Prós & Contras (3)
12 Fevereiro, 2008
M.ª José Morgado, a putativa paladina da Justiça e da Verdade que só ela conhece e domina, ali perdida, no meio do programa de informação com maior audiência da televisão portuguesa, afinal, a defender o sistema tal qual ele é, a lutar em favor do status quo como qualquer outro funcionário desta justiçazinha de coutadas. Quanto mais se expõe melhor se percebe.
Tal como Rui Rangel, imerso em pleno e obsidiante estado de negação.
Uma tristeza!
6 comentários
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Quem mama na teta, não quer que a vaca ande…
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Caro CAA,
Só se desilude quem alguma vez se iludiu.
É particularmente curioso ver alguém que se alçou à posição de justiceira da nação mostrar a sua incompetência no foro em que, durante os últimos anos, cuidou de se auto-promover. E é piadético vê-la queixar-se da voragam mediática que a própria alimentou e da qual se aproveitou, deitando abaixo as instituições, como se a elas não pertencesse.
Agora que a sua incompetência está à mostra e ameaça ficar patenteada em todo o seu esplendor, natural é que não goste do provar o seu próprio veneno.
Há uma lição importante nisto tudo: devemos desconfiar de quem faz carreira e alcança cargos à custa de discursos tonitruantes nos que tudo arrasam, instituições e colegas incluídos. A partir de agora quando se vir uma Maria José Morgado ou um António Marinho, há que pensar duas vezes: daqui a uns meses ou anos onde é que estas pessoas querem estar? E que bem que não ficará a um político proeminente dar-lhes tachos para mostrar que está a fazer obra na Justiça (ou na saúde ou na educação) e que não teme os lobbies tenebrosos que fazem parte do imaginário popular? Paradoxalmente, travestido de indignação com “o estado a que isto chegou”, nada há mais cínico e calculista do que o discurso bota-abaixista com que estas pessoas chegaram e continuam a chegar perto do poder.
Na altura em que se perceber tudo isto, talvez se dê valor às pessoas que não dão entrevistas e nunca apareceram na televisão e, que, no entanto, todos os dias fazem o que podem e não podem para que a justiça (ou a saúde ou a educação) seja um bocadinho menos má do que é. Eu conheço algumas.
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Exactamente.
Pode parecer cobardia, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas capazes – que felizmente ainda há – não se querem confundir com a cambada sequiosa de presença mediática. Estão todos bem instalados.
O “estado a que isto chegou” só terá remédio quando forem corridos os “vendilhões do templo”.
Para tanto, há, para já, três problemas:
O primeiro, maior, é como tratar do assunto. Juntar gente não é fácil.
O segundo, se calhar mais grave, é quem vai pôr o guizo ao gato. É possível que vá doer.
O terceiro, é que eles são muitos e todos agarrados ao tacho com unhas e dentes. É uma operação de defesa complexa.
Pois.
.
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A mulher está a precisar de férias, mesmo assim há quem não recupere nunca.
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Era tão simples dizer que o boneco animado, não podia falar sem autorização do seu chefe (o procurador encarregado do processo)
e nem para isso tiveram coragem? Cáfila…….
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Certíssimo, CAA:
É tão fácil dizer banalidades, mesmo com a cara sizuda, como a Dra. Mizé e o Dr. Rangel, cujo único fito me parece ser a publicidade e a auto-promoção.
A Dra. Mizé, durante este programa, mostrou tudo o que me parece ser – insegura, parcial e perdida, muito diferente da imagem que os média fizeram dela de “durona” esclarecida.
Hoje, ao contrário de outros dias em que está zangada com o sistema e o critica, foi mais defensora do status-quo.
Porquê? Talvés porque lhe disseram que, na próxima remodelação ministerial, ou ela ou o Zé-Luís poderão ser ministros.
Digo eu…
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