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O estudo da OCDE e o futuro das nossas melhores escolas*

11 Dezembro, 2010
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Porque é que as crianças portuguesas de 15 anos tiveram melhores resultados no último estudo da OCDE (PISA)? Por causa das medidas do Governo, respondeu pronto José Sócrates, na sua entrevista ao PÚBLICO: “Em 2005, a primeira medida foi as aulas de substituição e levámos com uma greve dos professores aos exames e com todos os partidos contra. A segunda medida foi a escola a tempo inteiro”. Azar: os alunos que tinham 15 anos em 2009 não beneficiaram dessa medida, como logo notou a entrevistadora. Mas o nosso primeiro nunca se atrapalha quando toca à propaganda, pelo que retorquiu: “irão beneficiar”.

 

Um pouco mais de honestidade intelectual e um pouco menos de fanfarra propagandística permitiriam não só constatar que Portugal continua abaixo da média, como que as variações registadas no passado recomendam que, antes de darmos por adquirido o “grande salto em frente”, verifiquemos se os resultados de 2009 são sustentáveis no tempo. Mais: ao ler as conclusões da OCDE para os diferentes sistemas de ensino é terá de se reconhecer que, nalguns domínios, Portugal segue na direcção errada. O estuda indica, por exemplo, que “os sistemas que obtêm melhores resultados permitem às escolas escolherem os seus programas”, algo que em Portugal não é possível, a não ser e forma muito marginal, no sistema público. Mais: a OCDE indica que “é a combinação de autonomia e de uma responsabilização efectiva que parece produzir os melhores resultados”, o que contraria a norma portuguesa, onde a centralização napoleónica é dominante.

Há, mesmo assim, uma pequena parte do sistema educativo português onde há autonomia, responsabilização e adaptações locais dos programas nacionais: as escolas privadas, nomeadamente as que, em contrato de associação, integram a rede pública. Não são muitas, mas vale a pena ver o que se está a passar com elas. Comecemos por olhar para os resultados do PISA.

Sensivelmente um em cada sete alunos (14,5 por cento) que fez os testes da OCDE em Portugal estudava no ensino privado. As médias que obtiveram (517 a leitura, 514 a matemática e 517 a ciências) colocariam Portugal sempre nos dez primeiros lugares da tabela. A diferença para as médias obtidas pelos estudantes das escolas do Estado (respectivamente mais 32, mais 32 e mais 28 pontos) é até bem maior do que o milagroso salto verificado nos resultados nacionais do PISA.

Dir-se-á: isso acontece porque nas escolas privadas andam os alunos de famílias com melhor situação económica. É verdade, mas não é totalmente verdade nem explica tudo. Nas escolas privadas com contratos de associação com o Estado podem andar todos os alunos da respectiva área geográfica, ricos ou pobres, só que nas tabelas do PISA não se consegue saber quais os alunos que tinham estudado nessas escolas. Há por isso de recorrer aos rankings nacionais para fazer. Foi o que fiz, escolhendo três escolas privadas com contratos de associação para fazer as comparações.

A Escola Salesiana de Manique, concelho de Cascais, admite alunos de todas as classes sociais (e etnias) mas conseguiu ficar, em 2010, em 39º lugar a nível nacional; no mesmo concelho há outras duas grandes escolas privadas (os Salesianos do Estoril, 6º lugar, e os Maristas de Carcavelos, 43º) e seis escolas secundárias públicas, com posições entre o 95º (São João do Estoril) e 469º (Alvide). Já em Arruda dos Vinhos não há nenhuma escola secundária do Estado, apenas uma privada que recebe todos os estudantes do concelho. Ficou em 46º lugar. No vizinho concelho de Sobral de Monte Agraço, onde só há uma escola pública, esta ficou em 383º. Por fim, em Torres Vedras há duas secundárias do Estado (que ficaram em 171º e 365º lugares) e o Externato de Penafirme, uma grande escola privada que inclui também ensino profissional, que ficou em 108º.

Estes exemplos são elucidativos: em escolas abertas a todos os alunos, escolas privadas mas integradas na rede pública, o binómio autonomia-responsabilização tem produzido resultados claramente melhores do que o das escolas do Estado na sua vizinhança. O que, cruzando com os resultados dos alunos do privado no PISA, recomendaria o alargamento deste tipo de contratos. Mais: os dados conhecidos relativamente ao passado, e também confirmados pela OCDE, indicam que cada estudante no ensino estatal custa mais ao erário público do que cada estudante no ensino privado com contratos de associação. Ou seja, esta modalidade de ensino público em parceria tem custado menos ao Estado e tem produzido melhores resultados.

 

É por isso surpreendente – e, como ontem aqui escrevia Helena Matos, só se explica por opção ideológica – que o Governo tenha aprovado, sem sequer consultar o Conselho Nacional de Educação, um decreto-lei que alterará todo o regime jurídico dos contratos de associação com o ensino privado. Ao fazê-lo acabará com a estabilidade plurianual desses contratos, colocando todas as escolas na dependência de renovações anuais deixadas à discricionariedade dos governantes. Pior: em nome de uma alegada racionalização dos custos abre-se caminho ao desperdício, pois ao deixar de considerar que a oferta privada pode complementar a oferta do Estado, permitindo a integração de escolas privadas na rede pública, abre-se o caminho à construção de novas escolas onde já existem bons estabelecimentos de ensino que podem ser contratualizados, assim desperdiçando recursos que são cada vez mais escassos (o Estado, de resto, já tem vindo a promover esta duplicação irracional da oferta).

Num texto que escreveu no PÚBLICO, o secretário de Estado Trocado da Mata justifica esta acção do Governo sustentando que “o que o Estado financia com os contratos de associação não é nem a liberdade de escolha na educação, nem a especificidade da oferta educativa, mas um bem superior e constitucionalmente consagrado: o acesso de todos à educação”. Engana-se duplamente. Primeiro, porque esses contratos asseguram tanto o acesso de todos à educação como a especificidade da oferta educativa, com vantagens educativas e económicas. Depois, porque na Constituição não há bens superiores ou inferiores e nela também se garante, no artigo 43º, “a liberdade de aprender e ensinar”. Mais: no artigo 74º, ao escrever que cabe ao Estado “assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito”, a Constituição não acrescenta que isso deve ser feito exclusivamente em escolas estatais. O que me leva a duvidar: será que, ao revogar a generalidade da legislação relativa aos contratos de associação com o ensino particular e cooperativo, este decreto-lei enviado não criará uma situação de inconstitucionalidade por omissão?

Claro que tudo isto são factos e cristalina doutrina constitucional. E factos, como se sabe, são dificilmente solúveis na propaganda instantânea que anima a espuma dos nossos dias.

*Público, 19 Dezembro 2010

40 comentários leave one →
  1. será permalink
    11 Dezembro, 2010 19:06

    o tacho do ppd à espera…bem pode esperar sentado!

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  2. Gol(pada) permalink
    11 Dezembro, 2010 20:51

    No seu papel de histrião, Socrátes personifica um contorcionista das respostas onde impera o cinismo.

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  3. tina permalink
    11 Dezembro, 2010 21:39

    “Sensivelmente um em cada sete alunos (14,5 por cento) que fez os testes da OCDE em Portugal estudava no ensino privado. As médias que obtiveram (517 a leitura, 514 a matemática e 517 a ciências) colocariam Portugal sempre nos dez primeiros lugares da tabela. A diferença para as médias obtidas pelos estudantes das escolas do Estado (respectivamente mais 32, mais 32 e mais 28 pontos) é até bem maior do que o milagroso salto verificado nos resultados nacionais do PISA.”´
    .
    O que falta saber agora é se a proporção de alunos do ensino privado para ensino público aumentou em 2010. Provavelmente no passado seria de 1 para 8 ou 9 ou 10.

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  4. 12 Dezembro, 2010 00:23

    O que dizem os outros – A arte cabotina de se aldrabar a realidade
    Sem perder muito tempo com outras considerações, limito-me a retirar da crónica o elenco das reformas que, avant la lettre e na imaginação do cronista, se viram legitimadas pelo PISA 2009. Atentemos, então, nas mesmas:
    – aposta no inglês desde o 1º ciclo. Os alunos que se sujeitaram aos testes da OCDE não tiveram inglês no 1º ciclo;
    – a aposta no plano tecnológico nas escolas. Ainda não concretizado no período com impacto nas aprendizagens avaliadas pelo estudo;
    – a aposta no novo modelo de gestão. Durante os anos de 2006 a 2009, as escolas foram geridas pelo anterior modelo de gestão, ou seja, Conselhos Executivos eleitos pelos professores;
    – a aposta na avaliação dos professores. O modelo de avaliação não estava a ser aplicado nas escolas, verificando-se, nesse período, uma quase total ausência de procedimentos de avaliação do desempenho;
    – a aposta num novo mapa escolar. O maior impulso à concentração de escolas e à política dos mega-agrupamentos foi dado durante este ano de 2010, além de que os alunos submetidos aos questionários parecem não ter beneficiado de qualquer tipo de reorganizar escolar;
    – a aposta na escola a tempo inteiro. Mesmo admitindo que uma maior permanência na escola pudesse ter um efeito, ainda que marginal, nas aprendizagens dos alunos, convinha, em nome do rigor, precisar que práticas de ocupação estão a ser implementadas nas escolas e que tipo de influência pode daí advir para as aprendizagens dos alunos.
    http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/12/o-que-dizem-os-outros-arte-cabotina-de.html

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  5. 12 Dezembro, 2010 00:24

    O que dizem os outros – A arte cabotina de se aldrabar a realidade

    Sem perder muito tempo com outras considerações, limito-me a retirar da crónica o elenco das reformas que, avant la lettre e na imaginação do cronista, se viram legitimadas pelo PISA 2009. Atentemos, então, nas mesmas:
    – aposta no inglês desde o 1º ciclo. Os alunos que se sujeitaram aos testes da OCDE não tiveram inglês no 1º ciclo;
    – a aposta no plano tecnológico nas escolas. Ainda não concretizado no período com impacto nas aprendizagens avaliadas pelo estudo;
    – a aposta no novo modelo de gestão. Durante os anos de 2006 a 2009, as escolas foram geridas pelo anterior modelo de gestão, ou seja, Conselhos Executivos eleitos pelos professores;
    – a aposta na avaliação dos professores. O modelo de avaliação não estava a ser aplicado nas escolas, verificando-se, nesse período, uma quase total ausência de procedimentos de avaliação do desempenho;
    – a aposta num novo mapa escolar. O maior impulso à concentração de escolas e à política dos mega-agrupamentos foi dado durante este ano de 2010, além de que os alunos submetidos aos questionários parecem não ter beneficiado de qualquer tipo de reorganizar escolar;
    – a aposta na escola a tempo inteiro. Mesmo admitindo que uma maior permanência na escola pudesse ter um efeito, ainda que marginal, nas aprendizagens dos alunos, convinha, em nome do rigor, precisar que práticas de ocupação estão a ser implementadas nas escolas e que tipo de influência pode daí advir para as aprendizagens dos alunos.
    http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/12/o-que-dizem-os-outros-arte-cabotina-de.html

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  6. 12 Dezembro, 2010 00:30

    Será que melhoraram os resultados ou a amostra é que era melhor?
    http://educacaosa.blogspot.com/2010/12/um-poste-certeiro-um-pergunta-fatal.html

    IHIHIHIHIHIHHHHHHHHHH!

    A subida milagrosa dos alunos portugueses (eheheheh): De 2006 para 2009, o número de alunos que frequentavam o 10.º ano, usado na amostra, aumentou 20%. Por sua vez, os que frequentavam o 8.º ano (alguns repetentes, a maioria bi-repetentes) diminuiu 31,3%. E em relação aos que frequentavam o 7.º ano (alguns bi-repetentes, a maioria t…ri-repetentes) a sua participação na amostra diminuiu 65,1%.
    Outra vigarice …

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  7. 12 Dezembro, 2010 00:33

    Os alunos que, com 15 anos, frequentam o 7.º e o 8.º ano, são alunos com várias reprovações no seu percurso escolar, se em 2009 muitos deles foram substituídos por alunos de 10.º ano, sem reprovações, sendo o teste igual para todos (independentemente do ano curricular que frequentam) é expectável que os de 10.º ano consigam melhores classificações e as médias subam.

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  8. 12 Dezembro, 2010 00:34

    A OCDE afirma que tudo foi conduzido pelo ME (selecção de escolas e alunos, aplicação e correcção das provas)

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  9. 12 Dezembro, 2010 00:36

    … a OCDE afirma que tudo foi conduzido pelo ME (selecção de escolas e alunos, aplicação e correcção das provas)… quem organizou e controlou tudo foi Carlos Pinto Ferreira: na qualidade de Director do GAVE em 2009, representou o ME nest…e estudo; na qualidade de membro do “Governing Board” do PISA, representou a OCDE. Anabela Serrão, que pertencia à equipa do GAVE em 2009, foi a responsável “oficial”, mas obviamente actuou às ordens do seu chefe na altura, Carlos Pinto Ferreira. Tal como ele, sou professor do IST, e conheço-o muito bem.

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  10. 12 Dezembro, 2010 00:40

    “… a OCDE afirma que tudo foi conduzido pelo ME (selecção de escolas e alunos, aplicação e correcção das provas)… quem organizou e controlou tudo foi Carlos Pinto Ferreira: na qualidade de Director do GAVE em 2009, representou o ME nest…e estudo; na qualidade de membro do “Governing Board” do PISA, representou a OCDE. Anabela Serrão, que pertencia à equipa do GAVE em 2009, foi a responsável “oficial”, mas obviamente actuou às ordens do seu chefe na altura, Carlos Pinto Ferreira. Tal como ele, sou professor do IST, e conheço-o muito bem.

    PISA 2009: Um Detalhe

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  11. 12 Dezembro, 2010 00:40

    Caro JMF,
    no teste de leitura, as escolas privadas têm mais 28 pontos de média. A diferença baixa para 16 pontos quando se controla o estatuto social, cultural e económico do aluno. No entanto, quando se acrescenta também o efeito do estatuto social, cultural e económico da escola, a diferença reduz-se a 4 pontos e deixa de ser estatisticamente significativa. (Aqui)

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  12. 12 Dezembro, 2010 02:05

    Cada professor que trabalhou e trabalha nas escolas portuguesas, que foram submetidos aos vários PISA/s, tem informações sobre a realidade local mas não tem da realidade nacional. Ora enquanto não forem disponibilizados dados das escolas e alunos seleccionados para a amostra (isto para começar) não é possível concluir, com qualquer rigor, absolutamente nada.
    Contudo, há elementos extremamente “intrigantes” já apurados. Destes, alguns:
    – Houve escolas que solicitaram não participar no PISA por os seus alunos serem muito fracos e foram dispensadas pelo ME (desconhece-se se o mesmo procedimento teve lugar nos PISA 2006 e 2003, mas do que se sabe nunca foram dispensadas ou nem sequer o solicitaram);
    – A percentagem de alunos a fazer os tais testes do ensino privado subiu substancialmente de 2006 para 2009 (como se desconhecem as escolas, mas atendendo a que escolas públicas com alunos mais fracos foram dispensadas pelo ME , é previsível que as privadas foram “bem” escolhidas );
    – A percentagem de alunos com 15 anos a realizar os testes no 10º ano subiu 20% de 2006 para 2009 (fantástico!!!) … Ora ” Os alunos que, com 15 anos, frequentam o 7.º e o 8.º ano, são alunos com várias reprovações no seu percurso escolar, se em 2009 muitos deles foram substituídos por alunos de 10.º ano, sem reprovações, sendo o teste igual para todos (independentemente do ano curricular que frequentam) é expectável que os de 10.º ano consigam melhores classificações e as médias subam”;
    – A selecção dos alunos, dentro das escolas, foi controlada pelas autoridades nacionais/regionais/locais e não tecnicamente, como seria de esperar num Estudo que se supõe ter valor técnico e não “politiqueiro”.
    – A própria OCDE informa que todo o Estudo foi conduzido pelo ME (selecção de escolas e alunos, aplicação e correcção das provas) . sabendo-se que toda a hierarquia do ME é de confiança política é de prever que tudo fariam para “ajustar” os resultados aos “interesses” da propaganda governamental .

    Provavelmente já éramos melhores e não sabíamos … 🙂

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  13. 12 Dezembro, 2010 02:07

    Refiro que estive muito atenta como foi feita a tal selecção de alunos dentro duma escola que participou no último “Estudo” … os alunos dos CEF/s não participaram e etccccccccccc.
    Grande … vigarice.

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  14. 12 Dezembro, 2010 02:17

    Todas as pessoas sabem que as escolas privadas, desde que começou esta coisa de dar grande relevo aos rankings, a tentar “contornar” o problema, até para a sua própria sobrevivência – optam por informar que os seus alunos mais fracos ou medianos não são propostos aos exames nacionais pela escola 🙂

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  15. 12 Dezembro, 2010 02:21

    Quanto aos contratos de associação, como todos sabemos, se existem casos em que de facto não existe rede pública e os contratos merecem ter continuidade, muitos outros casos existem que tal não sucede (o que é muito grave)…

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  16. 12 Dezembro, 2010 02:22

    Quanto aos contratos de associação, como todos sabemos, se existem casos em que de facto não existe rede pública e os contratos merecem ter continuidade, muitos outros casos existem que tal não sucede (o que é muito grave)

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  17. tina permalink
    12 Dezembro, 2010 09:10

    Que incrível, outra grande aldrabice de Sócrates e do seu governo. Aquele homem é o maior vigarista de sempre, não há dúvida que deveria ser julgado como criminoso.

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  18. tina permalink
    12 Dezembro, 2010 09:14

    Só espero que jmf e outros jornalistas dediquem artigos inteiros a demonstrar como o governo actual seleccionou cuidadosamente a amostra de alunos de modo a garantir melhores resultados de um ano para o outro. Eu começo já a espalhar a notícia através de e-mail.

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  19. tina permalink
    12 Dezembro, 2010 09:39

    Sócrates sabia que ia ser apanhado mas o que interessa é que já passou a mentira para o grande público, e que o que disserem agora só vai parecer barulho de fundo. Tal como quando mentiu sobre o défice a ganhou as eleições graças a isso. O que é espantoso é como Sócrates não se importa de passar por grande aldrabão aos seus amigos e conhecidos. Prova que ele não respeita ninguém, a sua ganância pelo poder ultrapassa tudo e todos.

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  20. 12 Dezembro, 2010 10:59

    Isto é de gritos!…
    Quando aparece uma notícia positiva para Portugal, de imediato aparecem os jmf a arranjar maneira de a fazer esquecer. Ou não falam da notícia, ou desviam a atenção com banalidades. Não há dúvidas que estar na bicha à espera de tacho leva a esquecer o importante. E o importante neste caso do PISA são as conclusões do relatório. Bem sabemos que os resultados, para o jmf, nada têm a ver com a política de educação do Governo. Tudo ficou a dever-se aos professores, alunos, pais, sindicatos, patidos da oposição e jornalistas. Porém, quando há uma má notícia, seja em qualquer matéria, a culpa, toda, é do governo Sócrates.
    Conclusão: deve dar-se um grande desconto aos artigos de opinião dos que estão na bicha à espera de tacho porque são um meio para atingir um fim.

    PS: Em todas as entrevistas do Sócrates relativas aos resultados do PISA sempre o ouvi elogiar e destacar o trabalho dos professore, alunos e encarregados de educação.

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  21. PMP permalink
    12 Dezembro, 2010 11:23

    D,
    Este governo tem zero de credibilidade , por isso muito pouca gente está convencida dos resultados do PISA.
    .
    Enquanto que o governo não divulgar as escolas e as turmas que participaram no PISA de 2006 e 2009 e qual a razão das discrepâncias na distribuição dos alunos, os resultados serão vistos como mais uma manobra de propaganda do Sócrates, que é muito hábil nesse campo.
    .
    Todos nós conhecemos a confusão que está instalada nas escolas ao nivel da avaliação de alunos e professores, desde 2007.

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  22. 12 Dezembro, 2010 11:37

    Será que nos países onde fizeram o PISA os responsáveis entraram à toa nas escolas, fecharam os olhos e pegaram os alunos, etc., e toca de recolher os resultados para o produzir o relatório?
    Acredito que sim!…
    Por cá já se sabe, tudo foi comprado, os responsáveis pelo relatório fizera um frete para o Sócrates aparecer na fotografia (de que o jmf não gostou), tudo foi controlado pelo Governo.
    Apre!…

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  23. PMP permalink
    12 Dezembro, 2010 11:46

    D,
    Este governo não tem credibilidade, por isso tem de mostrar quais as escolas e turmas escolhidas e critérios de 2006 e 2009, senão a maior parte da população vai pensar ser mais propaganda.
    .
    Porque é que o governo esconde a informação ?

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  24. tina permalink
    12 Dezembro, 2010 12:07

    “Será que nos países onde fizeram o PISA os responsáveis entraram à toa nas escolas, fecharam os olhos e pegaram os alunos, etc., e toca de recolher os resultados para o produzir o relatório?”
    .
    O que se está a analisar aqui é a melhoria dos resultados de um ano para o outro e não a acomparação com outras escolas. O que podemos perceber é que o PISA não é um teste muito credível já que permite a manipulação da amostra de alunos de ano para ano, e o governo de Sócrates soube tirar vantagem disso.

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  25. 12 Dezembro, 2010 12:37

    Será que melhoraram os resultados ou a amostra é que era melhor?
    http://educacaosa.blogspot.com/2010/12/um-poste-certeiro-um-pergunta-fatal.html

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  26. Bulimunda permalink
    12 Dezembro, 2010 13:34

    Vejam ESTE VÍDEO..

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  27. tina permalink
    12 Dezembro, 2010 14:20

    O que é interessante é ver como todos cairam que nem patinhos, muitos entrevistados na televisão a avançarem explicações para os melhores resultados, toda a gente muito satisfeita, a ministra da Educação a aproveitar para engraxar os professores, dizendo que tinham sido eles! O prof Nuno Crato foi o único que disse que era preciso primeiro ver as condições em que o estudo tinha sido feito, como tinham sido os alunos seleccionados. Mas mesmo assim, parecia satisfeito com os resultados. Esta foi a peta maior do ano.

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  28. nela permalink
    12 Dezembro, 2010 17:07

    Ainda não vi ninguém agradecer e elogiar o Paulo Guinote pelo “serviço público” (como é dito pelos seus residentes) prestado à educação, nomeadamente através do apoio moral e legislativo que o seu blogue dá a milhões de professores que assim podem melhor
    exercer a sua tarefa de ensino e aprendizagem.
    Não se esquçam de lhe dar os parabéns pela melhoria dos resultados dos alunos, provada, agora, no PISA!…

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  29. 13 Dezembro, 2010 16:04

    Como José Sócrates enganou a OCDE, ou: afinal este Sócrates também é grego
    http://legoergosum.blogspot.com/2010/12/como-jose-socrates-enganou-ocde-ou.html

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  30. 13 Dezembro, 2010 16:06

    “Não se esquçam de lhe dar os parabéns pela melhoria dos resultados dos alunos, provada, agora, no PISA!…”
    Infelizmente, o que parece ter melhorado foi a amostra … 🙂

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  31. 14 Dezembro, 2010 15:22

    Um Fio…?

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  32. Zegna permalink
    15 Dezembro, 2010 00:58

    Estes estudos do PISA não valem nada , vale sim é o nosso sistema de ensino unico no mundo.
    Alunos portugueses conseguiram sem duvida subir as notas , mas isto é a consequência do facilitismo implantado , reparem que quase todos os alunos passam mesmo com negativas , se tiverem muitas passam ao chamados curriculos alternativos onde impera a brincadeira e o trote. Depois disto tudo se não fizerem o 12ºano , esperam pelos 23 anos e siga para a faculdade……..
    Se não quiserem ir para a faculdade temos cá as Gandes Oportunidades ! 3 meses e o 12ºano tá feito…….melhor de isto , onde????
    é com canudo e o diploma na mão que o asno português se afirma…….

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