Saltar para o conteúdo

e agora, tozé?

17 Janeiro, 2013
by

Com que cara fica o PS, que tanta fé depositou no novo messias do socialismo europeu, o sr. Hollande, ao ouvi-lo elogiar Pedro Passos Coelho e o governo português, dizendo que os “difíceis esforços que Portugal está a fazer estão a dar frutos” e que tem “confiança no regresso de Portugal aos mercados”? Então o governo português não está a levar o país para o abismo? François Hollande não concorda com isso? E o PS concorda com o Messias ou não concorda com o Messias? É certo que Passos também foi particularmente amável com o chefe de estado francês ao exigir que a Alemanha continue a pagar a agricultura gaulesa, mas, caramba, isso não pode explicar tudo!

40 comentários leave one →
  1. Duarte permalink
    17 Janeiro, 2013 14:52

    Tudo como dantes quartel general em Abrantes
    Ou seja os dois partidos que conduziram Portugal à banca rota continuam amigos.
    Passos apoiar com Holande a PAC é uma vergonha. Todos sabemos que foi e é esta PAC que conduziu à destruicao da agricultura em Portugal, protegendo de forma escandalosa a França.
    Ou seja Passos é coerente , submisso para com a França e a Alemanha. Os credores podem estar sossegados que estão protegidos. O mesmo nao se pode dizer dos portugueses.

    Gostar

  2. Tiradentes permalink
    17 Janeiro, 2013 14:58

    Não esquecendo que a política agrícola comum que se fala e de que a França foi a principal beneficiária foi promovida pelo SPD, esses perigosos neoliberais, assim com agora o Hollande, invasor bombista do Mali.
    Queres ver que o coelhito é sucia-lista?

    Gostar

  3. PMP permalink
    17 Janeiro, 2013 15:23

    Passos apoia Hollande porque Holland apoia Merkel.
    .
    É só isso !
    .
    O Holland anda desorientado com o ideia de redução de um deficit numa altura de estagnação económica.
    .
    Tontices.

    Gostar

  4. javitudo permalink
    17 Janeiro, 2013 15:27

    “Corremos o risco de não ter jornais impressos dentro de alguns meses”, avisa presidente da ERC
    Graças a Deus, vamos ver com as pivots desmioladas da tv como vai ser.

    Gostar

  5. JCA permalink
    17 Janeiro, 2013 15:27

    .
    Deasculpem lá mas surge como mesmo para encher ‘linguados’ com palha, provincianismo e amadorismo:
    .
    então a Merkel e o Sarkozy não elogiaram FORTEMENTE Socrates ? E não muito mais que Holland a Passos ? Eisso quere dizer o quê para Portugal ? Nada
    .
    Chamam-lhe diplomacia pá, defendem os interesses deles e do seu povo, estão-se a cagar para lideres tugas vaidosos e otários que são ‘grandes’ quando ‘ajoelham têm de rezar’,
    .
    e o ‘curriculum de governante para embasbacar tuga’, a foto com qualquer gajo estrangeiro ao lado ou se for em grupo então é um must. Com a Comunicação Social parola a martelar o ‘suceso’, ‘o gabarito’ etc .
    .
    Esta ignorância do mundo do ‘leadership da governança da politica’ já vem do tempo da ‘maria cachucha’, ninguém esperava é que sobrevivesse depois do 25 dE Abril, do 25 de Novembro, depois do … e do …. e do …… e no fim, hoje, está tudo de tanga e cheio de tretas.
    .
    Be happy enquanto não se curam ou não vos forem ainda mais ao bolso para a orquestra continuar a tocar enquanto o barquito se afunda.
    .
    E se os mercados meterem cá massa emprestada a pontapé, retiro tudo o que disse. Sequer escreva para que não aconteça. Live and let live.
    .

    Gostar

  6. Luís Marques permalink
    17 Janeiro, 2013 15:32

    Houve quem escrevesse banca rota, que ignorância atroz.

    Gostar

  7. 17 Janeiro, 2013 15:34

    ah ah ah ah
    rui a. no seu melhor!
    ah ah ah

    Gostar

  8. piscoiso permalink
    17 Janeiro, 2013 15:41

    Por outro lado…
    Com que cara fica o PSD, ao ouvir o sr. Hollande elogiar Pedro Passos Coelho?

    Gostar

  9. lucklucky permalink
    17 Janeiro, 2013 16:23

    Como eu já escrevi o Governo Hollande está seguir a receita do PSD+CDS, transformar a maior parte do défice estrutural em mais impostos.
    Ou seja a maior parte do défice que no passado seria pago com mais endividamento será agora pago com impostos em vez de cortes.
    Uma política de esquerda, soci@lista, de aumento ainda mais do Estado que nos vai levar ao desastre.
    Não admira que Hollande ,soci@lista, elogie essa política.
    .
    A única diferença é que Hollande está fazer o que prometeu em campanha eleitoral. O PSD+CDS não.
    A única desculpa menor que podem apresentar é porque o Regime Soci@lista de Portugal só tolera o pensamento único, não deixa os portugueses não soci@listas governarem mesmo que ganhem as eleições.

    Gostar

  10. neotonto permalink
    17 Janeiro, 2013 16:24

    Ver para crer.Os blasfemos tampouco parecem que andem com aquela antiga sintonia…
    O Rui A. apostando fortemente pela credibilidade das noticias dadas pelo jornal Publico ao contrario doutros blasfemos

    Gostar

  11. neotonto permalink
    17 Janeiro, 2013 16:37

    a Alemanha continue a pagar a agricultura gaulesa, mas, caramba, isso nao pode explicar todo.

    Mas,caramba um ja comenca a sospeitar que tanta generosidade germana la que tem truque,trick,traque,vai la…
    Todo a trocas de que?

    Gostar

  12. Carlos permalink
    17 Janeiro, 2013 16:41

    Colocando as cartas todas em cima da mesa…

    In: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ajuda_externa/detalhe/passos_anunciaremos_em_breve_medidas_necessarias_ao_regresso_aos_mercados.html

    Ainda assim, Hollande não deixou de afirmar que tem “confiança no regresso de Portugal aos mercados”, depois de sublinhar que “os esforços difíceis que Portugal está a fazer”, com “custos sociais graves”, começam “a dar frutos”.

    Questionado sobre se as reformas e cortes que Portugal está a fazer servem de exemplo à França, Hollande respondeu que não, porque a situação do país não é comparável à portuguesa. “Mas temos de atacar os problemas rapidamente para não chegarmos a essa situação. Mais vale tomar medidas antecipadamente, senão terão de ser muito mais dolorosas”, argumentou o Presidente socialista.

    Apesar de ter confiança no regresso de Portugal aos mercados, Hollande fala em “custos sociais graves” que começam “a dar frutos”, mas não deixa de falar na gravidade dos custos sociais.

    Mas mais ainda: as reformas e cortes que Portugal está a fazer não servem de exemplo à França.

    Gostar

  13. Tiradentes permalink
    17 Janeiro, 2013 16:52

    Com que cara não sei mas que devia chamar-lhe neoliberal direitista isso devia.
    Quando o Sarkosy e a Merkl elogiavam Sócrates também eram neoliberais direitistas ora bolas.
    Além do mais aceitar qualquer tipo de elogio de um cruzado neocolonialista imperialista não prenuncia nada de bom.

    Gostar

  14. XisPto permalink
    17 Janeiro, 2013 16:56

    Seguro pode pedir maiorias absolutas, mas seria melhor estar atento a coisas simples que na hora da verdade muito pesam:
    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/luis_amado_apela_a_estabilidade_politica_para_portugal_sair_do_buraco_em_que_estamos.html

    Gostar

  15. Fincapé permalink
    17 Janeiro, 2013 17:04

    Gaita, este Holland dá cabo da segurança política do António José Seguro! 😉

    Gostar

  16. pedro permalink
    17 Janeiro, 2013 17:18

    Seguro não nos vai resolver nada . Este governo deve mudar de política ,caso contrário, deve ser nomeado um governo de emergência ,do pcp ao cds.As eleições só em último argumento Igualmente as autárquicas deviam ser suspensas. Não há dinheiro não há palhaços

    Gostar

  17. salino permalink
    17 Janeiro, 2013 17:20

    É boa, lá fora qualquer um canta, até o Hollande e a dona Merkel, além da fmi, quando lhe convém, pudera, se o não sentem nas costas, não estão no desemprego e nada os impele a ainda algum dia se atirarem da ponte ou porem uma corda ao pescoço. Ai, que esse rui até tem graça nestas piadas que de forma levezinha atira ao ar a divertir-se .

    Gostar

  18. Portela Menos 1 permalink
    17 Janeiro, 2013 17:26

    ai arco da governação, arco da governação! então tu andas a desiludir os rui’s desta vida?

    Gostar

  19. salino permalink
    17 Janeiro, 2013 17:31

    E só gente superficial se deixa levar em discursos deste peso sem seriedade, gratuitos. Pois ridículo e até criminoso é o olhar sobranceiro sobre a ação de um primeiro ministro sem alma, vaidoso, que se está nas tintas para os mais fracos, a arremedar, qual pavão, que nós fazemos mais do que pede a troica, dê por onde der, sem medo, se com mânfios de Relvas e eu mesmo, nada nos afeta e ao fim nos safamos .

    Gostar

  20. salino permalink
    17 Janeiro, 2013 17:57

    Incrível importância do indicador, descobre a Mafalda.
    Um patrão, tipo rui a., aponta o indicador e 3.000 operários vão direitos para a rua.
    Ahahahahahah… Agora vejo, deveser o tal indicador de desemprego de que se fala …
    .

    E olha, é o grande
    indicador, Coelho afirma,
    ainda bem, se a ele se deve
    a melhor, a única oportunidade
    de se pôr os nossos jovens a cavar
    daqui para fora, jovens e assim
    mais velhos, como o Relvas e
    eu mesmo, de volta a África
    ou paragem mais remota,
    já vos digo, lá seja Paris,
    o Brasil e a Cochichina, longe disto,
    certezinha .

    Gostar

  21. Duarte permalink
    17 Janeiro, 2013 18:07

    Nao se deve comer muito queijo

    O presidente do BES, Ricardo Salgado, esqueceu-se de declarar 8,5 milhões de euros de IRS por rendimentos de capitais e de trabalho no estrangeiro.

    Segundo o jornal I, antes de depor na Operação Monte Branco para prestar depoimento na investigação em que estão sob escrutínio os crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, o presidente do BES fez três rectificações discais entre Junho e Dezembro fora de prazo que o obrigaram a pagar mais 4,3 milhões de euros de IRS pagos a mais face à colecta inicial de Maio.

    Gostar

  22. Duarte permalink
    17 Janeiro, 2013 18:14

    «Chegou a hora. Chegou a hora de agir. De responder a um país que não pode tornar-se céptico a ponto de descrer da própria vida. A crise. Esta crise não pode ser pretexto para regressarmos ao passado. Temos direito a um país livre, a um país limpo, a um país justo. (…) Durante muito tempo, muito muito tempo, o meu país esteve dominado por vozes que foram explicando as nossas particularidades como povo. Teríamos nascido para intermediários, para mercadores. Teríamos nascido para ligar culturas e continentes, mas não para produzirmos. E muito menos para criarmos ciência, para criarmos conhecimento, para criarmos tecnologia. (…) Desperdiçamos. Desperdiçamos cinquenta anos do século XX abandonados a uma pobreza resignada, a um país sem educação, sem ciência, sem cultura. Como se a liberdade e os direitos se pudessem trocar por um pouco de segurança e de paz, que afinal não era paz mas sim guerra. (…)
    Este é o problema de Portugal. Um problema que começamos a resolver no ano em que houve mesmo primavera, no mês de Abril. Desde então, desde então passaram quarenta anos de uma vida nova. De uma vida que fica também marcada pela Europa. Dedicamo-nos, e bem, à educação, à cultura, à ciência. Conseguimos ser Europa e colocar-nos a par de países que há séculos investem continuadamente em educação e em ciência. (…) E assim entramos no século XXI. Entramos no século XXI com três camadas que coexistem sobrepostas: uma geração qualificada e bons índices de educação e ciência; uma estrutura de administração e um tecido empresarial frágeis e em grande parte ineficazes; e um país com zonas de pobreza e enormes desigualdades. Quando a crise se abateu sobre a Europa, estávamos mais desprotegidos do que os outros. E certas ideologias logo se apressaram a explicar que era preciso recuar, que em vez de futuro teríamos de voltar a ser passado. (…) Mas também eu, tal como Alexandre O’Neill, também eu não quero que Portugal sejam só três sílabas – e de plástico, que sai mais barato.»

    Do discurso de António Nóvoa, na abertura do ano académico da UL/UTL 2013.

    Gostar

  23. TRILL permalink
    17 Janeiro, 2013 18:46

    “exigir que a Alemanha continue a pagar a agricultura gaulesa,”
    .
    Explica tudo, pois! A Pac é o grande cavalo de batalha da frança que é quem mais ganha com ela. A pac é uma aberração que transformou a rainha da inglaterra na maior receptadora dos fundos da pac, já que é a maior proprietária de terras da europa.

    Gostar

  24. TRILL permalink
    17 Janeiro, 2013 18:49

    claro que o Amado/Banif apela à estabilidade das injecções de capital nos bancos e de miséria para as pessoas! esta estabilidade é muito boa para os bancos.

    Gostar

  25. TRILL permalink
    17 Janeiro, 2013 18:53

    “Todos sabemos que foi e é esta PAC que conduziu à destruicao da agricultura em Portugal, protegendo de forma escandalosa a França.”
    .
    esta pac conduziu ao auge a agricóltura e as pescas espanholas, destruindo as portugueses. Assim é que é, porque a França só perdeu com o reforço da agricultura espanhola e a destruição da portuguesa.

    Gostar

  26. Paulo permalink
    17 Janeiro, 2013 19:18

    Duarte
    O i desde que foi comprado pelos angolanos da Newshold anda em guerra aberta ao Salgado.
    A Newshold é do Sobrinho.
    O Salgado correu com o Sobrinho da direção do BES em Angola.
    Está a seguir a ligação.
    .
    Não tome tudo por verdade que a coisa é mais complexa.

    Gostar

  27. Portela Menos 1 permalink
    17 Janeiro, 2013 19:21

    sobre o apelo à emigração, um mentiroso é um mentiroso!
    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/Detalhe/as_varias_declaracoes_de_apelo_a_emigracao.html

    Gostar

  28. 17 Janeiro, 2013 19:42

    Provável frase idiota do ano, embora proferida já em Janeiro : “quero a maioria absoluta para governar” — AJosé Suguro-o-“estadista”-proveta.
    A cara dos socretinos, dos costistas e dos tugas “em geral” só poderá ser de riso ! Aliás, qualquer proposta de SJSeguro ou de quem lhe suceder no Rato, só pode ser recebida com riso e desprezo — os “socialistas” têm memória curta e selectiva…
    ——————————–
    Quanto às declarações parisienses : próprias de conluio protocolar e de estímulos de dois estados amigos e aflitos…
    Ainda é cedo e os sinais são episódicos, para saber que “frutos”(raio de termo) dará a árvore reimplantada (e controlada) pela ajuda externa, adubada pelos tugas e regada pelos mercados…

    Gostar

  29. lucklucky permalink
    17 Janeiro, 2013 19:45

    “Todos sabemos que foi e é esta PAC que conduziu à destruicao da agricultura em Portugal, protegendo de forma escandalosa a França.”

    Santa ignorância. A PAC é uma espécie de controlo de preços para tornar a agricultura mais cara e assim sustentar as produções que noutro caso não teriam lucro.

    Gostar

  30. A C da Silveira permalink
    17 Janeiro, 2013 19:48

    Esta discussão da emigração é a coisa mais estúpida que existe, e só podia ser alimentada pela esquerda, cuja aspiração máxima é que o estado arranje um emprego a cada português: um país de funcionários publicos e das autarquias é que é mesmo bom!
    Então a adesão à Europa não foi para entre outras coisas, os portugueses passarem a ter a liberdade de trabalharem em qualquer país da Europa, ao abrigo da livre circulação das pessoas?
    Realmente não há nada como um emprego no estado ou na camara municipal com entrada às 9, intervalo para café das 9,30 às 11,30, sair ao meio dia para o almoço, entrada às duas, intervalo para café das 2,30 às 4,30, e às cinco ir para casa com o dever cumprido.

    Gostar

  31. 17 Janeiro, 2013 19:55

    AC ilveira, 19:48
    “A discussão de emigração” não é “a coisa mais estúpida que existe” nem é “alimentada pela esquerda”.
    E não generalise. Fica-lhe mal.

    Gostar

  32. Duarte permalink
    17 Janeiro, 2013 19:58

    Serviço Publico pro bono
    The Daily Telegraph

    Com a agricultura francesa a aproveitar, à sua conta, sozinha de um enorme quinto dos subsídios através da Política Agrícola Comum da UE, países como o Reino Unido ficam cada vez mais irritados com o facto de serem obrigados a aumentar a sua contribuição, como sucedeu recentemente, para a maior parte dos subsídios serem desviados para multinacionais e conglomerados da área alimentar com pouca relação com a agricultura tradicional. No entanto, como Henry Samuels, do Daily Telegraph revela, a PAC continua a ser a tábua de salvação das pequenas e médias explorações agrícolas francesas.

    Henry Samuel
    Quase 550 acres de trigo, cevada, ervilhas e beterraba sacarina estendem-se por trás da pequena casa de pedra onde Nicolas Galpin vive com a família. Ao ver as culturas no extremo de Auvernaux, com uma população de 317 habitantes, é difícil acreditar que a exploração agrícola fica apenas alguns quilómetros ao sul da Grande Paris e a 15 minutos de carro da última estação do comboio suburbano de superfície. Mas trata-se da França, a grande central agrícola da Europa, onde as explorações rurais começam às portas do capital. Variam de pequenas quintinhas até enormes explorações, altamente eficientes e mecanizadas.

    Contudo, tamanho potencial agrícola é mantido a alto preço, sob a forma de subsídios da UE, através da Política Agrícola Comum (PAC). Os 55 mil milhões de euros da PAC representam 42% do orçamento da UE, tornando-a o maior programa do mundo de apoio à agricultura. Trata-se de um preço que muitas nações menos ricas em exploração agrícola consideram demasiado alto para ser tolerado. Além de que os países em vias de desenvolvimento e as organizações de apoio à agricultura dizem que está a destruir o comércio mundial. A UE devia estar a começar a reduzir os subsídios da PAC. Mas o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, lutou para manter o orçamento intacto – e agora os comissários europeus devem estar igualmente prestes a abandonar uma prometida revisão, mais ampla, de toda a despesa da UE.

    Explorações francesas perderam 1/5 das ajudas em 2008

    Enquanto vistoria a sua exploração agrícola, Galpin apanha uma espécie de grande cenoura, que é de facto uma beterraba sacarina. “É um bom ano: o nível do açúcar está elevado. Com sorte, vamos extrair 800 toneladas de açúcar dos nossos 60 hectares de beterraba.” Como quase todos os fazendeiros franceses, recebe apoio directo da UE – cerca de 70.000 euros por o ano. No ano passado, mais de meio milhão de proprietários agrícolas franceses recebeu um total de 10,39 mil milhões de euros em subsídios da UE – número que significa que recebem aproximadamente um quinto do total do bolo da EU. Em média, cada fazendeiro recebeu pouco mais de 20.000 euros, embora um em cada 10 tenha recebido mais de 50.000 euros. “É uma boa vida”, confessa Galpin, “mas não tire conclusões erradas. As pessoas julgam que ganhamos muito dinheiro porque olham para o final da campanha, não para o que obtivemos ao fim do dia.”

    O rendimento da sua quinta, no ano passado, foi de 350.000 euros, de onde saem os salários e a segurança social de toda a exploração agrícola, assim como os seguros, insecticidas, maquinaria e renda do uso da terra – só uma fracção lhe pertence. No final, fica com cerca de 60.000 euros por ano, metade dos quais entrega aos pais, que o ajudam. O lucro é quase o mesmo que recebe do subsídio da UE. “Francamente, preferíamos não receber nenhum subsídio e viver inteiramente da nossa produção. Mas com o actual preço do trigo, não conseguiríamos sobreviver”, argumenta.

    A uns 240 quilómetros para sudeste, em Vigorny no Alto Marna, Thierry Lahaye dirige uma exploração agrícola de 2.100 acres de cereais com os dois irmãos. Recebeu 220.000 euros de subsídio, no ano passado, mas diz que apenas levou para casa 2.000 euros por mês. “Queremos viver do fruto do nosso trabalho, sem ajudas, mas agora que abriram as comportas do comércio livre, sem terem em conta a nossa sobrevivência, elas são vitais”, replica.

    É fácil sentir simpatia por Galpin e Thierry, mas bastante menos pelos maiores beneficiários individuais franceses: não se trata de agricultores esforçados, mas de indivíduos ou empresas com pouca ligação ao cultivo tradicional. Neles se incluem multinacionais como conglomerados do sector alimentar, produtoras de açúcar e destiladoras de bebidas espirituosas. A sua identidade foi revelada pela primeira vez este ano, quando as 27 nações da UE foram forçadas a divulgar como distribuem os subsídios para a actividade agrícola.

    França: primeiros 24 beneficiários são grandes empresas

    Em França, não há um único agricultor entre os 24 principais beneficiários. No topo da lista está o processador Groupe Doux, com 62,8 milhões de euros. A empresa, uma das maiores transformadoras de aves de capoeira da Europa, teve no ano passado uma facturação de 1,7 mil milhões de euros – mas não cria uma única galinha. Obtém-nas de terceiros, subcontratando milhares de criadores. Como outras empresas por toda a UE, habilitou-se a subsídios agrícolas para exportação através da PAC – criada para impulsionar a venda de produtos de exploração agrícola da UE em países onde os preços são mais baixos do que na Europa. Outro beneficiário de topo é o sector de conhaques da LVMH, o luxuoso grupo de Bernard Arnault – o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, que conta nas suas marcas os champanhes Krug, Moët & Chandon e Louis Vuitton.

    Jack Thurston, no site na Internet da farmsubsidy.org publicou pela primeira vez a lista de beneficiários, disse que a finalidadedos apoios foi distorcida. “No tratado da UE e nas leis subsequentes que estabelecem a PAC, esta aparece definida como uma política de apoio aos rendimentos. A pergunta é: como é possível que funcione de modo a que, quanto maior se for, maior o apoio ao rendimento que se recebe?” Uma possível reforma seria pôr à prova beneficiários potenciais, mas essa ideia tem tido uma oposição veemente da França e da Itália, entre outros.

    Europa de leste quer mais ajudas

    A UE limitou-se a deixar de distribuir dinheiro aos que produzem mais alimentos – o que levou aos enormes excedentes dos anos 80 – e aos que mais terra têm. Agora, os subsídios são distribuídos mesmo que não se produza alimento nenhum, desde que os proprietários “mantenham a terra em bom estado agrícola ou ambiental”. A França prepara-se para receber uma parte mais pequena da vaquinha total da PAC, no futuro, porque os novos Estados-membros da UE, na Europa Oriental, reivindicam mais. Mas o sistema é quase impossível de ser correctamente aferido, devido aos enormes interesses envolvidos.

    Os agricultores franceses nunca se eximiram de tomar acções militantes para alcançarem os seus fins e os políticos vivem com medo de revoltas camponesas modernas – em que fazendeiros irritados despejam pilhas de estrume à porta dos ministérios ou bloqueiam as cidades com tractores. A maioria receia mudar a forma como o dinheiro da PAC é distribuído. “Isso representa cortar dinheiro a pessoas que se habituaram a dispor dele e que criaram um grupo de pressão muito poderoso e eficaz, para defesa do que já obtiveram no passado”, confessa Thurston.

    Gostar

  33. A. R permalink
    17 Janeiro, 2013 20:01

    Eh, eh, … a esquerdalha cai na real mais tarde ou mais cedo. Na URSS e satélites demorou. O Chavez, com vida artificial, assina decretos. Faz lembrar o Brejnev que permitiu a uma emfermeira governar a URSS … só aparecia assinado aquilo que ela queria. Vão repetindo tudo … os desmiolados.

    Mais tarde ou mais cedo esbarram. Bem feito!

    Gostar

  34. Duarte permalink
    17 Janeiro, 2013 20:16

    1. A ladainha neoliberal reza assim: “O peso do Estado em Portugal é excessivo, a carga fiscal excessiva. O Estado asfixia a economia privada consumindo demasiados recursos. Por isso o país não pode crescer nem desenvolver-se”. O peso do Estado em percentagem do PIB seria, pois, demasiado elevado para o nosso país. Dado este mote, os comentadores do costume fazem na praça pública o “responsório”.

    Por consequência, há que reduzir o “peso do Estado”. Verdadeiro? Falso? Nem uma coisa nem outra: é um primarismo. É como querer tratar de um membro ferido procedendo á sua amputação, como era comum ainda no século XIX.

    Vejamos porquê na tabela seguinte: [1]

    Países
    Despesa Publica % PIB
    Crescimento entre 2001 e 2010
    Défice Público % PIB
    Despesa pública por habitante (€)
    Dinamarca 59,5 5,9 0 30.148,75
    França 56,0 9,9 -5,1 15.788,60
    Finlândia [*] 56,0 17,6 0,2 17.962,73
    Suécia 54,9 21,0 1,4 20.713,42
    Bélgica 54,2 13,8 -2,8 16.552,40
    Grécia 53,2 18,5 -8,23 8.360,03
    Áustria 52,3 15,6 -3,7 16.772,07
    Itália 51,9 2,1 -3,8 12.160,13
    Reino Unido [*] 51,6 14,1 -8,17 12.734,02
    Holanda [*] 51,4 12,4 -2,9 17.213,76
    Irlanda 48,9 20,9 30,21 14.582,83
    Portugal 47,9 4,8 -8,81 6.673,53
    Alemanha [*] 47,5 8,1 -2,23 14.481,86
    Espanha 45,8 18,4 -7 9.353,81
    [*] Países com a classificação AAA mantida recentemente pela S & P
    Fonte AMECO

    Gostar

  35. tric permalink
    17 Janeiro, 2013 20:21

    Gostar

  36. Luis Moreira permalink
    17 Janeiro, 2013 21:47

    O PS está numa posição política inutil:http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/115995.html

    Gostar

  37. Portela Menos 1 permalink
    17 Janeiro, 2013 22:11

    A C da Silveira, Posted 17 Janeiro, 2013 at 19:48 : Esta discussão da emigração é a coisa mais estúpida que existe
    .
    principalmente feita por mentirosos compulsivos.

    Gostar

  38. Etedom permalink
    17 Janeiro, 2013 23:45

    E queria que ele dissesse o quê?

    Gostar

  39. Portela Menos 1 permalink
    18 Janeiro, 2013 00:28

    quem é que disse que os ricos com 1400€/mês não pagam a crise?
    .
    Pensionistas acima de 1400 euros brutos vão perder rendimento mensal
    Mesmo com subsídio de Natal, as pensões acima de 1400 euros brutos perdem face a 2012, estima a PricewaterhouseCoopers.
    .
    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/pensionistas-acima-de-1400-euros-brutos-vao-perder-rendimento-mensal=f780266#ixzz2IHYTI4hp

    Gostar

  40. Tony permalink
    18 Janeiro, 2013 13:32

    Com ar contrito, sabe-se lá se devido ao incumprimento das promessas eleitorais, Passos Coelho ouviu o Presidente da República francês, em Paris, dissertar sobre a situação em África como se ele fosse um mero objecto decorativo¹. Quando chegou a hora de falar de Portugal, foi vergonhoso ver Hollande dizer que a França nunca seguiria soluções parecidas com as de Portugal, enquanto Passos Coelho abanava tristemente a cabeça. Não seria melhor ter ficado em casa?

    Gostar

Indigne-se aqui.