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Pede-se mais honestidade, p.f.

11 Fevereiro, 2008
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Fico pasmado com os ‘balanços’ que alguns órgãos de comunicação estão a fazer acerca da Lei que permitiu a IVG até às 10 semanas. Fazem-no a propósito do 1º aniversário do referendo que deu a vitória ao ‘Sim’.

No entanto, é conveniente lembrar que essa Lei foi publicada em Diário da República a 17 de Abril de 2007 e definia um prazo de 60 dias para regulamentação que, por sua vez, apenas veio a entrar em vigor a 15 de Julho. E não foi logo a partir dessa data que a maioria das unidades de Saúde ficaram tecnicamente habilitadas a cumprir a legislação. Daí que talvez fosse um pouco mais seguro (e mais honesto) aguardar alguns meses antes de se fazerem juízos que tresandam a premissas obtidas intuitiva e aprioristicamente.

10 comentários leave one →
  1. tric's avatar
    tric permalink
    11 Fevereiro, 2008 16:29

    sim , se se esperar mais um pouco certamente que os numeros de Abortos ( seres humanos condenados à morte) realizados em Portugal se “irão aproximar” das estimativas previstas pelos beatos adeptos do Sim e desse modo os Abortistas deixarão de se parecerem com os famosos comentadores do caso Maddie…

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  2. CAA's avatar
    11 Fevereiro, 2008 16:33

    Tric,

    V. existe mesmo ou é uma invenção?

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  3. Desconhecida's avatar
    António Lemos Soares permalink
    11 Fevereiro, 2008 17:38

    Meu caro amigo;

    Demonstra-se que a liberalização do aborto não resolveu problema algum. A questão é muito complexa mas, como sempre defendi, liberalizar o aborto, não impede “de per se” o recurso a actos clandestinos. Dever-se-ia, sim, apoiar as famílias de maneira séria e humana.

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  4. CAA's avatar
    11 Fevereiro, 2008 17:48

    António,

    Por vezes, mesmo que nos custe muito, é preciso evoluir um bocadinho naquilo que se pensa e diz. Sobretudo quando é a mudança da própria realidade a exigi-lo.
    Dizer agora as teses ‘nãozistas’ que se defenderam há 1 ano é pura teimosia:

    « Demonstra-se que a liberalização do aborto não resolveu problema algum.»

    Não se demonstra nada – nem a favor nem contra. Ainda é muito cedo.

    «Dever-se-ia, sim, apoiar as famílias de maneira séria e humana.»

    Claro! Como se tinha feito até há 1 ano, não é verdade?…

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  5. Desconhecida's avatar
    António Lemos Soares permalink
    11 Fevereiro, 2008 18:48

    Meu caro amigo;

    Admito que ainda seja cedo. Concordará, todavia, que a questão do aborto não era há um ano, como não é agora, um problema tão premente como os defensores do “Sim” fizeram crer.
    Admito, da mesma maneira, que há um ano pouco se fazia pelas famílias portuguesas; pergunto: Algo se faz agora?
    Não tenho medo algum de evoluir! Tenho medo é de involuir…

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  6. CAA's avatar
    11 Fevereiro, 2008 19:30

    António,

    Com amizade mas não resisto:

    « Não tenho medo algum de evoluir! Tenho medo é de involuir…»

    Medo compreensível mas um pouco demorado…

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  7. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Fevereiro, 2008 20:30

    Comemoram um aniversário agora e depois mais outro. Ainda ficam com hipóteses de uma terceira, e talvez de uma quarta comemoração. Como esta questão ainda provoca ressabiamentos a uns quantos (basta ler alguns comentários para o perceber) pode sempre dar-se um jeito.
    Assim se ganham umas lecas com o “jornalismo”

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  8. Desconhecida's avatar
    António Lemos Soares permalink
    11 Fevereiro, 2008 20:50

    Meu caro amigo:

    Com a mesma amizade lhe digo: Mais vale tarde do que nunca! Como para mim o aborto constitui um retrocesso civilizacional; daqui a 100 anos espero que se considere o aborto como hoje se considera a tortura…!

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  9. Jam's avatar
    Jam permalink
    11 Fevereiro, 2008 22:13

    Infelizmente a maioria dos órgãos de comunicação social pautam por uma certa desonestidade, ou, se quiser, sensacionalismo. Por vezes mera ignorância; mas geralmente a desonestidade e a existência de interesses mais ou menos ocultos nota-se à distância.

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  10. Desconhecida's avatar
    12 Fevereiro, 2008 14:25

    Ora cá está um raro texto, de CAA, que aplaudo a mãos plenas. Contido, concreto, conciso. Factualmente inatacável, ideológicamente inexpugnável. Só é pena ser a excepção e não a regra.

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