Pede-se mais honestidade, p.f.
11 Fevereiro, 2008
Fico pasmado com os ‘balanços’ que alguns órgãos de comunicação estão a fazer acerca da Lei que permitiu a IVG até às 10 semanas. Fazem-no a propósito do 1º aniversário do referendo que deu a vitória ao ‘Sim’.
No entanto, é conveniente lembrar que essa Lei foi publicada em Diário da República a 17 de Abril de 2007 e definia um prazo de 60 dias para regulamentação que, por sua vez, apenas veio a entrar em vigor a 15 de Julho. E não foi logo a partir dessa data que a maioria das unidades de Saúde ficaram tecnicamente habilitadas a cumprir a legislação. Daí que talvez fosse um pouco mais seguro (e mais honesto) aguardar alguns meses antes de se fazerem juízos que tresandam a premissas obtidas intuitiva e aprioristicamente.
10 comentários
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sim , se se esperar mais um pouco certamente que os numeros de Abortos ( seres humanos condenados à morte) realizados em Portugal se “irão aproximar” das estimativas previstas pelos beatos adeptos do Sim e desse modo os Abortistas deixarão de se parecerem com os famosos comentadores do caso Maddie…
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Tric,
V. existe mesmo ou é uma invenção?
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Meu caro amigo;
Demonstra-se que a liberalização do aborto não resolveu problema algum. A questão é muito complexa mas, como sempre defendi, liberalizar o aborto, não impede “de per se” o recurso a actos clandestinos. Dever-se-ia, sim, apoiar as famílias de maneira séria e humana.
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António,
Por vezes, mesmo que nos custe muito, é preciso evoluir um bocadinho naquilo que se pensa e diz. Sobretudo quando é a mudança da própria realidade a exigi-lo.
Dizer agora as teses ‘nãozistas’ que se defenderam há 1 ano é pura teimosia:
« Demonstra-se que a liberalização do aborto não resolveu problema algum.»
Não se demonstra nada – nem a favor nem contra. Ainda é muito cedo.
«Dever-se-ia, sim, apoiar as famílias de maneira séria e humana.»
Claro! Como se tinha feito até há 1 ano, não é verdade?…
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Meu caro amigo;
Admito que ainda seja cedo. Concordará, todavia, que a questão do aborto não era há um ano, como não é agora, um problema tão premente como os defensores do “Sim” fizeram crer.
Admito, da mesma maneira, que há um ano pouco se fazia pelas famílias portuguesas; pergunto: Algo se faz agora?
Não tenho medo algum de evoluir! Tenho medo é de involuir…
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António,
Com amizade mas não resisto:
« Não tenho medo algum de evoluir! Tenho medo é de involuir…»
Medo compreensível mas um pouco demorado…
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Comemoram um aniversário agora e depois mais outro. Ainda ficam com hipóteses de uma terceira, e talvez de uma quarta comemoração. Como esta questão ainda provoca ressabiamentos a uns quantos (basta ler alguns comentários para o perceber) pode sempre dar-se um jeito.
Assim se ganham umas lecas com o “jornalismo”
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Meu caro amigo:
Com a mesma amizade lhe digo: Mais vale tarde do que nunca! Como para mim o aborto constitui um retrocesso civilizacional; daqui a 100 anos espero que se considere o aborto como hoje se considera a tortura…!
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Infelizmente a maioria dos órgãos de comunicação social pautam por uma certa desonestidade, ou, se quiser, sensacionalismo. Por vezes mera ignorância; mas geralmente a desonestidade e a existência de interesses mais ou menos ocultos nota-se à distância.
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Ora cá está um raro texto, de CAA, que aplaudo a mãos plenas. Contido, concreto, conciso. Factualmente inatacável, ideológicamente inexpugnável. Só é pena ser a excepção e não a regra.
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