O triunfo dos porcos
4 Março, 2008
Graças a um artigo do “Expresso” sobre as regras comunitárias para as galinhas poedeiras embrenhei-me na leitura de várias directivas sobre o Bem Estar Animal . É um universo fabuloso que não deixa de nos surpreender a cada item. Por exemplo as instalações para os suínos determinam que «cada animal deve poder deitar-se, descansar e levantar-se sem dificuldades, bem como ver outros porcos.» Bem como ver outros porcos? Porquê?Esta questão da socialização dos porcos preocupa muito o legislador bruxeleense pois admite que em alguns casos um porco possa ser isolado – por exemplo, se for muito agressivo para os outros porcos ou se estiver doente – mas apenas nesses casos. Algo de muito estranho vai na cabeça desta gente.
108 comentários
leave one →

Eu não li a legislação, nem tenho tempo para o fazer. Não sei se é sensata ou não, nem sequer se o assunto deveria ser tratado a esse nível de burocracia europeia. Contudo, parece-me muito bem que haja regras quanto ao tratamento dos animais. Não se pode deixar isso apenas à boa-vontade dos produtores, como é evidente. A postura de que o homem é dono e senhor do mundo, podendo fazer tudo o que lhe dá na cabeça, já foi ultrapassada há bastante tempo. Qual é, concretamente, a alternativa que propõe?
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«Contudo, parece-me muito bem que haja regras quanto ao tratamento dos animais».
Subscrevo absolutamente.
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Sinceramente, não percebo por que razão se sente a Helena incomodada com esta lei. O seu único objectivo é precisamente garantir condições básicas para o bem-estar dos animais de que nos vamos alimentar. Um porco não é uma fabrica de carne, é um animal.
Torna-se claro que a Helena fala do que não sabe, pois quem diz isto não deve conhecer as condições a que estão submetidos os animais nas fábricas de produção intensiva.
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Ou seja a lei deve obrigar a que os porcos possam ver outros porcos? E porque não verem também galinhas? Pessoas?
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Agora fiquei com curiosidade de conhecer os pormenores da legislação das galinhas poedeiras.
Espero que esteja previsto um ambiente recatado e ao abrigo de olhares indiscretos, no acto de pôr o ovo.
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Se a Helena Matos estivesse na prisao preferia ver galinhas ou pessoas?
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parece que vão fazer comício no Porto e não no largo dos ratos.
“feios, porcos e maus”
os bruxelenses não se preocupavam com os 20% de crianças portuguesas pobres; o desgoverno também não
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Algo de muito estranho vai na cabeça desta gente…antes fosse só sobre os porcos! O próximo passo será a formação de psicólogos, de corpo e alma no bem-estar animal e, quem sabe, a criação de farmacêuticos para a depressão suína não vá andar por aí um porco com tendências suicidas.
Já agora:
http://cafedatertulia.blogspot.com
http://poesiahugo.blogspot.com
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É a vasta experiência que os legisladores têm enquanto agricultores a vir ao de cima. Por favor não questionemos!
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Li algures que o porco é um animal com alguma inteligência. Certamento superior à das galinhas, atavicamente consideradas estúpidas, por natureza.
Quem conhecer os modos de criação de porcos, nas aldeias deste país, ainda não há muitos anos, pode começar a pensar como é que os lavradores faziam, com sabedoria de séculos.
Os porcos viviam em chiqueiros, como é natural da sua condição de suínos de luxo. Socializavam com outros porcos. Sempre que uma porca apresentava sinais de cio, ia ao macho. Os lavradores sabiam muito bem estas coisas.
Por vezes, a porca percorria caminhadas de quilómetros, para satisfazer a lascívia reprodutora, com o barrasco da aldeia.
Por altura da ninhada, a porca mãe, tratava dos bácoros com o desvelo de todas as mães: aninhada e de tetas prontas para os bacorinhos se achegarem. Isto era o mais natural do mundo, desde que existe mundo, para os animais em geral. Os lavradores sempre tiveram o privilégio de lidarem de perto com estes fenómenos mais naturais que os que podem ser observados nas pocilgas industriais, feitas máquinas de criação, engorda e abate animal.
Melhor ainda: os recos de aldeia, tinham tratamento preferencial na comida diária. Ficavam sempre com os restos dos amos que os criavam. A lavadura, prato nobre da ementa habitual de reco de luxo, era aquecida com água a ferver e misturada com farinha de milho e outros condimentos que alimentavam e criavam bons recos, até ao destino final: a matança.
Esta , constituia ritual que toda a criança de aldeia, na altura do primeiro frio a sério do Inverno, presenciava. O treco saída da pocilga, a chiar que nem um doido, porque percebia o destino fatal. Era preso com cordas a um lugar seguro, por vezes um carro de bois pousado e o matador, sendo nessa altura que o bicho esperneava de modo infrene e impróprio de ser presenciado por almas sensíveis. A faca comprida e afiada de dois gumes, fazia o que tinha a fazer, em direcção ao coração animal e o sangue vertia, quente, para um alguidar, onde era mexido e guardado com cautela, para os enchidos e sarabulhos.
Isto era assim, nas aldeias. Nos matadouros, nem assim é.
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Ai, a sociabilidade animal é alguma coisa exclusiva do ser humano, de homens e mulheres, além das crianças, que espanhóis dizem crios, inconcebível, na sua, desde o elefante às amibas!
Ó dona amélia de helena!…
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Algo de muito estranho vai na cabeça de muita gente!
É a maior vergonha do país e há gentinha que ainda goza com quem quer mudar as coisas e tratar os animais com o respeito que merecem. Um porco tem a inteligencia de um cachorro. Todos os animais merecem ser felizes.
Mesmo que estejam condenados a ir para os nossos pratos.
Há pessoas que insistem em ser uns atrasados.
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Os porcos viviam em chiqueiros, como é natural da sua condição de suínos de luxo. Socializavam com outros porcos. Sempre que uma porca apresentava sinais de cio, ia ao macho. Os lavradores sabiam muito bem estas coisas.
Faltou acrescentar o seguint:
Como os lavradores sabiam destas coisas, sempre que ninhada crescia, os machos eram…capados. Porquê? Ora, para preservar a integridade da raça e não permitir barrasquices incestuosas, segundo me parece, embora com reservas.
Para estas funções algo sinistras, existia na aldeia, um capador habilitado. A função era exercida com recato e longe da vista de crianças. A matança não. Era uma festa…
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Helena Matos, o post está engraçado e o tema de facto dá umas boas larachas. Por outro lado, para ficarmos todos esclarecidos, incluindo a Helena, seria melhor agora perguntar a um veterinário o porquê da coisa. Quem sabe se até o veterinário acha tal regulamento disparatado e a Helena sai daqui em triunfo e em ombros, heim?
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“cada animal deve poder deitar-se, descansar e levantar-se sem dificuldades, bem como ver outros porcos”
Desculpem ,mas quem acha isto estranho ou esquisito, é porque é uma pessoa estranha e esquisita.
Sinceramente, é do senso comum. É uma questao de bom senso. Infelizmente é preciso escrever, porque a tragédia é que nao se passa isso. Os animais sao uns infelizes, maltratados, um horror!
Creio que se as pessoas vissem e soubessem alguns casos nunca mais comeriam carne na vida.
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Eu cresci na rua do matadouro municipal e a curiosidade de criança levou-me a ver o que não devia ter visto, naquela idade.E a verdade, tal como aqui alguem diz, os animais pressentem a morte.Nunca esquecerei aquele olhar aterrorizado.
E sabe a Helena que nas modernas criações o animal só vê a luz do dia quando faz a única viagem?
Não parece demais que os animais tenham um mínimo de conforto.
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Eu poderia resumir a questão assim, espero que não seja considerado agressivo porque não é esse o objectivo: a Helena Matos não percebeu o que é um animal. Vê-los apenas ao longe, ou no prato já depois de mortos, não permite perceber que não são assim tão diferentes de nós. Não são vegetais. Leia com atenção o que o José escreveu acima.
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Com todo o respeito, algo de muito estranho vai na SUA cabeça, Helena.
Essa falta de empatia é preocupante. A sua é com os animais; um passo à frente, é com as pessoas – e têm nome : SOCIOPATAS. Como tudo na vida, é uma questão de grau. E, por isso, é que o modo como tratam, os animais é tão revelador acerca de nós próprios e do estado civilizacional em que nos encontramos.
Faz-lhe muita confusão que os porcos se possam ver uns aos outros? Qual é o problema, dá muito trabalho? Ou é só o seu sadismo mórbido a falar?
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Adoro ver a revolta dos “vegetarianos”, que um dia sonharam mudar alguma coisa, inclusivé, mudar a lei da Sr. Natureza.
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«Ou seja a lei deve obrigar a que os porcos possam ver outros porcos? E porque não verem também galinhas? Pessoas?»
Porque não, Helena? Porque não? Se quiser fazer um trabalho jornalístico sério, visite as instalações onde estão os animais (como alguém sugeria acima) e depois, com conhecimento de causa, voltamos a falar.
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«Sr. Natureza»
Hélas! Finalmente o Homem (neutro e indeterminado) assume que se confunde com a própria natureza.* Eu, natureza!
Um dia o Hugo vai acordar…
* que os porcos se possam levantar e ver outros porcos é contranatural… porque o Homem quer.
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Correcções
comentário 18: “modo como tratamos os animais”
comentário 21:”contranatura”, obviamente.
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Então Vocências não perceberam que as normas comunitárias sobre os porcos são apenas uma metáfora?
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Não cara Sofia, o que eu quis dizer é que, como me parece óbvio, existe um ciclo natural. Não falo nem ponho em causa que os animais devem ter uma vida digna, mas no que toca a teorias “vegetarianas” não estou, de todo, de acordo com os assuntos anti-carnivoros. Os animais são, NATURALMENTE, um alimento e sustentação para a vida do homem! NATURALMENTE! e tudo o que possa falar em contrário disso, é somente um cliché do “tenho a mania de ser diferente”. Agora, quanto ao “bem-estar” dos animais até essa fase, posso concordar que…ok, merecem dignidade.
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De um site:
“Talvez nenhum outro animal seja mais objecto de abuso e depreciação que o porco. Nós empregamos o porco como uma metáfora para designar maneiras grosseiras e desagradáveis à mesa: “ele come como um porco”; como indicando uma falta de higiene: “sujo como um porco” ou para simples grosseria: “ele é um verdadeiro porco”. No entanto, o porco na vida real, no seu ambiente natural, não é sujo, grosseiro ou indecente, mas pelo contrário é abençoado com sensibilidade, inteligência, curiosidade e charme. É tempo de reavaliarmos as nossas atitudes para com os porcos, pois eles são certamente animais dignos do nosso amor e compaixão, não desprezo, antipatia e abuso.
Como pode testemunhar o crescente número de pessoas que está a adoptar porcos como companheiros, porcos são naturalmente animais brincalhões, curiosos e sensíveis. Eles são também muito inteligentes. Por exemplo, John Robbins, autor de “Dieta para uma nova América” relata a história de heróicos porcos que teve ampla cobertura em jornais Americanos. Carol Burke e o seu filho Antony de 11 anos estavam a desfrutar de um mergulho num lago do Texas, quando Antony se distanciou muito longe da costa para águas profundas e começou a entrar em pânico. felizmente para o rapaz aterrorizado Victoria Herberta também tinha trazido o seu porco de estimação Priscilla para desfrutar de um mergulho no lago. Priscilla, obviamente notando a aflição de Antony, imediatamente correu para a água e nadou apressadamente na sua direcção. Felizmente o rapaz conseguiu permanecer a flutuar até Priscilla o alcançar. Então Antony agarrou-se à coleira de Priscilla enquanto espectadores observavam da costa, divertidos, Priscilla puxou o rapaz para a segurança.”
Bem vistas as coisas, da mesma maneira que nos escandalizamos que se mate cães ou gatos para comer, também não deviamos comer porcos.
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Oh god… não há-de faltar muito para entrármos no ridiculo, onde vai começar a discução sobre a vida dos vegetais, flores, árvores e afins. Também vivem e também os matamos para comer, fazer cházinho do bom, fins terapêuticos bla bla bla, não haja com isso problemas. Noentanto, ninguém mata as rosas do jardim para comer, antes para tornar a casa mais bonita.
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Há uma enorme afinidade entre o homem e o porco. Na mitologia, por exemplo, Circe transfoma os companheiros de Ulisses em porcos.Na medicina: certos órgãos do porco podem ser transplantados – em Trás-os-Montes diz-se: «queres ver o teu corpo mata o teu porco.
O porco é muito inteligente. O porco tem muito mais faro do que o cão. O porco, diz quem o tem como tal, é melhor animal de companhia. Mas há mais.
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Luís Lavoura,
O que é absolutamente lamentável é que V. a discutir esta posta se refira à autora de maneira insultuosa (5 vezes) e totalmente escusada.
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# Gabriela Diz:
4 Março, 2008 às 11:06 am
Se a Helena Matos estivesse na prisao preferia ver galinhas ou pessoas?
Teresa Diz:
4 Março, 2008 às 11:47 am
Desculpem ,mas quem acha isto estranho ou esquisito, é porque é uma pessoa estranha e esquisita. (…)
Sofia Ventura Diz:
4 Março, 2008 às 12:02 pm
Com todo o respeito, algo de muito estranho vai na SUA cabeça, Helena.
Essa falta de empatia é preocupante.
tina Diz:
4 Março, 2008 às 12:26 pm
Talvez nenhum outro animal seja mais objecto de abuso e depreciação que o porco.
Ninguém como nós, mulheres, para saber tanto de porcos.
O que é que nos provoca tamanha empatia?
Porco, amo-te tanto!
Se visse um porco triste era capaz de me deitar com ele.
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Estou a ser injusta!
Escaparam-me algumas.
E afinal há homens iguaizinhos a nós.
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Não realmente não acho que os porcosos sejam iguais aos homens.
E não me sinto nada culpada quando como carne. De porco, galinha, vaca, coelho…
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Ninguém disse que eram iguais. Por tudo o que sabemos deles, até podem ser mais sensíveis que o homem e mais dependentes da companhia dos seus.
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podem-se achar bizarros os delírios legislativos e regulamentares dos burocratas de bruxelas e anexos. mas depois de ver este vídeo
http://video.google.com/videoplay?docid=-1282796533661048967
talvez alguns dos disparates dos militantes dos direitos dos animais comecem a fazer sentido.
(o vídeo é longo, chocante, pornográfico, obsceno, provoca náuseas e, já se sabe, faz parte duma campanha de anarco-esquerdalhos associados ao Al Gore, à Greepeace e ao lobby gay para destruir o mercado. mas mesmo assim, é de dar uma vista de olhos. de preferência sem nada no estômago)
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Já não me lembro de onde “tirei” isto :
-«”A verdadeira bondade do homem só pode manifestar-se em toda a sua pureza e em toda a sua liberdade com aqueles que não representam força nenhuma. O verdadeiro teste moral da humanidade (o teste mais radical, aquele que por se situar a um nível tão profundo nos escapa ao olhar) são as suas relações com quem se encontra à sua mercê: isto é, com os animais. E foi aí que se deu o maior fracasso do homem, o desaire fundamental que está na origem de todos os outros” – Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser»
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Vejam, se bem entenderem, este video do reino animal, da selva da África do Sul. Os animais não são gente, mas há gente que se comporta como animais. O video, vale a pena ver até ao fim, para se perceber que os animais não são estúpidos e que o instinto de alguns, supera a inteligência humana, prática.
http://br.youtube.com/watch?v=LU8DDYz68kM
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«Não cara Sofia, o que eu quis dizer é que, como me parece óbvio, existe um ciclo natural. Não falo nem ponho em causa que os animais devem ter uma vida digna, mas no que toca a teorias “vegetarianas” não estou, de todo, de acordo com os assuntos anti-carnivoros.»
OK. Mas ninguém está a por em causa que os animais nos sirvam de alimento (não vejo que seja essa a intenção da legislação comunitária). O que se põe em causa é o modo como os animais são tratados no processo.
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CAA Diz:
4 Março, 2008 às 12:45 pm
Refere-se a algum comentário eliminado?
O único que vejo (comentário 16) não tem nada de insultuoso. Nada nem sequer perto disto: “Algo de muito estranho vai na cabeça desta gente”.
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«Se visse um porco triste era capaz de me deitar com ele.»
Cada um sabe de sie Deus sabe de todos. Ou a Maziarinha propõe a criminalização do bestialismo. E se o porco gostar, também conta?
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«Não realmente não acho que os porcosos sejam iguais aos homens.
E não me sinto nada culpada quando como carne. De porco, galinha, vaca, coelho…»
Off point.
Nem ninguém aqui defendeu que da mesma coisa se tratasse; nem aqui se censurou o consumo de carne animal.
Quanto ao tratamento mais humano (porque o porco não é, mas nós somos e as acções são nossas) dos animais, tem alguma coisa a dizer? Porque é disso que trata a legislação comunitária que justificou o seu post.
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“humanos” que gozam com o bem estar e com os direitos dos animais deveriam ser submetidos aos mesmos maus tratos ….
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frei de jesus Diz:
4 Março, 2008 às 1:15 pm
Não sei se lhe agradeça se o insulte, por demonstrar que há quem consiga por em palavras, muito melhor que eu, aquilo que me passa pela cabeça.
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««Como os lavradores sabiam destas coisas, sempre que ninhada crescia, os machos eram…capados. Porquê? »»
José,
Creio que tem a ver com o sabor da carne. Ao que parece, carne de porcos não capados não presta.
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E as porcas, João Miranda? As porcas, terão sabor diferente?
Para mim, até sabem melhor, se estiverem mesmo…fresquinhas. Mas isso, só Freud conseguiria adiantar alguma coisa como explicação.
E acho que já me estendi.
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seja o que for, a mim parece-me a Helena M parecida, além do mais, co a sinistra da educação, má, teimosa e insensível.
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Lixo humano, é o que é.
Tristeza…
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E quando animais matam e comem animais? Antes de psicólogos de animais e depressivos para animais, vamos ter que criar a justiça dos animais, para os animais e entre animais!
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«E quando animais matam e comem animais?»
Se calhar estão a portar-se como animais, mas o Hugo não é um animal qualquer, pois não?
Além do que não me parece que hajam assim tantos casos de animais que se matam porque sim… parece ser mais um “privilégio” da razão.
Presente envenenado, diria eu…
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Gente complicada: Senhores, a única coisa que o regulamento pretende é que se tratem bem os animais. O regulamento diz para não se comerem porcos porque eles são iguais a nós e nãoseiquê? Não, não diz. Apenas diz para se tratar bem os animais antes de se comerem. É um sinal de civilidade. E obviamente estas regras são preparadas pelos gabinetes técnicos de apoio da Comissão Europeia, que incluem no caso, como é óbvio, veterinários. O que vai de “estranho na cabeça desta gente” é apenas pretender que os animais tenham algum conforto enquanto vivos. Simples, não é? Qual é exactamente a parte disto que não entendem?
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O Caramelo disse tudo!
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” I like pigs. Dogs look up to us. Cats look down on us. Pigs treat us as equals.”
– Winston Churchill –
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“O homem tem feito da Terra um inferno para os animais” – Arthur Schopenhauer, filósofo alemão.
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http://www.themeatrix.com/
Para quem se interessa pelas barbaridades que fazemos aos animais comestíveis , deixo aqui este site.
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Sou um animal pois. Então mas, tal “como animal qualquer” que lhes chama, preocupa-se com a sua morte? Não percebo… afinal, são um “animal qualquer” ou são mais que isso? Vá, vamos todos ser coerentes e deixar a estupidez de lado. Obrigam a ser estúpido com a vossa conversa estúpida.
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Não me pareceu que a Helena quisesse pôr em causa o direito dos animais ao respeito e à dignidade, mas simplesmente pôr em evidência o carácter burocrático de quem em Bruxelas não tem mais o que fazer. Esta história do porco é igual à que proíbe que o peixe vermelho de ser colocado em aquários redondos.
Queria diexar aqui de qualquer modo uma nota para lembrar que a produção intensiva de carne, e não só, está na razão directa da diminuição da fome no mundo.
Quanto á solidão do porco, gostava de ver a mesma indignação relativa a outras solidões, humanas, indefesas e para muitos incómodas.
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Caro Animal, o vídeo do seu link é longo, 01:35, vi os primeiros 5′ e guardei o link para ver com mais vagar. Porque é um bom documento.
Quanto ao post, é sabido que a Comissária Helena, também tem comissão como feminista.
Lá tem os seus traumas.
A metáfora homens/porcos é um problema dela.
Comi facas porcas ao almoço e soube-me muito bem.
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«ou são mais que isso?»
Tenho todas as razões para acreditar que seja mais que um animal qualquer – é dotado de razão!
A esta luz, leia lá o que escrevi e depois aponte-me a incongruência.
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«Quanto á solidão do porco, gostava de ver a mesma indignação relativa a outras solidões, humanas, indefesas e para muitos incómodas.»
Já estou como ontem – essa petição também assino.
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dazulpintado Diz:
“Quanto á solidão do porco, gostava de ver a mesma indignação relativa a outras solidões, humanas, indefesas e para muitos incómodas.”
Ora bem!…
Já não era maus se os idosos portugueses, depois de nas reformas de 300 euros descontarem os medicamentos e as taxas moderadoras dos ministros da justiça social, terem o direito legislado a poderem “deitarem-se, descansar e levantarem-se, bem como a ver outros idosos”.
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“Esta história do porco é igual à que proíbe que o peixe vermelho de ser colocado em aquários redondos.”
Não se podem por peixes vermelhos em aquários redondos???
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“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como trata os animais”
Mahatma Gandhi
Juraria que quando Gandhi proferiu estas sábias palavras foi a pensar na Tugalândia. E o teor de alguns comentários confirmam esta ideia.
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Ai, ai, Doe J. eu acho que essa sua proposta sobre os velhinhos até é fixe. Enquanto o Estado não tratar dos velhinhos, podemos maltratar os animais à vontade, não é? Mas qualquer liberal lhe dirá que o Estado não se deve intrometer na vidas das pessoas. Sabe como é: o livre arbítrio, a responsabilidade, etc. Coisa que já não existe em relação aos animais. O jcd dá tautau, ó Joe.
E aquela do azulpintado também es´tá engraçada: um gajo que se preocupe com o bem estar dos animais, concerteza que não se preocupa com o bem estar das pessoas….
Eu acho que esta malta está confusa. Eu aposto que a maior parte dos que acham este regulamento esquisito, o máximo que se aproximaram de um porco, foi na estante das costoletas do cachaço no supermercado)
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“costoletas”, vem de costolas?
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Sofia Ventura, sim, eliminaram-me aqui um comentário, no qual eu disse aquilo que penso da Helena. Mas não fico ofendido por mo terem eliminado, portanto, não se chateie por mim.
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Cara Helena,
Gostava de perceber qual é o seu problema. Acha que a forma como os animais são tratados não deve estar regulamentada, ou simplesmente acha que esta regulamentação é excessiva? Ou, ainda, acha que devia ser cada país a tratar, com autonomia, do assunto?
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Uma vez um porco andava a chafurdar na lavoura e o agricultor correu com ele. Foi muito bem feito!…
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tina Diz:
4 Março, 2008 às 4:49 pm
Ó tina, tenha lá tino!
Isto não é a primária ou a função pública – “flattery will get you nowhere” e, no entretanto, já indispôs o resto do pessoal que tem de assistir às suas investidas.
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O negrito era só para o nowhere. Correu mal.
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“Cara Helena,
Gostava de perceber qual é o seu problema.” Finalmente a discussão entrou no caminho certo …
Quanto ao mais, espero que essas directivas se apliquem também aos animais da espécie humana …
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Sofia Ventura, fale por si!Eu cá não me importo.
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Dazulpintado,
Eu nunca disse que não tinha estômago fraco. Se o Dazulpintado tem, bom para si.
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A Helena Matos dá-se mal com posts puros. Ie, safa-se bem nos textos do Público que aqui repete e em relação aos quais, presumo, reflecte o suficiente antes de “mandar para a rotativa”. No jornal é leitura que não dispenso.
Já aqui nos posts, como entre o teclado e a publicação está só a tecla às vezes sai disto: precipitação e pouco acerto. Aliás não á a primeira vez – lembro-me por ex de um post a propósito da miúda que vive com pais afectivos e é disputada pelo pai biológico onde a Helena, em 4 linhas, avaliou e julgou só para, meia hora mais tarde, perceber que a realidade era muito, muito mais complicada. Agora foi a mesma coisa.
E foi também igual a reacção da Helena: como a avestruz, esconde-se, não fundamenta, deixa os outros a falar e faz de conta que não é nada com ela…
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entre o teclado e a publicação está só a tecla enter às vezes sai disto
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Sofia,
Sabe o que quer dizer “flattery”? Acha que o que escreveu faz sentido?
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Mialgia,
«Flattery or adulation is the act of giving excessive compliments, generally for the purpose of ingratiating oneself with the subject.»
Sei perfeitamente, Mialgia. Poventura, não me fiz explicar bem mas, como é óbvio, não me parece que seja o L. Lavoura que a Tina esteja a tentar impressionar. Por exclusão de partes…
Agora, eu deixei de ter pachorra para essas tretas quando tinha 10 anos.
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Sofia,
Deu para perceber que poder de encaixe não é o seu forte…
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Acalme-se Sofia, nunca ouviu que quem fala muito, ou entra mosca ou sai asneira?
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A estupidez, escorre nestas respostas!
Não foi muito atraz, que um animal de um alentejano, abandonou
porcos, vacas ao seu destino de morrer de fome!
O presidente da freguesia deve ser burro, nada fez, a camara
municipal dá empregos a estupidos, e a GNR, tem ali inteligentes
que levantaram autos, e deixaram correr o marfim até os animais estarem mortos e tornarem-se perigo, para a saude publica!
Só ai entraram o exercito que foi recolher as carcaças.
Que podemos pensar da cadeia de presidente da freguesia, presidente da camar e GNR? gente inteligente que cumpre a sua missão de zelar pela saude dos cidadãos? nem são capazes de zelar pela morte dos animais! o dono dos animais deve estar-se a rir de tanto idiota, uma multazinha resolve esta selvejaria……
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Mialgia,
Nem o poder de encaixe nem a paciência, tem toda a razão. Mistura-se a dose certa de falta de educação e a receita é explosiva.
PS: não estou com isto a dizer que o/a Mialgia foi mal educado.
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«Acalme-se Sofia, nunca ouviu que quem fala muito, ou entra mosca ou sai asneira?»
Isso tina, continue nesse registo, que só lhe fica bem. Agora siga o seu caminho que não dou para esse peditório.
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jcd, sim, existe legislação sobre isso mas não a encontro. Sabe, é que há estudos que indicam a formação de representações mentais do tipo declarativo em peixes.
Por exemplo, o peixe vermelho revela memória espacial complexa e flexível, com recurso a diversas estratégias adaptativas,incluindo mapas cognitivos, evidência aprendizagem integrada.O mesmo se passa com o Esgana-gata de três espinhos e o Salmão-atlântico, Já o Guppy é mais o uso de informação em interações sociais adquirida a partir da observação de interações entre conspecificos .
O que a gente aprende na internet!
E pensava eu que não pescava nada por ser azarado…
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A Sofia é uma intrometida, não se sabe o que se passou, põe-se a mandar vir com os outros e depois ainda os acusa de falta de educação. O que eu agradecia é que deixasse de se meter comigo e fosse à sua vida.
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“Por exemplo, o peixe vermelho revela memória espacial complexa e flexível, com recurso a diversas estratégias adaptativas,incluindo mapas cognitivos, evidência aprendizagem integrada”
É interessante perceber que alterando o habitat dos animais podemos causar-lhes sofrimento porque em primeiro lugar não sabemos como são as suas funções primárias.
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caramelo Diz:
“Eu aposto que a maior parte dos que acham este regulamento esquisito, o máximo que se aproximaram de um porco, foi na estante das costoletas do cachaço no supermercado”
O quê?!… :O
Então os porcos não nascem já etiquetados e embalados em celofane? E a ASAE sabe disso?
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Tina, claro que sim, claro que sim.
Gostei daquela, “fulana é uma intrometida”.Super eficaz!
Os homens têm muito a aprender em matéria de comunicação!
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“Não realmente não acho que os porcosos sejam iguais aos homens”
So you think humans are some kind of abstraction, not belonging to the animal kingdom, not constrained by their DNA and the natural environment they grew up?
So you think humans are so far superior as to not only mistreat but also wipe out all other animals for their own satisfaction. Probably your ideal world would be one populated by 100 billion people, all staring at each other and telling how beautiful humans are.
It might be the case that you really are not an animal, probably a humanoid machine or more likely one of those internet robots.
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LA-C,
“Cara Helena,
Gostava de perceber qual é o seu problema. Acha que a forma como os animais são tratados não deve estar regulamentada, ou simplesmente acha que esta regulamentação é excessiva? Ou, ainda, acha que devia ser cada país a tratar, com autonomia, do assunto?”
E porque não cada produtor tratar com autonomia do assunto? Por este andar, qualquer dia a UE pede meças à planificação quinquenal socialista.
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“E porque não cada produtor tratar com autonomia do assunto? ”
Porque esse é, na prática, por ausência de fiscalização, o actual regime – e está mais que visto (se quiser procure os filmes que colaram mais acima) não funciona.
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“Por este andar, qualquer dia a UE pede meças à planificação quinquenal socialista.”
Talvez se vocês parassem de ver o mundo a duas cores, se não vissem tudo à luz da geração a que pertencem, então aí pudessem, por um lado, contribuir para o progresso, e por outro, fazer uma denúncia eficaz quando esta é necessária.
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tina Diz:
“Talvez se vocês parassem de ver o mundo a duas cores,(…)”
O “unicolour” também já foi experimentado e não resultou grande coisa 🙂
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A Helena,Sofia,Tina,Teresa…
Se fosse a falar de um homem não havia discussão.Merecia mais!
Todas de acordo e por aclamação!
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“E porque não cada produtor tratar com autonomia do assunto?”
LR, e que tal se respondessem à minha pergunta? É difícil argumentar o quer que seja quando não se percebe o que está a ser contestado.
A Helena é contra a existência de regras, é contra a existência de regras tão detalhadas ou é contra a existência de regras supranacionais sobre o assunto? É assim tão difícil responder a esta pergunta?
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A questão é simples como o mundo :
Tratar bem os animais, mesmo quando se sabe que vão para abate.
Só quem nunca viu o pavor de um animal que pressente a morte no carreiro para a electrocussão, pode julgar que se trata de uma anedota.
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Ou seja, pérolas para porcos… não os suínos os outros. Quem não percebe que o animal sente é porque não quer perceber que o seu sentir é similar ao dele na hora animal da morte. Como o provam alguns humanos que grunhiam antes de morrer. Gosto de carne, mas mais ainda dos animais, e do respeito que possamos ter por eles. Do mesmo modo que não me chateia que se coma um porco, também não me choca que se coma um cão… mas nesta sociedade burguesa de cães de trazer por casa, a carne só é um assassínio quando a não conhecemos. E viva o belo do chouriço do fumeiro, claro está.
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“E porque não cada produtor tratar com autonomia do assunto?”
Porque é mais barato produzir sem preocupação pelo bem estar animal. Logo, para evitar abusos que certamente acontecem, regula-se. A mim parece-me claro.
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LA-C,
“LR, e que tal se respondessem à minha pergunta? É difícil argumentar o quer que seja quando não se percebe o que está a ser contestado.
A Helena é contra a existência de regras, é contra a existência de regras tão detalhadas ou é contra a existência de regras supranacionais sobre o assunto? É assim tão difícil responder a esta pergunta?”
Ok, deixa-me falar por mim. Eu sou contra a existência de muitas regras, absolutamente contra a existência de regras tão detalhadas que têm tanto de ridículo como de assustador e contra muitas regras supranacionais sobre o assunto. À força de tanta obsessão em regular a economia, os burocratas ainda irão acabar com ela.
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LR, obrigado. Pondo a questão nesses termos, estamos de acordo.
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“sou contra a existência de muitas regras”
Todos somos contra regras a mais. O problema é saber o que é de mais.
No caso vertente, trata-se de impedir que os animais sejam criados entre quatro paredes que não lhes permitam ter contacto com outros da sua espécie. Para quem sabe que os animais superiores como os porcos são seres dotados de uma psicologia, como nós, que podem dar em malucos, como nós, etc, não me parece uma regra excessiva.
“contra muitas regras supranacionais”
A razão para a existência de regras supranacionais é exatamente a mesma que a razão para a existência de regras nacionais: o facto de haver comércio. Hoje em dia nós comemos porcos que podem ter sido criados na Dinamarca. A União Europeia é hoje, a nível económico, um só país. Logo, faz todo o sentido que tenha leis comuns para a sua economia. A “nação” do LR já não existe. Não faz qualquer sentido aceitar que haja regras “nacionais” portuguesas, e não aceitar que Portugal não passa hoje de uma parte totalmente inserida, economicamente, num contexto europeu.
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Luís Lavoura,
“Todos somos contra regras a mais. O problema é saber o que é de mais.”
Por exemplo, estes preciosismos com áreas ou largura mínima de ripas:
· Cada porca e marrã (porco fêmea antes da primeira parição) dispõe obrigatoriamente de uma superfície livre mínima de pavimento disponível regulamentar de 2,25 m2 e 1,64 m2 respectivamente.
· Os revestimentos do pavimento devem respeitar as normas relativas à largura mínima das ripas e à largura máxima das aberturas.
“No caso vertente, trata-se de impedir que os animais sejam criados entre quatro paredes que não lhes permitam ter contacto com outros da sua espécie. Para quem sabe que os animais superiores como os porcos são seres dotados de uma psicologia, como nós, que podem dar em malucos, como nós, etc, não me parece uma regra excessiva.”
Mas será que os burocratas saberão melhor que os produtores como se criam porcos?
“A razão para a existência de regras supranacionais é exatamente a mesma que a razão para a existência de regras nacionais: o facto de haver comércio. Hoje em dia nós comemos porcos que podem ter sido criados na Dinamarca. A União Europeia é hoje, a nível económico, um só país. Logo, faz todo o sentido que tenha leis comuns para a sua economia.”
Tem piada que uma das razões enunciadas para esta regulamentação é a defesa da concorrência. Ora a concorrência – e também o comércio – existem pela diversidade, tenderão a morrer com a uniformidade. Que interesse terei em consumir porco da Dinamarca, quando ele for exactamente igual ao espanhol, português ou italiano?
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Luis Moreira Diz:
4 Março, 2008 às 11:04 pm
Não percebi!
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«Ok, deixa-me falar por mim. Eu sou contra a existência de muitas regras, absolutamente contra a existência de regras tão detalhadas que têm tanto de ridículo como de assustador e contra muitas regras supranacionais sobre o assunto. À força de tanta obsessão em regular a economia, os burocratas ainda irão acabar com ela.»
Como é que se aplica isto à questão dos porcos? Sim, ou sopas?
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‘«Por exemplo, estes preciosismos com áreas ou largura mínima de ripas:
· Cada porca e marrã (porco fêmea antes da primeira parição) dispõe obrigatoriamente de uma superfície livre mínima de pavimento disponível regulamentar de 2,25 m2 e 1,64 m2 respectivamente.
· Os revestimentos do pavimento devem respeitar as normas relativas à largura mínima das ripas e à largura máxima das aberturas.»
E antes de disparar já pensou porque é que estas exigências existem? Eu, não sei. Haverá para aí algum engenheiro agrónomo que consiga justificar estas exigências?
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No dia em que a Helena Matos entrar num matadouro e vir como é a realidade, vai ver que até esta legislação vai ser diminuta.
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Sofia Ventura,
“Como é que se aplica isto à questão dos porcos? Sim, ou sopas?”
Sopas! Em qualquer actividade produtiva, quando tem custos de contexto elevados (e a regulamentação é um dos principais), isso significa que terá de afectar recursos crescentes ao cumprimento de todos os ridículos detalhes explícitos (e alguns implícitos) nas regras. Efeito imediato: repercussão dos custos no consumidor. Efeito mediato: diminuição do investimento.
E se entende que tais regras são indispensáveis, já se questionou como sobrevivemos antes delas existirem?
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«afectar recursos crescentes ao cumprimento de todos os ridículos detalhes explícitos (e alguns implícitos) nas regras. Efeito imediato: repercussão dos custos no consumidor. Efeito mediato: diminuição do investimento.»
Isto faz-me lembrar o JM a comparar a discriminação das mulheres no ambiente de trabalho à peste, para concluir que não devemos contrariá-la… porque é assim que o mercado funciona.
Quando o LR compra um carro acha justo pagar um preço; pergunto-lhe eu, qual é o preço da nossa civilidade? Há custos económicos, e então? Um carro também sai caro e, na minha óptica, terá sempre de custar menos!
Eu, definitivamente, não percebo a Vossa necessidade de desconsiderar conceitos tão básicos como o de dignidade (estou a pensar no post sobre a situação laboral das mulheres), humanidade ou civilidade. Se não temos isso, o que é que nos resta? Os porcos, talvez. Mas então, mais uma razão para os tratarmos com alguma empatia. É curioso como as distâncias, às vezes, se encurtam.
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«E se entende que tais regras são indispensáveis, já se questionou como sobrevivemos antes delas existirem?»
Não é uma questão de sobrevivência, é uma questão de sabermos em que estádio civilizacional nos encontramos. Eu espero (embora todos os dias apareçam notícias que contrariam este meu ensejo) que estejamos os passos à frente desse mínimo de inetervenção que o LR defende.
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Sofia Ventura,
O que é espantoso é a validação imediata e até algum fascínio que as pessoas têm por estas intervenções de burocratas, considerados omniscientes apenas porque “representam” o Estado.
Mais grave ainda é o autêntico tiro no pé que as pessoas dão ao acordarem com este intervencionismo que, em última instância, são machadadas na liberdade individual.
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LR Diz:
6 Março, 2008 às 1:12 pm
LR,
Já percebi que é essa a sua posição de princípio. Tudo bem.
A questão é, EM CONCRETO, há aqui algum excesso de zelo?
Toda a teoria, só é boa enquanto tiver verificação prática. A bondade do liberalismo radical – porque radical – carece de verificação.
De resto, o seu processo devia ser o inverso – afastar, aprioristicamente, qualquer intervenção para demonstar a sua hipótese (a bondade do radicalismo), é batota.
Parece-me que a nossa discussão se resume a isto: o que é que para o LR vale mais?
1) preços da carne teoricamente mais baixos (é essa a sua tese); ou
2) agirmos de forma consentânea com a nossa natureza humana?
Tenho para mim que é na resposta a esta pergunta que divergimos.
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Sofia Ventura,
Deduzo portanto que, para si, ou é tudo regulamentado ao mínimo pormenor ou cairemos na completa barbárie. Para si não existem valores ou normas de conduta que possam emanar da tradição ou da religião, elas terão de ser impostas coercivamente pelo Estado. O seu erro é considerar que o Estado irá definir como se deve agir de forma consentânea com a naturaza humana (será que o estado a conhece?). E se assim não for, todos os animaizinhos deste mundo serão massacrados.
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