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a minha alegre casinha

28 Julho, 2018
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O primeiro grande problemas das justificações é ter de as dar. O segundo podem ser as explicações que se dão. Segue-se o primeiro parágrafo das que foram dadas pelo vereador Robles, sobre o caso que o envolve e que hoje encheu as páginas dos jornais. É um texto onde cada palavra é medida e contada para evitar mais sarilhos. A cor vermelha (em homenagem ao Bloco) vão as passagens mais problemáticas e entre parênteses, em itálico, segue a nossa opinião:

«Em junho de 2014 adquiri, em conjunto com a minha irmã, o imóvel sito na Rua Terreiro do Trigo, nºs 6 a 26, pelo valor de 347 mil euros. Em outubro de 2014, a CML comunicou-me a necessidade de realização de obras considerando o mau estado do prédio (então o Senhor Vereador, quando comprou o imóvel, não se apercebeu da necessidade de o reformar? Comprou-o às cegas, não percebe nada de imóveis, ou isto é apenas uma justificação para a pressa com que as iniciou, indiciadora de intenção de fazer negócio com o imóvel?). Iniciei de imediato os procedimentos para um processo de licenciamento para obras junto da CML. A obra foi licenciada em 9 de novembro de 2015 e o alvará foi emitido em fevereiro de 2016 (o licenciamento foi pedido para uma obra de reparação do mau estar do imóvel, ou para uma obra em profundidade, com aumento de um piso, para negócio imobiliário?). A obra foi concluída em março de 2017. O valor total (aquisição, projetos, licenças, obra) foi de aproximadamente 1 milhão de euros, financiado pela nossa família e mediante um empréstimo bancário contraído junto da CGD. Como co-proprietário, aceitei que, por razões familiares, o prédio fosse colocado à venda (mas não o comprou para isso? Então comprou-o para quê? Para habitação própria? Um casarão daqueles?). A venda do prédio foi entregue no final do ano de 2017 à imobiliária, que o avaliou em 5,7 milhões de euros. O prédio não foi vendido e foi retirado do mercado, embora mantenhamos a intenção de venda a breve trecho.»

Moral da estória: o Senhor Vereador só pôs o imóvel à venda por «razões familiares» e não por vontade própria. Só o pôs à venda por 5.7M€ por insistência da imobiliária e não por decisão sua.  O Senhor Vereador despachou-se a fazer obras não para pôr o prédio imediatamente à venda e com isso ganhar dinheiro, mas porque a Câmara o obrigou a isso.

5 comentários leave one →
  1. 28 Julho, 2018 09:19

    O bloquista Robles e’ um aldrabão, aldrabão, aldrabão.
    É um miserável cretino que nos quer comer por parvos, com as suas asquerosas pretensas explicações.
    Nojo! o 6

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  2. 28 Julho, 2018 09:33

    Deixem lá, ele mesmo contrariado na sua vontade própria e para ser coerente com as posições assumidas em campanha pelo seu partido vai transformar o prédio num centro acolhimento social para pessoas desfavorecidas, refugiados etc. Por trás daquela capa de capitalista selvagem temos ali um santo em potencia.

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  3. Rão Arques permalink
    28 Julho, 2018 09:47

    “Quanto mais longa a explicação maior a aldrabice”

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  4. Isabel permalink
    28 Julho, 2018 10:21

    1- a quem foi comprado o prédio? Houve concurso? Transparente?
    2- a aprovação das obras foi de acordo com as regras e práticas? Há casos semelhantes?
    3- quem deu o financiamento para as obras? Foram respeitadas as regras de correcta análise de crédito e obtenção de garantias?
    Se todas as respostas a estas questões forem inequivocamente satisfatórias teremos de concluir que os politicos( lembram-se das casas do Kosta, uma para ele e outra que era para a família?, da casa do Medina? ) podem não ganhar o Euromilhões mas acertam frequentemente em óptimos investimentos imobiliários. Nos negócios da bolsa chama-se « inside trading », e nos negócio imobiliários tem nome?

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  5. Juromenha permalink
    28 Julho, 2018 11:52

    O fedor “anti-capitalista” do bloco de esterco…
    Mas a coisa é genérica e internacionalista : vide o casinhoto do coletas & su muchacha na serra de Madrid…

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