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Entregar o ouro ao bandido (republicação)

16 Outubro, 2010

Não me parece bem que a Câmara do Porto queira entregar o Bairro do Aleixo a uma empresa envolvida como suspeita nos escândalos de corrupção da Câmara de Lisboa.
Importar a corrupção da câmara da capital para a Invicta não é uma boa política.
Se a CMP quer demolir o Aleixo pois que o faça de uma forma clara e transparente. Realojando as famílias que lá vivem, o que nem é assim tão caro. Esta operação orçaria em cerca de sete milhões e meio de euros. São cerca de trezentas famílias, cujo realojamento ficaria em aproximadamente 25000 euros por família, através do recurso aos fundos do programa Prohabita, contratualizados pela Câmara em 2004. Sete milhões e meio de euros, em quatro anos, não representa nem um por cento do orçamento da Câmara. Pelo que poderiam bem fazer um jardim ou um parque naquele magnífico local fronteiro ao rio Douro.
Mas se, mesmo assim, pretendessem recuperar o capital, sempre poderiam fazê-lo da forma legal e séria, ou seja, promovendo uma hasta pública, com uma valor base de licitação de… sete milhões e meio de euros; a que todo e qualquer privado poderia ter acesso.
Entregar o ouro (terreno municipal junto ao rio) ao bandido é que não me parece bem.

66 comentários leave one →
  1. Nuno permalink
    13 Agosto, 2009 13:58

    Parece estranho. Mas já agora, alguém me diz como anda a investigação de corrupção na Câmara de Lisboa? É que já passaram anos….

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  2. Tomaz permalink
    13 Agosto, 2009 14:08

    300 familias * 2500 euros por familia não são 7.5M€. Qualquer coisa não bate certo, ou eu vi mal? Já agora, realojar inclui que custos? 2500 euros não dá para muito!

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  3. PauloMorais permalink
    13 Agosto, 2009 14:14

    Caro Tomaz,

    Tem razão, faltava um zero. Obrigado. São cerca de 50000 euros por habitação, dos quais a Administração Central comparticipa com cerca de metade.

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  4. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 14:38

    FDDS,
    Mais Suspritas?????

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  5. Carlos Duarte permalink
    13 Agosto, 2009 14:39

    Desde que se despachem, não me interessa minimamente a quem me entregam!

    (Prontos, desculpem o desabafo, agora mais a sério)

    O problema é que, com honradas e quase desconhecidas excepções, a qualquer grupo que a CMP entregue o projecto do Aleixo, este terá sempre trafulhices no historial. É pena, mas é o que somos.

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  6. zulu permalink
    13 Agosto, 2009 14:39

    Very nice project: You should put your money where your mouth is.” Make a offer!! With cash in your hands! Thats how business is made!! The rest is bullshit!

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  7. 13 Agosto, 2009 14:42

    tratando-se dum terreno municipal, zona de habitação popular, deveria a Cãmara assegurar o controle, mostrar a maior transparência no que mais parece uma operação imobiliária, tentar integrar no projecto uma percentagem de alojamentos a custos controlados e tentar integrar uma parte dos habitantes actuais em condições negociáveis e em opção a um eventual realojamento e fazer um bairro simpático com espaços verdes e zonas de lazer e parques infantis que estariam ao dispor de todos os portuenses.

    entregar a coisa a uma empresa privada, suspeita de corrupção ou não, e não ter um projecto preciso para o Aleixo é que é lamentável. não?

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  8. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 14:43

    Isto de ver Tele… ,Dá dores no coração!
    Há 2sobsidio”?..

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  9. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 14:44

    AIIIIIIII!

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  10. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 14:47

    Não há outras palavras, não há,……

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  11. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 14:51

    Sr. Presidente.
    Agente aqui em S. Miguel, tem a “Ponta da Doca”!!.

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  12. tric permalink
    13 Agosto, 2009 15:00

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  13. K2ou3 permalink
    13 Agosto, 2009 15:12

    Eu não vivi esse tempo?????.
    Isto era a Legião Portuguesa???
    VENHA!!!!

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  14. tricPro-Cavaco permalink
    13 Agosto, 2009 15:12

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  15. 13 Agosto, 2009 15:55

    Quer então dizer que o Grupo Espírito Santo devia ser impedido de fazer negócios com o Estado até que, eventualmente, a Dra. Morgado descubra alguma coisa? A não ser que já tenha descoberto mas ainda não seja público. Quando o Paulo escreve “Importar a corrupção da capital” dá ideia que já sabe da sentença.

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  16. Zé do Telhado permalink
    13 Agosto, 2009 16:07

    O Paulo Morais sempre atento!

    Não deveríamos todos seguir-lhe o exemplo? Não estamos fartos de ser LORPAS?

    Parece-me que o Dr. Rui Rio não consegue cumprir a seriedade que apregoa.

    Dar o que não é nosso ainda é crime? Aguém que me actualize por favor.

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  17. Justiniano permalink
    13 Agosto, 2009 16:10

    Caro JCD! Muito bem.
    O mesmo para o Preto e quejandos uma vez que por aqui pelo blasfémias, com raras excepções, tem corrido uma sanha jacobina, ademais selectiva que é como quem diz quem e para quê…

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  18. Zé do Telhado permalink
    13 Agosto, 2009 16:44

    Sr. Jcd,

    Não tenho, como é óbvio de defender o Paulo Morais, até porque ele o faz melhor que eu. No entanto, sou dos que considera que “em caso de dúvida”- suspenda-se! É este conceito que leva à prisão preventiva que está prevista no nosso código civil.
    Mas mesmo não indo tão longe penso na aldrabice pegada que deve ser a legislação portuguesa:
    1- Dizem-nos que a partir de cerca de 5000 Euros as autarquias, para comprar produtos ou serviços, têm que faze-lo abrindo um concurso público. Será que este negócio é de valor inferior?
    2- Se uma empresa num tempo de crise como o que atravessamos se atrasar a pagar o IVA é obrigada a pagar juros e uma coima que tem como base qualquer coisa como “abuso de confiança”. Note-se que esta coima pode ir até ao montante do imposto em falta e no mínimo é de cerca de 20%. Não podemos considerar abuso de confiança fazer um negócio destes sem concurso público ou mesmo limitado aos investidores imobiliários mas onde todos possam fazer as suas ofertas?
    3- Parece que também existe legislação sobre concorrência desleal. Se eu não tiver a mesma oportunidade que este grupo empresarial não poderei configurar isto como concorrência desleal?
    4- Parece ainda que existem umas leis que defendem os inquilinos mas também parece que só os defendem se o proprietário for um privado. Se for o Estado ou talvez estado a coisa já não é bem como está Lei.
    5- Também acho que existe uma Lei, dessas que se fazem, que não permite às empresas privadas ter trabalhadores indefinidamente com contratos a termo. …mas no caso do Sr. Estado parece que esta Lei não é aplicavel.

    E podia ir por aqui fora dizendo talvez o que se diz à boca pequena em cafés, restaurantes, autocarros, tertúlias, na praia, á entrada do cinema… Meu caro Sr. Jcd nem o estado nem o referido grupo podem ser considerados a priori “gente séria” este estatuto vamos (cada um de nós) pontualmente dando em função da análise dos comportamentos dos sujeitos! como já percebemos que concluiu a sua análise vamos ter isso em conta quando concluirmos a nossa.

    Chega de nos fazerem passar por LORPAS. A maior parte de nós é bem melhor do que isto mas não tem estômago para lutar contra isto. Contudo, esta inacção vai sair-nos muito cara num futuro que até está aí á porta.

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  19. 13 Agosto, 2009 17:37

    “No entanto, sou dos que considera que “em caso de dúvida”- suspenda-se!”

    E então, deixamos as empresas sem actividade, até ver. Neste caso, nem sequer são as mesmas empresas – a ligação é o grupo Espirito Santo. Logo, deveremos impedir o estado de trabalhar com o BES. É isso, não é?

    Sobre este assunto… Não havia um concurso público a correr que foi suspenso por uma providência cautelar (a nova moda portuguesa para atrapalhar tudo o que mexe)?

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  20. Alfarroba D'Silva permalink
    13 Agosto, 2009 18:17

    Luís Proença…

    Alcochete: Candidato do PSD resigna

    13 AGOSTO 2009 (CM)

    Luís Proença, candidato do PSD à Assembleia Municipal de Alcochete, decidiu resignar à candidatura no seguimento da cena de pancadaria em que esteve ontem envolvido com o comunista Jorge Giro, candidato a vereador..

    PCP 1 vs PSD 0

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  21. Zé do Telhado permalink
    13 Agosto, 2009 18:34

    “E então, deixamos as empresas sem actividade, até ver. Neste caso, nem sequer são as mesmas empresas – a ligação é o grupo Espirito Santo. Logo, deveremos impedir o estado de trabalhar com o BES. É isso, não é?”

    Não é isso não, Senhor. São apenas aquelas sobre as quais impendam suspeitas. Depois da casa assaltada pôr trancas nas portas não resolve o anterior assalto. Todos temos o direito de trabalhar com e para o Sr. Estado, à porta fechada é que não o devemos fazer (parece mal…). Pelo menos eticamente.
    Já agora, sabia que o tão falado Sr. Estado aplica esta prerrogativa? Eu explico. Independentemente de ter razão ou não (até reclamou um imposto que considera indevido) se tem uma dívida à Segurança Social ou ao Fisco não pode receber uma factura que emitiu por exemplo a uma câmara? Quero deixar de ser LORPA e quero igualdade de tratamento!

    “Sobre este assunto… Não havia um concurso público a correr que foi suspenso por uma providência cautelar (a nova moda portuguesa para atrapalhar tudo o que mexe)?”

    Agora sim, é isso sim, Senhor. Se alguém “meteu” uma providência cautelar é porque considera que alguma coisa estava mal. É um direito que nos assiste! Contudo, eu que já vi e ouvi o que pouca gente viu e ouviu tenho o direito de questionar se a referida providência cautelar tinha como objectivo “travar” o concurso para que o negócio fosse feito à porta fechada (que alguém nos valha).
    Pelo que entendo do que escreve, também o Senhor, à velha moda Portuguesa, é apologista de contornar a justiça! Ou seja, porque devemos acatar uma ordem do tribunal se estamos acima da justiça e portanto podemos fazer isto de outra maneira pois ninguém nos incomodará! É disto que estamos a falar e assim entendemo-nos.

    Tenha dó! Já percebemos, e tem todo o direito de defender o Grupo, o negócio, o Estado, a Câmara mas, por favor, não nos atire areia para os olhos porque nos aleija e ofende. Contudo, digo-lhe que ao faze-lo está a fazer um favor à Pátria pois, como eu existe um batalhão de pessoas, que nunca intervêm mas que começam a ficar fartas disto e portanto vão começar a intervir!

    Obrigado

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  22. 13 Agosto, 2009 19:01

    “Não é isso não, Senhor. São apenas aquelas sobre as quais impendam suspeitas.”

    Embora não seja o caso – não estamos a falar das mesmas empresas, apenas pertencem ao Grupo Espirito Santo – mesmo que sejam apenas as empresas sobre as quais há suspeitas, a sua ideia é então que na base duma suspeita, infundada ou não, deixa-se falir uma empresa, porque enquanto os céleres tribunais não agirem, nada feito. Se a empresa se dedicar a actividades que envolvam exclusivamente entidades públicas, pode mesmo fechar actividade, vender os activos e vai tudo para casa.

    E claro, mais uma vez, a presunção de inocência nada vale. Olhe só esta ideia: faz-se uma queixa anónima sobre uma empresa, falsificam-se uns documentos para dar credibilidade à acusação e lá foi um concorrente à vida. Daí a 10 anos, se se provar a culpabilidade já não resta nada e se se provar a inocência, paciência. Já fostes, em nome da ‘decência’. Ora bolas.

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  23. 13 Agosto, 2009 19:05

    Bem, às vezes acreditamos em tudo o que lemos. Afinal houve concurso público.

    Espírito Santo quer terreno do Aleixo

    Consórcio liderado pela Gesfimo e Espart foi único interessado no concurso que levará à demolição do bairro
    2009-04-28
    CARLA SOFIA LUZ
    Duas sociedades do grupo Espírito Santo lideram o único consórcio interessado em associar-se à Câmara do Porto para demolir o bairro do Aleixo e erguer 300 casas sociais na cidade, em troca do ter-reno ocupado pela urbanização. O concurso público para a criação de um fundo especial de investimento imobiliário, lançado a 12 de Agosto do ano passado, só conta com um concorrente. A única proposta foi apresentada pelo consórcio, constituído por uma entidade financeira e por um construtor cujo nome se desconhece. O grupo é liderado pela Gesfimo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário e pela Espart – Espírito Santo Participações Financeiras.

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  24. Anónimo permalink
    13 Agosto, 2009 20:02

    Importar a corrupção da câmara da capital para a Invicta não é uma boa política

    Deve ser contrapartida da que Braga e Porto exportou para Lisboa (Bragaparques)

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  25. Anónimo permalink
    13 Agosto, 2009 20:28

    #20 – “PCP 1 vs PSD 0”
    acho que foram 6 pontos a zero

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  26. Paulo Morais permalink
    13 Agosto, 2009 20:59

    Caro JCD:

    Agradeço os seus comentários e envio-lhe um abraço. Sobre esse concurso, escrevi no JN, em Julho de 2008:

    DE UM OUTRO ALEIXO…
    Paulo Morais*
    A Câmara do Porto decidiu demolir o Bairro do Aleixo. A opção é discutível, mas legítima. O mesmo não se poderá dizer da operação imobiliária que lhe está associada.
    O saldo da demolição e extinção do bairro seria globalmente positivo. Desaparece um dos maiores supermercados de droga do país. As famílias que lá vivem, maioritariamente gente honesta e trabalhadora, abandonaria o bairro sem saudades. O Aleixo foi-se transformando progressivamente num gueto, desintegrado da malha urbana; em vez de social, a habitação camarária revelou-se anti-social, pois induz nos seus moradores uma crescente depreciação socio-económica e reprodutora da pobreza e da miséria. Afinal, quem dá emprego a uma pessoa do Aleixo? A segregação social e económica foi, aliás, o corolário lógico desta política de habitação dos socialistas europeus que conseguiram o que nem os fascistas haviam ousado: isolar os pobres da sociedade, no âmbito duma pertensa e perversa higienização.
    Com a implosão das torres, fica para trás um quotidiano condicionado pelo tráfico de droga, de prisão a um local hostil; de onde os moradores nem se podiam libertar, pois as autoridades cuidaram de instalar infantários, creches e escolas que obrigaram os “do Aleixo” a cingirem a sua vida aos limites e imediações do bairro. Durante anos a fio, o sistema dava migalhas aos moradores do Aleixo, a troco de uns quantos votos. Muitos meninos nasceram no Aleixo, lá frequentaram a creche e a primária, o ensino básico, lá se drogaram e alguns lá morreram, encostados à vida que os capturou.
    Por isso, a requalificação será benvinda. Mas a reboque dela, a câmara pretende associar-se a um qualquer especulador imobiliário. Este, a troco de alojar as famílias, receberá os terrenos onde está implantado o bairro, para além de outro património imobiliário, costituído por casas e terrenos.
    Esta operação, em que se pretende extinguir (e bem!) o tráfico de droga, através de um outro tráfico (o dos terrenos), não faz qualquer sentido. Em primeiro lugar, porque as câmaras não devem, por uma questão de princípio, envolver-se em negócios imobiliários. Não é esta a sua missão estratégica. Devem tratar da manutenção do espaço público, da segurança dos edifícios, dos jardins e parques, de todo o tipo de infra-estruturas. Mas não podem envolver-se em negócios de privados, numa promiscuidade contrária à transparência que a gestão pública obriga.
    Em segundo lugar, porque o negócio revela-se desastroso para a cidade, sob o ponto de vista económico. Com efeito, a troco do realojamento de 300 famílias, que custaria à câmara cerca de sete milhões de euros, está a entregar-se a um privado um terreno, em zona privilegiadíssima do Porto, que vale muito, mas muito mais.
    Seria pois muito mais simples libertar completamente o terreno para o espaço público, para jardins e equipamentos de lazer ou mesmo um novo bairro social, menos denso e mais integrado. E esta solução orçaria para a câmara, em apenas 1,5 milhões de euros por ano, menos de um por cento do seu orçamento. Ou, como última alternativa, uma vez libertados os terrenos, vendê-los em hasta púbica, que é a forma transparente, e portanto séria, de as câmaras negociarem os terrenos públicos.
    Tento colocar-me na pele dos mais de mil habitantes do Aleixo, na maioria gente pobre mas honrada, antevendo esta intricada operação imobiliária; e vêm-me à memória os versos desse outro Aleixo, o António: «Sei que pareço um ladrão/ mas há muitos que eu conheço/ que, sem parecer o que são/ são aquilo que eu pareço».

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  27. Pi-Erre permalink
    13 Agosto, 2009 21:49

    Nem mais.

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  28. 13 Agosto, 2009 22:18

    O Paulo Morais está enganado.

    A questão não se reduz a não parecer bem entregar a coisa (numa espécie de concurso público) a empresa envolvida como suspeita nos escândalos de corrupção da Câmara de Lisboa – é precisamente por causa disso que o o Aleixo lhes foi entregue. Demonstraram competência bastante para aquilo que é pretendido.

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  29. Zé do Telhado permalink
    13 Agosto, 2009 22:18

    Senhor Jcd,

    O Paulo Morais acabou de lhe responder mostrando o cerne da questão sob o ponto de vista do interesse público (que é o nosso – moradores e pagadores de impostos no Porto) e de gestão financeira do município.

    Como é evidente “não fui”. Quando afirma:”Se a empresa se dedicar a actividades que envolvam exclusivamente entidades públicas, pode mesmo fechar actividade, vender os activos e vai tudo para casa.” Mais evidente se torna que tenho razão. Ou seja, se uma empresa tem actividades que envolvem exclusivamente entidades públicas deve sentir-se ainda mais responsabilizada no sentido de todos os negócios que realize serem o mais transparentes possível. Se assim não for só pode cair no descrédito e possivelmente perder todos os negócios num futuro mais ou menos próximo. Sinceramente também acho que os contribuintes/povo/eleitores não estão disponíveis para darem o seu dinheiro e os seus bens para viabilizarem empresas que, parece pelo que escreve, não sobreviveriam num mercado de concorrência quase perfeita. Não, Senhor, o peditório já vai muito longo e sempre para os mesmos!

    “E claro, mais uma vez, a presunção de inocência nada vale. Olhe só esta ideia: faz-se uma queixa anónima sobre uma empresa, falsificam-se uns documentos para dar credibilidade à acusação e lá foi um concorrente à vida. Daí a 10 anos, se se provar a culpabilidade já não resta nada e se se provar a inocência, paciência. Já fostes, em nome da ‘decência’. Ora bolas.”

    Deve conhecer bem os meandros e a decência dos que operam neste mercado para afirmar o acima. Se é como escreve temos mesmo que fazer qualquer coisa porque é inaceitável sequer pensar naqueles termos! Ainda assim, o que deveríamos fazer era exigir uma justiça célere honesta e isenta e não justificar este tipo de situações com a desculpa de que como nada funciona bem então podemos fazer qualquer coisa e de qualquer maneira. Antes pelo contrário! Sempre que estamos perante este estado de coisas os actores mais significativos devem dar o exemplo e não o contrário! (O exemplo do Eng. Belmiro de Azevedo deveria ser seguido. Sempre que um negócio, por mais lucrativo que seja, tem contornos menos transparentes ele retira-se da corrida e justifica! – O negócio do Bolhão é um bom exemplo)

    Uma solução poderia ser: empresas/grupos nestas circunstâncias podem concorrer mas se vierem a ser condenadas devem ser sujeitas sanções exemplares.

    Quanto à presunção de inocência fica claro que também é contra a prisão preventiva. Certo?

    Espero sinceramente que não existam muitos a pensar como o Senhor pois isso significaria adiarmos a decência por mais uma ou duas gerações!

    E agora sim, vou! Vou triste e com pena. Quando deixar de poder mostrar o que vale, concorrendo honestamente, contra os seus eventuais opositores em concursos e negócios com o Estado honestos, isentos e transparentes, não venha carpir mágoas em blogues, entrevistas às televisões, manifestações públicas etc etc

    Boa noite.

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  30. Meme permalink
    13 Agosto, 2009 22:56

    É impressionante!! Os tentáculos do GES chegam a todo o lado… quem será o novo padrinho depois do Salgado se reformar??

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  31. Anónimo permalink
    13 Agosto, 2009 23:03

    Mas porque é que este homenzinho marra com os meus comentários e os suprime.
    Porque é que tem tanto medo do que eu digo.
    Que garotice.
    Esperava-se melhor num “professor universitário” mas quando o Sócrates também é engenheiro …
    (fado alexandrino)

    Faça o favor de lhe fazer chegar este comentário, e tenha vergonha por ele.

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  32. 13 Agosto, 2009 23:28

    não tinha lido o artigo do Paulo Morais. afinal, no meu rápido e modesto comentário, e sem conhecer o dossier, defendo um ponto de vista próximo.

    para esclarecimento: o modelo de bairros sociais higienistas e segregadores, não são uma invenção nem uma prática exclusiva dos socialistas…

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  33. José Manuel Santos Ferreira permalink
    14 Agosto, 2009 00:18

    Aí por volta dos anos 50 /56 todos estdudávamos pela mesma cartilha

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  34. 14 Agosto, 2009 00:21

    Paulo

    Permita-me discordar de si. De tudo o que li até agora, só me convenço que a Câmara do Porto tomou a opção certa. A Câmara poupa 7 milhões de euros e resolve um problema, com transparência, através de um concurso público. Se o valor dos terrenos fosse assim tão mais relevante, teriam aparecido certamente muito mais candidatos. Não apareceram. Não percebo como se pode fazer melhor.

    A pior solução, já a conheço: pagar usando o dinheiro do contribuinte, e depois tentar fazer o mesmo que os privados vão fazer, mal, quase sempre muito mal, multiplicando os prejuízos. Apresente-me um bairro camarário em que lhe apeteça viver, que não tenha uma arquitectura pseudo-moderna de péssimo gosto e pretensiosa e dou-lhe um brinde. Ainda há uns dias almoçei em casa de uns amigos num inenarrável bairro de promoção camarária numa cidade património, desenhado pelo famoso Siza Vieira. A minha única recomendação para aquele bairro é a implosão.

    Quanto às suspeitas de corrupção, aparentemente seriam apenas suspeitas. O problema é que depois de posts como estes, “Entregar o ouro ao bandido”, já nem são suspeitas. Está confirmado. São os bandidos.

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  35. 14 Agosto, 2009 00:28

    Caro Zé do Telhado:

    Suspeita não é culpa. Acusação não é prova. Não é por alguém apontar o dedo a ‘a’ que ‘a’ deixa de ser transparente.

    É inadmissível esse inversão da presunção de inocência para presunção de culpa.

    E sim, sou contra o exagero que se faz em Portugal da prisão preventiva, que deve ser usada exclusivamente em casos de flagrante delito ou de prova insofismável de culpa. Os exemplos que todos temos visto, mostram que nem sempre é bem aplicada e, espero que concorde comigo, é sempre preferível um criminoso em liberdade a um inocente preso.

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  36. José Barros permalink
    14 Agosto, 2009 00:57

    Se o valor dos terrenos fosse assim tão mais relevante, teriam aparecido certamente muito mais candidatos. Não apareceram. Não percebo como se pode fazer melhor. – JCD

    Como é evidente.

    Quanto às suspeitas de corrupção, aparentemente seriam apenas suspeitas. O problema é que depois de posts como estes, “Entregar o ouro ao bandido”, já nem são suspeitas. Está confirmado. São os bandidos. – JCD

    Os males do sistema de justiça sempre permitiram a proliferação de discursos justicialistas, tão mais populares quanto à incapacidade do sistema de se regenerar. Tais discursos não mudam um chavo, apenas permitem conferir alguma credibilidade e aura a quem os profere. Se, pelo meio, se lixam meia dúzia de pessoas inocentes ou alguns princípios básicos de justiça, pouco interessa aos justicialistas.

    E é por isso que não gosto de ver o Paulo Morais – pessoa que respeito e que considero ter muito a ensinar em matéria de urbanismo ao país – a enveredar pela lógica de produzir sentenças sem provas. Para isso já bastam o Marinho Pinho e a Morgado.

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  37. WALTZ permalink
    14 Agosto, 2009 01:39

    “”para esclarecimento: o modelo de bairros sociais higienistas e segregadores, não são uma invenção nem uma prática exclusiva dos socialistas…””

    Pois não. Em Portugal, era prática salazarista. No Porto mais de metade dos chamados bairros sociais são salazarentos. Todos anteriores a 1974. O 1º a ser inaugurado pós 25/4 chama-se bairro de Sº Tomé e já era projecto anterior, depois tomado de assalto pelos chamados retornados. Aí sim, acantonavam os pobres em gueto. Depois, bem depois, só fizeram (ainda mais) asneira. Aquela que se vê.

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  38. manelmanela permalink
    14 Agosto, 2009 09:54

    O Morais Inventou Um Nicho de Mercado em que Vale Tudo (isso sim é corrupção intlectual e moral)

    Paulo Morais foi o mais irresponsável vereador da CMP desde que há memória. Basta perguntar a qualquer técnico da Camara que tenha seriamente acompanhado a actuação dos diversos eleitos.
    Sem qualquer preocupação com o erário público e o interesse dos municipes, P Morais, autoproclamado justiceiro, com o poder da ponta da caneta e a certeza de que não teria ele próprio de pagar indemnizações (porque aí estamos todos nós para as pagar com os impostos), sem quaisquer conhecimentos técnicos, ou experiência juridica, urbanistica ou de gestão, herdou (por demissão do titular) um pelouro que durante algum (felizmente pouco) tempo lhe permitiu fazer as maiores enormidades, e agora continuar a dizê-las.
    Se os seus estragos não tivessem sido sustentada e correctamente revertidos, hoje a CMP estaria em pré-falência, pelas indemnizações que teria a pagar a todos os que viram os seus projectos bloquedos pela sua tacanhez e continua prática de ilegalidade (era interessante ver 1 a 1 os projectos aprovados e chumbados por esse senhor e estudar a sua fundamentação…daria 1 livro de anedotas).
    Morais, que nada vale politicamente sozinho, inventou o ninho de mercado da pseudo “Ética” para se tornar conhecido – e usa e abusa da vontade que os portugueses naturalmente têm de identificar corruptos, como a sua arma com munições de pólvora sêca: Dispara contra tudo e contra todos, faz barulho que atrai holofotes, mas não acerta em ninguém.
    Morais, ex-jornalista (sem grande sucesso…) sabe o que a Comunicação Social gosta de escrever e o povo gosta de ler: portanto toca a falar!
    Há 5 anos o P Morais levou as televisões com ele a Lisboa para entregar no DIAP imensos dossiers que no dizer do dito provavam a corrupção na CMPorto. Quantas dessas denúncias deram processos? Quantas deram acusações? Quantas deram condenações? ZERO ! Ou será que o DIAP, liderado por uma magistrada tão motivada pela luta contra a corrupção entre autarcas e empresários, também se deixou corromper?? Ninguém acredita.
    P Morais, é incredivel e irresponsável, talvez até, pela prática demonstrada, ininputável, e é portanto assim que deve ser escutado (por quem ainda tiver paciência).
    Só quem não o conhecer de perto, ou não souber o que tem feito, pode ainda perder tempo com as coisas que diz e escreve para se mostrar vivo.
    Felicidades para a sua candidatura em Ponte de Lima (para a Assembleia porque para a Camara ninguém o queria, como ninguém o aceitou nas Camaras do Grande Porto, onde tentou ser candidato).
    A corrupção económica que o P Morais solta ao vento está por provar, mas a corrupção intelectual e moral do P Morais está aí para todos vermos – sendo ele o grande beneficiário mediatico da mesma!
    Valha-nos Deus!

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  39. Winston permalink
    14 Agosto, 2009 10:56

    “Mas se, mesmo assim, pretendessem recuperar o capital, sempre poderiam fazê-lo da forma legal e séria, ou seja, promovendo uma hasta pública”

    E depois lá teríamos o PM e o CAA a dizer que com a venda do terreno estavam a entregar o ouro ao bandido…

    Paulo Morais: desculpe lá mas concurso público que foi feito não foi legal?

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  40. Paulo Morais permalink
    14 Agosto, 2009 11:24

    Caro Winston, #39,

    Peço-lhe que leia o comentário 26.

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  41. Minhoto permalink
    14 Agosto, 2009 11:30

    Bou já tirar o meu rico dinheiro do BES pois eu cá não alimento a corrupçom!
    Quem bai págar a demoliçom e limpeza do terreno? A Cambra? O GES?

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  42. Paulo Morais permalink
    14 Agosto, 2009 11:36

    #38

    O seu comentário não tem resposta.
    Mas, para que conste e informação de quem leia, nunca fui jornalista.
    Não teria tido qualquer problema com isso, mas de facto, nunca fui nem tive habilitações para tal.
    Para informação também, quanto aos crimes urbanísticos em que sou denunciante, os processos estão, como tudo na justiça em Portugal, em andamento lento. Mas o melhor é perguntarem ao Senhor Procurador Geral da República.

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  43. 14 Agosto, 2009 11:40

    Manelmanela (#38),

    O PM foi jornalista???
    E é curioso, tenho a sensação de que conheço esse estilo de escrita, tão adjectivado e indignado…

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  44. Winston permalink
    14 Agosto, 2009 11:53

    Caro Paulo Morais,

    Obrigado pela resposta. Já tinha lido o seu comentário anterior, aliás li-o na altura no JN.

    Aparte um sentimento que me parece negativo relativamente aos promotores imobiliários (a quem o PM prefere chamar, certamente de forma não inocente, “especuladores”) acho que o seu texto não responde à pergunta que lhe coloquei e que volto a repetir: o concurso público foi ilegal?

    Deixo-lhe outra: se com este concurso se está a entregar o ouro ao bandido, como justifica só ter aparecido um (bandido) para o reclamar? Se é assim tão bom/mau negócio para o “especulador”/câmara, porque é que não apareceram outros?

    Cumprimentos.

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  45. PauloMorais permalink
    14 Agosto, 2009 12:53

    Caro Winston

    Sobre a regularidade formal e legal do concurso, não pretendo aqui pronunciar-me, o que decerto compreenderá.
    Mas a questão, formulada no plano mais geral dos princípios é esta: “Porque razão não vende a Câmara os terrenos em hasta pública, com a base de licitação considerada?”. Só esta é a forma transparente do município alienar património. Qualquer outra padece de falta de transparência.
    A discussão juridico formal destas matérias terá de ficar, como lhe peço que compreenda, para outro fórum.

    Cumprimentos

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  46. 14 Agosto, 2009 13:11

    Caro Paulo

    Como é que a Câmara pode vender os terrenos sem garantir primeiro a saída dos moradores do bairro? Essa solução obrigaria a câmara a financiar-se em 7 (?) milhões de euros – o que, como sabe, está vedado à maioria das autarquias, realojar toda a gente e só depois poderia vender os terrenos em hasta pública. Claro que um processo destes envolveria várias legislaturas e seria sempre interrompido a meio pela habitual politiquice eleitoral.

    O que a CMP terá feito parece-me muito mais inteligente. Transfere a responsabilidade integrada para uma empresa que poderá preparar todos os projectos de reconstrução mesmo tempo que trata do realojamento, financiando todo o projecto de uma só vez e permitindo poupar anos sem estar sujeita a flutuações de humores políticos.

    A CMP fez um concurso público, teve um concorrente interessado, negoceia os detalhes e faz. Nem sei se vai conseguir – parece-me que ficam demasiados riscos para o privado – mas não conheço melhor alternativa.

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  47. PauloMorais permalink
    14 Agosto, 2009 13:32

    Caro JCD:

    Caso a Câmara do Porto pretenda avançar para a demolição, bastaria repetir o processo adoptado no Bairro São João de Deus (recorda-se?). O Bairro já não existe, os moradores foram realojados noutras habitações municipais, reduziu-se a dimensão (gigantesca) do parque habitacional da Câmara. E não foi preciso a ajuda de nenhum sócio privado, parceria publico privada ou engenharia financeira.
    Como, à época, fui eu o vereador responsável pelo pelouro da Habitação, abstenho-me de fazer mais comentários.

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  48. 14 Agosto, 2009 13:45

    #46.jcd – “…mas não conheço melhor alternativa.

    Melhor para quem?

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  49. Joao Santos permalink
    14 Agosto, 2009 15:19

    Ficamos cientes de que o oiro já não pode ser entregue ao bandido na calada da noite e às escuras. Sempre atento, disso nos dá conta Paulo Morais, que foi afastado da autarquia por não ceder ao facilitismo, às conveniências de ocasião e às pressões, que do mundo do cimento passaram ao seu partido e acabaram por excluí-lo de mais um mandato, sem a oposição do líder da equipa de que fez parte e da qual foi, sem a mínima dúvida, o elemento mais brilhante. De Paulo Morais não é preciso dizer-se que é sério. Aliás, de quem é sério, afinal, nunca é preciso duzer-se que o é. E face ao que agora denuncia, ficam os portuense a saber que, se ele estivesse na Câmara, tal negociata jamais teria lugar. Nem chegaria a ser anunciada.

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  50. CARVALHO permalink
    14 Agosto, 2009 18:42

    Meu Caro Paulo,

    Ajude pf quem desconhece por completo os meios alternativos de financiamento urbanistico/camarario e está de boa fé nesta discussão. V. diz que são 300 familias e cada desalojamento custaria ao erario publico não mais do que € 50 000. Estamos a falar de casas novas para os moradores, não estamos ? Como é possível chegar a um valor tão baixo, a incluir terreno e construção ? Antecipadamente muito grato pelos seus esclarecimentos. Um abraço. MJ

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  51. José Matos permalink
    14 Agosto, 2009 18:50

    Nesta discussão percebe-se que os bandidos também têm adeptos! Ou não fosse por isso que operam em quadrilhas. E não falo dos bandidos que roubam aos ricos para dar aos pobres. Neste caso trata-se de tirar a casa aos pobres para permitir aos ricos usufruir do espaço que estão a ocupar. Como a lei não permite que os ricos o façam, o Rui Rio faz por eles. Provavelmente os habitantes do Aleixo já nem costumam ir votar, e os outros eleitores andam distraídos. Até que percebam que a Câmara Municipal do Porto não está ao serviço dos seus habitantes.

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  52. manelmanela permalink
    15 Agosto, 2009 01:34

    O Morais diz que não foi jornalista??? Mais uma mentira do dito, a que tudo serve para se manter na espuma dos media.
    Então, o que fez o mais insigne justiceiro popular no Jornal O Primeiro de Janeiro?
    Jornalista é quem faz jornais, tenha ou não cartão do sindicato…
    P Morais mais ainda que jornalista que na prática foi, é um grande manipulador de jornalistas, que com base em meia dúzia de mentiras, e meias verdades, vilipendia, através de amigos jornalistas, e melhor ainda, amigos de amigos jornalistas (assim até fica mais distante e mais fácil) quem mais lhe dá jeito para os seus intentos de uso da imagem de impoluto que não é – repito a sugestão de uma boa e séria análise do que aprovou e do que reprovou no pouco tempo em que efémeremente usou o poder…e ficará tudo claro.
    Quanto ao Aleixo, que maior transparência que um concurso internacional (como foi feito com todo o rigor)? Se o negócio era assim tão bom, porque não apareceram mais interessados a oferecer os valores que P Morais acha que a coisa vale? Balelas para serem lidas por quem nada sabe, ou não se quer informar…
    Para P Morais o melhor é gastar o dinheiro da Camara à fartazana, sem qualquer preocupação, como fez nas várias acções justiceiras e inconsequentes que poderiam, se mantidas, levar a CMP à bancarrota.
    Já agora, o P Morais pelas contas que faz (se é que as faz), aos preços de construção e ao número de familias em causa, parece que para além de mau jornalista que recusa ter sido, tudo leva a crer ser também mau matemático, ou também vai recusar essa função? Talvez recuse também ser professor, e aí seria bem bom, porque professor é para ensinar a verdade e não a mentira.

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  53. Justiniano permalink
    15 Agosto, 2009 11:03

    Caríssimo Paulo Morais!
    Considero-o pessoalmente e ainda lhe dei o benefício da dúvida aquando da sua passagem pela CMP, pela atenção especial que dedicou ao problema dos Bairros sociais do Porto, absolutamente esquecidos, que estavam, desde a sua construção e especialmente ignorados pela gestão de F. Gomes.
    Esse mérito é seu e de Rui Rio (e a cidade sabe reconhecer).
    Anos passados. Olhando, para trás e para a frente, apenas posso reconhecer que nada mudou…(S.João de Deus, recorda-se…o Bairro já não existe(juridicamente ou de facto???)), Baixa..Lagarteiro..Aleixo..Zona Histórica..Marginal…Tempo perdido!
    O Paulo Morais pretende refazer o Porto apenas com a CMP e afastando todos aqueles que, legitimamente, pretendem empreender, enriquecendo-se, claro está, e enriquecendo a cidade.
    As cruzadas quixotescas oscilam entre o Romantico e o Jacobino.

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  54. manelmanela permalink
    15 Agosto, 2009 12:38

    Afinal, Morais, mais que jornalista que foi de facto, foi chefe deles como Administrador de dois jornais que ajudou a afundar: Primeiro de Janeiro e Comércio do Porto, o que por si só prova a tese acima referida.
    Sempre a esconder-se atrás de mentiras e meias verdades e a instrumentalizar a opinião de incautos.
    O Morais é o nosso Dantas da actualidade, mas não merecendo um “Manifesto Anti-Morais”, porque não vale o tempo que se lhe dedique, merece, pelo menos, o nosso desprezo pela sua falta de ética e de seriedade!

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  55. Luis Proença permalink
    17 Agosto, 2009 16:15

    Percebemos que a dita Política de Verdade anda longe, muito longe da nossa Invicta – mas onde andará mesmo?
    Obrigado Paulo Morais pela sua voz sempre presente, oportuna e incisiva.
    Muito Porto está consigo nesta luta!
    E eu também.

    Um abraço,
    Luis Proença

    Caro Luis Rocha: também a mim, a escrita deste ManelManela não me é estranha. Mais um pseudo-pseudónimo – tristes coincidências.

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  56. manelmanela permalink
    17 Agosto, 2009 21:06

    Sr Luis Proença,

    O que conta mesmo, quer esse seja o seu nome ou não, (como se o meu é manelmanela ou não) é se conhece mesmo os detalhes (e transparencia) da operação Aleixo. O que importa, para saber se o P Morais é honesto ou não, é se conhece em detalhe o que o dito fez quando teve poder…
    Para acreditar no que ele diz sobre o Aleixo, ou mesmo para lhe dar crédito sobre qualquer matéria, seria preciso estar a par de ambas as coisas…Está? Impossivel.
    Quanto à adivinhação de saber quem é Manelmanela, o que posso garantir é que nem conheço nenhum Luis Rocha, nem nenhum Luis Proença, portanto suspeito que sejam dois nomes vulgares usados pelo próprio P Morais. Tenho dito!

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  57. Veríssimo permalink
    18 Agosto, 2009 10:03

    Sr. Manelmanela,

    Se todos fossem como o Paulo Morais, que defende valores éticos, de certeza que a nossa Política e o nosso País estariam bem melhor.

    Para você deve ser confuso que alguém tenha esta frontalidade e dignidade moral de enfrentar os Barões do Poder e os Corruptos do Sistema.

    Para um analfabeto é difícil ler e escrever.

    Para um indivíduo sem valores, sem moral, como você deve ser, é difícil de compreender que existam pessoas sérias que não precisam de se aproveitar do Poder que têm para seu proveito.

    Até o seu pseudónimo revela que a sua personalidade não está muito bem definida, vai para onde convém, pois não sabe se é Manel ou manela, é um ou os dois conforme lhe convier.

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  58. manelmanela permalink
    18 Agosto, 2009 22:50

    Caro Verrissimo,

    O meu amigo deve ter 1 verruga cerebral a dificultar-lhe a compreensão da leitura.
    Ou é dos que aplaude tudo o que aparenta afronta aos poderosos? Porque os poderosos são maus de certeza: Se o são é porque são trapaceiros, vigaristas e corruptos! Está tudo dito quanto à qualidade do reciocinio…
    O que sabe o meu amigo do Morais?
    Só escuta o que diz como se de verdade se tratasse, ou estuda direitinho e a fundo as questões?
    E nesse caso, ao estudar 1 a 1 as questões, não terá aprendido com o estudo que o que o Morais diz é para se promover, porque ilegalidades foi o que ele mais praticou na Camara, de forma a obrigar o seu sucessor (esse sim pessoa séria e preparada) a corrigir todas as enormidades que fez?
    Fácil é dizer mal e ir na onda, dificil, porque exige seriedade e trabalho, é investigar os assuntos.
    Quanto à personalidade Manelmanela, ela é ao contrário do que imagina: Totalmente independente, nem feminina nem masculina, nem do PS nem do PSD (nem de qualquer outro), nem dos ricos nem dos pobres, nem dos iluminados nem dos pobres de espirito – só não se deixa comer por lorpa, que é o que acontece a V Exceia quando se desvanece com a sedução do Moraizito (o manipulador coitadito…)

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  59. Veríssimo permalink
    18 Agosto, 2009 23:50

    Caro Manelmanela,
    Eu não sou dos que aplaude quem afronta os poderosos só por o serem, nem é isso o que Paulo Morais faz;
    mas sim quem afronta os poderosos que o são por corrupção, por jogos de poder e artimanhas.

    Não acredito que o PM publicasse artigos a criticar poderosos pela sua inteligência ou por mérito próprio, por trabalho ou honradez.

    Eu não sei qual o seu problema quanto ao Paulo Morais.
    Se acha que o que ele diz não corresponde à mínima verdade, porque perde tempo a escrever ?
    Ou será que o que ele diz é verdade? E, como diz o povo, a verdade dói?

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  60. CARVALHO permalink
    22 Agosto, 2009 00:25

    Meus Senhores,

    Acho que a vossa controversia não leva a nada, excepto à exaltação e, por vezes, ao próprio insulto. Julgo que estamos a perder de vista o essencial da questão levantada e, para ser franco, a culpa, neste momento, é exclusiva do Paulo Morais que já nos devia ter explicado (a nós, como eu, ignorantes nas matérias processuais aplicáveis) como a CMP poderia financiar o projecto em condições alternativas ao apresentado. As questões são simplicíssimas de enunciar: (a) são só 300 familias e € 50 000 por realojamento ? (b) como é que o financiamento camarario se reduz a € 7.5 mio (b) como podia a CMP fazer as duas operações ao mesmo tempo sem investir muito dinheiro (c) fez-se concurso internacional e só apareceu um concorrente. Porquê – é possivel imaginar alguma razão para isso ? (d) o concurso podia ser anulado sem novos encargos para a CMP. A mim, eleitor e contribuinte chegavam-me as respostas a estas questões para criar uma opinião – e, infelizmente, fiquei na mesma pela razão simples (que ninguém me deve levar a mal) de gostar de pensar pela minha própria cabeça.

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  61. Paulo Morais permalink
    22 Agosto, 2009 01:30

    #60

    Caro Carvalho:

    São de facto cerca de pouco mais 300 famílias a residir no Bairro do Aleixo, das quais algumas não terão direito a ser realojadas.
    O custo de cada habitação pode ser da ordem de grandeza referida (50000 euros, dos quais cerca de 50% são PAGOS pela Administração central e o restante pela CMP). Pelo que à CMP caberia pagra cerca de 25000 euros por cada uma das cerca de 300 habitações. Depois, como diria Guterres, é só fazer as contas. Estamos, claro, a falar de ordens de grandeza e não de valores exactos, que de toda a forma não diferem muito destes.
    Quanto aos pormenores, respondo-lhe, se assim o pretender, por e-mail.
    Quanto ás culpas que me atribui, recordo-lhe que as entidades públicas é que devem prestar contas. Os cidadãos podem e devem questionar as opções da Administração, e não o contrário.

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  62. manelmanela permalink
    22 Agosto, 2009 08:58

    Caro Carvalho,

    Como se vê pela resposta do Morais, é só conversa irresponsável, como de costume. Não existem habitações a 50.000 euros. Não há garantia de financiamento do Governo. Nada diz (porque não lhe interessa) se o concurso público foi irregular, e como e com que custos poderia ser alterado. Onde é que ele metia todo aquele pessoal? Onde é que ele descubriu (sentenciou sem tribunal) que o grupo Espirito Santo é um bandido (as palavras são dele). Ataca tudo e diz que não tem que apresentar números nem argumentos…Morais no seu melhor. Credibilidade ZERO, como em todas e cada uma das pseudo-denuncias que até agora tem feito, só para seu proveito mediático. Vejam, é o que ele fez na Camara quando por lá andou, e fica tudo clarinho, quanto aos métodos e à legalidade do Grande Justiceiro!

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  63. insider permalink
    16 Outubro, 2010 21:19

    ali no aleixo, com vistas para o rio, fica bem qualquer orbanização…
    de preferência em condomínio corrompido fechado…

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  64. Licas permalink
    16 Outubro, 2010 21:44

    jcdREGISTERED MEMBER
    Posted 14 Agosto, 2009 at 00:28 | Permalink
    Caro Zé do Telhado:

    Suspeita não é culpa. Acusação não é prova. Não é por alguém apontar o dedo a ‘a’ que ‘a’ deixa de ser transparente.

    É inadmissível esse inversão da presunção de inocência para presunção de culpa.

    E sim, sou contra o exagero que se faz em Portugal da prisão preventiva, que deve ser usada exclusivamente em casos de flagrante delito ou de prova insofismável de culpa. Os exemplos que todos temos visto, mostram que nem sempre é bem aplicada e, espero que concorde comigo, é sempre preferível um criminoso em liberdade a um inocente preso.
    _______

    Bem, bem, bem. É à custa deste princípio que estão em liberdade não 1 mas 100 000
    criminosos. Pois até , o Paulo Pedroso exigiu indemnisação!!! As crianças abusadas
    nem a condenação obtiveram do Tribunal e a Justiça ficou solteira: ser um dos grandes
    do tal Partido confere imediatamente a que a Lei do País se não aplique –
    — AS Faces Ocultas é que são muitas e tenebrosas. . .

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  65. IRACUNDO BRAVO permalink
    16 Outubro, 2010 23:53

    O quê???Na camara da capital existe corrupção???
    Uma corda !!!Uma corda por Deus,pois já não posso viver mais!

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  66. 17 Outubro, 2010 00:04

    E os desalojados do Aleixo vão para Lisboa?

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