Com dom ou sem dom?
13 Março, 2014
Nas pequenas questões de linguagem estão muitos dos tiques da contemporaneidade. Assim à lenga lenga que agora obriga a que numa verdadeira doideira gramatical se diga “portugueses e portuguesas” ou melhor ainda “portuguesas e portugueses”, “Trabalhadoras e trabalhadores”, “desempregadas e desempregados”… temos nas notícias sobre a morte do cardeal emérito a outra causa: a laicização das referências aos membros da Igreja. E assim temos variantas que vão de Policarpo e José Policarpo.
10 comentários
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Doideira por doideira eu proponho que se diga:
“trabalhadoras e trabalhadoros” , “portuguesas e portuguesos” ficando o “trabalhadores e os portugueses” para os que de alguma forma não se identificam com os primeiros.
Assim os discursos deviam incluir trabalhadoras, trabalhadoros e trabalhadores, assim como portuguesas, portuguesos e portugueses”
Era muito mais democrático e não excluiria ninguém,pelo contrário.
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Peço desde já desculpa pelo off-topic.
“Bancada do PSD põe
de lado disciplina
de voto na co-adopção
(…)Carlos Abreu Amorim, coordenador
dos sociais-democratas, afirmou
que “essa pretensão [de retomar o
processo legislativo] deve ser levada
a efeito e o PSD não se opõe”. Fernando
Negrão concluiu: “Não havendo
dúvidas, enviaremos para a
mesa [da Assembleia] e a discussão
e votação serão na sexta-feira”.”
Público de hoje, página 15.
Julgo que os blasfemos deveriam pronunciar-se sobre este assunto. É demasiado sério e na minha opinião vai levar à perda de eleitorado em todos os partidos que julguem poder legislar sobre matérias de consciência que não constaram explicitamente nos programas dos partidos das últimas legislativas. Pessoalmente, não aceito que a consciência dos senhores deputados se sobreponha à minha consciência de eleitor. Se para eles, o problema é de consciência, pois seja coerentes e, em consciência, abandonem os seus lugares, para sejam substituídos por outros que sigam rigorosamente o que foi sufragado em eleições. Não o fazendo, estão a atraiçoar todos os eleitores que neles votaram, sufragando tão só e unicamente o programa eleitoral do seu partido.
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Helena, a contemporaneidade da linguagem, como escreve, faz com que já não se diga “trabalhadores e trabalhadoras” mas “colaboradores e colaboradoras”. É que na novilíngua empresarial atual já não se pode dizer que as pessoas vão para o local de trabalho (não devia ser local de colaboração?) trabalhar, as pessoas vão colaborar (talvez por se limitarem a colaborar em vez de trabalhar, que é a sua obrigação, recebam salários tão baixos). Por esta ordem de ideias, também os desempregados são os incolaboradores, uma vez que por razões voluntárias ou involuntárias, eles não se dirigem aos locais de colaboração para colaborar.
Quanto ao “dom”, penso que em relação aos membros do clero que o termo “dom” continua a ser aplicável. Agora, se morresse o Duarte de Bragança (ele chama-se mesmo de Bragança?) é que não se poderia dizer “dom Duarte”, porque ele não é membro do clero. De qualquer forma não tenho a certeza se a lei portuguesa continua a permitir o título honorífico “dom”, mesmo em relação a membros do clero.
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Você ainda não percebeu – ou não quer mostrar quer percebeu – que o newspeak dos “colaboradores” nasceu da Esquerda Politicamente Correcta que está infectar as empresas vinda directamente dos cursos de Sociologia e Filosofia das Universidades.
Teoria da Responsabilidade Social é simplesmente uma maneira de sacar dinheiro das empresas para pagar a ONG’s de esquerda e juntamente com a novílingua sem discriminação que fez nascer os “colaboradores” pois usar “trabalhadores” demonstra uma relação de inferioridade social.
Na prática assiste-se à Engenharia Social na empresa.
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Junte-lhe mais esta vaidade: vou-lhe fazer uma questão.
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E camarada não tem o correspondente camarades ou pelo menos camarados?
É que nas conquistas e nos conquistos civilizacionais dos ditos, camaradamente, ganham 15 euros/mês e ficam na fila para comprar pão
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mais uma vez em cheio na garganta jacobina-ateísta.
mas, claro, sókas é chamado de ENG. sókas.
e desde quando a DRª Maria de Jesus Barroso é tratada assim pelos media?
ai esta subserviência invertebrada e rastejante pelos poderosos…………
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Uma cousa é certa: com o passamento do zé – manel já pode afiambrar a vestimente e o chapéu.
Púrpura é outro penacho.
Vai-te fardeta violáces (fucsia)…
FUCK FUCSIA .-)
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Uma cousa é certa: com o passamento do zé – manel já pode afiambrar a vestimenta e chapéu cardinalício.
Púrpura é outro penacho.
Vai-te fardeta violácea (fucsia)…
FUCK FUCSIA .-)
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Como ele tendia para a direita, apesar de parecer boa pessoa, acho que se deve aplicar o “Dom”, com maiúscula. A uma mulher “bispa” teríamos de chamar “Dona”. Se calhar é por isso que a igreja não quer “preladas”… nem sequer “vigárias”. 😉
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