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As maravilhas do crescimento e do emprego

17 Maio, 2012

Cada lisboeta pagou 500 euros de impostos directos em 2011, mas só recebeu obras camarárias no valor de 80 euros.  – Os 420 euros em falta foram consumidos pelas políticas  do emprego: A Câmara Municipal da capital conta com cerca de 300 departamentos e divisões e 53 freguesias, (…) e  12 mil trabalhadores»   Quanto ao crescimento que justificou tudo isto acabou por fazer crescer o endividamento de tal modo que agora nem há dinheiro para o alcatrão: Lisboa reduziu para menos de metade investimento na reparação de buracos .

41 comentários leave one →
  1. pmlbeirao permalink
    17 Maio, 2012 17:31

    Não sabia que as freguesias faziam parte da Câmara Municipal. Estamos sempre a aprender…

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  2. Sousa Pinto permalink
    17 Maio, 2012 17:34

    O Governo deve avançar com uma revisão completa das leis orgânicas de toda a Administração Pública.
    Só por essa via se podem acabar com os gastos superfluos.
    É sabido que as redes de abastecimento público de água, têm perdas enormes ao longo dos seus percursos que chegam a atingir percentagens de 20 a 30% da água que entra na rede.
    A Administração Pública, Central, Regional e Local, precisa de uma revisão total para se acabar com os gastos desnecessários.
    É urgente definir corretamente as atribuições de cada serviço que importa manter e estabelecer o quadro de pessoal necessário ao cumprimento daquelas atribuições. Incluindo, como disse, as autarquias locais.
    Todo o pessoal que se mostrar excedentário, passa a ser excedente e é colocado em missões de serviço social ou outros até que atinja a idade de reforma.
    Em situação de crise não podem haver baldas. Para não perigar a Democracia!

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  3. ESMERALDA permalink
    17 Maio, 2012 17:35

    Sabe uma coisa, Helena?! Não ando a entender muita coisa! E há situações que me andam a queimar algumas esperanças, algumas ilusões, algumas forças. E nem me tenho queixado muito. Sempre achei que a via dos sacrifícios e da austeridade eram inevitáveis! Mas… No programa “Olhos nos olhos” com Vitor Bento, que não dispenso ouvir, ele disse: “… sectores protegidos pela economia tiveram aumento de salários!” Judite de Sousa perguntou quais. Vitor Bento repetiu a afirmação e acrescentou “e fico-me por aqui”!
    Por outro lado, o juíz Rui Rangel, em artigo de opinião no CM de hoje, fala da desigualdade eda injustiça dos sacrifícios pedidos aos portugueses. Diz, a certo passo, que deputados de todas as bancadas parlamentares, funcionários da Assembleia da República, TAP, SATA, CGD, Banco de Portugal, CTT, NAV, ANA, Infarmed, Parque Expo… vão ter direito a subsídios, de férias e Natal, em 2012. Como é possível saber isto e permanecer serena, inalterada, indiferente?!
    Só Ramalho Eanes soube mesmo estar à altura das dificuldades do seu tempo e, até, das de agora já que recusou uns milhões a que tinha direito! Essa entrevista da RTP não a repetem e, ainda por cima, “colaram-na” com futebol!!!!

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  4. Monti permalink
    17 Maio, 2012 17:36

    E com necessidade de admitir mais técnicos.
    Se não, como admitir que um processo de relativa simplicidade,
    leve três anos a despachar?

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  5. aremandus permalink
    17 Maio, 2012 17:44

    D. helena,
    quantos desempregados tem a Câmara de Lisboa?

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  6. 17 Maio, 2012 17:45

    Pois claro. O ideal seria que toda essa gente estivesse no desemprego. De preferência sem receber subsídio, a depender de esmolas dos centros de caridade subsidiados pelo ministério do Pedro “Lambreta” Soares. Os 20 por cento de desempregados são peanuts! Os 80% de empregados um escolho no caminho para o progresso.

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  7. 17 Maio, 2012 17:47

    Esmeralda: na França, os socialistas cortaram os seus próprios salários de governantes em 30%. E sem estarem sob resgate. mas de certeza que a D. Helena fará já de seguida um post a elogiar a medida e a coerência de Hollande.

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  8. 17 Maio, 2012 17:55

    Infelizmente a realidade da CMLisboa é a colocada na imprensa e no post por HMatos.
    ACosta é um dos piores presidentes da CML post 25 de Abril. Não tem categoria, conhecimentos do que é uma cidade como LIsboa, nem vontade para o cargo. Aliás, notou-se porque saíu do governo e candidatou-se ao município…

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  9. aremandus permalink
    17 Maio, 2012 17:55

    estive por estes dias em lisboa e não vi buracos na estrada!
    vi sim, uma cidade cada vez mais bela!
    tomara a provincia ter assim uma perfeitura…

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  10. piscoiso permalink
    17 Maio, 2012 18:05

    Fiquei deveras abatido ao saber que Lisboa não tem dinheiro para o alcatrão.
    Já pensaram em vender um jogador?

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  11. 17 Maio, 2012 18:10

    Sérgio Lavos,
    .
    O Estado tem um défice de 11.000 milhões para anular e vive do crédito da Troika. Quando este terminar e se não equilibrar o orçamento nem voltar a ter crédito nos mercados internacionais, como acha você que ele pode pagar salários? Reduzindo a zero o salário dos governantes???

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  12. 17 Maio, 2012 18:12

    aremandus,
    Tem a certeza de que esteve em Lisboa ? Se esteve, Vc. só olhou, não viu !
    (É de facto uma cidade bela. Mas podia ser muito melhor !)

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  13. 17 Maio, 2012 18:24

    LR: portanto, a receita será despedir quantos funcionários públicos? 100, 200, 300 mil? O objectivo é chegar aos 30, 40% de desemprego, é isso? Para pagar juros astronómicos aos nossos credores? Mais cedo do que tarde, e infelizmente para o país e para todos os que neste momento sofrem com as medidas de austeridade, vai-se descobrir que a receita está errada. O Governo deve governar para os seus cidadãos, não para o sistema financeiro ou um suserano qualquer sentado em Berlim.

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  14. pedro permalink
    17 Maio, 2012 18:25

    concordo com o post e a generalidade dos comentários. No entanto ,digam-me o que fizeram todos os presidentes desde o 25 de abril para inverter a situação?Portanto o Dr costa é mais um sentado na cadeira. Gostaria de ver alguém com um projecto de reestruturaçã para a cãmara ir a eleições .Decerto perderia ,logo, os buracos vão transformar-se em cavernas. Só se for a troika a meter-se também nas autarquias.

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  15. 17 Maio, 2012 18:27

    E já agora: não peço que se reduza a zero salário dos governantes. Mas, sei lá, 30%. e corte nos subsídios, como acontece no resto da Função Pública, já seria bem substancial e simbólico. Ah, e já agora que não estivessem a contratar ainda mais boys do que os governos anteriores. E com excepções atrás de excepções no que diz respeito aos subsídios. Será pedir muito?

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  16. confrade permalink
    17 Maio, 2012 18:36

    o Povo que saia à Rua, Revolução! Luta! Ops… isto era dantes, agora todos gostamos dos sofás e a juventude está preocupada com os festivais de Verão

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  17. Rui Baptista permalink
    17 Maio, 2012 18:43

    Do post linkado, “As verbas que foram distribuídas pela vereadora da Cultura são uma coisa astronómica”, acrescentou o social-democrata.

    Srª HM: Não ponho em causa a sua ideia que a CM gasta mal o dinheiro. Está de acordo com a sua lógica: se é socialista, só pode. Mas se existem declaradamente outros gastos, como consegue subtrair 80 a 500 e atribuir 420 a políticas de emprego?

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  18. pedro permalink
    17 Maio, 2012 18:47

    sr lavos: olhe que os apoiantes do governo não são acríticos. Se esta maioria começar a ficar parecida com aquele grupo de irresponsáveis que nos desgovernava ,devemos unir esforços e mandá-los para a rua ,não quero aqui uma albãnia, que é o que vai fazer aquele esquerdista lá da grécia . Estou rezando para que ele tenha maioria para que os homotéticos de cá se calem de vez.

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  19. A. R permalink
    17 Maio, 2012 18:48

    O Hollande já deu vergonhas: tropeçou várias vezes na Merkel em apenas 80 metros. Uma vergonha só ultrapassada por Obama na gala da rainha. A sua política anti-tuga é já clara: proibiu a bifana, o presunto e o fiambre nos menus.

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  20. Miguel N permalink
    17 Maio, 2012 19:07

    Como eu a percebo, Helena Matos: 80 euros para pagar as obras camarárias, mais … digamos 220 para pagar a estrutura responsável por essas obras e outros serviços de facto fundamentais e ficar com 200 euros do dinheiro no bolso (que é meu, fruto do meu trabalho e que em boa verdade nunca ninguém me perguntou se eu os queria gastar e em quê concretamente, apenas chegam ao meu bolso e tiram-mos – e sem falar, por exemplo, de quanto gastam os lisboetas em parquímetros para poderem estacionar os seus automóveis). Aposto que eu saberia gastar melhor esses 200 euros.
    Diz-se que é muito fácil governar com o dinheiro dos outros – ainda por cima se quem governa não se sente obrigado, nem legal nem moralmente, a prestar contas detalhadas do que gastou. Mas chega-se a esta altura e percebemos que quem nos tem governado tem governado mal e não tem sabido gerir o nosso dinheiro. Para que um dia no futuro não fiquemos a pagar 90% do que ganhamos para suportar os governos desses doutos incompetentes, há que lhes impor limites.

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  21. piscoiso permalink
    17 Maio, 2012 19:08

    A.R
    Esse vídeo está interessante, mas parece que a sra. Merkel é que se mostrou algo nervosa e atabalhoada no cumprimento do protocolo.
    Como anfitriã começa por dar a direita ao visitante e depois na curva passou para o lado contrário.
    No momento da imobilização não respeitou o timing do convidado, numa atitude quase intempestiva, demonstrando alguma falta de chá.
    Só espero que a senhora, ao visitar o Eliseu, não lhe preguem uma partida que a leve ao tapete.

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  22. aremandus permalink
    17 Maio, 2012 19:12

    eh eh,boa piscoiso,também topei o nervosismo da sopeira da stasi

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  23. 17 Maio, 2012 19:31

    Sérgio Lavos,
    .
    Não sei quantos funcionários públicos será necessário despedir, mas tenho a certeza que serão muitos. O objectivo não será aumentar o desemprego, mas criar as condições para a criação de emprego sustentável. À medida que os FPs se forem empregando no sector privado, passarão também a ser pagadores de impostos e não recebedores líquidos, como acontece agora. Isto vai doer? Muito e durante 5 ou 6 anos. Mas faz parte do inevitável processo de ajustamento da economia com vista ao reforço do sector transaccionável. E para possibilitar o desendividamento, a melhor forma de reduzirmos a factura dos juros. Que não são nada astronómicos. Graças à malfadada Troika, pagamos juros pouco superiores a 3,5%, uma taxa muitíssimo mais baixa do que pagam actualmente a Itália e a Espanha. E você por acaso sabe quem nos empresta? Garanto-lhe que não são fundos próprios do sistema financeiro…
    .
    Outra coisa que você pelos vistos não percebeu, é que isto não vai lá com “medidas simbólicas”. Há em Portugal uma grande tendência para hiper-valorizar a árvore e esquecer a floresta. Você tb é dos que pensam que reduzindo os deputados a metade, acabando com os altos salários e as “reformas milionárias”, poríamos o défice a zero? Sem pôr em causa a necessária equidade das medidas e admitindo que já se fizeram algumas asneiras perfeitamente dispensáveis, todas essas excepções de que você fala representam quanto?

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  24. JP Ribeiro permalink
    17 Maio, 2012 19:49

    Pois. O problema dos funcionários publicos a mais reduz-se a uma questão de boys. O resto ( o andar com a mão estendida e de joelhos porque não temos dinheiro para pagar o Estado actual) são economicismos que se resolvem com boa vontade, “outra politica” (segredo bem guardado), “governar para os cidadãos” (outro segredo) e com um bom plano de crescimento (ainda outro segredo bem guardado).
    A denuncia da total incapacidade de gestão demonstrada pela chefia da autarquia de Lisboa que arrasta os problemas para o seu sucessor é apenas maledicência. Só pode. O record mundial absoluto de empregados por mil habitantes (Roma tem 4.000 funcionários – um terço de Lisboa) é perfeitamente natural dadas as características politico-sociais e geográficas da cidade que para além do mais tem a característica rara de ser atravessada por um rio (coisa rara mesmo). Recordo Sampaio – outro incompetente- que fez a campanha autarquica a reclamar contra o transito, mas recordo também todos os antecessores deste presidente abrindo uma excepção para João Soares que dizem ter feito alguma coisa pela cidade, (mas pessoalmente não dei por nada). Lisboa não é Berlim ou Paris ou Barcelona. Lisboa é um penico. Um penico com 300 departamentos! Incontáveis excelências, automoveis, subsídios e modormias. Também não admira que sejam apaparicados porque estes doze mil ajudam a decidir uma eleição.
    Andam a gozar conosco ou quê?! A resposta é andam sim, e aparentemente há muitos que gostam de ser enganados.

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  25. Monti permalink
    17 Maio, 2012 19:55

    ESMERALDA
    É assim, cara E.
    Embora o texto do juíz RR
    emferme de uma incorrecção, é assim.
    Eanes, tinha um defeito grave.
    Era militar,
    e com a sua ética, um estorvo para a nova classe
    das oligarquias político empresariais.

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  26. Monti permalink
    17 Maio, 2012 19:56

    Quanto à entrevista que refere,
    deixou-me procupado.
    Mesmo que não surpreendido.

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  27. Fincapé permalink
    17 Maio, 2012 19:58

    O post de helenafmatos é uma ratoeira, mas para caçar tolinhos em vez de ratos. Então, o que é que tem a ver o término do canal anal com as calças?
    Apenas 5% do IRS cobrado em cada concelho reverte em transferências para o respetivo município. E cada município pode devolver aos munícipes uma percentagem que pode atingir o máximo aqueles 5%.
    Se cada munícipe pagou, em média, 500 euros, a Câmara de Lisboa tinha direito a uma média de 25 euros por contribuinte.
    Ora, se a Câmara gastou 80 euros por contribuinte, supondo que não devolve percentagem nenhuma dos referidos 5%, significa que gastou (80 menos 25) 55 euros provenientes de outras receitas, quem sabe dos municípios da província.
    Já não falo das obras comparticipadas, que recebem imensos fundos europeus, também provenientes dos impostos dos portugueses.
    É extraordinário este post por duas razões: 1, porque a fonte é um blogue, sem nenhum suporte documental; 2, porque eu, que até gosto de Lisboa, não gosto de a ver defendida desta maneira, dando razão aos que criticam o centralismo lisboeta. Que eu, muitas vezes, também acho exagerado.

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  28. Francisco Colaço permalink
    17 Maio, 2012 20:35

    Sérgio Lavos,
    .
    Se as palavras gerassem dinheiro, o Sérgio seria tão rico como Crasso. Por enquanto, fica-se pela figura do Alves dos Reis.

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  29. Francisco Colaço permalink
    17 Maio, 2012 20:46

    Fincapé,
    .
    Não se esqueça da percentagem do IVA roubada ao resto do país pelas sedes fiscais, da percentagem do IRC chamada derrama e do IMI e IMT.
    .
    O orçamento de excesso 900.000.000 da Câmara de Lisboa deve-se a 500%times;500.000×0,05 = 1.250.000 da parte do IRS. E o resto?
    .
    Uma única cidade gasta (fora outros investimentos estatais do OE) perto de 1/50 do orçamento de Estado.

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  30. Fincapé permalink
    17 Maio, 2012 21:48

    Francisco Colaço,
    Ainda por cima não me parece que defendam bem a sua dama. Eu não fui ver valores, mas parece-me que Lisboa não tem nenhuma razão de queixa. Desde que existem os fundos europeus, foram dos mais beneficiados “per capita”. Mas eu até nem sou anti-lisboeta primário. Por vezes passo lá meia dúzia de dias a visitar coisas que ainda não conheço. O ano passado fartei-me de andar a pé para visitar o Museu Nacional de Etnologia e não me deixaram porque não ia num grupo. E se fosse, parece-me que teria de ser com horário marcado. Disse ao jovem que me atendeu que não necessitava dos olhos dos outros para ver as peças, mas não podia ser. Vi que por ele teria entrado, porque parecia inteligente, ficou com pena e compreendeu. Mas certamente seria despedido. Estive para escrever para a Secretaria de Estado da Cultura, mas tive receio que ainda entregassem aos diretores uma medalha no 10 de junho. Se calhar, até conseguem ter argumentos para esta estupidez.
    Se vierem meia dúzia de estrangeiros de cada vez, mandam-nos dar uma volta porque não necessitam do dinheiro deles. Têm os dos impostos, aqui sim, mal empregues. Deveriam sobreviver apenas das receitas da entrada, já que não prestam serviço público. Deixaram-me visitar uma salita com umas peças em barro, de diferentes regiões, mas que achei desinteressante e pouco significativa. Uma tristeza de que dificilmente me esquecerei!

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  31. 17 Maio, 2012 21:53

    LR, várias questões:

    Mesmo partindo do princípio que dentro de 5 ou 6 anos os empregos serão mais sustentáveis (não sei o que isso é, mas presumo que serão empregos mal pagos nos privados em vez de empregos na função pública) e mesmo passando por cima da afirmação errada que faz (os funcionário públicos pagam impostos como os privados, e a acreditar nas estatísticas até pagam mais, dado que a média dos salários em mais alta do que nos privados), qual acha que é o problema actualmente na Grécia? Os partidos radicais, de esquerda ou direita? Ou o programa da Troika? É que a utopia libertadora da austeridade recessiva esquece-se de um pormenor talvez importante em democracia: as pessoas. Seis anos de empobrecimento vão provocar um descontentamento cada vez maior e levar inevitavelmente ao que está a acontecer na Grécia. Ou acha que os 20% de desempregados vão estar para sempre pacificamente na sua posição ou os trabalhadores vão ficar quietos a serem despojados dos seus direitos. Já disse isto não sei quantas vezes, mas repito: é absurdo um Governo governar contra os cidadãos que representa. Mais cedo ou mais tarde, a democracia, seja nas ruas ou nas urnas, vai funcionar.

    E no seguimento do que escrevo, as medidas simbólicas. É apenas um conselho que dou (de graça e tudo) ao Governo, a qualquer Governo: se não derem o exemplo, se não foram equitativos nos sacrifícios, as pessoas vão gostar ainda menos. Há limites para o masoquismo humano. E não são apenas feijões. Se este Governo tivesse mesmo vontade de cortar nas despesas, já teve mais do que tempo para começar a sério: nas PPP’s, na catadupa de boys ministeriais, nas recapitalizações dos bancos, etc., etc. Este Governo não mostrou, antes pelo contrário, ser diferente dos anteriores: governa para os interesses estabelecidos e vai buscar dinheiro para as necessidades mais imediatas onde é mais fácil: ao bolso da classe média e dos mais pobres.

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  32. Portela Menos 1 permalink
    17 Maio, 2012 21:57

    Francisco Colaço, Posted 17 Maio, 2012 at 20:35
    .
    este seu não-argumento não é normal!

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  33. 17 Maio, 2012 22:00

    Só defensores de Alberto João Jardim e dos seus 30 anos de betão

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  34. JCA permalink
    17 Maio, 2012 22:06

    .
    Sobre Lisboa tenho 3 takes fundamentais na memoria além dos meramente transitórios:
    .
    Take 1 – Lisboa ‘França Borges’
    .
    Take 2 – Lisboa ‘Krus Abecassis’

    Take 3 – Lisboa ‘Antonio Costa’
    .
    Cada um compare temperado q.b e degustado a gosto. No fim discuta a conta na perspetiva ‘qualidade-preço’.
    .

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  35. Eleutério Viegas permalink
    17 Maio, 2012 22:07

    O pretinho é excelente… Continuem com ele!

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  36. MigPT permalink
    17 Maio, 2012 23:01

    Para acabar com o desemprego de um dia para o outro e seguindo a linha de pensamento do Sérgio Lavos, apresento aqui a solução:
    O governo pega em todos os desempregados e divide em 2 grupos, o primeiro cava um buraco e o 2º tapa-o e assim sucessivamente. E paga o ordenado a todos. Assim o desemprego chega aos 0%.
    Digam lá se isto é ou não é uma brilhante ideia, na linha do pensamento do Sérgio Lavos.

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  37. 17 Maio, 2012 23:59

    Sérgio Lavos,
    .
    Os salários no sector privado serão tanto maiores quanto menor for a massa salarial da função pública, que é custeada integralmente pelos privados. Ou você acha que os impostos pagos pelos FPs chegam para pagar os respectivos salários?
    .
    O problema da Grécia é idêntico ao português, mas exponenciado: décadas a gastarem aquilo que não tinham. Quando alguém se endivida em excesso e fica com grande parte do seu rendimento adstrito ao serviço da dívida, é óbvio que sobra cada vez menos para aquilo que dá prazer: consumir. Mas consumo excessivo e inerente “engorda” ocorreram no passado financiados por défices e dívida. Agora há que entrar em dieta rigorosa para quebrar a obesidade, sob pena de acontecer um enfarte ou um AVC fulminantes. Um regime austero deste calibre demora tempo, é doloroso que se farta e utopia é pensar que existe uma cura milagrosa que nos faça recuperar instantâneamente a agilidade e correr ao sprint de retorno aos vícios do passado. Obviamente que ninguém gosta de ser submetido a um regime rigoroso e é sempre tentador ir nos cantos de sereia de uns “curandeiros” radicais, canhotos ou dextros, sempre prontos a dizer aquilo que queremos ouvir, a contestação às prescrições duríssimas de médicos exigentes, essa cambada de sacanóides que não passam de canastrões ignorantes e rejeitam liminarmente a “doçura” das “medicinas alternativas”. Claro que se pode continuar a comer e principalmente tudo aquilo que nos dê prazer! Qual colesterol, quais triglicerídios, qual ácido úrico?! O doente arrisca-se é a morrer da cura, às mãos de uns tipos desumanos, que se esquecem que estão a lidar com pessoas…
    Mas quem quer você que sofra com o tratamento / austeridade??? As pedras da calçada???
    .
    Não sei se já temos 20% de desempregados, mas admito que essa percentagem até possa ser ultrapassada. Há zonas do país que já a têm ou tiveram e não me lembro de ver grandes clamores a defender as vítimas. Hoje o mediatismo é maior, porque ele está a crescer fundamentalmente em Lisboa e a atingir pela 1ª vez uma classe média, muito queque e betinho que nunca tinham sentido verdadeiramente a crise. E é natural que o desemprego cresça fundamentalmente aí nos próximos tempos, pois é em Lisboa que se concentram a maioria das actividades não transaccionáveis (imobiliário, construção, serviços públicos, consultadorias) e que irão sofrer profunda retracção. Mas isto faz parte do tal ajustamento económico que acima lhe falei e é importante que ele se faça para que amanhã tenhamos uma economia mais saudável. Mas este ajustamento decorre de asneiras que têm 3 décadas não se faz sem dor nem do dia para a noite e por isso lhe falei em 5 ou 6 anos (e talvez esteja a ser optimista). Há pessoas a sofrer com isto, pois há, sendo que a maioria delas, a única “culpa” que têm é estarem no sítio errado no momento errado. Daí que Passos Coelho foi muito pertinente quando há uns tempos apelou à respectiva mobilidade, se possível via emigração. Os empregos não vêm ter connosco, nós é que temos de os procurar onde existam. A democracia nas urnas (nas ruas apenas ecoam minorias ruidosas, muito pouco democráticas) pode tentar inverter isto, mas a alternativa é o suicídio, para onde caminha a Grécia. Ninguém hoje imagina o que é uma economia a colapsar e isso acontecerá à Grécia se sair do euro. E o pior é que poderá arrastar outros, entre os quais Portugal.
    .
    Acho piada você falar nas PPPs. Mas então elas não foram a ferramenta providencial para potenciar o sacrossanto investimento público, grande motor do crescimento? Que eu me lembre, nunca a esquerda recusou auto-estradas para o lugarejo mais recôndito (sem portagens, claro), nunca protestou contra os milhões dispendidos nas eólicas, nas barragens, na energia das ondas, até votou unida a favor do TGV e do novo aeroporto. E então agora não se paga o que já está feito?
    Mas mais uma vez, você confunde a árvore com a floresta. Olhe para a estrutura da despesa pública e veja quais são as principais rubricas. As PPPs vão começar a pesar agora, mas o défice já era gigantesco antes delas. Eu sei que a esquerda defende a virtuosidade do défice, mas como o financia? E não venha com a história dos ricos, que isso é uma espécie que praticamente não existe em Portugal. Nem com a da evasão e fraude fiscal, que desde que o Paulo Macedo foi Director Geral dos Impostos, houve uma revolução na cobrança de impostos em Portugal (diga lá se ele não mereceu o salário milionário?…). E já agora quanto à equidade: sabia que menos de 15% dos contribuintes são responsáveis por mais de 85% da receita do IRS? Esta gente paga cada vez mais para o Estado com contrapartidas cada vez menores. Esta gente é a mais capacitada para emigrar e para arranjar bons empregos lá fora. Imagine que metade deles de repente resolve pôr-se na alheta…
    Por isso meu Caro, não tenha ilusões. A despesa pública vai ter de baixar e muito. Para depois se baixarem os impostos, o melhor estímulo para o crescimento económico.

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  38. iracundo bravo permalink
    17 Maio, 2012 23:59

    Oh pá nós aqui no Porto temos a solução para o vosso problema em Lisboa!
    Temos o rui ri!
    Levem o gajo e a gente até vos perdoa os roubos á mão armada que teem sido os desvios das verbas do qren!

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  39. silva permalink
    18 Maio, 2012 07:39

    Investiguem o despedimento coletivo do Casino Estoril, e vejam toda a verdade ou podem enriquecer contando mentiras.
    A escumalha continua, mas a luta não para pela verdade que vai até ao fim os acionista mereçem a verdade.

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  40. 18 Maio, 2012 09:27

    Que é o imbecil que diz que uma Câmara Municipal tem 53 Freguesias?

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