Fazê-lo ou não fazê-lo
10 Novembro, 2010
Esta semana dois ex-líderes abordaram directamente o que vulgarmente se designa como operações sujas e o uso da tortura no combate ao terrorismo. Um foi George W Bush. O outro Felipe González. O primeiro refere o uso da tortura em interrogatórios e considera que o waterboarding salvou vidas. O segundo num reconhecimento incontornável do seu controlo sobre os GAL recorda as dúvidas que teve sobre mandar ou não explodir a casa em que a cúpula da ETA se reunia em França. As declarações de Bush suscitaram algumas notícias mas não tantas quanto seria de esperar. As de González geraram um silencioso embaraço, sobretudo fora de Espanha. Ninguém parece estar com disponibilidade para discutir o que está por trás destas declarações.
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18 comentários
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BLASFÉMIAS 
a velha história do dilema «matar ou ser morto»
não é questão de esquerda ou direita mas de condição humana e lixo humano
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John Le Carré revisitado …
Os estados de alma de D. Felipe provocaram , e continuam a provocar, infelizmente, mortes inocentes.
Paradoxalmente a alma eslava, famosa pelas suas “angústias”,
porta-se muito melhor nestes casos…
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Eu gostava ver o terrorista Bush no acto de lhe arrancarem, uma a uma, as unhas, uma ou duas, só, não mais, a frio, a ver se ainda era valente e a tortura apregoada dava o resultado advogado de prisioneiros, que, sem mesmo saber de que se trata, inventavam culpados em qualquer parte do mapa.
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Por trás disto?
A tendência da natureza humana para produzir relatos, memórias.
Quanto à violência,
há muita gente por aqui, com alguma experiência do uso da violência em conflitos militares.
Na nossa África dos anos 60/70, a incipiência dos serviços de informação militares (como hoje?),
era suprida pela participação da PIDE/DGS.
Da técnica dos interrogatórios, muito frequentemente com o uso de pancada dos agentes sobre os prisioneiros, que chegava à morte de alguns deles, resultava:
Frequentemente, a obtenção de informações sobre locais militares da guerrilha, inexistentes – falsas, para fugir ao processo de interrogatório.
Sobre o efeito da pancada nos ‘prisioneiros’, quanto à sua conversão à causa portuguesa, imagine-se.
Admito ainda assim, alguma diferença entre o propósito da luta de FelipeG, do do expoente GeorgeWB.
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Não são só as declarações do Gonzalez que são ignoradas, Outras também o são. Como esta aqui:
“Homem que tentou matar João Paulo II diz que ordem partiu do Vaticano
10h01m
Mehmet Ali Agca, autor do atentado contra o papa João Paulo II, a 13 de Maio de 1981, acusou, hoje, terça-feira, o Vaticano de ter estado por detrás do crime.
Ali Agca culpou o secretário de Estado do Vaticano, Agustino Casaroli, como a pessoa que supostamente arquitectou o assassinato do papa.
“Definitivamente, o Governo do Vaticano esteve por detrás da intenção de assassinar o papa. O cardeal Agustino Casaroli, o número dois do Vaticano, decidiu assim”, disse Ali Agca, em declarações exclusivas à televisão pública turca TRT.
João Paulo II foi atingido com gravidade por três tiros, quando viajava num veículo aberto, na Praça de S. Pedro, no Vaticano, a 13 de Maio de 1981.
A ordem de execução terá chegado através de um agente do Vaticano, identificado por Agca como “padre Michele”, disse. “Pratiquei várias técnicas de ataque com o padre Michele e com outro agente do Vaticano. Reuni-me muitas vezes com ele e fomos até à praça de S. Pedro para planear o atentado”, contou.
Ali Agca explicou, ainda, que durante o encontro que teve com João Paulo II, em Dezembro de 1983, o papa não o questionou sobre a autoria do atentado, porque o chefe da igreja católica “sabia muito bem que o Vaticano estava por detrás”.
Agca tem 52 anos e esteve preso numa prisão italiana durante 19 anos e 10 anos numa cadeia turca, de onde foi libertado em Janeiro deste ano.”
In http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1707147
Isto não é surpresa para alguns. Cada um que procure da validade destas afirmações, que são mais credíveis do que convém a muitos. É preferível atirar as culpas para cima da URSS, não é verdade? Mas a URSS nunca poderia querer fazer do “polaco” um mártir.
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Ora uma vez o anti-comuna continua com teorias da conspiração e a julgar os outros como se fossem ele próprio. Excepto claro neste caso a Igreja. Os Comunistas nunca tiveram pejo de fazer de “mártir” quem quer que seja.
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Poder no mesmo patamar GAL e guerra preventiva é no mínimo má fé.
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A KGB sabe-a TODA . . .
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“Ora uma vez o anti-comuna continua com teorias da conspiração e a julgar os outros como se fossem ele próprio. Excepto claro neste caso a Igreja. Os Comunistas nunca tiveram pejo de fazer de “mártir” quem quer que seja.”
Ou seja, se o atentado fosse planeado e executado a mando de alguns no Vaticano, é teoria da conspiração. Se fosse na URSS, pelo KGB, já não seria teoria da conspiração. lololololololol
Aliás, agora é moda atirar para cima das teorias da conspiração tudo o que não agrade ao leitor. Tipo: USA andam a planear uma guerra em larga escala no médio-oriente. Isso seria logo de apelidado como teoria da conspiração pelos simpatizantes dos USA.
Mas se fosse assim: Rússia fomenta as revoltas dos guerrilheiros islámicos contra os poderes instituídos e os USA. Já seria uma ideia muito bem acolhido, sinal de grande inteligência do escriba.
No entanto, há cerca de 20 anos atrás, os USA fomentavam mesmo guerrilhas contra a URSS e alguns países do médio oriente para derrotar a URSS. É teoria da conspiração?
Os cubanos andaram a instruir angolanos contra os portugueses. Nunca foi teoria da conspiração.
Os americanos andaram a instruir angolanos contra os portugueses. É teoria da conspiração.
Mas quem se lembra da guerra colonial… lolololololol
Caro lucklucky, às tantas Vc. faz-me lembrar os mafiosos do antigamente, que diziam que nunca existiu semelhante coisa, como Cosa Nostra. Era teoria da conspiração e meros insultos aos italo-americanos. lolololololol
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A diferença é evidente, salvo para HM. González terá quando muito mandado matar alguns terroristas. O terrorista Bush carbonizou mais de um milhão de pacíficos iraquianos numa guerra preventiva. Por isso será enforcado…
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Helena, deixe-se de sugestões. Discuta lá o que há por trás destas declarações.
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Na guerra, podes matar o adversário (excepto se ele se quiser render), mas depois de feito prisioneiro não o podes torturar.
Além de que, ao que consta, alguns dos “combatentes inimigos” que se encontravam em Guantanamo eram tão perigosos que agora se encontram a tratar da relva de alguns “resorts” caribenhos.
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São os pacíficos iraquianos, os *pacholas* afegãos,
os inocentes Bin Ladens, os impolutos árabes, os boníssimos
muhlas a pregar a harmonia de todos os povos quaisqur que sejam
as crenças,
contra os assassinos Norte Americanos , os inenarráveis Judeus
mais a nefanda NATO e o execráel sistema capitalista . . . C´EST LA VIE . . .
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Por outra,
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Waterboarding é tortura psicológica. Os islamitas degolam reféns à frente da câmara de vídeo e publicam essas imagens.
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Agora, preferiria ter uma sessão de tortura da CIA ou dos islamitas?
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Licas,
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Hoje Israel, amanhã a Europa— escrito numa das muitas paredes de Gaza.
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Anti-comuna,
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Há vinte anos que o atentado se deu, não lhe parece estranho que só agora o Agca fale sobre ele? O primeiro atentado dele, ainda antes de tentar assassinar Papa, foi contra um jornalista muçulmano secular. Não acha estranho que Agca só agora fale nisso?
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Francisco Colaço
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Os islamitas degolam reféns à frente da câmara de vídeo e publicam essas imagens.
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Pois amigo F. Colaço foram os islamitas que inventaram as cimitarras . . .
Estas cenas conferem um enorme poder de persuasão e estímulo ao estabelecimento
da paz entre os Povos . . . como a esquerdalha tanto (e com tanto empenho)
ADVOGA . . .
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“Há vinte anos que o atentado se deu, não lhe parece estranho que só agora o Agca fale sobre ele? O primeiro atentado dele, ainda antes de tentar assassinar Papa, foi contra um jornalista muçulmano secular. Não acha estranho que Agca só agora fale nisso?”
Não. Porque haveria de achar estranho?
O que eu acho estranho é que ele confessa e aponta pistas para que se investigue. Provavelmente ninguém quer investigar porque é embaraçoso.
Crimes cometidos há muitos anos, em contextos políticos muito diferentes dos actuais, permitem que os executores se sintam mais à vontade em confessar o que realmente fizeram e se passou. Cabe à Justiça investigar. Mesmo que nos pareça inverosimilhante o que ele confessa. É o papel da Justiça investigar e confirmar que ele mente ou está tolinho. ;))
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O que está por detrás disto é que ideologicamente os terroristas estão a ganhar a guerra. Quando não nos conseguirmos diferenciar deles no que respeita à tortura e ao assassínio então terão obtido a vitória completa.
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Volo pace, para bellum.
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Esta é a verdade. Não se pode ser brando para com terroristas. É tiro neles antes que possam atirar em nós. Não é que não queiram.
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Os romanos, se vissem resistência, reduziam tudo à escravatura. Quando abrandaram e amoleceram, os bárbaros ocuparam o seu lugar. A história repete-se.
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Licas,
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Há cimitarras muito antes de Maomé iniciar a hegira. A cimitarra é invenção, se bem me lembro, dos últimos séculos do I miĺénio AC. Eles não inventaram. Simplesmente não evoluíram. Há 1400 anos a Europa era bárbara, e a ciência fazia-se em Córdoba, em Salamanca e na Pérsia. Termos como algoritmo (de Al-Kwamisi) e algarismo lembram-nos disso. Hoje os muçulmanos são retardados (pior que atrasados). Faltam-lhes luzes à francesa.
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Tipos que degolam à frente da câmara ou mulheres em frenesim histérico em ululos quando ouviram a notícia do 11 de Setembro têm direitos? Que direitos nos darão a nós quando vencerem a sua luta? Pensa porventura o Francisco Loucão que o Ossama lhe dava umas palmadinhas nas costas, lhe agradeceria a ajudinha e o apoio à causa palestiniana, e iam todos depois comer torresmos e beber canecos?
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Francisco Colaço
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