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Digam ao Tsipras que o tempo dele esgotou. Agora o problema é outro e bem grande. Chama-se França.

17 Fevereiro, 2015

O governo francês tem tentado liberalizar alguns sectores fortemente regulamentados da economia francesa. É a chamada Lei Macron. Sendo que só o termo liberalizar é susceptível de causar um tumulto naquele país.

Hoje o PM Manuel Valls para evitar ver este projecto chumbado recorreu ao artigo 49.3 da Constituição que permite ao governo francês fazer passar um projecto-lei se que ele seja votado.

28 comentários leave one →
  1. Carlos permalink
    17 Fevereiro, 2015 17:21

    Tudo coisas razoáveis e que em Portugal já existem…, mas dizer que irão ser a base do crescimento económico é um manifesto exagero. Basta olhar para cá e ver o resultado!

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    • Luís permalink
      17 Fevereiro, 2015 19:15

      Em Portugal o esforço fiscal está cerca de 70% acima da média da UE. Esse é parte do problema.

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    • Luís permalink
      17 Fevereiro, 2015 19:42

      Não enquadre as coisas em chavões simplistas. Cada país sem crescimento tem as suas causas complexas.

      Dificilmente haverá crescimento acima de 2% no longo prazo devido à globalização e ao fim da energia barata. Crescimento entre 1 a 2% no longo prazo será excelente dados os problemas energéticos e ambientais que o planeta enfrenta.

      Contudo os gastos dos modelos socialistas não se pagam com crescimento baixo.

      Não haverá leite e mel como prometem e uma saída do euro ou até da UE no longo prazo será uma catástrofe. Não se iludam.

      Além do excessivo endividamento público há um excessivo endividamento privado que se deve em parte à má gestão das PMEs. Essa má gestão deriva da falta de formação dos empresários, muitos com a quarta classe antiga e de uma falta de cultura financeira que é em parte cultural, mas que também poderia ser incutida na escolaridade obrigatória -e não é.

      Apesar da falta de coragem para reformar e da mediocridade dos seus membros este Governo tem a dívida pública mais controlada e o défice paulatinamente está a cair. Por sua vez o sector dos bens transacionáveis está a renovar-se e também paulatinamente vai fazendo o seu caminho. Portanto, se não houver novas ilusões socialistas, destrutivas, estão a ser lançadas as bases para uma futura redução inteligente dos impostos e para um crescimento sustentável.

      É por tudo isto que Costa não pode ser eleito.

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  2. Bolota permalink
    17 Fevereiro, 2015 17:30

    Quem quer comentar isto???

    Portugal como bom aluno e pagando antecipadamente vai ao mercado com juros baixos ( 2,339%,) mas não deixam de ser juros. Espanha sem ser bom aluno, coloca quase 4.5 mil milhões com taxas de juro próximas de 0%.

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    • 17 Fevereiro, 2015 18:55

      Bolota, tenha pena de si.
      A Espanha não foi resgatada, e além disse tem o Messi.
      Não compare a obra prima do mestre com a prima do mestre de obras.

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      • António permalink
        17 Fevereiro, 2015 19:45

        O estado Espanhol pura e simplesmente não tinha dinheiro para resgatar as suas instituições bancárias pelo que travestiu um resgate com um empréstimo para capitalização dos bancos. Isto sim é confundir a obra prima com a prima do mestre. Haja paciência para aturar este fado.

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      • Bolota permalink
        17 Fevereiro, 2015 20:43

        Antobio,

        E quanto aos juros??? Afinal ser bom aluno não chega

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      • Tiradentes permalink
        17 Fevereiro, 2015 22:31

        Finalmente o Bolota concorda e é apologista que só se faça o resgate dos bancos, no caso espanhol de mais de 50 mil milhões de euros. O facto da dívida pública espanhola ser pouco superior a 60 % na altura para os bolotas deste mundo não tinha ou tem importância nenhuma.
        Mesmo assim os “fássistas” dos espanhois deram umas catanadas valentes nos ordenados dos funcionários públicos e reduziram brutalmente os serviços públicos. Nada que incomode bolotas.
        Depois é só olhar para os efeitos e inverter a coisa como se nada se tivesse passado.

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    • Alexandre Carvalho da Silveira permalink
      17 Fevereiro, 2015 19:16

      Portugal foi ao mercado a 10 anos e a Espanha foi ao mercado a seis meses e um ano. Vai aprender a ler pá. A Espanha recebeu 100 mil milhões para segurar os bancos e teve de fazer enormes reformas estruturais. Só não tiveram lá a troika de três em três meses, mas aí cada um tem o que merece.

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      • Bolota permalink
        17 Fevereiro, 2015 19:24

        Alex,

        Como diz o Fado, não acerto uma.

        Vê lá se percebes o mesmo que eu percebi,enquanto a Grécia está falida, a Alemanha está a lucrar com a falência da Grécia. É possível???

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      • António permalink
        17 Fevereiro, 2015 19:50

        Precisamente, travestir um resgate e chamar a isso «para segurar os bancos» foi muito conveniente para evitar a troika. Em Espanha reformas estruturais ?? Em qual Espanha ?? Dizem-se coisas por aqui que só dá é vontade de rir.

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      • Luís permalink
        17 Fevereiro, 2015 20:03

        Caro António,

        apesar de tudo Espanha não tem problemas estruturais que continuam a persistir em Portugal ou na Grécia.

        Têm contudo o problema do desemprego, mas na Andaluzia o número de imigrantes é quase igual ao número de desempregados… portanto é preciso contextualizar e ver a «big picture».

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      • Alexandre Carvalho da Silveira permalink
        18 Fevereiro, 2015 01:14

        Antonio travesti: se você não sabe do que é que está a falar porque é que vem aqui largar imbecilidades? vá-se informar!

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      • António permalink
        18 Fevereiro, 2015 07:56

        Informo-me consigo, pois acompanhando regularmente os seus comentários neste blogue o caro senhor já sabe tudo. Imbecilidades vais largando o Senhor por este blogue que até já fede!! Dê um tempo e uma oportunidade a si próprio homem !!

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      • António permalink
        18 Fevereiro, 2015 08:21

        Caro Luís, os seus comentários são ponderados e acertados. Claro que Espanha tem a chaga do desemprego de longa duração principalmente dos jovens (os ni-ni / ni trabalham ni estudam) bem como o drama dos despejos por incumprimento no pagamento do crédito hipotecário. Estes dramas estão infelizmente a empoderar o Podemos (na Grécia já empoderou o Syriza e França deverá provavelmente ser o próximo com a FN) e o que me entristece mais é que gostaria que o discurso do Podemos fosse feito pelos partidos sociais-democratas que por aqui chamamos do centro. Isto vai corroer a Europa e os Alemães na sua estúpida cegueira ainda vão acabar por ser mais culpados do que eles. Caro Luís, a ideia encantada de um crescimento ao ano no longo prazo de 3%-4% é como teoriza Piketty uma ilusão tanto relativamente à história como à lógica. Um crescimento de 1,5%-2% ao ano produz ao fim de uma década uma profunda transformação da sociedade. Se eu soubesse a resposta à pergunta de como articular os gastos do modelo socialista com crescimento baixo teria certamente o prémio Nobel à minha espera. Acho que vou pedir ajuda ao Alexandre Carvalho da Silveira pois o homem tem muita informação disponível.

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    • campus permalink
      17 Fevereiro, 2015 23:45

      O aldrabão de Évora levou este país à falência , o que é que ainda não percebeu??

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  3. 17 Fevereiro, 2015 18:08

    Os problemas de qualquer país da U E não são apenas desse país, mas de toda a a União. Devia haver mais cuidado na análise das situações grega, portuguesa, irlandesa, espanhola e por aí fora. Todas diferentes, todas iguais. A U E não pode ser o salve-se quem puder. Atenção à Ucrânia, porque a guerra está dentro das nossas portas. A administração da U E devia estar entregue a pessoas muito inteligentes. Na verdade, os países enviam 2.ªs figuras, às vezes de capacidade duvidoas, para obterem estágios dourados.

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    • manuel permalink
      17 Fevereiro, 2015 18:55

      É preocupante a falta de estadistas nesta europa. A situação vai agravar-se com este expediente do sr Valls. Em breve, em vez da saída da Grécia do euro vamos discutir o fim do euro.

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      • Carlos III permalink
        17 Fevereiro, 2015 19:32

        E então, expliquem-me lá, qual seria o problema do fim do euro? Seria substituído por uma nova moeda? Ou passaríamos a uma fase mais avançada do processo de extinção do capitalismo: o fim da própria moeda?

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  4. Simão permalink
    17 Fevereiro, 2015 18:31

    Ufa!
    Até que enfim!
    Que a Marine tenha muita sorte é o que desejo.
    (jé nem falo do que se passa na Hungria e no que se pode muito bem passar em Espanha. E é só o princípio.)

    (o Tsipras e o Varoufakis até devem estar a respirar de alivio……ufa…..mais malta para o “show”)

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  5. Luís permalink
    17 Fevereiro, 2015 19:18

    O sistema francês não é exemplar. Excessiva despesa pública, proteccionismo, falta de mobilidade social e de concorrência. A Alemanha e o Reino Unido têm modelos mais eficientes. Valls vai mexer com interesses instalados e ajudar ao populismo nacional-socialista de Le Pen.

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  6. Juromenha permalink
    17 Fevereiro, 2015 19:28

    O costa já deu opiniâo?…

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  7. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    17 Fevereiro, 2015 19:30

    Toda a gente aponta culpados: a troika, a Merkel, os alemães,etc, etc. Ninguém quer pôr a hipotese de gastar de acordo com o que produz, porque acham que alguém há-de pagar o que falta, esquecendo-se que quem vai pagar a parte grossa da factura são os próprios filhos.
    E esquecem-se de outra coisa: quando entràmos na CEE em 1986 éramos 15 países, e desses, 10 eram ricos. Hoje, somos 28 e os ricos, hoje muito menos ricos do que eram nesse tempo, continuam a ser praticamente os mesmos e os respectivos contribuintes acham que já chega.
    Desastres humanitários como eles dizem que têm, há muitos em África, não é na Grécia. Eles só têm de gerir melhor os recursos de que dispõem.
    Ontem acabou o recreio e a dupla Tsipras/Varoufakis só têm de começar a perceber que ou “entram ao rêgo”, como se faz às parelhas de mulas que puxam a charrua, ou têm de procurar quem os sustente noutro lado.

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    • 17 Fevereiro, 2015 19:42

      Os anteriores governos gregos, com a cumplicidade dos países “mandões e protectores” da UE, criaram uma situação económica e financeira muito difícil de controlar e resolver. Para os seguidores da cartilha financeira em vigor, os acordos das dívidas, devem ser cumpridos, mesmo que uma parte considerável do povo grego, tenha de “usufruir” duma qualidade de vida abaixo de cão. Quem emprestou, não pode perder o “capital”, é a regra que muitos defendem. As pessoas normais que se lixem. Os capitalistas “onzeneiros” é que não podem ser prejudicados. Esta é a regra assimilada pelos que tem a barriga confortada e o desprezo pelo semelhante, na cabeça. É o mundo que temos. É a civilização que criámos.

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      • DeitemForaAChave permalink
        17 Fevereiro, 2015 23:17

        Chama-se a isso ser responsável e cumprir os compromissos assumidos. Muito melhor do que uma sociedade de taxistas cegos e de funcionários improdutivos, vários para cada função (função porque nem trabalho é), a receberem subsídios e a acharem-se no direito a viver com o dinheiro dos outros, chama-se a isso roubo (mesmo que embrulhado em conversa de tolos para tolos).

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  8. Carlos permalink
    17 Fevereiro, 2015 19:35

    Parece que os Gregos e Bruchelas acordaram com a extensão do prazo do seu acordo de empréstimo mas não com o programa de assistência…, é assim do tipo: manda a massa, que eu depois logo vejo se pago!!

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  9. Luís permalink
    17 Fevereiro, 2015 19:46

    Há cerca de mil anos houve uma divisão entre o mundo Ortodoxo e o Católico, entre a Europa Oriental e a Ocidental. A divisão continua na sociedade e nas instituições. Estes gregos já não são o Ocidente há cerca de um milénio. E muita gente não percebe isto.

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