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Pois…..

1 Abril, 2008

«…dos 3,5 pontos percentuais do défice cortados desde 2005, dois estão relacionados com cortes na despesa.», José Sócrates, 28/03/08.

« – Então pá, como vai isso? Aqui à atrasado andavas mal de finanças….
«-Nã…, agora está tudo ok . Consegui reduzir imenso às minhas despesas.
«-Sério? Como é que conseguiste?
– Tive um aumento de salário……»

Total da despesa pública em 2005: 70,645,1 milhões de euros;
Total da despesa pública em 2006: 71.655,8 milhões de euros; (+1,41%)
Total da despesa pública em 2007: 74,538 milhões de euros; (+3,86%)

Total da receita pública em 2005: 61.750 milhões de euros;
Total da receita pública em 2006: 65.601 milhões de euros; (+5,87%)
Total da receita pública em 2007: 70,213 milhões de euros; (+6,56%)

Fonte: Ministério das Finanças e INE

17 comentários leave one →
  1. Pinto Ribeiro's avatar
    1 Abril, 2008 09:16

    Lapidar, lapidar.

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  2. tina's avatar
    1 Abril, 2008 09:30

    Desculpe Gabriel, custa-me a acreditar que Sócrates mentisse assim tão descaradamente. Talvez ele tenha dito “redução na despesa face ao PIB” ou qualquer coisa assim.

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  3. Piscoiso's avatar
    1 Abril, 2008 10:09

    Hoje é o Dia das Mentiras.

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  4. Pedro's avatar
    Pedro permalink
    1 Abril, 2008 11:05

    Utilizar o PIB como referência é outra forma de esconder o aumento da despesa em anos em que o PIB aumenta, sendo que o aumento do PIB é sobretudo influenciado pela conjuntura económica e não pela acção do governo no par de anos anterior, portanto dizer “redução na despesa face ao PIB” serve também para encobrir a realidade, o que funciona perfeitamente num país em que o ensino da matemática tem tido o sucesso de uma alternadeira num bar gay.

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  5. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    1 Abril, 2008 11:08

    Tina,
    redução na despesa face ao PIB” é precisamente o que significa o exemplo que dei, do «tive um aumento do salário»

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  6. balde-de-cal's avatar
    balde-de-cal permalink
    1 Abril, 2008 11:31

    hoje, 1º de abril é o dia das mentiras. para pinocrates e sócretinos dura todo o ano.
    o monstro continua a engordar, os contribuintes a emagrecer

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  7. Desconhecida's avatar
    1 Abril, 2008 12:21

    curioso é que nas famílias portuguesas é precisamente ao contrário,
    corta no salário e aumenta na despesa
    não que seja propositado mas mais forçado pelas políticas governamentais.

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  8. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    1 Abril, 2008 12:31

    Publicado por Gabriel Silva:
    Total da despesa pública em 2005: 70,645,1 milhões de euros;
    Total da despesa pública em 2006: 71.655,8 milhões de euros; (+1,41%)
    Total da despesa pública em 2007: 74,538 milhões de euros; (+3,86%)

    Total da receita pública em 2005: 61.750 milhões de euros;
    Total da receita pública em 2006: 65.601 milhões de euros; (+5,87%)
    Total da receita pública em 2007: 70,213 milhões de euros; (+6,56%)

    Read my lips!…

    2005-03-12
    Discurso do Primeiro-Ministro na Tomada de Posse do XVII Governo Constitucional

    “Rigor, transparência e verdade têm de ser as palavras-chave no domínio das contas públicas. Rigor, desde logo, na despesa, porque essa é a forma última de garantir a sustentabilidade de longo prazo das contas públicas, de assegurar uma economia competitiva e de garantir o Estado Social.”

    http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Primeiro_Ministro/Intervencoes/20050312_PM_Int_Posse.htm

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  9. tina's avatar
    1 Abril, 2008 12:57

    Não é Gabriel. No primeiro caso, corte nas despesas é um valor absoluto. No outro caso refere-se à proporção da despesa em relação ao PIB, o que é verdadeiro. Até porque ele pode ter mencionado a seguir que as receitas aumentaram e assim se vê que ele só estar a explicar a redução no deficit.

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  10. Luís Bonifácio's avatar
    1 Abril, 2008 13:17

    Apesar de em valores brutos se ter verificado um aumento da despesa, na realidade pode não ser por causa do efeito da inflação. Assim à percentagem de aumento da despesa deve ser deduzida a taxa de inflação. O mesmo deve ser feito em relação às receitas.

    Exemplo: Se entre 2005 e 2006 a despesa aumentou em valores brutos 1.41% e a taxa de inflação foi (por exemplo) 2.41%, a despesa diminuiu 1%.

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  11. Desconhecida's avatar
    campeão permalink
    1 Abril, 2008 13:23

    Isto é complicado de entender para socialistas ! Para estes as aldrabices de Sócrates são verdades. Valha-nos S. Pisco!
    É aconselhavel a Tina ir estudar um pouco de lógica e matemática , mas não para as ” novas oportunidades” porque então fica na mesma.

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  12. tina's avatar
    1 Abril, 2008 14:28

    Foi isto que Sócrates disse:
    “receitas públicas evoluíram melhor do que o esperado, ao mesmo tempo que as despesas ficaram abaixo do orçamentado, devendo ser possível obter um défice abaixo dos 3% do produto Interno Bruto (PIB).
    Portugal conseguiu reduzir a despesa e a dívida pública face ao PIB, com esta última a melhorar um ano antes do que era esperado, acrescentou o primeiro-ministro.”

    Ele nunca falou em valores absolutos mas sempre comparativos e o que disse é tudo verdade. Que as receitas aumentaram e por isso a despesa em relação ao PIB diminuiu.

    Eu não sou socialista mas não gosto de ver coisas tiradas fora do contexto.

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  13. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    1 Abril, 2008 15:46

    «receitas públicas evoluíram melhor do que o esperado, ao mesmo tempo que as despesas ficaram abaixo do orçamentado»

    * Previsão de despesa para 2007: 72.537,8 milhões de euros
    (em Dezembro de 2006)
    Fonte: http://www.min-financas.pt/inf_economica/PEC_2006-2010.pdf

    *Despesas efectivas em 2007:74,538 milhões de euros.
    O que é capaz de poder ser entendido correntemente como o oposto de «abaixo do orçamentado». Digo eu.

    «Que as receitas aumentaram e por isso a despesa em relação ao PIB diminuiu.»

    Exacto. É o que eu chamo «efeito aumento de salário na diminuição das despesas»…..

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  14. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    1 Abril, 2008 16:22

    E os truques extraordinarios de desorçamentação como a retirada das contas do Estado dos resultados de empresas públicas como a extinta Estradas de Portugal ?? Criam-se sociedades anónimas, com capital do Estado, para absorver a divida deste, retirando-a das contas públicas.

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  15. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    1 Abril, 2008 16:46

    @ Anónimo Diz:
    1 Abril, 2008 às 4:22 pm

    Isso enquadra-se no “rigor, transparência e verdade” do Sr. “Engenheireiro”. 🙂

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  16. Jota's avatar
    Jota permalink
    2 Abril, 2008 09:54

    O pior é que nenhum líder da oposição referiu este ponto, estamos abandonados a políticos de algibeira…

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  17. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    2 Abril, 2008 10:56

    Crise?! Mas qual crise?!…

    http://tinyurl.com/2luz5j

    “O conselho de administração da Assembleia da República aprovou ontem um orçamento suplementar para actualizar os subsídios indexados ao Salário Mínimo Nacional (SMN). Entre eles está a subvenção estatal anual aos partidos. Isto significa que as forças políticas com assento parlamentar deverão receber, em 2008, cerca de 17 milhões de euros, contra 16 milhões em 2007: mais de 900 mil euros.
    Este aumento resulta da actualização do SMN de 403 euros para os 426, ou seja um aumento de 5,7 por cento.

    Assim, cada voto representa, à luz da fórmula da Lei, 3,16 euros.

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