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Este país está sempre a ter recaídas*

10 Dezembro, 2011
by

Não há nada como acordar, ligar o rádio e chocar com uma “comissão de utentes”. Primeiro, porque se sabe sempre o que vão dizer: estão contra. Não me recordo de uma “comissão de utentes” estar a favor de alguma coisa. Depois, porque aquilo é o grau zero do jornalismo: coloca-se o microfone à frente de um activista que ninguém sabe quem representa e escutam-se as suas diatribes sem contraditório. Talvez se acredite que assim se ouve “o povo”, mas suspeito que o povo é quem menos liga a essas comissões.

Esta semana, entre as várias “comissões de utentes” que me saíram pela frente, umas eram, supostamente, dos serviços de saúde e previam que muita gente iria deixar de ir às consultas e às urgências por causa do aumento das taxas moderadoras. Um escândalo: estar-se-ia a denegar o “direito à saúde” por motivos económicos. O ruído prolongou-se no Parlamento e foi, como é hábito, ampliado por um senhor que passou efemeramente pelo Ministério da Saúde há muitos, muitos anos, mas que está sempre a ser apresentado como o “pai do SNS” (isto apesar de agir como o seu coveiro).

Pavlovianamente, espalhou-se a indignação sobre isto de deixar sem direito à saúde pública os desvalidos. Pavlovianamente, ninguém perdeu um segundo a pensar – e a reparar que mais de metade da população está isenta de taxas moderadoras. Os portugueses que as pagam estão, digamos assim, na metade mais abonada do país. Poderemos considerá-los desvalidos? Será razoável defender que não têm recursos para pagarem taxas moderadoras actualizadas? Não deveríamos antes perguntar como é possível as isenções chegarem a seis milhões de utentes? E não será natural que, aumentando as taxas, diminua a utilização dos serviços, não por carência de meios financeiros dos utentes, mas por diminuição das falsas urgências, das consultas “só porque sim” ou dos exames “já agora aproveito”?

 

Este tipo de debates públicos caricaturais, reduzidos ao preconceito que recusa qualquer mudança – lembram-se da forma como foi tratado o ministro Correia de Campos? –, são muito reveladores sobre a falta de qualidade da discussão política em Portugal. Revelam uma constante recaída na incapacidade de olhar para além do quintal de cada um.

Um outro triste exemplo: o debate sobre os feriados. Durante anos parecia ter-se chegado ao consenso de que temos feriados a mais e que a sua associação às nossas famosas “pontes” não contribuiria por aí além para a produtividade nacional. Todos pareciam estar de acordo, até porque também criticavam a alegada falta de coragem de sucessivos governos que não tocavam nos sacrossantos feriados, pontes e tolerâncias de ponto. De repente, tudo mudou. Primeiro, porque não faltou bicho careta que, solenemente, não viesse proclamar que havia feriados que nunca poderiam desaparecer – curiosamente, os feriados que estão destinados a desaparecer. Depois, porque surgiram do nada especialistas em produtividade a defenderem a inutilidade da medida.

Pessoalmente não tenho opinião sobre se deviam ser estes os feriados a desaparecer ou se podiam ser outros, talvez porque na profissão de jornalista não se costuma gozar feriados mas não se deixa, lá por isso, de celebrar as datas que merecem ser celebradas. O problema é outro: nos tempos que correm é importante dar um sinal de que temos de nos aplicar mais, o que também passa por dispensar as folgas desnecessárias que nos foram legadas pela tradição dos brandos costumes e do depois logo se vê. Hoje o direito ao descanso tornou-se muitas vezes direito à preguiça (para parafrasear Paul Lafargue) e este, por excessivo, é sinónimo e condenação à pobreza relativa.

Podia ser outra a escolha? Podia. Mas siga-se em frente que, se um dia for caso de corrigir, não haverá coisa mais fácil no mundo.

 

Mas devo dizer que há pior. É quando o debate é deliberadamente mistificado. Como sucedeu em torno do famoso “excedente” nas contas públicas.

Começa por ser extraordinário como se usa e abusa da palavra “excedente” quando falamos de um exercício orçamental que terá um défice de 5,9 por cento, défice esse que ficaria acima de oito por cento sem medidas extraordinárias. A culpa foi do primeiro-ministro, que utilizou uma palavra que nunca devia ter utilizado. Mas o proveito da mistificação ficou todo por conta de António José Seguro e da sua tese da “folga”.

Vale a pena perder um minuto a perceber o que está em causa e como é enganador falar de “excedente” ou de “folga”. Em causa está a transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado, o que permite encaixar seis mil milhões de euros mas é um péssimo negócio, já que implica obrigações futuras na casa dos 500 milhões/ano. Este negócio só é feito para cobrir o buraco colossal (o termo é meu) das contas públicas e chegar ao défice de 5,9 por cento com que nos comprometemos internacionalmente. Acontece que só são necessários quatro mil desses seis mil milhões para tapar o buraco orçamental, tendo o Governo decidido, e bem, aplicar os restantes dois mil milhões no pagamento de dívidas do Estado à economia, o que tem a dupla vantagem de injectar dinheiro nos sectores produtivos e na banca e de prevenir buracos futuros. Houvesse mais dinheiro nos fundos de pensões e mais dinheiro deveria ir para pagar as dívidas em atraso.

Quem seguiu o debate público sobre esta matéria dificilmente terá encontrado esta explicação, apesar de não terem faltado economistas, como Silva Lopes, a defenderem a racionalidade da opção. A gritaria que dominou foi sempre a mesma: se havia “excedente”, havia “folga”, se havia “folga” era possível não ter sacrificado o 13º mês dos portugueses. Era bom era, era, mas o melhor mesmo era não ter ido buscar os fundos de pensões à banca, e sobre isso houve muito menos discussão.

 

Se estas constantes recaídas na inércia do não-pensamento, nas lógicas imobilistas e nas retóricas populistas sempre que se fala em mudar o que quer que seja são desesperantes, que dizer das notícias sobre algumas guerras partidárias, no PSD e no CDS, a propósito das nomeações para as administrações hospitalares? Até agora a sensação que se tinha era de que o Governo estava a conseguir resistir à habitual corrida aos lugares no Estado por parte dos aparelhos partidários, tendo reconduzido muitas chefias e conselhos de administração. Até na área da Saúde, onde tradicionalmente a pressão das distritais é maior. Mas a notícia de que começa a haver notórias brechas em alguns hospitais EPE é péssima: será que nem neste serviço de higiene mínimo que consiste em barrar o caminho à sofreguidão dos boys se consegue cumprir com o prometido? Será que também aqui vamos todos pagar caro as consequências das recaídas nas velhas práticas?

É mesmo muito difícil este país ter emenda.

Público, 9 Dezembro 2011

21 comentários leave one →
  1. 10 Dezembro, 2011 21:28

    Constato que JMF está hoje, entre milhentas de outras situações, preocupado com as falsas urgências. Mas isso tem bom remédio, é serem atendidas por falsos médicos.

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  2. Portela Menos 1 permalink
    10 Dezembro, 2011 21:32

    chamar de “notórias brechas” à pornografia da dança de tachos do Bloco Central – para colocar os boys&girls – já é um avanço significativo na narrativa 🙂

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  3. Grunho permalink
    10 Dezembro, 2011 22:11

    O JMF defende que para exigir respeito pela sua cidadania é necessário andar andar com a declaração de IRS no bolso, e que os cidadãos que trabalham não pagaram já o atendimento decente nos serviços de saúde e as pensões de reforma que agora lhes são roubadas.
    Defende também que devem trabalhar de borla mais meia hora por dia e nos feriados que desaparecem.
    Quanto à pergunta “será que nem neste serviço de higiene mínimo que consiste em barrar o caminho à sofreguidão dos boys se consegue cumprir com o prometido?” os bois e as vacas do PSD do CDS e do PS continuam a comer muita palha e muita erva e a digladiar-se em volta dos lugares na mangedora.
    Quanto a dar um sinal de que temos de nos aplicar mais está, como jornalista, dispensado.

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  4. Arlindo da Costa permalink
    10 Dezembro, 2011 22:44

    A recaída a que estamos a assistir é o regresso do COMUNISMO (este mais liberal e insidioso) como forma de organizar a sociedade.
    Nivelar tudo por baixo; confiscar os rendimentos dos cidadãos; portajar a saída de casa para o trabalho e o seu regresso; pagar imposto sobre o tecto que nos abriga; roubar para entregar à nomenklatura do regime; roubar para sustentar assessores de coisa nenhuma e grupos de estudo da treta; etc.
    Talvez, o arguto e ilustrissimo autor JMF, possa alvitrar junto dos ministros especialistas no «passar à esquerda», o Macedov e o Gasparav, que os pobres tugas usem na lapela as «três Setas do SPD português» (ou PPD, segundo o totó do Santana!) para que os revisores dos comboios, autocarros, metro, centros de saúde, segurança social, finanças, etc., saibam que aquele cidadão é POBRE, EXCLUIDO e SUB-HUMANO!
    Estamos na recaída do Admirável Mundo Novo ou na sempiterna construção do «homem novo», tão cara ao JMF.
    Como diria um antigo dissidente soviético, eu já vivi o teu futuro, ó Sr.JMF!

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  5. balde-de-cal permalink
    11 Dezembro, 2011 00:13

    o ‘tricano’ do sns não teria montado o mesmo não fosse a total ajuda do falecido Prof Mário Mendes, secretário de Estado.

    o ‘tricano’ pode comprar a igreja à venda para sessões da loja ou chafarica

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  6. Ideias infantis permalink
    11 Dezembro, 2011 00:14

    “Pavlovianamente, ninguém perdeu um segundo a pensar – e a reparar que mais de metade da população está isenta de taxas moderadoras. Os portugueses que as pagam estão, digamos assim, na metade mais abonada do país.”
    A metade da população que refere estar isenta, são indigentes, cujos rendimentos mal dão para se alimentarem, sem acessos à cultura. Para pertencer à metade mais abonada do país, basta auferir mais de 628,00. Esta hipócrisia intelectual é chocante.

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  7. ptc permalink
    11 Dezembro, 2011 00:15

    Caros JMF,
    Sigo atenta e curiosa as suas crónicas com as quais, em geral, me identifico (dou de barato o que escreveu em 2003 contra as armas de destruição maciça no Iraque que nunca existiram e a sua defesa da 2ª guerra do Golfo que, de entre outros disparates do eixo Bush/Blair/Aznar e Barroso nos – MUNDO – conduziu ao lindo lugar aonde agora estamos).

    Em relação ao que escreveu hoje sobre os feriados, não consigo resistir a postar um comentário.
    Como disclaimer prévio, tenho a informar que trabalho em média 10 horas por dia, não tenho horário de trabalho, se for preciso trabalhar aos feriados e fins de semana faço-o. SEM QUALQUER PROBLEMA. E isto porque trabalho numa multinacional que é exigente e premeia o mérito. Para além disso, tenho algumas actividades extra ou para-laborais que me obrigam a trabalho suplementar. E tenho a firme convicção de que, tendo começado a trabalhar aos 22 anos, há 26 anos atrás, para mim não haverá reforma e que trabalharei até morrer, salvo se ganhar o Euromilhões, no qual aliás não jogo…

    Estou muito céptica em relação aos feriados.

    Em primeiro lugar, porque não houve discussão. Por exemplo, manter o 10 de Junho e eliminar o 1º de Dezembro, porquê?!
    Um povo define-se pelas celebrações que faz das vitórias e pela mitificação das perdas.
    Sabe que o dia nacional da Catalunha é o dia da derrota definitiva face a Castela?! Se calhar, precisamente por isso, é que nunca conseguiram libertar-se do jugo castelhano!
    Em Portugal parece que queremos seguir o exemplo – festejar o fado e a melancolia: celebrar 0 10 de Junho é celebrar Camões, sem dúvida o maior vulto da nossa literatura – que poucos terão lido e de que saberão pouco mais do que a estrofe inicial dos Lusíadas – , mas, justamente, é celebrar o (alegado) dia da sua MORTE ocorrida em 1580, ano da perda da soberania (e não da independência, como erradamente se propala) …
    O 1º de Dezembro é um dia de restauração, sem o qual nenhum outro feriado político poderia ser festejado, e que merece ser enaltecido porque a vontade e querer de alguns muito corajosos mudou o curso da nossa História. Um povo que não sabe donde vem dificilmente saberá para onde ir. E, confesso, que acho muito mais divertido e “saleroso” celebrar a defenestração do Miguel de Vaconcelos e a quase defenestração da Duquesa de Mântua do que ouvir um Requiem pelo Camões…

    Em segundo lugar, parece-me que a questão da alegada produtividade é , e perdoe-me a expressão, treta. Os alemães, holandeses e outros povos ricos têm tantos ou mais feriados do que nós. E, normalmente, cumprem um horário de trabalho mais ou menos rígido, mas sem pausas para café ou almoços de três horas. Trabalham seguido, com objectivos e sabem o que têm que fazer. O problema é, pois, de produtividade. Aliás, os alemães trabalham MENOS do que os americanos e são mais produtivos…
    Parafraseando Daniel Sampaio, “Inventem-se novos gestores”. Basta comparar a AUTO-EUROPA com outras empresas do panorama nacional.

    Em terceiro lugar, o problema desta medida e doutras medidas avulsas que vão sendo tomadas é serem avulsas, parecerem pouco pensadas e, sobretudo, serem muito mal explicadas. Na 2ª Guerra, Churchill disse aos ingleses que só lhes podia prometer sangue suor e lágrimas. No dia 5 de Junho de 2011, quando os portugueses votaram, sabiam – espero eu… – que não havia outras promessas em cima da mesa.
    Mas isto tem que ser dito. E explicado. 1, 2, 10, 100 vezes. Nós não estamos a ficar mais pobres porque pobres já éramos. Vivíamos era a fazer de conta, no que aliás não fazíamos mais do que seguir alegremente o exemplo dos “governantes” (e as aspas são porque governaram pouco ou nada a coisa pública). E, pelos vistos, cada corporação quer continuar a atirar o lixo para o quintal do vizinho.
    Salta à vista que cada um de nós não se sente responsável “pelo estado a que isto chegou” (parafraseando um qualquer capitão de Abril 37 anos e picos depois) mas desde 1995 alguém deu 4 maiorias ao PS. E antes disso, três maiorias ao actual PR, primeiro responsável do rumo que as coisas tomaram logo em 1986, ano em que entramos na então CEE. Lembra-se onde foram parar os fundos comunitários? Pois é, salvo honrosas excepções, Porsches e Ferraris, e casacos de peles para as queridas…
    E quando é que começou a destruição do tecido produtivo português (os célebres subsídios para os abate de barcos de pesca e aos agricultores para deixarem de produzir, noblesse da agricultura francesa oblige…)? Pois é, é fazer as contas, como dizia Guterres.

    Duma coisa tenho a certeza. é que esta crise é uma enorme oportunidade – de mudar, ou, melhor, de romper. Acredito profundamente em Portugal e nos portugueses, os quais dão provas de ser do melhor que há quando postos à prova. Portugal somos nós, os 10 milhões de portugueses que aqui vivem, muitos deles por opção (pensando nos imigrantes). Basta um pequeno gesto, todos os dias, para fazer a mudança. E o pequeno gesto é não pactuar com a medicoridade, logo fazer e dar o melhor; não pactuar com a injustiça e arbitrariedade, logo denunciá-las; fazer valer os nossos direitos e – correspondentemente – cumprir escrupulosamente os nossos deveres.
    Será a nossa última oportunidade de fazer história.
    Se em 2013 continuarmos com o confisco fiscal e PPC tiver cedido às pressões das nomeações, desistirei, definitivamente de Portugal.
    Tenho duas possibilidades.
    A primeitra é virar autista, deixar de ler jornais e blogues, de ouvir noticiários, e dedicar-me furiosamente ao trabalho e aos hobbies, vivendo agarrada ao ipod a ouvir aquilo que me dá prazer. Mas não acredito nesta última hipótese… Antes internar-me voluntariamente em Rilhafoles…
    Por isso, e como fall back, já comecei a fazer a lista dos melhores países para emigrar: os 3 menos corruptos são a Nova Zelândia, a Dinamarca e a Finlândia. Passo a Finlândia (clima e gente polar não fazem o meu género). Mas os que mais me atraem são Austrália e Canadá. Países novos e virados para o futuro.
    Mas como estou optimista (não o sendo) desejo ardentemente que possamos contrariar a sina do Fado e, se os
    Portugueses quiserem, este poderá ser um bom País para viver.
    Perdoe-me, por fim, a extensão do comentário.

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  8. 11 Dezembro, 2011 08:53

    Esta comida requentada do que já saiu no jornal…
    é masturbativa.

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  9. Francisco Angelo permalink
    11 Dezembro, 2011 08:54

    A maior parte de todas estas “comissões de utentes”são organizadas pelo PC.Alguns dos que aparecem até são-ou foram-funcionários do PC. Uma vergonha!

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  10. castanheira antigo permalink
    11 Dezembro, 2011 11:30

    Post lamentavel de JMF , onde fica claro o porquê do jornalismo e da comunicação social serem de tal maneira medíocres que poderemos dizer que a essa classe se deve também a construção de um regime falsamente democratico e corrupto como este regime português .
    Sabendo todos que para a “multidão” aquilo que se diz nas TVs é que é correcto e é que é a verdade , nunca o Sr JMF se indignou com o facto de todas as TVs portuguesas terem sempre os mesmos comentadores que rodam entre elas ,alguns deles autenticos broncos , formatando os portugueses neste socialismo sem valores , ignorante e corrupto.

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  11. A. R permalink
    11 Dezembro, 2011 13:15

    O Seguro, marioneta do estudante com amor ao calote, prossegue a sua política e a política do PS: a do croquete.

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  12. esmeralda permalink
    11 Dezembro, 2011 15:01

    É verdade, é!!!! Comissões de utentes a todo o instante!!!! E realmente o “pai” do Serviço Nacional de saúde devia frequentar mais os serviços de saúde públicos e ver como já acabaram com o SNS há muito tempo! Por outro lado, era bom que todos vissem, ou fosse feita uma fiscalização sobre gastos desnecessários, sobre material desviado, sobre o dinheiro gasto em lindos Centros de Saúde que estão às moscas! Criaram-se (como as Casas da Cultura!!!), têm aparelhos em que nunca ninguém mexeu, porque se esqueceram de que eram necessários médicos para tal. E pagar-lhes! Depois, nunca tiveram coragem de acabar com a promiscuidade entre o público e o privado! Depois ainda, esquecem-se de que é necessário desentupir as urgências e que há quem a elas recorra por coisas simples. Mas isso também é fruto de os Centros de Saúde estarem a NÃO desempenhar o seu papel. A saúde, em Portugal, foi sempre cara para os que mais precisam!

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  13. Euro2cent permalink
    11 Dezembro, 2011 18:21

    > apresentado como o “pai do SNS”
    .
    É rico, ou é dos que não pagam o sustento dos filhos?

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  14. licas permalink
    11 Dezembro, 2011 18:37

    Arlindo da Costa
    Posted 10 Dezembro, 2011 at 22:44 | Permalink
    ______________________________________

    SÓ NÃO É LAMENTÁVEL a verba que o Sócrates deixou (do nosso dinheiro)~
    para que o Arlindo da Costa continue a louvar descaradamente o DONO !

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  15. Golp(pada) permalink
    11 Dezembro, 2011 19:28

    Execrável post!!!
    .
    É o Mundo ao contrário!!!

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  16. Euro2cent permalink
    11 Dezembro, 2011 20:34

    > Execrável post!
    .
    Em quê? É óbvio que o Estado está reduzido a roubar ilegalmente aos cidadãos para evitar a bancarrota geral.
    .
    O JMF explicou decentemente a barafunda dos orçamentos, e apontou que já aí está a boiada do costume a tentar abancar.
    .
    Por mim, só faltou pedir que sacudissem pelos pés os gatunos que nos puseram neste estado, mas isso, como o “Cartago delenda est” do Catão, pode ser tomado por dito …

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  17. Eleutério Viegas permalink
    11 Dezembro, 2011 21:46

    Ainda estou arrepiado por um programa sobre obras inacabadas que acabou de passar na SIC… E lembro.me logo do “dinâmico” e “determinado” anormal que recentemente voltou a assombrar-nos, num dia de nevoeiro. E, depois há mais estas enormidades de desperdício da saúde e educação… E lembro-me que trabalho que nem um cão para viver apenas razoavelmente, porque pago imposto para trabalhar (PEC), segurança social tenha ou não trabalho, IMI, taxas camarárias, seguros obrigatórios que não quereria se não o fossem, higiene no trabalho onde quem faz as limpezas sou eu, taxas para publicar as contas (IES), etc., etc. E nem sequer os meus filhos usam as escolas do Estado ou vamos às urgências ou aos Centros de Saúde do Estado. Estou-me nas tintas para “isto” tudo!

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  18. Arlindo da Costa permalink
    11 Dezembro, 2011 23:01

    Ó Eleutério, com este governo neo-comunista vais ficar sem pelo.
    A proletarização da sociedade portuguesa está em curso.
    Verga a mola, para não seres tolo!

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  19. Eleutério Viegas permalink
    12 Dezembro, 2011 07:39

    Ar-lindinho, vai dar banho ao bandalho do Quartier Latin de quem tanto gostas. E não te preocupes comigo porque me safo muito bem, mas tenho que estar sempre atento para não me irem ao bolso. Tudo o que escrevi, eu compenso. Espero que os outros façam o mesmo. Vergo a mola, mas é para mim, palhaço!

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  20. Arlindo da Costa permalink
    12 Dezembro, 2011 09:09

    Este Viegas é roubado e explorado, e ainda pede mais.
    Com portugueses desta estirpe não tenho dúvidas que iremos tirar a taça à Coreia do Norte!

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  21. jorge silva permalink
    12 Dezembro, 2011 15:35

    ao que isto chegou! jmf a falar sobre jornalismo de sarjeta, isto é, a “coisa” a falar d si mesmo.

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