Syriza e a quebra do contrato social
18 Junho, 2012
Na Grécia, os jovens tendem a votar sobretudo no Syriza, a maior parte dos velhos preferem a Nova Democracia. O Daniel Oliveira vê esta divisão como um sinal de esperança no futuro da Grécia. Na verdade é um sinal de rompimento do contrato social. O Syriza oferece aos jovens a possibilidade de se realizarem 3 quebras de compromissos: com os credores, com os funcionários públicos e com os reformados. Os jovens são quem mais tem a ganhar com cada uma destas quebras de compromisso. O Syriza tem ainda a vantagem de oferecer uma quebra do contrato social em nome de grandes princípios solidariedade e humanidade, mas no fundo do que se trata aqui é de ir à reforma da avó.
19 comentários
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9-12 meses até novo sismo!
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ai, não duvides, a bancarrota vinha mesmo a calhar, que se partia o estado social, a mama de burocratas e gestores, de funcionários públicos e reformados, toda a caterma de tralha que é que no-lo leva todo, a bem dizer, e nos f…
E era a oprtunidade única de os jovens deste país antiquíssimo de velhos dar a volta ao resultado, com a juventude, nós, os jovens, sermos finalmente aproveitados.
Que tinha mais, morria a velhada em catadupa, sem piedade, enquanto o povo ressurgia jovem, cheia de garra.
Ai, tão fácil!, lá diz a staples, e eu nem sei como é que ainda ninguém (nem Johnathan Swift) se havia lembrado …!
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“O Syriza oferece aos jovens a possibilidade de se realizarem 3 quebras de compromissos: com os credores, com os funcionários públicos e com os reformados.”
Cá, para sermos todos syrisas, afinal só falta a quebra de contrato com os credores.
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Mas quem destruiu o contrato social e a economia foram os dois partidos do poder, mais ou menos como aqui o PS e o PSD desde 1976.
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Creio que o problema é mais premente: a pensão de reforma em risco não é apenas a da avó. É já a da mãe.
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Pior do que o Syriza que poderá aquecer (engordar) na Oposição estará o PSD em Portugal. Aqui é que se tornou visível uma ruptura (fractura) do ‘contrato social’, não somente geracional, mas com a ‘classe média’. Uma ruptura transversal, de consequências políticas imprevisíveis.
Mas destas ‘rupturas’ não se fala: nem aqui, nem na Grécia.
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“Cá, para sermos todos syrisas, afinal só falta a quebra de contrato com os credores”.
Não falta, não! Pelo menos com alguns. As dívidas do estado às empresas são um escândalo!
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porém, a linha na areia …
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2012/06/linha-na-areia.html
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Eu, que sou velho, penso que ao calcular as reformas com base em dinheiro emprestado, os mais velhos é que quebraram os laços de solidariedade; ou foram os direitos dos mais novos que levaram á bancarrota ?
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As reformas com base em dinheiro emprestado? Para argumentar vale tudo?
Há muitas maneiras de ‘quebrar’ contratos sociais…
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É verdaeiramente incrivel como a direita consegue reler a realidade e fazer das vitimas carrascos e vice-versa. Hitler e os nazis eram especialistas nesste tipo de manipulação e este post,ainda que sem intenção??? revela essa disposição Factos? A Nova Democracia é o partido responsavel pela queda do compromisso social na Grécia e so um amnésico pode afirmar o contrário. Espanta-me que inclua os credores (na verdade os especuladores financeiros ,internos e externos que levaram o País á ruina) no contrato social pois eles são a causa proxima .consciente e julgo que permeditada que conduziu a Europa a esta situação e á insuportavel morte da democracia no País que a viu nascer.
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Estes “jovens”, se forem como os de cá, de um dia para o outro passam a votar no senhor que deu uns bons tabefes na comunista e atirou um copo de água à cara ds bloquista de lá… Aí também vai haver esperança?
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“Não falta, não! Pelo menos com alguns. As dívidas do estado às empresas são um escândalo!”
Tem toda a razão. Não me referia-me a essas! 🙂
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Lá foi a gralha: Não me referia a essas! 😉
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De um momento para o outro os comentadores deixaram de falar na pesada herança de dívida que os mais novos iam receber. É significativo.
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E os ‘xovens’ estão lixados, ao fim, de toda a maneira, por este andar, com as novas reformas aos oitenta anos, quando em Portugal um gajo deixou já de pagar para a segurança, depois que morre em média aos 78, sem meter baixa e nem dar de frosques do emprego, de mania e por tapar o lugar que bem calhava ao pobre do jovem, que ainda chega a velho sem saber que é trabalhar, que é suor, ser um homem, ser útil, criador .
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2616854&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
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Oh João, à reforma da avó, ou do que dela resta, já eles foram.
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Tanto foram á reforma da avó como á do neto.
Como é que num país onde se fazem leis adversas só para os contratos de trabalho novos, e só para os reformados novos, se vem dizer que são os novos que quebram o contrato social? É preciso ter lata!
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O voto no Syriza é essencialmente o voto dos funcuonários públicos. Essa de ser essencialmente o voto dos novios contra os velhos não é confirmada nem pelos estudos de opinião, nem por uma análise desagregada dos resultados.
O voto no Syriza cheio de esperança é assim o voto daqueles que vivendo à custa do estado e do trabalho alheio levaram o país onde ele está.
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