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A guerra explicada às criancinhas

16 Novembro, 2015

Este artigo d’O Observador fez com que me encontrasse a reflectir sobre a forma como explico o terrorismo aos filhos. Parece-me que toda a gente disserta sobre o que é, essencialmente, a forma adequada de esconder a verdade às crianças durante o período de tempo necessário para que descubram a verdade sozinhas. Não é de surpreender que o país seja intrinsecamente socialista: uma entidade abstracta que faça o favor de desemprenhar o papel de educador, responsabilidade da qual nos demitimos com pachorrento e até surpreendente abandono.

Imagem de uma criança em Inglaterra, c. 1940, a quem um progressista idiota terá explicado que os alemães não são todos maus, só estes que bombardeiam é que são, porque tiveram uma má acção, provavelmente sem culpa e sim por falta de oportunidades, integração, igualdade, emprego, blá blá…

Imagem de uma criança em Inglaterra, c. 1940, a quem um progressista idiota terá explicado que os alemães não são todos maus, só estes que bombardeiam é que são, porque tiveram uma má acção, provavelmente sem culpa e sim por falta de oportunidades, integração, igualdade, emprego, blá blá…

A forma como sugiro que se explique o terrorismo às crianças, que é a forma adoptada cá em casa, é através da verdade crua, que é sempre dura e incontornável: umas bestas quadradas que inventam desculpas sem pés nem cabeça para poderem matar pessoas. Sim, são maus e nós somos os bons, porque até achamos que são pessoas e não animais roçando a total irracionalidade e porque, com a nossa patine católica que nos leva a dar a outra face (pior ainda nos países protestantes, onde o pecado não desaparece por arrependimento), permitimos que vivam entre nós, absorvam os nossos recursos e decidam os nosso comportamento quotidiano, mudando os nossos hábitos e abdicando da nossa civilização em prol de um multiculturalismo, que mais não é que a absorção dos defeitos de civilizações inferiores.

Chegado a este ponto, o progressista já me acusa de xenofobia, que é o que o progressista sabe fazer, apontar o firme dedinho já consumido pela artrose da acusação permanente, sem perceber que, fazendo-o, considera a sua civilidade superior à minha, QED automático de que igualdade não é, de todo, o que julgam defender.

34 comentários leave one →
  1. Rocco permalink
    16 Novembro, 2015 10:04

    Isso mesmo. Mais nada. Há momentos onde é preciso actuar, sob pena dos efeitos colaterais se transformarem em efeitos fundamentais da inacção.

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  2. Expatriado permalink
    16 Novembro, 2015 10:23

    A lavagem e’ levada a cabo com cursos de “Formacao” para receber o “outro”. Sao-lhes dadas informacoes sobre a cultura, habitos alimentares, ritos de higiene, processo religioso e como respeitar as exigencias do mesmo, etc. etc.

    Aparentemente, dizem, ha’ 6500 formandos para assistir 4500 “necessitados”.

    A (en)formacao e’ administrada no maior local onde se fazem varias ablucoes por dia.

    Aparte umas breves noticias, ninguem ou poucos sabem que este processo esta’ em curso….

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  3. Expatriado permalink
    16 Novembro, 2015 10:37

    Os gajos “nao complicam” nada….

    http://observador.pt/2015/11/15/nova-lei-combate-ao-terrorismo-calma-ultima-junho/

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  4. Joaquim Amado Lopes permalink
    16 Novembro, 2015 11:07

    Vitor Cunha,
    Partilhei o link para este artigo com o comentário:
    Vale a pena ler este artigo do Vitor Cunha no Blasfémias, sobre como falar com as crianças de modo a que estas venham a ser adultas, em vez de crescerem para se tornarem “progressistas multiculturalistas” acéfalos e hipócritas.

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  5. nuno pereira permalink
    16 Novembro, 2015 11:13

    é pena que depois um dos terroristas tem uma mãe portuguesa e depois lá se vai este belo maniqueísmo pela água da sanita abaixo.

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    • 16 Novembro, 2015 11:24

      Ai é? Quer elaborar a teoria do terrorista católico?

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      • nuno pereira permalink
        16 Novembro, 2015 14:37

        Elabore o Vítor com as suas certezas absolutas.

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      • 16 Novembro, 2015 14:38

        OK: Nuno Pereira, você é um parvo.
        Irrefutável.

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      • 16 Novembro, 2015 14:46

        Bem-Aventurado Urbano II contra-terrorismo “measures” :

        In 1094 or 1095, Alexios I Komnenos, the Byzantine emperor, sent to the pope, Urban II, and asked for aid from the west against the Seljuq Turks, who taken nearly all of Asia Minor from him. At the council of Clermont Urban addressed a great crowd and urged all to go to the aid of the Greeks and to recover Palestine from the rule of the Muslims.

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      • nuno pereira permalink
        16 Novembro, 2015 14:51

        você nem me conhece, vitor. tenha juízo.

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      • 16 Novembro, 2015 14:52

        Conheço, pois: foi o palerma que falou das minhas certezas absolutas.

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      • nuno pereira permalink
        16 Novembro, 2015 14:55

        vá lá, o vitor consegue melhor do que isso. boa tarde.

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      • 16 Novembro, 2015 15:01

        Consigo, é verdade.

        A mãe da besta pouco importa para determinar se a besta é uma besta. Talvez importe para a Oprah. Talvez importe para um progressista com explicações elaboradas sobre o motivo que leva a besta a tornar-se besta. Talvez importe para evangelizadores, quintas colunas ou socialistas em geral. Para mim pouco importa: uma besta é uma besta, quer tenha tido educação de besta, quer seja uma besta porque é uma besta independentemente de quem providenciou o útero.

        Vou voltar a ser simpático, que é o meu estado natural: quer elaborar ou é para ir para as couves?

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    • nuno pereira permalink
      16 Novembro, 2015 15:08

      Óbvio que a sua mãe não tem culpa. Eu saio pelo meu próprio pé, obrigado.

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  6. José Coimbra permalink
    16 Novembro, 2015 11:20

    E depois?
    Hitler e Stalin também tiveram mães e até foram bebes!

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    • 16 Novembro, 2015 14:25

      Eram antiquados.
      O fulano da Coreia do Norte já nasceu a pilotar aviões e a subir montanhas.
      Com mais um bocadinho, nem nasceu, desceu à terra.
      Houve outro fulano, este do PCP, que se embasbacou com estas lérias.

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  7. Jorge permalink
    16 Novembro, 2015 11:37

    Belo texto. Há uma quinta coluna islamófila e antissemita que controla os media e as faculdades de ciências sociais e humanas cujo único objetivo é culpabilizar a civilização ocidental por todos os males que acontecem no Mundo, de modo a fortalecer a aliança entre os marxistas e os islâmicos tendo em vista a destruição do capitalismo e da Cultura Ocidental. Os professores saem endoutrinados das escolas de formação para incutirem o sentimento de culpa e de vergonha nas crianças e jovens de modo a que estas olhem para o terrorismo islâmico com simpatia ou condescendência e vejam a Cultura Ocidental e o capitalismo como a fonte do Mal. Um dos instrumentos dessa quinta coluna foi recentemente formada por um dos aliados da islamofilia, um tal Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, que anda para aí a pregar que a Europa tem o dever de receber todos os islâmicos que para cá quiserem viver, dar-lhes apoios sociais negados aos nacionais e tolerar a aplicação da sharia nas comunidades onde eles se instalam. Rui Marques é um traudor!

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    • 18 Novembro, 2015 15:49

      Colaboracionismo com a barbárie. A França tem e sempre teve muito disso. Evidentemente, por cá os cúmplices e colaboracionistas tb abundam

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    • 18 Novembro, 2015 15:55

      Colaboracionismo com a barbárie. A França tem e sempre teve muito disso. Evidentemente, por cá também há cúmplices e colaboracionistas.

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  8. Anon permalink
    16 Novembro, 2015 11:41

    “Claro como lama”

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    • 16 Novembro, 2015 15:05

      A história não começou no século XXI. Não que importe muito, senão acabamos a culpar o Afonso Henriques por desalojar mouros.

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  9. JP Ribeiro permalink
    16 Novembro, 2015 11:49

    Em França já dizem Daesh em vez de Estado Islamico. Leia-se “o Islão nada tem a ver com isto; os muçulmanos não se preocupem e podem continuar a olhar para lado”.

    Quando a Le Pen for Presidente não se esqueçam de culpar a extrema direita, os nazis, o capitalismo, e já agora o Bush.

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  10. Juromenha permalink
    16 Novembro, 2015 13:09

    De leitura mais que obrigatória : “Las campanas de Hemingway”, por Ignacio Camacho ( prémio Miguel Delibes, by the way…).
    http://www.abc.es/opinion/abci-campanas-hemingway-201511151740_noticia.html.

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  11. 16 Novembro, 2015 15:17

    Explicando às criancinhas GRANDES 😛

    (Via RORATICAELI)

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  12. João de Brito permalink
    16 Novembro, 2015 16:08

    Assim não vamos lá.
    Qualquer terrorismo, e este mais que nenhum, não se vence pela força.
    Como se pode vencer alguém que está disposto a morrer?!
    Mais: como se pode vencer alguém cuja glória é morrer pela causa?!
    Liquidá-los todos?
    Mas como, se eles estão por todo o lado, misturados com os inocentes, possíveis vítimas?!
    Mais: usando a força, tornamo-nos seus maiores aliados.
    Como?
    Seguindo essa via, tornaremos a nossa vida impossível.
    Lá se vão as liberdades.
    Igualdade? Só na desconfiança.
    Fraternidade? Só no ódio.
    Pior: quem nos garante que ninguém, do nosso lado, se irá aproveitar da situação para definitivamente nos escravizar em seu favor?!
    Tem de haver outras soluções.

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    • 16 Novembro, 2015 16:10

      Podemos dialogar. Parece ser a melhor solução para apressar a situação.

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    • PiErre permalink
      16 Novembro, 2015 16:54

      Ó Brito, essa surata está no Alcorão? É que eu não a encontro, pá.

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    • 16 Novembro, 2015 16:58

      Devíamos fazer uma experiência: escolher um país democrático e explodir lá num restaurante um puto português em nome do lusitanismo e das conquistas dos descobrimentos. Se nos bombardearem a todos na volta já percebemos se é guerra.

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  13. Democrata com Larga Experiência ― Vende-se permalink
    16 Novembro, 2015 16:42

    »Chegado a este ponto, o progressista já me acusa de xenofobia, que é o que o progressista sabe fazer, apontar o firme dedinho já consumido pela artrose da acusação permanente, sem perceber que, fazendo-o, considera a sua civilidade superior à minha, QED automático de que igualdade não é, de todo, o que julgam defender.«

    Sem tirar nem pôr. É a costumeira arrogância destas alminhas. Aliás, bem patente num comentário acima.

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  14. Juromenha permalink
    16 Novembro, 2015 23:35

    João de Brito, creio que os russos, repito, russos ( os herdeiros de Tolstoi,Pushkine,Turgenev, o “Romano”-Korsakov, e tantos outros espítitos superiores, não confundir com comunas), encontraram a forma de lidar,intra-muros, com esses animais.
    No exterior , a coisa vai levar um pouco mais de tempo – mas se confirmarem a autoria da explosão no avião caído no Sinai, pode ter a certeza de que os sunitas vão achar a sua “escolha religiosa” muito pouco saudável.Principalmente se viverem na ” Federação Russa”, ou territórios limítrofes.
    E os próprios chiitas…
    Aqui, nesta Etar à beira-mar plantada, não nos passa pela cabeça a capacidade de sofrimento daquela gente – nem os níveis de brutalidade e crueldade vingativa que podem alcançar.
    Talvez, e um talvez meditado, só com paridade no outro lado da fronteira – que depois de atravessada, mantém o mesmo nome belíssimo, Carélia.

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  15. Castrol permalink
    17 Novembro, 2015 12:01

    Terroristas não passam de animais cobardes, que aproveitam o anonimato para atacar pessoas desprevenidas e indefesas.

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  16. 18 Novembro, 2015 20:38

    Combater violência com mais violência, só vai criar a próxima geração de terroristas para as próximas décadas.
    Um Passos Coelho ou um António Costa são mais perigosos que 1 milhão de membros armados com coletes explosivos.
    Continuem na vossa onda de populismo. Uma vez burros, burros toda a vida 🙂 Tenho dito.

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