A “inflicidade” é uma coisa muito relativa
Santana Castilho escreve hoje no PÚBLICO sobre as Novas Oportunidades: «Quando se fala de diplomar a ignorância, refere-se, por exemplo, a atribuição de um certificado de ensino secundário a alguém que, ao redigir uma das famosas dissertações autobiográficas da ordem, se expressa como ilustrado neste naco de prosa, transcrito de um documento que serviu para certificar:
“… Como já disse anteriormente tenho um filho e uma filha, em que ele è mais velho cinco anos … Ando sempre a fazer-lhe ver as coizas. até já lhe tenho dito se tiver a inflicidade de falecer nôvo paça a ser ele o homem da casa e tomar conta da mãe e mana, mas para eleé difícil de compreender as coisasezes mas tantas vezes lhe faço ver as coizas que acabo por compreender as situações e acaba por me dar razão e por vezes até me pede desculpa e que para a procima já não comete os mesmos erros. Ele tem o espaço dele com a mãe em que não me intrumeto, desde mimos e converças porque graças s Deus nem eu nem ele temos siumes um do outro com a mãe…”
Quando o designado “júri” certificou este candidato, a prosa transcrita estava certamente corrigida por um professor escravizado, com filhos para alimentar e renda de casa para pagar, contratado à jorna por um CNO (Centro de Novas Oportunidades), que só é financiado pela famigerada ANQ (Agência Nacional para a Qualificação) se “cumprir os objectivos”, isto é, se emitir x certificados de nível básico e y de nível secundário. O problema é que a um candidato que se expressa assim seja outorgado um certificado de ensino secundário. O problema entende-se vendo as dezenas de milhões de euros gastos em publicitar este logro e retrocedendo na lógica socialista: se não se certificam os candidatos, os centros não têm clientes; se os centros não têm clientes, nem cumprem os objectivos, não recebem dinheiro; se não recebem dinheiro não pagam aos professores contratados à jorna; e se estes não alinham no logro, a sua subsistência complica-se e a dos filhos também. É a vida a evidenciar a lógica da gestão por objectivos, sem ética»
O pior é que nada disto me surpreende e sempre quero ver quando chegarem à faculdade que, certamente, chegarão…
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Graça a Deus eu não tenho siumes dos que tem a inflicidade do votar novamente no senhor inginheiro Jozé Socrates. Eu bem tento fazer-lhes ver as coizas mas tá dificil fazerlhes ver as coizas.
Se nas procimas ileições cometerem o mesmo erro depois não se adimirem de irmos no procimo ano há falencia outra vez.
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Santana Castilho não colocou por pudor o nome do diplomado:
José Socrátes Pinto de Sousa
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E então, não vêem que está redigido em português técnico? Isso deveria dar direito a licenciatura, no mínimo, se tivesse siso remetido por fax.
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Santana Castilho é um poltrão ignorante.
Arlindo da Costa dixit.
(Ele que vá reeprender os seus colegas professores e sindicalistas que rebentaram com o Ensino e a Escola Pública e que durante estas duas ou três décadas sacaram do Estado Social tudo o que havia para para sacar. Há professores reformados com 49 e 50 anos com 2.500 ou 3.000 euros/mês.
Vejam lá como é que se pode sustentar esta malta, que pela melhor das hipóteses vão viver até aos oitenta anos!
Nem na China, com crescimentos económicos anuais de 8 ou 10% , podem sustentar esta magestática classe professoral…)
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O Ar Lindinho é uma cavalgadura socrática.
Carlos dixit
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Santana Castiho é um portento.
Um portento de vaidade.
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Carlos
O Arlindo, no teu entender é uma cavalgadura socrática, não sei, mas tem muita razão no que disse, pelo que de cavalgadura não me parece ter nada..
Tu, pelo contrário, rebates argumentos com insultos, pelo que ainda tens que evoluir muito para chegares a cavalgadura.
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A falta de integridade que alguns articulistas que por aqui andam evidenciam é verdadeiramente assustadora! De facto, devemos ter medo, muito medo, quando pessoas como estas deitam cá para fora este tipo de maledicências, pois chamar-lhe opiniões era dar-lhes um título que não merecem.
Segundo Santana Castilho, o dogmático, a culpa da certificação deste(a) pobre analfabeto(a) é das Novas Oportunidades e não do oportunista professor que o credenciou, nem sequer do oportunista centro que acolhe tal tipo de validações, ou seja, a culpa é do programa e não de quem o aplica!
Estranho caso este, em que um proclamado especialista na educação que afirma “que sabe que a respectiva qualidade nunca foi avaliada” não se coíbe de afirmar no mesmo texto que “Há centros de formação sérios e que funcionam bem. Mas não são, infelizmente, a regra”!!!
Onde terá o exótico personagem ido buscar a auditoria que o levou a tal conclusão?
E porque é que a helenafmatos, tão arguta e inteligente não deu por esta contradição?
Será que alinha cegamente na defesa corporativista de Santana Castilho?
Será apenas vontade de dizer mal e expor as exceções como se de regras se tratassem? Ou será outra coisa muito mais grave e que se chama desonestidade?
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tudo é relativo:
«os economistas da OCDE que acompanham de perto a economia portuguesa acreditam que a actividade pode começar a recuperar ainda em 2012.» Negocios online.
ou seja, daqui as uns 6 meses podemos já estar a crescer.
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o castilho-susto está com uma crise, motivada pelo excesso de piolhos!
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É o Povo, camaradas. O Povo que foi levado na pandeireta com o valor dos diplomas. Desde Veiga Simão às Novas Oportunidades é um fio contínuo. É o Povo quem manda os seus filhos diplomar-se em cursos da treta, para que os seus filhos agora se queixem de estar “à rasca”.
Mas enquanto os camaradas não perceberem isso continuarão a bater (selectivamente) no governo, como se o governo não fosse uma emanação da vontade do Povo.
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Mas hoje esta é a lógica de todo sistema de ensino, público ou privado, desde o universitário ao básico. Paga, tem direito ao papel… é a lógica do aluno – cliente. Mesmo na universidade, senão há alunos não há propinas e se o prof chateia muito o aluno dá-lhe uma avaliação negativa que lhe gera problemas…, “leva com uma avaliação negativa que para o próximo ano fica mais manso”… já ouvi dizer..
É o país que temos.
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Campos de Minas,
O Sec geral da OCDE Angel Gurría tambem disse em Setembro ultimo que o PEC3 era a solução para os problemas de Portugal, e que a oposição devia apoiar as respectivas medidas. Afinal… como dizia o outro, palavras leva-as o vento. Se continuarmos a brincar às execuções orçamentais onde faltam parte das despesas, e com e despesa corrente do estado a continuar a subir escandalosamente, nem em 2015 começaremos a crescer.
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«A falta de integridade que alguns articulistas que por aqui andam evidenciam é verdadeiramente assustadora! De facto, devemos ter medo, muito medo, quando pessoas como estas deitam cá para fora este tipo de maledicências, pois chamar-lhe opiniões era dar-lhes um título que não merecem.» O Santana Castilho inventou o texto? É mentira que este texto serviu para atribuir o diploma do 12º ano?
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Esse Teofilo M. é um cómico.
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Façamos votos para que, passado o 5 de Junho e por mera higiene intelectual, não mais apareçam “prosas” dos escribas-lacaios , cumprindo as encomendas patronais, na vã tentativa de branquear as aldrabices do BSz ( Bacharel Sanitário zézito, renomado desenhador camarário e promotor de grupos excursionistas multiculturais, entre outras prendas…) e respectiva corja parasitária.
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A cavalgadura socrática do arlindo faz a sua demagogiazita habitual.
A culpa é sempre dos outros…No caso dos professores. Não do idiota que ele escolheu para governar o povo, incluindo os professores.
E o rapaz contumaz vai dizendo logo que aquela demagogiazita à laia da do poltrão que ambos amam e a quem fazem sucessivas genuflexões, são umas opiniões muito acertadas.
Que país de bestas imundas
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Acredito que haja já muita gente na Universidade, desde há muito tempo, a escrever assim e a obter formação a escrever assim, e muitos deles certamente formados em escolas privadas. Basta passear por qualquer campus para perceber isso. Custa-me ninguém reconhecer a indecência de se publicar um texto de um aluno (para nem falar da crueldade de o comentar e de o ridicularizar cobardemente), que fez um esforço para voltar a estudar e para fugir ao seu lugar social.
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” Custa-me ninguém reconhecer a indecência de se publicar um texto de um aluno (para nem falar da crueldade de o comentar e de o ridicularizar cobardemente), que fez um esforço para voltar a estudar e para fugir ao seu lugar social.”
O esforço deve ser reconhecido e a coragem ainda mais. Mas isso não é para aqui chamado quando o aluno não sabe escrever. O que estamos a falar é de uma equiparação a um diploma que custa aos outros alunos da escolaridade normal muitos anos a conseguir e existem fasquias mínimas que não podem ser baixadas por muita coragem e boa vontade que o candidato demonstre. Não fazer isto é pactuar com uma fraude.
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ninguém nasce ensinado ………mas por favor não gozem com os textos dos alunos das ” grandes oportunidades…” fica-nos mal………aceditem!
o que mais aprecio nos portugueses é a capacidade de conseguir ver em qualquer coisa o lado negativo mesmo que não exista…..só não conseguem ver a corja que se senta na assembleia da republica , e dia 5 lá vão eles feitos otários votar no PS ou PSD , ou então melhor …….ficar em casa!
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” Custa-me ninguém reconhecer a indecência de se publicar um texto de um aluno (para nem falar da crueldade de o comentar e de o ridicularizar cobardemente), que fez um esforço para voltar a estudar e para fugir ao seu lugar social.”
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O sentimentalismo continua…os resultados estão há vista e ainda não aprendeu.
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Os comentários ao que disse falharam o essencial. Considero que o que deve ser avaliado sobretudo é a competência técnica, e não a vontade. Tenham em atenção também que a educação transcende o espaço de uma grelha; e que a avaliação de um aluno não se compara à avaliação dum funcionário burocrático, que consiste basicamente em colocar cruzinhas numa grelha com critérios racionalmente elaborados (quantos impressos preencheu, quantas pessoas atendeu, quantos, quantos…).
Claro que este governo vive do show-off mediático e a educação é mais uma bandeira que ele brande pelos dados estatísticos que ela lhe fornece. Não sei se Sócrates se importa realmente com a educação; muito provavelmente, não, porque o que lhe importa é o número e a sua sobrevivência política.
Sabe quem ensina o quão é difícil encontrar alunos, seja onde e a que nível for, com motivação para estudar, como acontece em muitos alunos dos cursos das NO. Porém, no caso destes alunos, o facto de há muitos anos não estudarem condiciona o ritmo da aprendizagem. Mas calma, homens, o projecto da modernidade e da razão está posto em causa; leiam coisas sobre isso. Eu aceito que se teçam argumentos contra as NO, por Deus, desde que lógicos, e não achincalhantes. Reparem que quem traz o texto para a praça pública e dele e da pessoa que quem o escreveu faz pouco (nem falo de questões de deontologia) é que age de forma irracional e perde a credibilidade à partida. E também se esqueceu outra coisa: conheço alguns pais que colocaram os filhos nas escolas privadas para que eles terminassem o Ensino Secundário, porque na escola pública eles não foram capazes. Alguns deles saíram surpreendentemente com notas superiores a outros alunos das escolas públicas, e em condições mais favoráveis para concorrer ao Ensino Universitário. Isto passa-se há anos. A alguém já lhe ocorreu, durante todo este tempo, terminar com as escolas privadas ou, quando menos, terminar com os financiamentos públicos a estas escolas? Já sei: é uma proposta demasiado radical, ideológica, demagógica, e o mais que quiserem… Mas questionar-se a existência das NO a partir do exemplo mencionado pela autora já faz todo o sentido. E não esqueçam que também as escolas privadas necessitam de alunos para continuar a receber dinheiro do Estado.
Usem-se argumentos lógicos, sem se cair na ridicularização pública de alguém (e aqui a parte é o todo). E pense-se que muita gente entra na Universidade sem as bases necessárias e sai de lá quase como se não tivesse por lá passado (por isso as NO são um problema menor, mas o que não lhe tira importância). O acesso de muita gente ao Ensino abrandou o ritmo de aprendizagem. E a verdade é uma: todos saem do Ensino com certificados sobretudo por questões logísticas. O mercado, esse, não irá absorver os muitos alunos com médias baixas que saem da Universidade (em condições normais, se não houver papá ou cunha pelo meio).
Leiam isto (http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/filosofo-jose-gil-diz-que-o-ministerio–da-educacao-virou-todos-contra-todos_1383961?all=1) na íntegra para se entender um pouco onde quero chegar e pensem que nem tudo na avaliação na educação é quantificável.
E lanço outro problema: a racionalidade económica/eficienticista está a contaminar tudo. Um dia as escolas vão ser geridas por gestores; é para aí que caminhamos (http://5dias.net/2011/05/24/como-o-ps-preparou-a-privatizacao-do-ensino/#more-64489).
E, já agora, para os perfeitos e anti-sentimentos, diz-se «os resultados estão à vista».
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«Há professores reformados com 49 e 50 anos com 2.500 ou 3.000 euros/mês»
sério? onde? 😐 (não no nosso país, com certeza…)
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a questão dos professores…
a drª teresa lembrou-me que de 1989 a 1991 cavaco aumentou a classe dos professores em CEM POR CENTO!
está o professor doutor cavaco na prisão???
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RECTIUS:
a drª a questão dos professores…
a drª Maria Teodora Cardoso lembrou-me que de 1989 a 1991 cavaco aumentou a classe dos professores em CEM POR CENTO!
está o professor doutor cavaco na prisão??? lembrou-me que de 1989 a 1991 cavaco aumentou a classe dos professores em CEM POR CENTO!
está o professor doutor cavaco na prisão???
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Ora aqui está um belo pedaço de prosa que dava um bom contributo abonatório!
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Passos Coelho pegou mal nas críticas às Novas Oportunidades. Ele deveria saber que lhe iria cair em cima o Carmo e a Trindade. Todos os comentadores, mesmo do PSD lhe cairam em cima. Estão muitos interesses em jogo, desde as entidades certificadoras, aos professores mal pagos e entalados pelas pressões, até à verdaeira prensa esmagadora constituída pelo interesse político e pelos jovens e idosos “novos certificados”. Deveria ter cuidado e ter pegado no assunto com o tento que não usou. No entanto, tem (teve razão). Aliás, foi das poucas vezes que a teve. Como dizia um professor meu amigo que certificava o 9.º ano: anda para ali um tipo sentado nas esplanadas e não entrega nada de jeito para poder ser certificado. Mas há muito mais do que isto, basta olhar como SC olhou. Mas, claro, um texto qualquer vizinho pode corrigir. E se a pessoa em causa tivesse tido esse cuidado, ninguém dava por nada. O PS preocupou-se muito mais em despejar na net o veneno da inveja, tipo Arlindo da Costa, do que em melhorar algumas ideias que até poderiam ter alguma utilidade. E nunca desistem, como a velha que ao afogar-se ainda chamava tinhosa, já só por gestos, à vizinha que a tinha empurrado. Grande parte do tempo de governação foi o despejo de malvadez e de inveja em relação a vencimentos medianos e a profissões desgastantes, em vez de ser na melhoria da situação do país. No caso das NO, seria interessante perguntar aos “novos formados” quantos livros e que livros foram obrigados a ler durante a sua “formação”. Ou que tipo de cálculos aprenderam, p.e.
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Pelo teor de alguns comentários neste espaço, defendendo cegamente os interesses do jose pinto de sousa e apaniguados… vejo com muita apreensão o futuro do país nas mãos desta gente… a viver à conta do estado, sem instrução, cultura ou espírito crítico…enfim..Viva o Benfica! que disto, de bjecas e de gajas é que o povo socrático gosta…
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João Cerqueira
Posted 25 Maio, 2011 at 15:41 | Permalink
Graça a Deus eu não tenho siumes dos que tem a inflicidade do votar novamente no senhor inginheiro Jozé Socrates. Eu bem tento fazer-lhes ver as coizas mas tá dificil fazerlhes ver as coizas.
Se nas procimas ileições cometerem o mesmo erro depois não se adimirem de irmos no procimo ano há falencia outra vez.
excelente!
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Pergunto:
Quantos licenciados, ou não, colocados em lugares de preponderância – já não falando nos que ocupam degrau menor – dão mais erros que este aluno?
Quantos professores, licenciados ou não dão, calinadas bem mais graves que este aluno?
Quantos jornalistas, licenciados ou não, falam ou escrevem bem pior que este aluno?
O argumento que deu origem a esta “blasfémia” só pode vir de um erróneo cidadão, tenha ele que profissão ou literacia tiver, além de ficar visível a “válida” teoria da abominável partidarite eleitoral do vale tudo!
Lamentável!!!
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Há professoras primárias minhas conhecidas que se aposentaram com 53 anos e ficaram com 500 contos de reforma… isso é verdade mesmo!
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