Som de Cristal
Não imagino o que passou pela cabeça à dupla Quadros/Nogueira para a criação do programa da SIC, “Som de Cristal”. Mais ainda: não consigo imaginar o pitching de um programa de televisão deste tipo a um director de programação. Se, por um lado, a persona que Quadros apresenta nas redes sociais é tão intratável que dificilmente poderá ser genuína, por outro não parece que o humor pretendido para o programa fosse para ser obtido à custa do preconceito de urbanos privilegiados para com emigrantes e pessoas simples que encontram nos artistas ditos “pimba” um escape para o quotidiano.
Vi, até ao momento, todos os programas emitidos. Com uma excepção para a sequência manhosa que captura Roberto Leal como um simplório disposto a tudo para aparecer – não me passou despercebida a tentativa (que considerei deliberada) de colar um suposto beijo gay num barco a remos ao devoto católico que Leal projecta ser – não há um único momento que não eleve o artista à condição de humano, coisa impossível no brilho plástico dos programas televisivos das manhãs.
O que emana de “Som de Cristal” é que cada uma daquelas pessoas é um genuíno português que conhece o seu público e o efeito que a sua música causa neste. E se, tal como eu, nunca se deram ao trabalho de pensar em Nel Monteiro ou Marante como seres humanos dedicados de corpo e alma a um ofício – aquilo que nos define, em última instância, como parte activa da pátria -, graças a “Som de Cristal” passaram a atribuir não só respeito como também carinho oriundo de um público diferente do seu habitual: o dos restantes portugueses que subsistem pelos seus próprios meios.
O que estamos a precisar é de música.
Se eu chegar a PR vou dar música a todos os que querem bailar.
Pois é um grande baile que se avizinha.
E a dona canavilhas vai faltar.
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[spam removido]
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Não gosto do tipo de humor do artista.
Quando vi a apresentação do programa antecipei o chico esperto a gozar com o parvónio com ar sério para que o parvónio não percebesse, enquanto este, percebendo, mantinha o bom trato só para explicar que não tem mal nenhum em ser parvónio.
Quando cheguei á faculdade, vindo das berças, encontrei dois ou três destes xicos-espertos. No futesal da época eu expliquei-lhes duas ou tres regras da vida.
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o portas e o coelho também vão ao programa?
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O Jerónimo é que faz questão de se fazer passar por parvónio. O Marinho e Pinto já o é.
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vitorcunha,
Você és um espetáculo, consegue meter esta gente a discutir um spam removido. Fazia-o com uma mente mais aberta
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A grande canção de protesto do patriótico. nel monteiro, pode ouvir-se no you tube: “Vida Puta Cagalhões Merda”.
Hino à Dignidade de um Povo e seu Artistão
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Muito bom. Tal e qual o discurso dos socialistas na oposição.
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Uma versao livre do hino “Jose Socrates sempre”
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Os humoristas estão muito ligados ao caviar, eles dizem que são de esquerda… Chique.
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Temos humoristas?
Só vejo lambe botas e especialistas em bater nos subordinados.
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