Boicotes V
26 Março, 2008
Pois CAA, convirá efectivamente ler o que escrevi, que vai no sentido inverso ao «nada fazer porque não vale a pena e estraga-se a festa». E assim o que escrevi se encontrará pacificamente com a tua «opinião [que] é diametralmente contrária»…..
O ponto da minha discordância não é, como se torna claro, «nada fazer», mas contestar a estratégia de defesa do boicote, por precisamente, caso este se concretizasse, retiraria dos palcos da opinião pública a força de alguma pressão e oportunidade de contestação.
Precisamente porque «os JO são acontecimento com repercussões políticas e enormes e evidentes» é que contestei a estratégia do boicote que me parece contraproducente. Como concordaste, e bem, que seria «estranho um boicote das autoridades nacionais aos Jogos Olímpicos não fora o facto da participação de cada atleta ser feita através de equipas dos… Estados.», apenas corrigi a alegação de tal «facto», pois que a participação dos atletas é independente da vontade dos Estados, por a organização, selecção e participação dos atletas depender de critérios e regras criados e aplicados por associações privadas e não por Estados. E assim, estariamos novamente de acordo quanto á estranhesa quando os governos decidam apelar ou organizar tais boicotes.
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6 comentários
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BLASFÉMIAS 
Estranhesa é uma coisa françeza, não é?
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Gabriel,
Admito, evidentemente, que quisesses significar o contrário daquilo que percebi. Mas reli o que escreveste e não consigo alcançar o sentido que nesta posta lhe dás. Só por isso não peço desculpas que estariam em causa se eu me considerasse equivocado.
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Independentemente do regime político, é lá com eles, os Jogos vão ser uma oportunidade de se conhecer o que se passa por lá, que de outra forma dificilmente se conseguiria. Haverá certamente muita coisa que poderemos aprender com eles.
Às vezes sonho que tenho uma geisha.
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Piscoiso,
«Às vezes sonho que tenho uma geisha.»
Sonhe à vontade – mas a dita é japonesa…
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Caro CAA,
a minha contestação, como disse, é á estrategia do boicote, por a considerar contraproducente, sendo eventuais contestações e pressões politicas potencialmente mais eficazes com uns jogos sem boicote:
«Mas não se entende a troco de quê. Em termos políticos nada se ganharia. Politizar uns JO parece-me legítimo, pressionar um regime, tratando-se ainda para mais de uma ditadura, tudo ok. Mas destruir-se ou enfraquecer-se a única força que pode ser sentida como pressão pelo regime parece-me um disparate político. Um boicote será uma forma de derrota antecipada pela perda de força do evento que chama a atenção para as causas. Uns jogos abertos serão mais difíceis de controlar do que uns jogos para os amigos.»
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eheheh
Tem razão CAA.
Os sonhos têm destas imprecisões geográficas.
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