splash with its first analysis of international sovereign debt, which it issued on July 11. The report, covering 50 nations, awarded the Chinese government a higher credit rating, at AA+, than the U.S., the U.K., and Japan. Guan says the results highlight the differences between Dagong’s approach and that of its rivals. The established agencies, he says, tilt their ratings to reflect “their beliefs and ideology” and the “interests of the borrowing countries” in the West. They place too much emphasis on the nature of a country’s political system, the independence of the central bank, and per capita gross domestic product.
    .
    Dagong, in contrast, focuses on a country’s fiscal health, foreign currency reserves, and ability to create wealth. The big developed countries like the U.S., Britain, and Japan, says Guan, use “over 90 percent of the world’s credit resources, but their GDP growth doesn’t contribute a lot to the world economy, especially after the financial crisis.”
    “They certainly picked a good time—global confidence in the existing ratings agencies is probably at an all-time low,” says Tom Orlik, China economist at Stone & McCarthy Research Associates in Beijing. Yet it’s not clear that Dagong has developed the credibility to compete globally. “Whether they’ll be able to successfully push that outside of China, where’s there’s deep suspicion about the cozy relationship between government and companies, is difficult to foresee,” says Orlik.
    .
    Like S&P, Moody’s, and Fitch, Dagong is paid by the companies it rates. Guan says issuers, especially politically connected companies, also shop around among mainland agencies for the best rating. Gaun says his firm does not allow government connections to influence its ratings. “We want to be an internationally renowned credit-rating agency,” he says. “Because of this, we can’t provide ratings that aren’t independent.”
    .
    Estamos na III mais sofisticada; sem bombas, incluindo nucleares, como na 2ª, destruição dos aparelhos produtivos da ‘concorrência’, dos inimigos. É tempo de acabar com as ilusões. Essa da NWO não se está a comportar como ‘a grande joga’ que parecia …
    .

    Gostar

Indigne-se aqui.