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Ele há coisas

4 Setembro, 2011

Andámos anos a fazer de Kadhafi um líder carismático. Em 2003 a Líbia foi escolhida para presidir ao comité de direitos humanos da ONU. E agora estão todo muito chocados porque este governo e aquele se serviram de Kadhafi. Aliás o azar de Kadhafi foi estar Obama na Casa Branca. Caso estivesse um republicano a Líbia seria hoje um país mártir, anunciar-se-iam catástrofes futuras imensas, a Europa estaria cheia de manifestações de “Não à guerra” e o professor Boaventura já  andaria aos gritos com o petróleo.

Assim a Líbia é um oásis de esperança. Enfim como escreveu o Rui Ramos no Expresso

A oriente nada de novo.


 «No momento em que escrevo, manda a praxe dizer, a propósito da Líbia, que ainda não sabemos ao certo como é que tudo vai acabar. Muito mais curioso, porém, é o facto de, após vários meses de encarniçamento noticioso e analítico, ainda não sabermos ao certo como é que tudo começou. Ninguém esperava esta “Primavera Árabe”. E a primeira inclinação foi para interpretar as insurreições à medida das modas ocidentais. Tivemos assim a “revolução do Facebook”. Vamos agora, que a ofensiva militar anglo-francesa fez cair Tripoli, falar da “revolução da Nato”?

Não quero estragar entusiasmos, mas a verdade é que nada do que estamos a ver é historicamente novo. A década de 1950 também teve a sua vaga de regimes em queda no Médio Oriente. Massas de gente nas ruas e praças, a maldizer os tiranos em desgraça, são uma faceta clássica das transições políticas nas autocracias da região. Já foi assim no Egipto, em 1919. Quando um poder se esgota e cai nestas sociedades segmentadas, tudo tende a regressar ao caos originário, até emergir um novo poder. Com sorte, o intervalo poderá compreender fases de guerra civil “suspensa”, como no Líbano ou no Iraque de hoje. Se quiserem, chamem-lhes “democracias”. Com a islamização em curso, não serão provavelmente seculares — o que não quer dizer que tenham de ser “jihadistas”.

Desde o século XIX, estas transições suscitaram por vezes promessas e expectativas de eleições e parlamentos (a primeira constituição da Tunísia é de 1861 e a do Egipto de 1923). Desta vez, a referência democrática tem mais esta razão de ser: os rebeldes perceberam a importância do patrocínio das potências ocidentais, cuja linguagem, por isso, precisam de falar. Daí, aliás, o esforço dos islamistas para passarem despercebidos. A mão do Ocidente, através da Nato, tem sido muito visível na Líbia. Mas a Líbia não é uma excepção. Até agora, os regimes derrubados foram os mais vulneráveis, pela sua dependência financeira e militar, à pressão ocidental (caso do Egipto). Os manifestantes da Praça Tahrir, tal como os guerrilheiros de Benghazi, resistiram e avançaram à sombra do Ocidente. Aquilo que fez a diferença no Irão em 2009 e o que distingue a Síria hoje é a improbabilidade de, nesses casos, o Ocidente ser efectivo ou esforçado.

Em suma, uma época de transição entre “sultões” no Médio Oriente conjugou-se com uma recaída do intervencionismo “humanitário” inaugurado por Clinton na década de 1990 e continuado por Bush em versão neo-conservadora. A questão é esta: porque é que o ataque da Nato contra a Líbia não mereceu as polémicas da guerra do Iraque? Em termos de “comunidade internacional”, esta intervenção também dividiu (a Alemanha escusou-se) e não foi menos “ilegal” (o “mandato” da ONU só serviu para ser abusado). Mas não vimos a esquerda marchar contra um “novo Vietname”, nem a direita mobilizar-se para um “choque de civilizações”. Porque Obama não é Bush? Porque não há infantaria americana no terreno? Porque o povo de Benghazi parecia em perigo, como os kosovars em 1999? Talvez. Voltámos assim, politica e militarmente, à época das campanhas da Nato contra a Sérvia. Enfim, nada de novo.»

55 comentários leave one →
  1. 4 Setembro, 2011 11:27

    Pois há e as negociatas com a Inglaterra e com os EUA agora descobertas então são de rir não é ?real politik..a tal que nos permite ver o Stallone vai para uns anos a combater os russo no Afeganistão aliado aos talibans..ironias…

    E se estão à espera que os estímulos à economia venham dos privados podem morrer à espera…..a história do século passado e deste diz-nos que em crises como esta nunca o fizeram..a alavancagem foi sempre pública…

    Logo isto vai ser uma reacção em cadeia mais dia menos dia….

    Robert Kurz

    REAÇÃO EM CADEIA PÓS-NACIONAL

    No capitalismo não são as pessoas que são socializadas, mas sim as coisas mortas: o dinheiro e as mercadorias. Daí que a percepção do mundo se restringe a um ponto; ao indivíduo singular, à empresa individual, ao Estado individual. Igualmente atomizada é a consciência do tempo. O que conta é apenas a actualidade. Tudo o resto são águas passadas ou o dilúvio depois de nós. Não se pensa na época, mas no horizonte de tempo do “Telejornal”. É verdade que se sabe de algum modo que há um contexto global complexo, especialmente económico. Mas, quanto mais se fala de “redes”, mais isolados os factos surgem. Globalização, tudo bem, mas isso não é um tema de ontem?

    Desde que os Estados tiveram de atar os seus pacotes de resgate, em toda a parte se gosta de usar novamente lentes nacionais. Que a falência do Lehman Brothers (o que foi isso?) tenha provocado uma reacção em cadeia, que revelou por um momento a rede mundial de créditos malparados, isso é considerado um excesso de quaisquer mercados financeiros sem pátria. Gosta-se de pensar num mundo de economias altamente patrióticas sob o guarda-chuva protector do governo e dentro das quatro paredes caseiras. Na realidade, os mesmos fluxos transnacionais de mercadorias e dinheiro, os mesmos desequilíbrios globais e circuitos de deficit continuam a ser subsidiados tal como antes, só que agora pelo crédito público, em vez de pelas bolhas financeiras comerciais. E mesmo os fundos públicos também são tudo menos nacionais.

    O capitalismo é considerado como indestrutível e a globalização qualitativamente nova é de preferência recalcada, pelo que a questão que se coloca parece ser apenas quem sobe ou desce entre as grandes empresas, ou quem são os vencedores e os perdedores nacionais. A China vai substituir os EUA como potência mundial económica e política? Esta “grande narrativa” dos média é completamente cega à realidade, porque já não vivemos num século de impérios nacionais independentes. Os excedentes de exportação da China para com os Estados Unidos, novamente a aumentar de mês para mês, são financiados pela inundação de dinheiro da Reserva Federal americana. Inversamente, os chineses alimentam o crescimento interno promovido pelo Estado a partir das suas astronómicas reservas cambiais principalmente em dólares. A interdependência é tão grande que o tropeço de um faz o outro ir também ao chão. Nem individualmente nem em conjunto eles conseguem controlar a sua relação inconsistente.

    Na Europa procede-se como se as crises de dívida da Grécia e dos outros candidatos a vacilar fossem problemas domésticos que pudessem ser dominados pelo esforço de poupança nacional. De facto, os deficits na UE são o reverso dos excedentes de exportação da Alemanha. Se a economia alemã tivesse de se concentrar no mercado interno entraria imediatamente em colapso. Até agora as medidas de austeridade draconianas no sul e no leste da Europa, como de resto também na Grã-Bretanha, em grande parte não passaram de palavras. Se forem plenamente realizadas é de esperar uma recessão europeia com implicações globais. E se a Grécia falir, precisamente por poupar até estourar, as pessoas vão-se admirar como os títulos da dívida pública grega estão armazenados por todo o lado. O caso não é muito diferente dos certificados do Lehman Brothers e o mesmo se diga dos créditos públicos mal parados por todo o lado. O capital é internacional em todas as suas formas. Se os protestos contra os programas anti-sociais de gestão da crise se limitarem a invocar tacanhamente a independência nacional eles só podem rodar em falso.

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  2. António Sobral Cid permalink
    4 Setembro, 2011 11:31

    Os «meus árabes», e sim está-me no sangue…

    One Thousand and One Nights (Arabic: كتاب ألف ليلة وليلة‎ Kitāb ‘alf layla wa-layla) is a collection of Middle Eastern and South Asian stories and folk tales compiled in Arabic during the Islamic Golden Age. It is often known in English as the Arabian Nights, from the first English language edition (1706), which rendered the title as The Arabian Nights’ Entertainment.[1]

    The work as we have it was collected over many centuries by various authors, translators and scholars across the Middle East, Central Asia and North Africa. The tales themselves trace their roots back to ancient and medieval Arabic, Persian, Indian, Turkish, Egyptian and Mesopotamian folklore and literature. In particular, many tales were originally folk stories from the Caliphate era, while others, especially the frame story, are most probably drawn from the Pahlavi Persian work Hazār Afsān (Persian: هزار افسان, lit. A Thousand Tales) which in turn relied partly on Indian elements.[2]

    What is common throughout all the editions of the Nights is the initial frame story of the ruler Shahryār (from Persian: شهريار, meaning “king” or “sovereign”) and his wife Scheherazade (from Persian: شهرزاد, possibly meaning “of noble lineage”[3]) and the framing device incorporated throughout the tales themselves. The stories proceed from this original tale; some are framed within other tales, while others begin and end of their own accord. Some editions contain only a few hundred nights, while others include 1,001 or more.

    Some of the stories of The Nights, particularly “Aladdin’s Wonderful Lamp”, “Ali Baba and the Forty Thieves” and “The Seven Voyages of Sinbad the Sailor”, while almost certainly genuine Middle-Eastern folk tales, were not part of The Nights in Arabic versions, but were interpolated into the collection by Antoine Galland and other European translators.[4]

    It is also notable that the innovative and rich poetry and poetic speeches, chants, songs, lamentations, hymns, beseeching, praising, pleading, riddles and annotations provided by Scheherazade or her story characters are unique to the Arabic version of the book. Some are as short as one line, while others go for tens of lines.

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  3. trill permalink
    4 Setembro, 2011 11:31

    “Aliás o azar de Kadhafi foi estar Obama na Casa Branca.”

    Afinal o Obama já não é um idiota q vai arruinar os eua?

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  4. trill permalink
    4 Setembro, 2011 11:32

    “Thousand and One Nights ”

    por acaso depois dos cinco e dos sete foi a colecção de volumes da mil e uma noites do meu pai que li…

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  5. Ana Sofia permalink
    4 Setembro, 2011 11:32

    As ditaduras ainda são a vergonha do mundo, a ostentação que exibem deviam-os envergonhar quando o povo vive miserálvelmente , mas foi bonito vêr o oprimido povo soltar-se e dar gritos de liberdade, como foi bonito usufruirem nem que por momentos daquelas brutas piscinas e faustosas instalações ganhas por sacrífício de um povo.

    Para quem aqui de mim discorda tão acérrimamente, deveria visitar hoje o Jumento e vêr os videos que identificam muito a personalidade e nível de quem se identifica como pessoa que só diz a verdade e que não mente.
    “Tem uma coluna vertebral de caracol”, palavras de Miguel Portas, eu não gostaria de ofender o caracol.
    (Estou a falar do primeiro miistro de Portugal)

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  6. 4 Setembro, 2011 11:34

    Se estivessem os republicanos em WhiteHouse, já os americanos estariam na Líbia a ocuparem os poços de petróleo e outras zonas vitais.
    Obama não é rancheiro nem cowboy.

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  7. 4 Setembro, 2011 11:34

    NÃO OFENDE O CARACOL TEM MAIS SINAPSES QUE O DITO..SÓ É MAIS FEIO…

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  8. 4 Setembro, 2011 11:35

    Sede assim — qualquer coisa
    serena, isenta, fiel.

    Flor que se cumpre,
    sem pergunta.

    Onda que se esforça,
    por exercício desinteressado.

    Lua que envolve igualmente
    os noivos abraçados
    e os soldados já frios.

    Também como este ar da noite:
    sussurrante de silêncios,
    cheio de nascimentos e pétalas.

    Igual à pedra detida,
    sustentando seu demorado destino.
    E à nuvem, leve e bela,
    vivendo de nunca chegar a ser.

    À cigarra, queimando-se em música,
    ao camelo que mastiga sua longa solidão,
    ao pássaro que procura o fim do mundo,
    ao boi que vai com inocência para a morte.

    Sede assim qualquer coisa
    serena, isenta, fiel.

    Não como o resto dos homens.

    Cecília Meireles

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  9. trill permalink
    4 Setembro, 2011 11:36

    ou posso deduzir que o Obama fez mal em seguir a França no apoio aos “rebeldes”?

    se é esta a última hipótese não acham que estão a ser uns sacanas (independentemente de todas as dúvidas)? Indo por aí há quem ache que os portugueses – e de forma mais radical toda esta “gentalha improdutiva do club med” – não estão preparados para a democracia…

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  10. trill permalink
    4 Setembro, 2011 11:50

    eu precipitei-me pois n tinha lido isto:

    ” Caso estivesse um republicano a Líbia seria hoje um país mártir,”

    talvez não até pq n foram os eua que tomaram a iniciativa, limitando-se a seguir, relutantemente, a França já acompanhada por uk q n teve alternativa depois da França iniciar os vombardeamentos unilateralmente. Neste muy particular caso tiro o chapéu à França, independentemente do móbil.

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  11. trill permalink
    4 Setembro, 2011 11:51

    “Se estivessem os republicanos em WhiteHouse, já os americanos estariam na Líbia a ocuparem os poços de petróleo e outras zonas vitais.
    Obama não é rancheiro nem cowboy.”

    Subscrevo.

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  12. A. C. da Silveira permalink
    4 Setembro, 2011 12:02

    Há 40 anos que detesto o Kadafi. Quem não se lembra das palhaçadas como o “5º Cavaleiro”, p. ex. Mas ele era o chefe de estado de um país com que todos, ou quase, mantinham relações diplomaticas e negocios de toda a especie. Toda a gente sabia quem é o Kadafi e como ele governava a Libia e os libios, e estar agora a acusa-lo de tudo e mais alguma coisa, não passa de lagrimas de crocodilo. No meio disto tudo, é verdade que os ingleses (Tony Blair, claro) tiveram um comportamento asqueroso, mas isso é tipico deles desde há seculos. Nenhuma surpresa portanto!
    Os libios resolveram desbancá-lo, e o ocidente atraves da Nato, resolveu dar uma mãozinha. Qual é o problema de ajudar um povo a democratizar-se? Eles têm o melhor petroleo do mundo? melhor ainda. Ajudamo-los a viverem democraticamente, compramos-lhe o petroleo, ( a preços de mercado, claro) e de caminho vendemos-lhes o que eles precisam, e o que não precisam. Se não formos nós, são os russos ou os chineses, e a economia da Europa precisa de bons negocios.
    O Rui Ramos tem razão: a Oriente, nada de novo!

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  13. J.J.Pereira permalink
    4 Setembro, 2011 12:03

    Leio-a e , à semelhança do Craft ( num contexto abissalmente distinto ) penso que as suas crónicas deviam ser “gratuitas e obrigatórias”…
    PS – Noto, “en passant” , que a do “fiche” voltou a atacar…

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  14. 4 Setembro, 2011 13:06

    «Obama não é rancheiro nem cowboy.»

    Eu agora não estou lembrado, mas ele chegou a “fechar” Guantánamo? Já agora, o Iraque já está desocupado? Além disso como é que vão as coisas no Afeganistão? Olhe nem a propósito, na Síria o que é que se passa?

    Tenha dó.
    R.

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  15. 4 Setembro, 2011 14:00

    O Império é, objectiva e explicitamente, bipartisan desde Woodrow Wilson e a sua “conformidade”. O que é miserável é o dualismo hipócrita e imoral das esquerdas europeias que pretendem que as guerras de Obama (ou de Clinton) sejam melhores que as de Bush (I e II).

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  16. tric permalink
    4 Setembro, 2011 14:09

    “Primavera arabe” vs ” Inverno Europeu”

    Primavera arabe lol A Primavera Arabe tem um destinatário…Irão! ainda por cima é o trolaró do Presidente de França, Sarkosy ( o Judeu ) é que está a liderar todo este processo…e onde os franceses metem a mão só sai porcaria!!

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  17. 4 Setembro, 2011 14:33

    Obama não invadiu o Iraque, nem o Afganistão, nem criou Guantanamo.
    Herdou isso.
    A sua gestão tende à retirada da tropa americana daqueles países e ao encerramento de Guantanamo.
    Os timings estão marcados pelos imbróglios legais e contratos anteriormente firmados.

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  18. 4 Setembro, 2011 14:36

    Mr Jekyll e mr Hide…

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  19. portela menos1 permalink
    4 Setembro, 2011 15:23

    Como isto está por cá ainda vão a tempo de se inscreverem nos Republicanos. Mas depois nao digam que nao votaram neles, à semelhanÇa do que fazem os laranjas 2 meses depois das eleiçoes ..

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  20. A. R permalink
    4 Setembro, 2011 17:01

    Brilhante Helena.

    Agora esperamos com ansiedade que Obama seja o próximo Kadafi: a apear antes que continue a liquidar os Estados Unidos e aumentar a pobreza dos conterrâneos. Nunca os EUA estiveram em tantas guerras como os EUA do mouro Obama.

    Felizmente ele tem guia de marcha e eu rejubilo

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  21. lucklucky permalink
    4 Setembro, 2011 17:18

    Não vale a pena Rogério. Os trills e piscoisos são produtos do jornalismo tuga. Nada mais há naquelas cabeças.
    .
    É o tipo de gente que lia o Expresso no qual um idiota vinha lá a dizer que os EUA eram grandes fornecedores de armas ao Iraque e depois iriam repetir por todos os cantos sem sequer verificarem se era verdade ou não.
    .
    A razão porque não há grandes críticas é porque não está a “direita” no Poder.
    As críticas a Bush só foram possíveis porque à escala mundial os PS’s se uniram ao PCP’s+BE’s+Islamistas para criticar Bush.
    Quando foi do ataque à Sérvia estavam os Gonzalez, Guterres, Prodi, Clinton no Poder, logo a Esquerda estava dividida. Como hoje. Logo o volume de criticas resume-se à extrema esquerda.
    E a Esquerda Centrista enxota a extrema esquerda dos medias quando se tornam incómodos.
    .
    É ver por exemplo como o Boaventura Sousa Santos aparece muitas vezes sempre que o PS não está no Governo…

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  22. lucklucky permalink
    4 Setembro, 2011 17:22

    CIA shifts focus to killing targets
    Sept 02 2011
    http://www.washingtonpost.com/world/national-security/cia-shifts-focus-to-killing-targets/2011/08/30/gIQA7MZGvJ_story.html
    .
    Com Bush esta notícia teria direito a primeiras páginas, desenvolvimento e entrevistas com ONG’s ditas de “direitos humanos” mas normalmente só para defenderem os direitos dos ditadores… – a propósito desapareceram da circulação mediática assim que Obama chegou ao poder…
    Pois como é Obama, não se passa nada.

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  23. lucklucky permalink
    4 Setembro, 2011 17:26

    E preparam outra encenação orquestrada para Setembro…

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  24. 4 Setembro, 2011 17:26

    Os disparates da claque helenafmatos.
    Para um, Obama é mouro.
    Para outro eu leio o Expresso (???) e tudo se resume a direita/esquerda!
    eheheh

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  25. lucklucky permalink
    4 Setembro, 2011 17:39

    Basta esta frase “Obama não é rancheiro nem cowboy.”

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  26. 4 Setembro, 2011 17:46

    Qual é a dúvida?

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  27. A. R permalink
    4 Setembro, 2011 17:47

    Fundamentalmente mostrou-se que um presidente negro -eleito por um trauma racista americano que ao fim e ao cabo é um peão das nicas de George Soros e outros verdadeiros especuladores, Farrakhan e pela CAIR, é incompetente até dizer basta, comete gaffes às carradas e é mais ignorante que a porta de uma cavalariça. Fica a América baptizada com esta triste experiência e dá o verdadeiro valor ao grande Bush.

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  28. trill permalink
    4 Setembro, 2011 18:04

    “lucklucky
    Posted 4 Setembro, 2011 at 17:18 | Permalink
    Não vale a pena Rogério. Os trills e piscoisos são produtos do jornalismo tuga. Nada mais há naquelas cabeças.”

    Não sei do que fala. N sou fâ do tal semanário – antes pelo contrário – vou sempre às fontes pois desconfio das grandes verdades – tipo foi o melhor do mundo” em tal coisa – apresentadas pelos métodos jornalisticos portugueses. Podia-lhe dar um exemplo recente que tratei no meu blog, mas não lhe vou fazer um desenho.

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  29. 4 Setembro, 2011 18:05

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  30. trill permalink
    4 Setembro, 2011 18:06

    De resto há pessoas que frequentam este blog que sabem do que falo e conhecem bem a minha metodologia. Por isso abstenha-se de emitir juízos ridículos e não verdadeiros (uma forma “elegante” de evitar chamar-lhe mentiroso).

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  31. trill permalink
    4 Setembro, 2011 18:09

    de resto o lucky se me conhecesse saberia quanto fui prejudicado no passado pelo tal “jornalismo tuga”, melhor, pela metodologia tuga, rasca e controleira, das direcções dos jornais (tugas)…

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  32. 4 Setembro, 2011 18:37

    «Obama não invadiu o Iraque, nem o Afganistão, nem criou Guantanamo.»

    Bush invadiu o Iraque, mas com o apoio da “Coligação”. No Afeganistão também com o apoio da “Coligação”, mas piadinhas sobre as (nem sei bem quantas) invasões dos soviéticos nada. A questão é toda Bush. E Guantánamo…. enfim. Essa do “herdar” em política tem barbas… é que Guantánamo começou o imbróglio nos mandatos de Bush. Tal como o aquecimento global, as cataratas da minha tia Cecília e a falta de homem que olhe para a Zazie.

    É verdade lucky, na Sérvia até se babavam, Qual “coligação”. Clinton é que era…
    Já os Russos matam uns quantos (inclusive ortodoxos) num teatro e nem uma palavra ou neste caso, piadinhas.

    R.

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  33. 4 Setembro, 2011 19:04

    Mas o post é sobre os russos?
    Quando for, cá estarei com piadinhas.

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  34. Arlindo da Costa permalink
    4 Setembro, 2011 19:26

    É verdade, se os republicanos continuassem no poder, obviamente que Kadafi continuaria seguro na sua liderança.
    Basta ver a parceria entre a CIA e os serviços secretos libios (até 2008!) para prender e torturar opositores ao regime de Kadafi, entre os quais um dos actuais líderes do Conselho Nacional de Transicção.
    Na verdade, o azar de Kadafi foi Obama ter ganho a cadeira da Casa Branca!

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  35. trill permalink
    4 Setembro, 2011 19:31

    aliás isso vem na 1ra página do dn de hoje ( n sei se era no dn ou no i pois o café tinha os 2 e li os 2, ou partes de ambos)

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  36. licas permalink
    4 Setembro, 2011 19:54

    Geronimo (o chefe Índio) convoca a *malta* da CGTP para se insurgir
    contra o Governo Eleito há dois meses pela maioria doe Pertugueses.
    Para alguns, mais escrupulosos, constitui um acto anti-democrátiaco,
    para ouros, tal como eu, apenas comento: lá está ele a falar sozinho.
    (já agora : e Angola com o eterno josé Eduardo, vamos Cadhafiá-lo?? )

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  37. lucklucky permalink
    4 Setembro, 2011 19:58

    “Qual é a dúvida?”
    .
    Vejamos, com Obama:
    Mais tropas para o Afeganistão. Reforço da presença no Iémen.Aumento de ataques – exponencialmente – dentro do Paquistão. Mais profunda intervenção na Somália, intervenção na Líbia.
    Mais assassínios com mísseis – usando as palavra que os media de Esquerda como Publico, Expresso, etc quando eram os Israelitas que o faziam e agora estão caladinhos – em vez de detenções.
    .
    Já é suficiente piscoiso …

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  38. Arlindo da Costa permalink
    4 Setembro, 2011 20:01

    Vocês devem ir de joelhos agradecer a Nossa Senhora de Fátima, pois o «indío Gerónimo» foi o vosso mais fiel aliado no derrube do PM José Sócrates.
    Fica muito feio mostrar ingratidão para com o Jerónimo de Sousa que tanto fez para vos ajudar.

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  39. 4 Setembro, 2011 20:14

    A ler e ouvir…no fundo tudo se resume neste texto…
    http://zebedeudor.blogspot.com/2011/09/patti-smithpeople-have-powerand.html

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  40. J.J.Pereira permalink
    4 Setembro, 2011 21:13

    Aparente ( mas só aparente!…) paradoxo : a malta pró Obama é, retintamente (no pun intended…) anti – Americana.

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  41. licas permalink
    4 Setembro, 2011 21:28

    Como qualquer fanático Governo não inteiro de Comunistas NÃO PRESTA: Geronimo (sem acento porque com assento só o Sitting Bull . . .) tendo combatido Sócrates mais não fez do que *dar vazão* à sua * bolha *.

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  42. Arlindo da Costa permalink
    4 Setembro, 2011 23:41

    Lá em cima o ilustre CAA armado em cow-boy!
    Onde havíamos de chegar!

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  43. 5 Setembro, 2011 00:39

    O cowboy do post CAA é o sr. Marion Mitchell Morrison, vulgo John Waine, que morreu com um cancro no estômago, depois de entrar em mais de 200 filmes e emborcar alguns quilolitros de Jack Daniels.

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  44. Carlos Dias permalink
    5 Setembro, 2011 00:40

    Estou como o Arlindo.
    O CAA vai para um forte passar férias ou vai nos defender da chuva que por aí vem.
    De qualquer modo eu gostava de estar junto ao CAA para nos defender dos outros. (Sejam eles quem forem).
    Caro CAA não haverá um lugar a mais no Forte?
    Nem que seja de acessoria?
    Formação em Exel, Word, Sexo?
    Português (moderno) ao menos?

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  45. anti-comuna permalink
    5 Setembro, 2011 07:54

    Quando as tropas ocidentais se aliam á Al Qaeda para derrubar um ditador, alguma coisa vai mal. A mesma Al Qaeda supostamente que é combatida noutra guerra. No Afeganistão.
    .
    .
    Enfim, nada de novo na frente ocidental:
    .

    .
    http://www.guardian.co.uk/world/2011/aug/25/libya-conflict-british-french-soldiers-rebels-sirte
    .
    .
    E haveria mais links, se procurássemos. Constroi-se toda uma dita “narrativa” de guerra para justificar a ocupação dos territórios da 10ª maior reserva de petróleo do mundo.
    .
    .
    Será que irão plantar papoilas no deserto libio, no fim da guerra?

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  46. anti-comuna permalink
    5 Setembro, 2011 08:23

    Para relembrar a alguns:
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    “Libyan rebel commander admits his fighters have al-Qaeda links”
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    In http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/africaandindianocean/libya/8407047/Libyan-rebel-commander-admits-his-fighters-have-al-Qaeda-links.html
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    “Libya Rebel Leader Reportedly Has Al Qaeda Ties”
    .
    In http://www.huffingtonpost.com/2011/08/30/libya-rebel-leader-al-qaeda_n_941752.html
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    E muito antes da guerra oficialmente começar, já se sabia quem é que estava a combater o ditador:
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    “Connections Between Al Qaeda And Libyan Rebels Run Deep”
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    In http://www.outsidethebeltway.com/connections-between-al-qaeda-and-libyan-rebels-run-deep/
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    Até é curioso como surgiram destas coisas:
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    “Islamabad—The United States, Britain and France have sent several hundred “defence advisors” to train and support the anti-Gadhafi forces in oil-rich Eastern Libya where “rebels armed groups” have apparently taken over. ”
    .
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    Ou seja, as potências ocidentais aliaram-se aos restos da Al Qaeda em debandada e toca a forjar uma “revolução libertadora” para controlar a 10ª maior reserva mundial de crude. Mas nada disto faz corar de vergonha o mundo.
    .
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    E assim se vão forjando os conflitos do futuro. E, se calhar, um dia dias a heroa é mais barata em Portugal que a própria coca. lololol

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  47. anti-comuna permalink
    5 Setembro, 2011 08:24

    Faltou o último link, da citação última acima:
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    http://pakobserver.net/detailnews.asp?id=78009
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    Mil desculpas a todos.

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  48. anti-comuna permalink
    5 Setembro, 2011 08:48

    Se os tipos decidem voltar a guerrear os ocidentais, não se admirem se houver ataques terroristas com armas ocidentais.
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    “AL-QAEDA’S offshoot in North Africa has snatched surface-to-air missiles from an arsenal in Libya during the civil strife there, Chad’s President says.
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    Idriss Deby Itno did not say how many surface-to-air missiles were stolen, but told the African weekly Jeune Afrique that he was “100 per cent sure” of his assertion.
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    “The Islamists of al-Qaeda took advantage of the pillaging of arsenals in the rebel zone to acquire arms, including surface-to-air missiles, which were then smuggled into their sanctuaries in Tenere,” a desert region of the Sahara that stretches from northeast Niger to western Chad, Deby said in the interview.
    .
    “This is very serious. AQIM is becoming a genuine army, the best equipped in the region,” he said.”
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    In http://israelmatzav.blogspot.com/2011/03/shocka-libyan-rebels-admit-al-qaeda.html
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    “Rebels who have plundered Libyan army depots sell weapons to militants from Al Qaeda’s North Africa branch, the Algerian paper L’Expression said on Saturday referring to a source from the Algerian security forces.
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    The militant Islamist group has already received heavy weaponry and air defense missiles from the Libyan rebels, the paper said, adding that if Western nations decide to equip the Libyans, these weapons could also come to the hands of Al Qaeda terrorists.”
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    In http://en.rian.ru/world/20110402/163343492.html
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    E eu já estou a ver o filme a seguir. Os gajos, da Al Qaeda, tomam o poder, correm com os ocidentais, impõem a Sharia deles, massacram as minorias pretas da Libia e tornam-se num regime perigoso para o Ocidente..
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    A quantos kms. fica Lisboa dos misseis libios? Só para relembrar em Portugal, o que andam os nossos “aliados” a fazer no Norte de África. Depois não se queixem.

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  49. anti-comuna permalink
    5 Setembro, 2011 08:53

    Depois não se queixem.
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    “As forças armadas iranianas terão testado com sucesso esta manhã um míssil de longo alcance Shahab-3, com capacidade para chegar a dois mil quilómetros de distância, durante as manobras militares com que o regime de Teerão pretende demonstrar estar preparado para responder a eventuais ataques que surjam na esteira da revelação de que o país tem uma segunda central de enriquecimento de urânio.”
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    In http://www.publico.pt/Mundo/irao-testa-missil-de-longo-alcance-capaz-de-atingir-israel-a-turquia-e-bases-americanas-no-golfo_1402673
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    Ora, são cerca de dois mil kms. a distância entre Tripoli e Lisboa. Estão a ver um regime controlado por maluquinhos islámicos, armados com misseis apontados à Europa? Não estão a ver, pois não. Então esperem quando as forças ocidentais forem corridas da Libia e o regime que se segue tomar forma e mostrar a sua verdadeira face.
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    Obrigado, amigos aliados de Portugal. lolololololol

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  50. 5 Setembro, 2011 09:45

    Até D. Afonso Henriques bateu na Mãe.

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  51. portela menos1 permalink
    5 Setembro, 2011 13:43

    2000km? nao è a distancia da Libia ao ministerio das finanças no Terreiro do Paço?

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  52. lucklucky permalink
    5 Setembro, 2011 18:54

    Lembrar ainda que Obama interveio na Líbia sem autorização do Congresso.
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    Se fosse Bush as acusações de Fascismo e Golpe de Estado estariam na ordem do dia…
    .
    Entretanto: Libyan rebels round up black Africans
    http://news.yahoo.com/libyan-rebels-round-black-africans-130723394.html

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  53. lucklucky permalink
    5 Setembro, 2011 23:51

    Não vai aparecer no Publico nem no Expresso:
    US drone strike kills 7 in NW Pakistan
    Sun Sep 4, 2011 6:1PM GMT
    A non-UN-sanctioned US drone attack has killed at least seven people and wounded several others in Pakistan’s northwestern tribal region.
    (…)

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  54. 20 Janeiro, 2012 16:50

    Como o tempo aguça o espírito!

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