Já estou cansado de “ver este filme”
9 Novembro, 2010
As versões anteriores, com “realização” governamental:
- Não haverá subida de impostos (várias vezes “em cena”);
- Terminou a recessão;
- Portugal é o país que mais cresce na Europa;
- A consolidação orçamental far-se-á sobretudo por via da despesa.
A penúltima versão, “realizada” por todo o establishment:
- Urge aprovar este (mau) orçamento para acalmar os mercados.
A versão actualmente “em cena”, também da autoria do establishment:
- Portugal não irá necessitar da ajuda do FMI.
Será que alguém acredita no happy-end?
Chegamos a um ponto em que o Governo prefere pagar juros mais altos para não ter de dar o braço a torcer e chamar o FMI.
Numa emissão de 1000 milhões, como a que está para ser emitida, cada ponto percentual corresponde a 10 milhões ao ano. A Grécia coloca actualmente a sua dívida a 5%, ou seja com a intervenção do FMI poupa 20 milhões/ano numa emissão de dívida de igual valor. Este é o custo adicional que o país suporta pelo orgulho do actual governo.
Perante tanta arrogância a maioria dos portugueses deseja que o governo acabe por se vergar e chame o FMI, o que só num ambiente perverso como o actual poderia acontecer.
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Está quase.
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