Debate em Espanha
Foi bom o primeiro debate do século em Espanha, entre os dois candidatos a presidente do governo. Tarefa difícil para Rajoy, a de contestar os dados macroeconómicos apresentados por Zapatero: três milhões de novos empregos, a mais baixa taxa de desemprego em 30 anos, uma taxa de crescimento de 3,7% ao ano e um superavit das contas públicas de € 70.000.000 (a ponto de Zapatero ter prometido, há dias, devolver várias centenas de euros a cada contribuinte espanhol).
O líder do PP apenas pode contrapor a elevada taxa de inflação e o número absoluto de desempregados (maior do que no final do último governo de Aznar). Ambos, porém, pareceram de acordo quanto ao facto de os Governos serem responsáveis (pelo que fazem ou pelo que deixam de fazer, consoante as perspectivas) por aqueles resultados.
Pelo debate passaram algumas questões a acompanhar deste lado da fronteira com alguma atenção. Apenas um exemplo: a Espanha foi, nos últimos 4 anos, o segundo país do mundo que mais emigrantes recebeu (apenas ultrapassada pelos EUA), mais do que a França, a Alemanha e o Reino Unido juntos.
A expectativa em Espanha era hoje elevada quanto ao impacto do debate nos resultados eleitorais. Discute-se agora quem venceu o debate. Para os leitores do El Mundo, foi Rajoy. Para os do El País, foi Zapatero. Resultados a sério, só a 9 de Março .

Parece que (quase) ninguém viu. Nem aqui, nem lá.
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Deve ter sido uma boa estucha. E ainda por cima em castelhano…
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Para quem estiver interessado pode-se fazer o download em pdf a partir do sítio do El Mundo.
É um debate que não tem particular interesse para Portugal. Quase não debateram política externa e, quando o fizeram, foi para dizer asneiras. Comparações com Bush e defesa da honra de Aznar, etc., etc.. Enfim…
Foi curioso ver em Zapatero alguns tiques socráticos nomeadamente no que diz respeito ao malabarismo dos números do emprego/desemprego.
Meu veredicto: Empate. Zapatero “manobra” bem. A Rajoy falta um bocado mais de grinta.
Lá como cá…assim vai o mundo.
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a Espanha tornou-se respeitada mundialmente com Aznar. portugal afunda-se com sócrates.o país está na agonia
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A questão é justamente que Aznar já não está lá e agora quien lo manda es un embustero.
Portugal já está atolado no lodo e não se vislumgra quem o faça arribar.
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*vislumbra
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«Parece que (quase) ninguém viu. Nem aqui, nem lá.»
Não é verdade. As ruas fcaram quase desertas e supõe-se que mais de 14 milhões tenham visto o debate do princípio ao fim.
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Eu vi, boa parte, na TVE Internacional e pareceu-me um bom debate. Muito bem preparados os dois e ambos ao ataque não se deixando “aprisionar” pelo oponente. Penso que os debates vão decidir pouco, porque a sociedade Espanhola está muito polarizada.
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As “duas” Espanhas (caricaturo , pois há que contar com os nacionalismos)estavam bem representadas no especial 59″ que se seguiu ao frente-a-frente.
A excepção , como é habitual ,foi Fernando Ónega , um espanhol atípico (o facto de ser galego talvez tenha a sua influência…).
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Por acaso não gostei muito do debate, e quase adormeci no final da primeira parte. Em parte, a culpa é do formato, muito “limpinho”, tudo contado ao segundo. E os candidatos não são os melhores. Zapatero é apenas um progressista com discurso de adolescente para entusiasmar adolescentes (como dizia um comentador da TVE). Rajoy parece não ter fôlego para aproveitar a, mais uma vez, desastrada política anti(?)terrorista do PSOE, nem engenho para fazer perceber ao povo espanhol que Zapatero os pretende mudar à sua imagem e semelhança. Receio que Zapatero vá ganhar as eleições. Vamos lá ver se Espanha aguenta mais 4 anos deste progressismo/rolo-compressor.
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“«Parece que (quase) ninguém viu. Nem aqui, nem lá.»
Não é verdade. As ruas ficaram quase desertas e supõe-se que mais de 14 milhões tenham visto o debate do princípio ao fim.”
Confirmo, pelo menos por observação local e pelo que ia passando na TVE.
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Bem, os debates da RTP, ao pé deste, è como uma sargeta suja,
vão a Espanha e aprendam os politicos e opessoal da televisão como è um debate à seria! O Socrates não se aguentava e começava
a chorar ou aos berros.
Para mim não houve victoria para ninguem, em termos pessoais foram bastante equilibrados quanto aos 4 anos de Zapatero, o presente de Espanha foi bem demonstrado por ROY facilitismo, permissividade, e uma economia que a roda começa a andar ao contrario! até segunda….
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É formidável ouvir os comentários ao debate. A ignorância generalizada e a degradação da educação estética está de tal modo degradada cá e lá – mais cá do que lá – que já poucos são capazes de distinguir o bem do mal, mesmo quando ele se mostra com uma evidência que chega a causar espanto…
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Alguém reparou no telejornal da TVI hoje (26 Fev)? Lá era referido que o Zapatero tinha mais de 5% de vantagem e foi o grande vencedor do debate. Será que está aqui o eixo PSOE-El Pais-TVI em funcionamento. É assim com pequenas coisas que a nossa opinião pública é trabalhada.
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