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Para além da moção de censura: o Bloco no seu labirinto*

18 Fevereiro, 2011
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Mário Soares chamou-lhe um “tiro no pé”. Santana Lopes uma “brincadeira de crianças”. Paulo Portas “um favor a Sócrates”. Daniel Oliveira “um disparate”. Contudo, a tragicomédia da moção de censura do Bloco de Esquerda foi muito mais do que isso, pois traduziu o fracasso da estratégia longamente tecida pelos que, na esquerda à esquerda do PS, se têm querido fazer passar por mais modernos e mais progressistas. Vale a pena perceber o que se passou e não ficarmos apenas pela espuma, apesar de esta ser, só por si, eloquente (basta pensar na indisfarçável aflição com que o líder parlamentar do Bloco, José Manuel Pureza, reagiu à hipótese de a moção ser aprovada).

Primeiro que tudo, não é correcta a ideia de que a apresentação da moção de censura foi apenas uma manobra táctica de antecipação ao PCP. Na verdade, bem antes da confusão criada pelas interpretações equívocas de uma entrevista do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, já sectores do Bloco colocavam a necessidade de apresentação de uma moção de censura entre as suas prioridades políticas. Uma imprensa mais atenta teria reparado que, na véspera da eleição presidencial, a 22 de Janeiro, a chamada direcção nacional de uma das organizações que integram o BE, a UDP, tinha aprovado as suas teses para uma conferência marcada para dia 26 de Fevereiro. Ora, nessas teses, a apresentação de uma moção de censura não surge como hipótese, mas como uma orientação clara: “A história do Bloco de Esquerda demonstra que foi determinante para a sua afirmação a moção de censura apresentada durante a governação de António Guterres”, escreve-se num documento onde se sustenta que não se deve ter medo da “chantagem do PS”, pois este apresentará sempre uma iniciativa desse tipo como um “convite para a direita chegar ao poder”.
Na verdade, não foi o PS que o fez de forma mais aberta, mas militantes do Bloco como Daniel Oliveira, o que lhes mereceu a crítica directa de Francisco Louçã (num texto na sua página do Facebook) e de Miguel Portas (num texto no site do BE). Os argumentos destes dois dirigentes, nenhum deles ligado à UDP (Louçã vem de um partido trotskista, Portas é um dissidente do PCP), coincidem com os das teses já citadas: “A esquerda é inteira ou não é, pois não existe outra forma de apresentar uma alternativa senão convocando respostas essenciais”, escreveu Louçã; “A política não se rege por linhas imaginárias entre partidos de esquerda e direita artificialmente criadas, mas pelas políticas concretas que os governos levam a cabo”, especificavam as “Teses”.
Vale por isso a pena continuar a ler esse documento, pois nele se traça o caminho a seguir e se assume, com clareza, que o Bloco não deve recear fazer cair o Governo, antes pelo contrário: “As eleições antecipadas, em clima de mobilização geral, são o espaço para as escolhas de futuro e para a rejeição do plano liberal burguês. Uma nova greve geral e eleições antecipadas são a orientação da es- querda para uma resposta popular de fundo”. Louçã não se coloca muito longe desta linha de raciocínio no seu texto no Facebook, significativamente intitulado Ai, deus nos acuda que vem aí a direita: “As eleições, a realizarem-se e quando se realizarem, são sempre uma solução e não um risco, porque a democracia é assim.” Para além disso, o “PS é hoje o governo provisório do PSD”, razão por que não há que temer derrubá-lo.
Em suma: ao contrário do que por aí se disse, a apresentação da moção pelo BE não correspondeu apenas a um capricho momentâneo, antes surge na linha do sentimento estratégico dos seus principais dirigentes.
A moral deste episódio é simples: as forças políticas dominantes no Bloco (os trotskistas do PSR e os antigos maoistas da UDP) não mudaram nem se modernizaram, antes continuam fiéis a uma orientação revolucionária, de ruptura com o capitalismo. É por isso que não se incomodam com um “quanto pior, melhor” que possa, na sua imaginação vanguardista, alimentar as tensões sociais necessárias ao despertar das “massas populares” (significativamente a VI Conferência da UDP é convocada sob o lema “A vida da luta de classes”…).
É raro os dirigentes do Bloco assumirem a sua condição de revolucionários anti-sistema, mas é bom não esquecer que é isso mesmo que eles são. “Eu tenho as opiniões que tinha desde os 15 anos”, disse Louçã, em Setembro de 2009, numa entrevista ao PÚBLICO. “Sou contra o capitalismo”, acrescentou quando não quis negar continuar a ser um revolucionário.
Para muitos eleitores, esta face do Bloco é pouco conhecida. Ao lado dos velhos leninistas que andam na política há quase 40 anos, o BE conseguiu enquadrar gente de uma esquerda que nunca passou pela escola comunista, mas que entende ser o PS demasiado social-democrata e “recuado”. É sobretudo nesses meios que o partido tem conseguido os seus progressos eleitorais, até porque cresce com facilidade entre a classe média escolarizada mas já tem dificuldade em penetrar nos eleitorados mais populares, onde o PCP continua a ser muito mais forte e consistente.
A estratégia do Bloco nas legislativas de 2009 e nas presidenciais deste ano era, como admitiu Louçã na já citada entrevista, construir “um partido, uma força que seja governante para esquerda”, o que exigiria “uma reconfiguração da esquerda”. Como? Criando uma nova maioria para governar a partir “da muita gente que há no PS e não quer uma política como aquela que Sócrates levou a cabo”. Era neste quadro que Louçã justificava os encontros “totalmente bem conseguidos” com o grupo de Manuel Alegre, um político cuja eventual candidatura presidencial já então (Setembro de 2009) contava com uma espécie de pré-apoio do Bloco.
É neste quadro que o desastre eleitoral da candidatura de Alegre representa, para o Bloco, mais do que um mero contratempo, antes traduz o fracasso da sua estratégia de longo prazo. Não ficou apenas provado que era difícil misturar, ou somar, o seu eleitorado ao do PS: chegou ao fim, e a um beco sem saída, o movimento para atrair uma parte do PS a uma força política de tipo novo e “verdadeiramente de esquerda”. É por terem compreendido isto mesmo – mais do que por quererem sacudir o aroma de socratismo que uma campanha eleitoral conjunta lhes deixara colado ao corpo – que o Bloco acelerou o aparente movimento de radicalização que se traduziu na apresentação da moção. Os pretextos de oportunidade que invocou foram apenas pretextos, pois todos os argumentos aduzidos eram válidos há dois ou mesmo há seis meses.
O mais complicado para o Bloco é não deixar deslassar a maionese de diferentes trajectórias e diversas prioridades que marcaram a sua génese e a sua vida. Ou seja, impedir que o sector vindo de uma esquerda radicalizada e não orgânica siga, pacatamente, o exemplo de militantes como Miguel Vale de Almeida ou, mesmo, como Joana Amaral Dias dos dias da campanha de Mário Soares. Muitos desses militantes (e grande parte dos eleitores) não são propriamente “anticapitalistas” e, ultrapassadas as causas “fracturantes” que alegraram a vida dos bloquistas nos últimos anos, deixam facilmente de se rever num radicalismo que, se for para defender “direitos adquiridos” no nosso trôpego Estado social, até é mais bem defendido pelas posições do PCP. A surpresa de muita gente ao ouvir os dirigentes do Bloco fazerem a defesa das leis do trabalho para justificarem a sua moção de censura é que esta soa a falso quando vem de gente que, até quando ataca os lucros dos bancos, nunca perde o ar chique e até algo blasé.
Ou seja, para o Bloco trata-se de encontrar um discurso radical ma non troppo que afaste o pesadelo do regresso à casa de partida, isto é, ao estatuto de pequeno partido marginal com menos de cinco por cento dos votos. A cartada da moção de censura mostra como esse caminho é estreito e pode, facilmente, fazer estalar o consenso numa organização cujas divisões e fracturas internas só agora parecem ter começado a interessar a opinião pública. Talvez porque também o seu “estado de graça” mediático parece ter acabado.

José Manuel Fernandes, Público, 18 Fevereiro 2011

23 comentários leave one →
  1. António Alves permalink
    18 Fevereiro, 2011 20:59

    o país inteiro “tásse” a cagar para as moções de censura, sejam do bloco ou doutra porcaria parlamentar qualquer. mas alguém perde tempo com isto?

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  2. Arlindo da Costa permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:26

    Não há moção de censura que faça derrubar Sócrates.
    Essa é que é essa!
    A opsição no seu comjunto é que vai ser toda derrubada nas próximas eleições.
    O país já viu há muito o fiasco do principal partido da oposição e já anteviu que desgraça seria um governo chefiado por Passos Coelho a pedir licença para governar junto de Belém, que , como todos sabem é uma pessoa que «gosta» muitos dos líderes do PSD….

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  3. 18 Fevereiro, 2011 21:28

    E eu chamo a esta pseudo moção de censura uma grande palhaçada…

    http://brigadascinzacoelho.blogspot.com/2010/10/capuchinho-vermelho-em-versao-millor.html

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  4. Arlindo da Costa permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:34

    Este «gato cinza» é demasiado cinzento para o meu gosto…

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  5. Guillaume Tell permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:34

    Ao fundo o Bloco de Esquerda é como Portugal: gente competente e sagaz, governado por uma cambada de velhos dogmáticos.
    Eu acho que o Estado deveria passar a incluir uma nova despesa no seu Orçamento: reciclagem e renovação dos conhecimentos.

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  6. Francisco Colaço permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:37

    Guillaume Tell,
    .
    Mais vale reciclarem os cérebros dessas esquerdocracias. Com a bosta que lá há, podemos transformá-los em metano e exportar energia, quase gratuita e infinita, por muitos e muitos anos.
    .
    Receio apenas que o mau cheiro que destes calhaus emana não saia com a combustão.

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  7. 18 Fevereiro, 2011 21:39

    Há uns prémios de jornalismo atribuídos a quem consegue estar mais tempo a falar (ou a escrever), sem dizer nada.
    A moção de censura é um fait-divers.

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  8. Arlindo da Costa permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:43

    Ó Francisco:
    Mais vale reciclarem os pobres e inúteis cérebros das ortocracias da treta(as famosas «direitas» tortas portuguesas que um dia fez rir o Jean Marie Le Pen!) que há Portugal.
    Nem, e depois de triturados e esmagados, os respectivos receptáculos de alegada massa cinzenta, serviriam para adubar as hortaliças do meu quintal.
    Prefiro adubá-las com urina caseira…

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  9. Francisco Colaço permalink
    18 Fevereiro, 2011 21:46

    Arlindo da Costa,
    .
    Apenas sugeri um caminho de início. Por razões de processo e de economia, começamos pela bosta que nos dá o maior rendimento.

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  10. 18 Fevereiro, 2011 22:00

    Por falar em esquerda…arcaica…retrógrada…totalitária.
    veja-se como reagiram…reagem…às revoltas do POVO no mundo islâmico.

    http://mentesdespertas.blogspot.com/2011/02/tirania-islamica.html

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  11. Guillaume Tell permalink
    18 Fevereiro, 2011 22:05

    Francisco Colaço e Arlindo da Costa
    Há sempre a possibilidade de os exportar. Bom ides me dizer que quem iria aceitar material de tão péssima qualidade, mas eu acho que com bom marketing consegue-se vender tudo e mais alguma coisa. Esperança!

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  12. Bulimunda permalink
    18 Fevereiro, 2011 22:13

    Exportem-nos para a Birmânia..precisam de dejectos por lá..

    O Valor da Opinião dos Outros…

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  13. 18 Fevereiro, 2011 22:54

    Ronda Das Mafarricas
    José Afonso

    Estavam todas juntas
    Quatrocentas bruxas
    À espera À espera
    À espera da lua cheia

    Estavam todas juntas
    Veio um chibo velho
    Dançar no adro
    Alguém morreu

    Arlindo coveiro
    Com a tua marreca
    Leva-me primeiro
    Para a cova aberta

    Arlindo Arlindo
    Bailador das fadas
    Vai ao pé coxinho
    Cava-me a morada

    Arlindo coveiro
    Cava-me a morada
    Fecha-me o jazigo
    Quero campa rasa

    Arlindo Arlindo
    Bailador das fadas
    Vai ao pé coxinho
    Cava-me a morada

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  14. Francisco Colaço permalink
    18 Fevereiro, 2011 22:57

    Guillaume Tell,
    .
    Com a bosta que se faz por cá, podemos destronar a Arábia Saudita com a aplicação do processo de Fischer-Tropsch ao metano que as bactérias fizerem.
    .
    Podemos em alternativa ligar um gerador eléctrico por cabos grossos aos pulsos do Sr. José Sócrates e gritar «Vem aí o FMI!». O frnómeno reacto-epiléptico daí decorrente (o susto e os calafrios, em suma) será a melhor aplicação da ciência do Sr. Volta, e ainda tem a vantagem de não se saturar nem sofrer de efeito de memória (a memória nas xuxialíssimas prática e ciência é coisa que não existe).

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  15. Arlindo da Costa permalink
    18 Fevereiro, 2011 23:06

    Associar a esquerda aos regimes islâmicos é uma idiotice própria de ignorantes.
    Quem iniciou o processo de descolonização/ democratização/laicização progressista/ocidentalização das sociedades e países árabes foram as forças de esquerdas, nomeadamente as frentes nacionalistas apoiadas pela então ex-URSS.
    Se ainda há regimes laicos no mundo árabe e no Médio Oriente em geral, muito se deve à então URSS, que como se sabe não ia lá muito com essa merda das religiões que eram condição de opressão e ostracismo.
    Foi os EUA, a Grã Bretanha, Israel e mais alguns aliados da Europa da pôrra que a partir das décadas de 70 e 80 puseram tudo a perder, ao combater (e por causa do petróleo, sempre o petróleo) os regimes progressistas de Nasser, do Iraque, da Argélia, da Síria, do Líbano e até da antiga Pérsia, enquanto apoiavam as ditaduras e monarquias corruptas e cleptocráticas do Golfo, de Marrocos, do Paquistão, etc.
    Aliás o que sucedeu no Afeganistão é tudo culpa do «Ocidente», melhor dizendo, do conglomerado industrial-militar sob o comando dos EUA que estão destruindo literalmente a Civilização Ocidental.
    Mas há aqui uns bastardos – digo bastardos para não lhes chamar fdp’s, como diria o meu amigo Alberto João – que querem associar o islamismo à esquerda! É de doidos?
    Quem é que apoiu os talibans ou mujehaidines no Afeganistão?
    Quem é que apoia a Arábia Saudita, o Iemen, o Reino de Marrocos, a Jordânia, o Egipto do Mubarack, a Tunísia do Ben Ali, o monarca do Baheiren, os emires do Golfo, a Turquia, o Paquistão, o Iraque dos xiitas, uma espécie de ciganos do mundo árabe?
    Tem sido os EUA ou a Coreia do Norte?

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  16. Guillaume Tell permalink
    18 Fevereiro, 2011 23:12

    Caro Francisco Colaço fique a saber que eu estarei pronto a investir no seu projecto de energia renovável.

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  17. lucklucky permalink
    18 Fevereiro, 2011 23:22

    “Associar a esquerda aos regimes islâmicos é uma idiotice própria de ignorantes.”
    .
    Ignorante é você. O Islão avança com a ajuda da Esquerda na América e na Europa. É o aliado natural, por isso é que a Festa do Avante, e o BE estão cheios de de amigos do Heezballah e do Hamas. Depois podemos ir dos Jornais ás Universidades.
    .
    Aliás o que sucedeu no Afeganistão é tudo culpa do «Ocidente».
    A União Soviética invadiu o País em mais um caso em que é atingido por fraca memória.
    .
    “Quem iniciou o processo de descolonização/ democratização/laicização progressista/ocidentalização das sociedades e países árabes foram as forças de esquerdas, nomeadamente as frentes nacionalistas apoiadas pela então ex-URSS.”
    .
    Haha! qual foi a Democratização? Qual foi a descolonização?
    os Nacionais Socialistas de esquerda fizeram a sua colonização e ficaram com tudo e comparado com os coloniais ficaram bem atrás.
    Aliás os de cá são cada vez mais semelhantes quer na economia quer nas “eleições”.
    .
    Nasser e Petróleo. Qual era a produção de petróleo no Egipto?

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  18. Francisco Colaço permalink
    19 Fevereiro, 2011 00:16

    Guillaume Tell,
    .
    Não é meu projecto. Além disso, o Guillaume não tem dinheiro (e, se o tem, não o diga para não ser espolia… taxado).
    .
    Isto dependia do Estado, que faz o melhor grau de bosta, mas não creio que a cleptocracia (ou os sacanas do Dom Carlos) se sacrificariam pelo bem do país e pelo ambiente, e por essas tretas do planeta. Se, claro, pudermos acrescentar a um projecto destes umas transferências para o BPN das Ilhas Caimão, aí era tudo por ajuste directo, Projecto de Interesse Nacional e via-verde negocial.

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  19. 19 Fevereiro, 2011 06:20

    Ora vamos então ajudar o nosso amigo Arlindo e perceber o Mundo.
    Quem fomentou a Revolução Islâmica na Pérsia/Irão que levou o Khomeiny ( o gajo que recomendava aos homens sexo com animais…) ao poder?
    Exacto: a URSS.
    Quem salva o actual Irão na ONU por causa do urânio nuclear?
    Sim: o veto da China; e de vez em quando a Rússia.
    Quem sustenta o muçulmano mais assassino e racista (Omar Beshir, genocida racista do Sudão, com mandado de captura do TPI…) em armas e apoio político?
    Claro: a China.
    E os profissionais das manifs em Portugal (PCP; CGTP; BE… e grupelhos fantoches) quantas já fizeram diante das embaixadas dos ditadores islâmicos?
    Nem mais: NENHUMA.
    Quantas já fizeram diante da embaixada de Israel?…Muitas…
    Se acrescentarmos as crónicas e entrevistas e análises na comunicação social de pessoas ligadas à esquerda que muito raramente criticavam os regimes islâmicos (excepto quando queriam atingir os USA ) e muito frequentemente e em quase desespero defendiam o Khadafi, Assad, Ayatollahs, Talibãs, Hamas (portanto, os mais assassinos…) por serem anti-USA não restam dúvidas de que esquerda e barbárie islâmica andam de mãos dadas.
    O MPortas chegou a elogiar e classificar o Saddam de “bom muçulmano”!… (com certeza, xiitas e Kurdos chamavam-no de assassino de armas químicas)…Está escrito…
    Enfim, uns pequenos esclarecimentos

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  20. Portela Menos 1 permalink
    19 Fevereiro, 2011 08:53

    jmf e o seu serviço público habitual ao dar alento a uma direita estúpida e ignorante ao mesmo tempo que mostra a sua preocupação por continuarem a existir pessoas e movimentos anti-capitalistas.
    jmf no fundo é um homem de fé, pensa e defende uma sociedade capitalista, coisa que era impensável há poucos anos quando militava “maoisticamente” com a maioria dos que agora critica.
    só os burros não mudam mas também há muito burro a mudar.

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  21. 19 Fevereiro, 2011 09:37

    O primeiro comentário a este texto, diz tudo sobre o interesse que a população dedica a estas tretas da táctica política. O que quer, é ver problemas resolvidos e se o governo não o consegue fazer, muda-se de governo. Ora, neste momento está claro quem impede que o governo caia.

    Quanto às características do BE., o texto levanta algumas questões interessantes.

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