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Prós & Contras (3)

12 Fevereiro, 2008
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M.ª José Morgado, a putativa paladina da Justiça e da Verdade que só ela conhece e domina, ali perdida, no meio do programa de informação com maior audiência da televisão portuguesa, afinal, a defender o sistema tal qual ele é, a lutar em favor do status quo como qualquer outro funcionário desta justiçazinha de coutadas. Quanto mais se expõe melhor se percebe.

Tal como Rui Rangel, imerso em pleno e obsidiante estado de negação.

Uma tristeza!

6 comentários leave one →
  1. José Chouriço's avatar
    12 Fevereiro, 2008 00:30

    Quem mama na teta, não quer que a vaca ande…

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  2. José Barros's avatar
    José Barros permalink
    12 Fevereiro, 2008 00:44

    Caro CAA,

    Só se desilude quem alguma vez se iludiu.

    É particularmente curioso ver alguém que se alçou à posição de justiceira da nação mostrar a sua incompetência no foro em que, durante os últimos anos, cuidou de se auto-promover. E é piadético vê-la queixar-se da voragam mediática que a própria alimentou e da qual se aproveitou, deitando abaixo as instituições, como se a elas não pertencesse.

    Agora que a sua incompetência está à mostra e ameaça ficar patenteada em todo o seu esplendor, natural é que não goste do provar o seu próprio veneno.

    Há uma lição importante nisto tudo: devemos desconfiar de quem faz carreira e alcança cargos à custa de discursos tonitruantes nos que tudo arrasam, instituições e colegas incluídos. A partir de agora quando se vir uma Maria José Morgado ou um António Marinho, há que pensar duas vezes: daqui a uns meses ou anos onde é que estas pessoas querem estar? E que bem que não ficará a um político proeminente dar-lhes tachos para mostrar que está a fazer obra na Justiça (ou na saúde ou na educação) e que não teme os lobbies tenebrosos que fazem parte do imaginário popular? Paradoxalmente, travestido de indignação com “o estado a que isto chegou”, nada há mais cínico e calculista do que o discurso bota-abaixista com que estas pessoas chegaram e continuam a chegar perto do poder.

    Na altura em que se perceber tudo isto, talvez se dê valor às pessoas que não dão entrevistas e nunca apareceram na televisão e, que, no entanto, todos os dias fazem o que podem e não podem para que a justiça (ou a saúde ou a educação) seja um bocadinho menos má do que é. Eu conheço algumas.

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  3. rodasnepervil's avatar
    rodasnepervil permalink
    12 Fevereiro, 2008 08:33

    Exactamente.
    Pode parecer cobardia, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas capazes – que felizmente ainda há – não se querem confundir com a cambada sequiosa de presença mediática. Estão todos bem instalados.
    O “estado a que isto chegou” só terá remédio quando forem corridos os “vendilhões do templo”.
    Para tanto, há, para já, três problemas:
    O primeiro, maior, é como tratar do assunto. Juntar gente não é fácil.
    O segundo, se calhar mais grave, é quem vai pôr o guizo ao gato. É possível que vá doer.
    O terceiro, é que eles são muitos e todos agarrados ao tacho com unhas e dentes. É uma operação de defesa complexa.
    Pois.
    .

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  4. André Verneuil's avatar
    12 Fevereiro, 2008 14:45

    A mulher está a precisar de férias, mesmo assim há quem não recupere nunca.

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  5. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    12 Fevereiro, 2008 16:22

    Era tão simples dizer que o boneco animado, não podia falar sem autorização do seu chefe (o procurador encarregado do processo)
    e nem para isso tiveram coragem? Cáfila…….

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  6. Saloio's avatar
    Saloio permalink
    13 Fevereiro, 2008 21:38

    Certíssimo, CAA:

    É tão fácil dizer banalidades, mesmo com a cara sizuda, como a Dra. Mizé e o Dr. Rangel, cujo único fito me parece ser a publicidade e a auto-promoção.

    A Dra. Mizé, durante este programa, mostrou tudo o que me parece ser – insegura, parcial e perdida, muito diferente da imagem que os média fizeram dela de “durona” esclarecida.

    Hoje, ao contrário de outros dias em que está zangada com o sistema e o critica, foi mais defensora do status-quo.

    Porquê? Talvés porque lhe disseram que, na próxima remodelação ministerial, ou ela ou o Zé-Luís poderão ser ministros.

    Digo eu…

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